Hong Kong | Líderes do Occupy autorizados a recorrer de penas de prisão

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] mais alto tribunal de Hong Kong deu ontem luz verde aos líderes estudantis pró-democracia Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow para recorrerem das sentenças de prisão pelo protesto que desencadeou a ocupação das ruas em 2014.

O Tribunal de Última Instância (TUI) aprovou ontem os pedidos de recurso numa sessão que demorou cerca de meia hora. A audiência do recurso foi ontem agendada para 16 de Janeiro de 2018, segundo os media de Hong Kong.

Em Agosto, Joshua Wong (21 anos) foi condenado a seis meses de prisão, Nathan Law (24 anos) a oito meses de prisão, e Alex Chow (27 anos) a sete meses, na sequência de um recurso do secretário para a Justiça.

Wong e Law foram libertados sob fiança no mês passado, depois de terem cumprido dois meses de prisão.

Na sessão de ontem, o tribunal estendeu a liberdade sob fiança Wong e Law e concedeu fiança a Chow, que não tinha ainda feito o pedido.

Esta é a última oportunidade dos três jovens activistas de recorrerem das penas de prisão a que foram condenados em Agosto, na sequência do pedido pelo governo da revisão das sentenças concedidas em 2015, que não incluíam então termos de prisão efectiva.

Para a História

O caso dos três activistas remonta a uma assembleia considerada ilegal em 26 de Setembro de 2014, quando os manifestantes escalaram barreiras metálicas e entraram na Praça Cívica, nas imediações da sede do Governo e Conselho Legislativo.

Esse protesto em prol da democracia e do sufrágio universal esteve na origem da ocupação de várias zonas de Hong Hong durante 79 dias até meados de Dezembro de 2014.

Os advogados dos três líderes estudantis vão apresentar os argumentos pelos quais consideram que as sentenças de prisão são inapropriadas.

Caso percam os recursos, os jovens activistas terão de cumprir o restante tempo das penas de prisão a que foram condenados em Agosto.

Rosto da fé

Joshua Wong disse numa entrevista na semana passada à Associated Press que havia boas hipóteses de voltar para a prisão, fosse pelo caso do protesto na Praça Cívica ou pelo julgamento de outro caso em que também está envolvido.

“Haverá mais ocasiões no futuro em que grupos de jovens vão para a prisão, mas vamos continuar a manter a fé e trabalhar em conjunto para lutar pela democracia”, disse Wong nessa entrevista.

Joshua Wong ficou conhecido como o rosto dos protestos pró-democracia há três anos contra a decisão de Pequim para restringir as eleições para o líder do governo de Hong Kong.

Então ainda adolescente, Joshua Wong é a personagem principal de um documentário da Netflix que pode entrar na corrida aos Óscares.

As prisões efectivas dos jovens activistas fizeram disparar as preocupações sobre a independência do sistema judiciário da cidade.

Ao abrigo do princípio “Um país, dois sistemas”, Pequim prometeu deixar Hong Kong manter o elevado grau de autonomia e liberdades após a transição da soberania britânica para a chinesa em 1997.

Parte da população que está descontente com a alegada interferência de Pequim nos assuntos da cidade acusa os líderes chineses de violarem a sua promessa.

8 Nov 2017

Novo Banco Ásia passa a chamar-se Banco Well Link

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stá concluído o processo de venda do Novo Banco Ásia, entidade que restou depois da queda do Banco Espírito Santo em Portugal e consequente mudança de nome para Novo Banco. O Grupo Well Link investiu 183 milhões de euros na compra de 75 por cento do Novo Banco Ásia, o que levou à adopção do nome Banco Well Link.

Zhang Shengman, nascido em Xangai, é o novo presidente do conselho de administração, sendo que o economista José Morgado continua a fazer parte da comissão executiva.

Segundo a Rádio Macau, o Banco Well Link quer abrir balcões em Macau, apesar de ainda estar a analisar o mercado. “Temos de ver qual a velocidade da nossa expansão, porque tem de ser consistente com a procura, mas também com análise dos custos/benefícios”, afirma.

Passo a passo

Zhang Shengman acrescentou que a estabilização da instituição bancária é um dos principais objectivos, além da intenção de ser uma ponte para os países de língua portuguesa e China.

“Temos sede em Macau e é em Macau que começa a nossa oferta de serviços. Reconhecemos que Macau é pequeno e que é uma ponte para os países de língua portuguesa. Queremos operar daqui, mas fazer ligações com a Grande Baía, e esperamos que com a China e o resto do mundo. Mas não quero induzir em erro – não vamos para já apostar no mundo inteiro. Vamos começar por Macau e pelo que existe aqui e depois pensar na expansão para lá de Macau”, acrescentou.

Em comunicado, o banco assume ainda querer “providenciar aos clientes serviços mais modernos”, “trazer novos conceitos de banca inteligente ao sector bancário de Macau e providenciar aos clientes serviços financeiros de qualidade”.

O Novo Banco em Portugal continua a deter 25 por cento do Banco Well Link. Após a compra dos 75 por cento de acções, estas foram distribuídas pela família Ma, que passa a deter 15 por cento, e pelo Grupo KingKey de Shenzhen, que tem também 15 por cento. O próprio Zhang Shengman detém dez por cento das acções, sendo que as restantes estão distribuídas por outros investidores. O Banco Well Link detém um capital social de 200 milhões de patacas, valores que devem aumentar nos próximos anos. Segundo a Rádio Macau, prevê-se que, nessa altura, o Novo Banco, em Portugal, reduza a sua posição accionista.

8 Nov 2017

Pyongyang | Pequim entre interesses económicos e ideológicos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] professor chinês de Relações Internacionais Wang Li considera que a questão nuclear norte-coreana coloca a China perante um “dilema”, apontando as divergências entre os interesses económicos, ideológicos e de segurança de Pequim.

“Da nossa perspectiva geopolítica, não seria inteligente abandonar um país vizinho, cuja economia e segurança dependem da China, e que se opõe aos Estados Unidos”, diz Wang à agência Lusa.

Formado em Ciência Política pela universidade inglesa de Aberdeen, Wang Li dá aulas na Universidade de Jilin, província chinesa situada junto à fronteira com a Coreia do Norte.

Apesar do distanciamento dos últimos anos, Pequim continua a ser o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial do regime de Kim Jong-un.

Nos anos 1950, os dois países lutaram juntos contra os EUA. No entanto, volvidas quase três décadas, o Partido Comunista Chinês desistiu de “aprofundar a luta de classes” e escolheu o desenvolvimento económico como “tarefa central”.

“A China quer desenvolver-se, precisa do mundo exterior, de estar envolvida na globalização. Não se pode isolar por razões ideológicas. Por isso, a China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e ao mesmo tempo um dos poucos grandes países que apoia a Coreia do Norte”, afirma Wang.

No caso norte-coreano, o “dilema” chinês parece reflectir os contrastes internos do país.

A China é hoje a segunda maior economia mundial e principal potência comercial do planeta, mas o “papel dirigente” do Partido Comunista continua a ser um “princípio cardinal” e, em teoria, o país é governado sob a égide da doutrina marxista-leninista, tornando Pyongyang no seu único aliado ideológico no nordeste asiático.

E apesar de, em muitos aspectos, as economias chinesa e norte-americana serem complementares, historicamente Washington sempre foi antagónico a regimes comunistas, lembra Wang Li.

“Por isso, China e Coreia do Norte são próximas: partilham questões de segurança”, afirma.

Sob a direcção de Kim Jong-un, Pyongyang efectuou três testes nucleares. O último, realizado em Setembro passado, foi o mais poderoso até à data, e levou o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a ameaçar, perante a Assembleia Geral da ONU, “destruir totalmente” o país.

Wang Li, lembra, porém, que “a Coreia do Norte não é a Líbia nem o Iraque”.

“Apesar de estes países serem bem mais ricos, os regimes comunistas são muito determinados e sabem mobilizar a população”, afirma o professor, que cresceu durante o reinado de Mao, o fundador da República Popular.

Não há misturas

Na Universidade de Jilin, estudam 26 estudantes norte-coreanos, cujos hábitos parecem ilustrar o carácter hermético do seu país de origem.

“Os estudantes norte-coreanos têm a sua própria comunidade, o seu próprio líder da organização estudantil. Não se envolvem nas actividades dos outros estudantes estrangeiros. São muito bem organizados e sujeitos a um controlo rigoroso”, descreve Wang Li.

“Vivem no edifício para estudantes estrangeiros, mas têm um piso só para eles. Não se misturam e não falam com outras pessoas sem autorização”, acrescenta.

O académico chinês diz que “o povo e o Governo norte-coreano consideram o mundo exterior uma ameaça”, um sentimento de insegurança que os leva a insistir no desenvolvimento de armamento nuclear e mísseis balísticos.

“Se os EUA e a Coreia do Sul, e mesmo o Japão, dialogarem com a Coreia do Norte e garantirem a sua segurança, caso abandone o programa nuclear, acho que é possível chegar a um acordo”, defende Wang.

“A questão é que, neste momento, os norte-coreanos não confiam em ninguém, nem mesmo na a China”, conclui.

7 Nov 2017

Comédia | Eduardo Madeira no Teatro D. Pedro V no próximo sábado

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o próximo dia 11 de Novembro, sábado, pelas 20h, o humorista Eduardo Madeira apresenta ao público de Macau um espectáculo onde alia stand-up comedy e música.

O comediante chega ao território no âmbito de uma série de espectáculos de comédia organizada pelo IPOR e que contará com outros nomes como Pedro Tochas, Jorge Serafim e João Seabra.

Eduardo Madeira é uma cara sobejamente conhecida da televisão portuguesa. Começou a sua carreira como argumentista nas Produções Fictícias, tendo sido autor e co-autor de programas como “Herman Enciclopédia”, “Contra Informação”, “Conversa da Treta” e “Notícias em Segunda Mão”.

Ainda no campo da escrita, Eduardo Madeira escreveu o argumento dos filmes “O Lampião da Estrela”, “Filme da Treta”, e protagonizou a comédia “Mau Mau Maria”, ao lado de Marco Horácio e Marta Gomes.

Eduardo Madeira foi um dos pioneiros de stand-up comedy em Portugal, fez parte do grupo da Casa da Comédia, participou no programa Levanta-te e Ri e foi membro da bem humorada banda Cebola Mol, juntamente com Filipe Homem Fonseca.

Os apreciadores da comédia em português que não queiram perder o espectáculo de Eduardo Madeira devem apressar-se a adquirir os bilhetes no IPOR. O evento conta com o apoio do Instituto Cultural, o Consulado-Geral de Portugal e a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau.

7 Nov 2017

Inseminação artificial | Kiang Wu aguarda autorização oficial

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Hospital Kiang Wu  está a aguardar autorização do Governo para que possa dar início ao serviço de procriação medicamente assistida. De acordo com as declarações do Jornal do Cidadão o director da instituição, Ma Hok Cheung, já deu seguimento ao pedido e espera agora a devido deferimento.

Ma Hok Cheung disse ainda que a intenção é ter em conta a legislação local de modo a satisfazer todos os requisitos exigidos por parte do Executivo. As obras para a construção do centro de serviços da procriação medicamente assistida situado no edifício dos especializados de Kiang Wu já estão em andamento e a entidade já tem especialistas na área da embriologia para que o serviço possa ser assegurado.

De acordo com a mesma fonte, Chan Tai Ip, vice-director do Kiang Wu, adiantou que o centro especializado pode mesmo estar concluído no próximo mês de Maio. Apesar do desconhecimento, por ora, da resposta oficial, Chan Tai Ip está confiante na nova valência do hospital e na sua eficácia tanto no que respeita aos profissionais que nele vão trabalhar como aos equipamentos a serem utilizados.

Relativamente aos serviços no futuro centro da procriação medicamente assistida, que são destinados principalmente aos residentes de Macau, vão englobar a inseminação artificial de bebés-proveta, não considerando para já o serviço de maternidade de substituição.

7 Nov 2017

Grande Prémio | Ex-candidato às eleições faz sugestões sobre trânsito

Num comunicado publicado na imprensa chinesa, Kot Man Kam, ex-candidato às eleições legislativas e presidente da Associação Estudos Sintético Social de Macau, apresentou algumas sugestões sobre o trânsito, alertando para os perigos de segurança na zona do Porto Interior

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente da Associação de Estudos Sintético Social de Macau, Kot Man Kam, apresentou, ontem, um estudo que aponta sugestões capazes de resolver os problemas ligados ao trânsito na zona do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior, área que se encontra com a circulação condicionada devido à realização de mais uma edição do Grande Prémio.

Devido aos estragos provocados pela passagem do tufão Hato, o parque de estacionamento do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior ficou fechado ao público. O ex-candidato às eleições legislativas entende, por isso, que a realização do Grande Prémio de Macau traz alguns inconvenientes sobre a circulação do trânsito, uma vez que a colocação de vedações vai condicionar não só o trânsito como o estacionamento dos autocarros turísticos.

Após uma visita in loco ao local, Kot Man Kam alerta para a existência de uma área diminuta para a tomada e largada de passageiros dos autocarros, gerando-se longas filas no local.

O presidente da Associação de Estudos Sintético Social de Macau considera ainda que a segurança das pessoas também está em causa, porque estas vêem-se obrigados a circular na estrada.

Junto ao Reservatório

Na carta publicada na imprensa chinesa, Kot Man Kam, que concorreu às eleições legislativas com a lista Poderes do Pensamento Político, sugere que os autocarros de turismo possam estacionar na zona destinada aos autocarros de turismo localizada junto ao Reservatório, ao lado do casino Oceanus.

Ainda assim, Kot Man Kam acredita que são necessários agentes da Polícia de Segurança Pública para garantir a segurança e uma circulação fluída do trânsito.

O responsável espera que os responsáveis da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) possam dar atenção às referidas sugestões, para que exista uma maior área para a tomada e largada de passageiros, além de uma melhor circulação dos autocarros.

7 Nov 2017

Tempo parcial | Mais horas para trabalho precário, defende Chan Chak Mo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Chan Chak Mo quer que o limite de horas  que define o trabalho a tempo parcial seja mais alargado. Para o também presidente da União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, as 72 horas que figuram no documento em consulta pública, relativo ao regime de trabalho a tempo parcial, não é suficiente. Para Chan Chak Mo, o part-time que em quatro semanas preencha até às 72 horas “não é suficiente para alguns sectores”.

As restantes disposições previstas pelo diploma são positivas, referiu o deputado ao canal chinês da rádio Macau. O documento sugere que os funcionários não tenham direito a férias anuais nem paguem contribuições para a segurança social. Para o também empresário na área da restauração,  tratam-se de condições justas até porque, “os trabalhadores a tempo parcial do sector têm um ordenado por hora mais elevado do que os que trabalham a tempo inteiro”, pelo que, considera, têm dinheiro para compensar a falta de benefícios.

7 Nov 2017

Texas | Trump diz que acesso livre a armas não causou tiroteio

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou ontem que o tiroteio no Texas, que matou 26 pessoas, não evidencia problemas relacionados com o acesso a armas de fogo, mas sim que o autor do ataque tinha problemas mentais.

“A saúde mental é o problema aqui (…) Não se trata de uma questão ligada às armas”, declarou numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Tóquio.

No domingo um homem armado de 26 anos matou a tiro 26 pessoas e feriu dezenas de outras numa igreja baptista no estado do Texas, tendo sido depois abatido.

O ataque a tiro ocorreu na ‘First Baptist Church’, em Sutherland Springs, 45 quilómetros a sudeste de San Antonio (Texas), perto das 11:30. No momento dos disparos decorria uma missa.

“Os nossos corações estão partidos. Unimo-nos, damos as mãos (…) e apesar das lágrimas e da tristeza, mantemo-nos fortes”, tinha já dito Trump, em Tóquio, onde se encontra em viagem.

“Este acto diabólico ocorreu quando as vítimas e as suas famílias estavam num local sagrado”, sublinhou.

Vários órgãos de comunicação social norte-americanos identificaram o atirador como sendo Devin Kelley, um homem branco de 26 anos. Kelley – que estava armado com uma espingarda de assalto e vestia um colete à prova de bala – foi depois abatido pelas autoridades.

Num comunicado, o Pentágono afirmou que Devin Kelley esteve “a certa altura” na Força Aérea, não sendo divulgadas mais informações.

Para a História

O governador Greg Abbott disse que este foi o pior massacre resultante de um ataque a tiro na história do estado do Texas.

O director regional de Saúde Pública do Texas, Freeman Martin, informou que 23 das vítimas foram encontradas mortas dentro do edifício da igreja baptista, duas outras no exterior do edifício e uma pessoa foi levada pelos serviços médicos, mas acabou por sucumbir.

Martin também disse que as vítimas mortais tinham entre os 5 e os 72 anos.

O comissário do condado, Wilson Albert Gomez, disse à estação televisiva MSNBC que há pelo menos 24 feridos.

Outra testemunha, um funcionário de uma bomba de gasolina próxima do templo baptista, relatou à estação CNN que ouviu cerca de 20 tiros “em rápida sucessão enquanto se realizava um serviço religioso”.

Pouco depois, o governador do Texas, Greg Abbott, escreveu uma mensagem na sua conta da rede social Twitter condenando o ataque.

“As nossas preces vão para todos os que foram vítimas deste acto de maldade. O nosso agradecimento às autoridades pela sua resposta”, expressou o governador.

Um responsável norte-americano que falou à agência Associated Press sob anonimato disse que Kelley não parece ter ligações a grupos de terrorismo organizado.

As autoridades estão a analisar as mensagens de Kelley nas redes sociais feitos nos dias antes do ataque, incluindo uma em que o homem aparece com uma espingarda de assalto semi-automática AR15.

7 Nov 2017

BD | “Deserto/Nuvem” vence o Prémio de Melhor Álbum Português

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] livro “Deserto/Nuvem”, de Francisco Sousa Lobo, venceu o Prémio para o Melhor Álbum Português no âmbito dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada, foi sábado divulgado no 28.º festival AmadoraBD, que termina no dia 12.

Francisco Sousa Lobo foi ainda distinguido com os prémios nacionais de Melhor Argumento para Álbum Português, também por “Deserto/Nuvem” e o de Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira, pelo título “It’s no Longer I That Liveth”.

O Prémio Nacional para o Melhor Álbum de Autor Estrangeiro foi para “Os Ignorantes”, do francês Étienne Davodeau, e “Conversas com os Putos”, de Álvaro, venceu o Melhor Álbum de Tiras Humorísticas.

O Prémio Nacional de Banda Desenhada para o Melhor Desenho foi para a ilustradora Amanda Baeza, pelo álbum “Bruma”, enquanto o Prémio para o Melhor Ilustrador Português de Livro Infantil foi para Tiago Albuquerque e Nadia Albuquerque, pelo álbum “Sou o Lince Ibérico”, e Jimmy Liao, natural de Taipé, Taiwan, recebeu o Prémio para o Melhor Ilustrador Estrangeiro de Livro Infantil, pelo álbum “Noite Estrelada”.

O Prémio Nacional de BD Clássicos da 9.ª Arte, relativo a uma edição original há mais de dez anos, foi arrebatado por “Ronin”, de Frank Miller, e o Prémio para o Melhor Fanzine foi para “Outro Mundo Ultra Tumba”, de Rufolfo Mariano.

O AmadoraBD, organizado pela Câmara Municipal da Amadora, cumpre a 28.ª edição até 12 de Novembro com exposições, lançamentos editoriais e a presença de autores portugueses e estrangeiros de banda desenhada.

6 Nov 2017

Amigo de juventude de Xi Jinping vai dirigir Escola do PCC

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]hen Xi, membro do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC) e amigo de juventude do Presidente da China, Xi Jinping, foi nomeado chefe da influente Escola do Partido, informou sexta-feira a agência oficial Xinhua.

Com esta nomeação, Xi continua a promoção dos seus aliados aos escalões máximos do poder do PCC, que se iniciou na semana passada com a renovação da cúpula do regime.

Chen compartilhou um quarto com Xi quando ambos estudavam na universidade.

A nomeação rompe ainda com a tradição dos últimos 20 anos, em que o cargo de “director ideológico” coube a um dos membros do Comité Permanente do Politburo (os sete líderes máximos do país), do qual Chen não faz parte.

Xi e Chen conheceram-se durante a Revolução Cultural (1966-76), na Universidade Tsinghua, situada no norte de Pequim, onde foram colegas de curso e de quarto.

Chen já ocupou o cargo de chefe do PCC naquela instituição, entre 2002 e 2008, e foi posteriormente vice-ministro da Educação e vice-presidente da Associação Chinesa para a Ciência e Tecnologia.

Liderar a Escola do Partido, o centro de formação dos altos quadros do regime, tem tradicionalmente servido de trampolim para outros cargos mais altos. Xi Jinping e o seu antecessor Hu Jintao já ocuparam aquele posto.

O próprio Mao Zedong, fundador da China comunista, dirigiu aquela Escola, antes do estabelecimento do regime (entre 1942 e 1947).

Pequim confia que Venezuela irá saldar a dívida

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês, um dos principais credores da Venezuela, disse sexta-feira estar confiante de que o país sul-americano saldará a sua dívida, apesar de o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter anunciado uma reestruturação da dívida externa. “Sabemos dessa notícia e também do compromisso da Venezuela em continuar a cumprir com as suas obrigações”, afirmou em conferência de imprensa Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Hua afirmou que Pequim “confia que o Governo venezuelano resolverá apropriadamente esta questão”. “A cooperação é mantida por instituições financeiras dos dois países, sobre as bases da igualdade, benefício mútuo e desenvolvimento comum. Até à data, todos os projectos têm funcionado correctamente e continuaremos a colaborar”, disse. Face à crise económica que afecta a Venezuela, Maduro pediu na quinta-feira que toda a dívida externa do país seja reestruturada.

6 Nov 2017

Portugal | Marcelo espera receber em 2018 homólogo chinês

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] chefe de Estado português afirmou ontem que espera receber em 2018 o Presidente da China, Xi Jinping, em visita de Estado a Portugal, e considerou que as relações luso-chinesas “atravessam porventura o melhor momento”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no final da IV Gala Portugal-China, num hotel de Lisboa, na presença do ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, do embaixador da República Popular da China em Portugal, e do presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, entre outros convidados.

“Terei grande satisfação em receber o senhor Presidente chinês [Xi Jinping] em visita de Estado, que, espero, possa concretizar-se em breve, talvez mesmo no próximo ano, em data a concretizar pelos canais diplomáticos usuais”, afirmou.

Antes, o Presidente da República referiu que, “no respeito da diversidade dos princípios constitucionais e institucionais de cada um dos países”, enviou “há dias” a Xi Jinping, também secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC) “uma mensagem de felicitações pelos sucessos do XIX Congresso do partido”, realizado em Outubro.

“O ímpeto de reforma e a visão da China do futuro aí consagrados enquadram-se na nossa própria perspectiva de expansão do relacionamento bilateral num mundo sem proteccionismos”, declarou.

Em alta

No início do seu discurso, de onze minutos, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que as relações bilaterais “atravessam porventura o melhor momento desde que a República Popular da China e a República Portuguesa estabeleceram relações diplomáticas, há quase quarenta anos”.

Segundo o chefe de Estado, os dois países vivem uma “fase de pujança e de crescimento estratégico”, com “grandes investimentos chineses nos sectores energético, segurador e financeiro”, que foi “iniciada com o Governo anterior e prosseguida durante este Governo”, e que saudou.

“Portugal, por seu turno, está agora, como membro fundador, no Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas, e encontramo-nos prestes a concluir um processo de emissão de dívida pública em renminbis [ou yuan], os chamados ‘panda bonds’, com tudo o que isto tem de pioneiro na zona euro, traduzindo um contributo específico para a internacionalização da moeda chinesa”, salientou.

Na perspectiva do Presidente da República, esta “nova fase” das relações luso-chinesas “é qualitativamente muito mais rica do que as anteriores, e bem mais diversificada”.

Como exemplos, apontou a cooperação na investigação científica e tecnológica, com “um centro sino-português de investigação em novos materiais, em Hangzhou” e “um centro de investigação sino-português em ciências do mar, em Xangai”.

No domínio da “economia azul”, mencionou que a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, se encontra actualmente na China, “chefiando uma delegação empresarial representativa de todos os sectores ‘azuis’, dos portos à biotecnologia, da logística à construção naval, do conhecimento dos oceanos às novas tecnologias de aplicação na exploração marinha”.

Caminhos do futuro

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa fez referência à estratégia do Estado chinês “Uma faixa, uma rota”, na qual incluiu Portugal, dizendo que a dimensão marítima portuguesa constitui uma prioridade, “nomeadamente na valorização do porto de águas profundas de Sines, e toda a sua envolvente logística, incluindo a ligação ferroviária a Espanha e as conectividades entre a Ásia e a Europa”.

No plano da cultura, sublinhou “os festivais culturais que se preparam, em cada um dos dois países, para 2018 e 2019, e a concretização da abertura dum Centro Cultural de Portugal em Pequim e, simetricamente, do Centro Cultural Chinês em Lisboa”.

“Termino com mais esta nota positiva, assegurando que, como Presidente da República, me dedicarei com empenho ao reforço dos laços de amizade que unem Portugal e a República Popular da China”, concluiu, agradecendo em mandarim: “Xiéxié”.

O primeiro-ministro, António Costa, visitou a República Popular da China em Outubro do ano passado, ocasião em que foi recebido por Xi Jinping.

6 Nov 2017

Man United | Mourinho  quer aumento de três milhões

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]d Woodward, CEO do Manchester United, e Jorge Mendes, representante de José Mourinho, vão reunir-se em Janeiro para discutir o aumento de salário exigido pelo treinador português. Segundo o jornal The Mirror, Mourinho pretende um acréscimo de 3 milhões de libras (cerca de 3,4 milhões de euros) ao salário de 12 milhões de libras (13,5 milhões de euros) que acertou quando assinou pelo United, em maio de 2016. Na primeira época, Mourinho levou para Old Trafford três títulos – a Taça da Liga, a Supertaça e a Liga Europa – e foi graças a este último que os red devils asseguraram a presença na Liga dos Campeões.

Benfica | Lisandro Lopez pode sair em Janeiro

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] defesa-central Lisandro López não foi convocado para o jogo deste domingo com o Vitória de Guimarães, soma apenas quatro jogos esta época, não joga desde 12 de Setembro e, segundo A BOLA, o Benfica vai reavaliar a situação do argentino em Janeiro. A imprensa italiana, mais concretamente o site Calciomercato, deu conta da possibilidade de o jogador deixar a Luz na reabertura do mercado de transferências.

Futebol | Selecção sub-19 estreia-se com derrota

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] selecção de futebol local de sub-19 estreou-se na fase de grupos de apuramento para o Campeonato do escalão da Confederação Asiática de Futebol com uma derrota por 2-0, diante do Vietname. A partida foi realizada no Segundo Estádio do Distrito de Hsinchu, no Norte de Taiwan, onde Macau está a disputar o Grupo H, da fase de apuramento. Le Minh Binh foi o carrasco da selecção orientada por Iong Cho Ieng, ao marcar os dois golos do encontro, aos 58 e 66 minutos. No outro jogo do grupo, Taiwan venceu o Laos também por 2-0. A segunda jornada do grupo realiza-se hoje, com Macau a defrontar o Laos e Taiwan a ter pela frente o Vietname.

6 Nov 2017

Banco da China vai emitir novas notas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Conselho Executivo concluiu a discussão sobre o projecto de regulamento administrativo denominado “Emissão de notas de dez, vinte, cinquenta, cem, quinhentas e mil patacas” , pelo Banco da China. Na prática, esta entidade bancária vai passar a emitir novas notas, existindo uma “actualização de algumas das suas características gerais”, tal como o número, a data da publicação do regulamento administrativo que autoriza a emissão. Quanto às outras características, “mantém-se inalteradas”, aponta um comunicado oficial.

O regulamento administrativo prevê que o Banco da China emita um máximo de 50 milhões de unidades de notas de dez patacas, bem como cinco milhões de unidades de notas de mil patacas, por exemplo.

Foi o próprio Banco da China que emitiu um requerimento ao Executivo para que esta alteração fosse concretizada. “Atendendo por um lado, ao aumento crescente da procura das notas em circulação e, por outro, ao facto de, nos últimos anos, o padrão utilizado para destruição das notas deterioradas ter sido reforçado e se ter verificado uma tendência crescente do uso das máquinas de ATM, tudo isto implicou um aumento do uso das notas”, explica o mesmo comunicado.

6 Nov 2017

Concluídos trabalhos de limpeza na Colina da Ilha Verde

Mais de dois meses depois da passagem do tufão Hato por Macau, terminaram os trabalhos de limpeza e remoção de detritos da zona da Colina da Ilha Verde. As operações estiveram a cargo do IACM e da associação de moradores da zona

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] segunda fase dos trabalhos de limpeza da Colina da Ilha Verde chegaram ao fim no passado sábado. Os esforços para voltar a dar alguma dignidade ao lugar estiveram a cargo da Companhia de Desenvolvimento Wui San em parceria com a Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro da Ilha Verde e o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM).

No local encontravam-se objectos de grande dimensão, como barreiras que haviam sido depositadas na colina, assim como fragmentos de árvores danificadas pela passagem do tufão Hato por Macau.

A vice-presidente da Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro da Ilha Verde, Chan Fong, elogiou a cooperação estreita com as entidades governamentais nos trabalhos realizados. No entanto, a dirigente lamenta a falta de um planeamento integrado que proteja o património cultural da colina, onde se situa o Convento da Ilha Verde, um testemunho da fixação da Ordem Jesuíta no território. Além da ausência de uma estratégia futura para o local, Chan Fong queixa-se da perda de várias árvores antigas que foram violentamente fustigadas pelo Hato.

 

Encosta conventual

De acordo com o Jornal do Cidadão, o membro do Conselho de Administração do IACM, Leong Kun Fong, divulgou que após o tufão Hato cinco árvores antigas que ficaram danificadas, sendo que três tiveram de ser totalmente removidas. Além disso, os Serviços de Saúde divulgaram não ter descoberto nenhum problema grave de saúde pública na zona durante os trabalhos de limpeza, nomeadamente no que toca à existência de águas estagnadas propícias à proliferação de mosquitos.

Em comunicado, o IACM apela aos proprietários para que tomem atenção às condições ambientais e higiénicas na área e que limpem os suas propriedades.

Um dos terrenos privados da Colina da Ilha Verde alberga o Convento Jesuíta, um edifício que faz parte do património histórico de Macau e que se encontra em disputa judicial para determinar a propriedade. As partes que litigam no processo são a Companhia de Desenvolvimento Wui San, dirigida por Jack Fu e a Empresa de Fomento de Investimento Kong Cheong, presidida por Fong Lap.

6 Nov 2017

Lucros da Melco Crown sobem 86,8 por cento

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment anunciou lucros líquidos de 115,9 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, mais 86,8 por cento do que entre Julho e Setembro de 2016.

No terceiro trimestre do ano passado, a Melco Resorts & Entertainment, operadora liderada por Lawrence Ho, um dos filhos do magnata dos casinos Stanley Ho, registou lucros líquidos de 62 milhões de dólares.

Segundo os resultados não auditados enviados à bolsa de Hong Kong na quinta-feira, a Melco Resorts & Entertainment obteve receitas líquidas de 1,38 mil milhões de dólares, um aumento de 19 por cento comparando com os 1,15 mil milhões de dólares no terceiro trimestre de 2016.

Já o EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) registou um aumento de 38 por cento, ao passar de 289,2 milhões de dólares entre Julho e Setembro de 2016, para 400,2 milhões de dólares no período homólogo deste ano.

Os casinos de Macau registaram em Outubro o melhor resultado desde o mesmo mês de 2014, com receitas de 26.633 milhões de patacas, mais 22,1 por cento em termos anuais homólogos, indicam dados oficiais divulgados a semana passada.

Em 2017, as receitas mensais do jogo cresceram sempre a dois dígitos em termos homólogos, à excepção do primeiro mês do ano (+3,1 por cento).

6 Nov 2017

Registado nono caso de dengue importado desde Janeiro

[dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau confirmou, na noite de sexta-feira, o registo de mais um caso importado de febre de dengue, elevando para nove o total destas ocorrências desde o início do ano, informaram os Serviços de Saúde em comunicado.

O caso diz respeito a uma mulher, de 28 anos, de nacionalidade vietnamita, que veio pela primeira vez para Macau para trabalhar em 27 de Outubro e que, três dias depois, apresentou febre, tendo recorrido a uma clínica particular.

Na quinta-feira, dia 2, face à persistência dos sintomas recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário (hospital público), tendo o teste dado deu positivo, no dia seguinte, à febre de dengue de tipo I.

O historial de viagem, o período do surgimento de sintomas e o resultado laboratorial levaram os Serviços de Saúde a concluir tratar-se de um caso importado de febre de dengue, o nono desde o início do ano.

Estes nove casos importados juntam-se a pelo menos outros seis em que a doença foi contraída localmente. Os casos locais de febre de dengue constituem motivo de preocupação, dado que desde 2014 só tinham sido sinalizados em Macau casos importados.

O número crescente de casos levou as autoridades de Macau a intensificarem as medidas de prevenção e as acções de eliminação de mosquitos. No ano passado, foram registados 11 casos de febre de dengue, todos importados.

6 Nov 2017

Filipinas destacam 60 mil para cimeira da ASEAN

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s autoridades das Filipinas destacaram ontem cerca de 60 mil polícias e soldados para coordenar a segurança da cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que vai decorrer entre os próximos dias 10 e 14.

Além dos líderes dos dez países-membros da ASEAN, o encontro vai contar com a presença dos Presidentes dos Estados Unidos e da China, respectivamente, Donald Trump e Xi Jinping, bem como dirigentes da União Europeia, Rússia, Japão ou Austrália.

A polícia filipina proibiu o porte de armas durante os dias do evento na capital, Manila, e noutras províncias adjacentes na zona central de Luzón, segundo o jornal The Manila Times.

A crise da minoria muçulmana rohingya na Birmânia, as ambições nucleares da Coreia do Norte, o terrorismo e as disputas territoriais no Mar do Sul da China figuram entre os temas que devem ser abordados pelos chefes de Estado e de Governo reunidos nas Filipinas.

A economia vai ser outro tema relevante nas reuniões da ASEAN, uma comunidade de 620 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de 2,55 biliões de dólares (2,16 biliões de euros).

Fundada em 1967, a ASEAN é composta pela Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.

6 Nov 2017

“Nenhum ditador deve subestimar a determinação dos EUA”

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano afirmou ontem, no arranque da sua primeira visita oficial à Ásia, que “nenhum regime nem nenhum ditador deveriam subestimar a determinação dos Estados Unidos”, numa referência velada à Coreia do Norte.

Donald Trump falava na base aérea de Yokota, a 40 quilómetros de Tóquio, diante das tropas norte-americanas destacadas no Japão, a primeira etapa da sua visita de mais de dez dias à Ásia que inclui ainda Coreia do Sul, China, Vietname e Filipinas.

Apesar de não ter mencionado directamente a Coreia do Norte, advertiu que “nenhum país pode impor-se às capacidades militares norte-americanas”, e assinalou que as tropas dos Estados Unidos “não irão vacilar nem um instante diante de qualquer ameaça”.

Durante a viagem a bordo do Air Force One, Trump afirmou, citado pela Casa Branca, que a ameaça da Coreia do Norte será um dos “principais temas” da sua visita à Ásia, uma vez tratando-se de “um dos maiores problemas para os Estados Unidos e para o mundo” que tem de “ser resolvido”.

“Os últimos 25 anos foram de fraqueza total, pelo que agora apostamos num enfoque muito diferente”, afirmou Trump sobre o endurecimento da sua retórica relativamente ao regime liderado por Kim Jong-un.

O Presidente norte-americano indicou ainda que “muito em breve” irá tomar uma decisão sobre a possibilidade de voltar a incluir a Coreia do Norte na lista dos países “patrocinadores do terrorismo”, da qual o regime de Pyongyang saiu em 2008, durante a presidência do republicano George W. Bush.

O fim da designação da Pyongyang como Estado patrocinador do terrorismo resultou de negociações entre a Rússia, os Estados Unidos, o Japão, a China e as duas Coreias, para pôr um fim ao programa atómico militar daquele país.

 

Amizades orientais

Durante a sua intervenção diante das tropas norte-americanos em Yokota, Trump também enfatizou a importância da aliança entre Washington e Tóquio, elogiando os “enormes sacrifícios” dos militares destacados na Ásia que “têm contribuído para a paz e a estabilidade” da região.

“Não me ocorre um lugar melhor do que esta base para iniciar a minha visita à Ásia”, realçou, ao assinalar que Yokota “é uma das melhores bases operacionais do mundo”, a partir donde foram lançadas operações “cruciais” durante a Guerra da Coreia (1950-53) ou a missão de ajuda após o terramoto e tsunami que devastou o Japão em Março de 2011.

O Japão é um “aliado e parceiro fundamental, além de um belo país com gente maravilhosa”, disse Trump, manifestando “profundo respeito e grande admiração pela sua cultura e pela sua honrosa história”, diante de milhares de soldados norte-americanos e japoneses em Yokota.

Trump dirigiu-se às tropas norte-americanas poucos minutos depois de chegar ao Japão, tendo trocado o fato por vestuário militar com as insígnias de “comandante chefe” das Forças Aéreas do Pacífico (PACAF) dos Estados Unidos antes de proferir o discurso.

De Yokota, o Presidente dos Estados Unidos embarcou num helicóptero com destino ao clube de golfe golf Kasumigaseki Country Club de Saitama, a norte de Tóquio, onde foi recebido pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Após o almoço informal, os dois dirigentes, que já testaram a “diplomacia do golfe” em Fevereiro, na Flórida, vão disputar uma partida na companhia do golfista profissional japonês Hideki Matsuyama, actual número quatro no ‘ranking’ mundial, segundo a agenda oficial citada pelas agências internacionais.

Este jogo de golfe tem um sabor particular para Shinzo Abe, dado a que há 60 anos o seu avô, Nobusuke Kishi, então primeiro-ministro do Japão, partilhou as alegrias do golfe com um outro Presidente norte-americano, Dwight Eisenhower.

Já à noite, os dois líderes, acompanhados pelas suas respectivas mulheres, jantaram num prestigiado restaurante em Tóquio.

Esta segunda-feira, o Presidente dos Estados Unidos vai reunir-se com o primeiro-ministro japonês, bem como os imperadores Akihito e Michiko, entre outras actividades.

A visita de Trump à Ásia, que inclui cinco países, estende-se por mais de dez dias, figurando como mais longa realizada por um Presidente dos Estados Unidos à região em mais de um quarto de século.

6 Nov 2017

Governo espera que UNESCO promova gastronomia local

[dropcap style≠’circle’]“E[/dropcap]m termos de herança, é esperado que a designação reforce o reconhecimento mundial do legado de mais de 400 anos da culinária de Macau, despertando o interesse entre as gerações mais novas sobre a cultura gastronómica, especialmente da comida macaense e providenciando condições favoráveis para que as tradições alimentares continuem a florescer”, disse quarta-feira o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam, em comunicado.

Macau foi designada na terça-feira Cidade Criativa da UNESCO na área da gastronomia. No total, 64 cidades de 44 territórios foram designadas como criativas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em sete áreas: artesanato e arte popular, design, cinema, gastronomia, literatura, música, artes e media.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura acrescentou que “Macau espera que a designação traga um impacto positivo para o desenvolvimento sustentável da cidade, através da sua herança, criatividade e intercâmbio na área da gastronomia”.

Para Alexis Tam, a designação de Macau como cidade membro da Rede das Cidades Criativas da UNESCO na área da Gastronomia “abre novas oportunidades para a diversificação da economia, com a gastronomia a assumir um papel de força condutora para a preservação da identidade cultural de Macau, promovendo, ao mesmo tempo, um desenvolvimento sustentável e expandindo a cooperação internacional”.

É esperado que “a adesão à rede estimule as entidades de gastronomia intervenientes e agentes de outras áreas criativas a explorarem como é que a culinária e outros aspectos da cultura se podem fundir para diversificar a economia”. Além disso, que “promova ao mesmo tempo mais oportunidades para uma cooperação global” com os membros da rede de cidades criativas.

5 Nov 2017

Lei do Hino Nacional vai ter penas adequadas ao território

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] lei do hino nacional chinês, que será aplicada em Macau e em Hong Kong e prevê sanções para quem o desrespeite, será alvo de “adaptação local”, em particular no que toca às penas, disse o Governo.

“Temos de fazer uma adaptação local, fazer uma análise, ver o que é necessário”, disse a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, questionada sobre se as penas para quem desrespeite o hino serão iguais às da China.

A lei do hino nacional entrou em vigor na China em Outubro e prevê sanções, incluindo a detenção por um máximo de 15 dias, mas a Assembleia Popular Nacional já recebeu uma proposta para agravar as penas de prisão até três anos.

“Vamos ter em consideração o nosso sistema legislativo, quais são as penas necessárias”, sublinhou, sem elaborar. A secretária não quis avançar com uma data para a adopção da lei em Macau, mas comprometeu-se a “acelerar” o processo.

Um território fácil

“Temos de seguir a lei que foi publicada na China (…) Acho que não vai haver grandes dificuldades”, disse à margem da cerimónia de tomada de posse de cinco novos delegados do Procurador.

Ao contrário de Hong Kong, onde recentemente o hino chinês foi vaiado em jogos de futebol, em Macau não há registo de manifestações públicas de desrespeito. No entanto, Sónia Chan considera que “é necessário precaver”.

No mesmo sentido falou o Procurador da Região Administrativa Especial de Macau, Ip Song Sang, que disse concordar que a lei seja adoptada no território, mas não quis comentar se a sua violação merece penas de prisão.

“Não posso dar uma resposta imediata porque temos de ponderar como (…) aplicar as leis”, disse.

As propostas para incluir esta lei chinesa nos anexos das Leis Básicas de Macau e Hong Kong, que regulam as leis nacionais a aplicar nas regiões administrativas especiais, foram submetidas na sessão legislativa bimensal do comité permanente da Assembleia Popular Nacional, que começou na segunda-feira.

5 Nov 2017

Consultas públicas | Angela Leong defende que número é excessivo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] deputada Angela Leong emitiu ontem um comunicado onde defende que há demasiadas consultas públicas a decorrer ao mesmo tempo, o que pode gerar confusão junto dos cidadãos que têm o direito de omitir a sua opinião. Além disso, a deputada teme que a qualidade das consultas públicas possa diminuir devido a este facto.

A também empresária, no cargo de directora-executiva da Sociedade de Jogos de Macau, acredita que é necessária a realização de consultas públicas antes da implementação de novas leis, sobretudo se as propostas de lei em causa versarem sobre assuntos importantes para a sociedade.

Angela Leong lembrou que, actualmente, decorrem cinco consultas públicas, algo que pode causar dificuldades de compreensão não só por parte de cidadãos mas também dos deputados. Este panorama pode “suscitar grandes polémicas nos processos de apreciação de propostas de lei na Assembleia Legislativa”, alertou.

A deputada fez ainda referência às normas vigentes que regulamentam a realização de consultas públicas, lamentando que não tenham ainda produzido quaisquer efeitos em termos de coordenação e mobilização de recursos.

Angela Leong pede ainda que o Executivo implemente rigorosamente as normas de consulta de políticas públicas, para que os trabalhos consultivos estejam organizados por ordem, com o objectivo de não causar confusão aos cidadãos.

2 Nov 2017

UNESCO | Chapas Sínicas de Macau no Registo da Memória do Mundo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Registos Oficiais de Macau durante a Dinastia Qing (1693-1886) são as Chapas Sínicas inscritas no Registo da Memória do Mundo da UNESCO. No total são 3600 documentos e incluem mais de 1500 ofícios redigidos em língua chinesa, cinco livros de cópias traduzidas para a língua portuguesa de cartas do Leal Senado e quatro volumes de documentos. As Chapas estão actualmente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal. Para assinalar o reconhecimento da UNESCO vão ser organizadas exposições em Macau, já no próximo ano, e em Lisboa em 2019.

O Comité Consultivo Internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) anunciou ontem ter recomendado a inscrição de 78 novas nomeações no registo da Memória do Mundo, incluindo três portuguesas. A UNESCO revelou que o comité consultivo, liderado pelo director-geral dos Arquivos Nacionais dos Emirados Árabes Unidos, Abdulla Alraisi, “examinou e avaliou novos itens de herança documental propostos por países pelo mundo fora, que se seguiu a um processo de dois anos como parte do ciclo de nomeações 2016-2017”. Foram ainda incluidos no Registo da Memória do Mundo, os livros de vistos concedidos pelo cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes (1939-1940), e o “Codex Calixtinus da Catedral de Santiago de Compostela e outras cópias medievais do Liber Sancti Jacobi”, partilhadas entre Portugal e Espanha.

Música | Jimmy Barnes no Parisian em Dezembro

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] músico de rock australiano Jimmy Barnes actua em Macau no próximo dia 9 de Dezembro no The Parisian Theatre, no Cotai. Jimmy Barnes é considerado por muitos como o pai e a alma do rock’n’ roll australiano, contando já com uma carreira de 40 anos. Este será o primeiro concerto que dá em Macau. Os bilhetes já se encontram à venda.

1 Nov 2017

Zuckerberg e director da Apple reúnem-se com Xi Jinping

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fundador da rede social Facebook e o director-executivo da Apple reuniram-se, em Pequim, com o Presidente chinês, Xi Jinping, reeleito na semana passada secretário-geral do Partido Comunista, noticiou ontem a imprensa local.

Segundo a televisão estatal CCTV, o encontro decorreu na segunda-feira, durante uma recepção de Xi a consultores da escola de negócios de uma das melhores universidades da China, a Tsinghua, entre os quais se encontravam o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e o director-executivo da Apple, Tim Cook.

Outros nomes conhecidos do sector tecnológico, como Jack Ma (fundador do Alibaba), Pony Ma (presidente da Tencent) ou Robin Li (dirige o motor de busca chinês Baidu), também integraram o grupo.

A visita de Cook a Pequim ocorre nas vésperas da Apple lançar o iPhone X, que deverá ter forte procura no mercado chinês.

Já o Facebook continua inacessível na China, desde 2009, mas de acordo com o jornal norte-americano New York Times o regime comunista poderá desbloquear o acesso à rede social, se Zuckerberg respeitar o sistema de censura chinês.

Durante o discurso inaugural do XIX Congresso do Partido Comunista Chinês, que decorreu no mês passado, em Pequim, Xi Jinping apontou como um dos principais objectivos converter a China num país de inovadores.

1 Nov 2017

Mais de metade dos recém-nascidos são segundos filhos

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de metade dos bebés nascidos na China, entre Janeiro e Agosto deste ano, são segundos filhos, indicaram dados oficiais ontem divulgados, ilustrando o efeito do fim da política de “um casal, um filho”.

O vice-director da Comissão de Saúde e Planeamento Familiar da China, Wang Peian, afirmou que cerca de 52% dos 11,6 milhões de recém-nascidos, nos primeiros oito meses deste ano, têm irmão ou irmã.

A China, nação mais populosa do mundo, com cerca de 1.375 milhões de habitantes, aboliu em 1 de Janeiro de 2016 o fim da política do filho único, passando todos os casais do país a poderem ter dois filhos.

A política do filho único estava em vigor desde 1980 e pelas contas do Governo chinês, sem esta política a China teria actualmente perto de 1.700 milhões de habitantes, dificultando a própria sustentabilidade do país.

No entanto, o rígido controlo de natalidade que vigorou durante décadas no país causou uma queda acentuada na população em idade activa.

Dados oficiais anteriores ao fim da política de filho único indicavam que em 2050, um terço da população chinesa teria 60 ou mais anos e haveria menos trabalhadores para sustentar cada reformado.

Wang Peian sublinhou que em 2016 nasceram 18,5 milhões de bebés na China, o número mais alto desde 2000, e 1,3 milhão a mais do que em 2015. Cerca de 45% dos recém-nascidos, no ano passado, são segundos filhos, disse.

O mesmo responsável afirmou que as autoridades chinesas estão a elaborar políticas fiscais, de habitação e emprego para motivarem os casais a terem uma segunda criança.

1 Nov 2017