Visita | Pequim e Manila reforçam laços de cooperação

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e as Filipinas assinaram acordos de cooperação esta quarta-feira, assumindo o compromisso de fortalecer o “impulso positivo” nas relações bilaterais.

Depois de se encontrar com o presidente filipino, Rodrigo Duterte, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang comunicou à imprensa que as relações sino-filipinas melhoraram, e que ambos os lados esperam “trabalhar conjuntamente para compensar o tempo perdido”, informa o Diário do Povo.

Li é o primeiro chefe de Governo chinês a realizar uma visita oficial às Filipinas na última década, tendo chegado ao país num momento em que os laços bilaterais se fortalecem — reflexo do esforço contínuo levado a cabo por Duterte desde que assumiu a presidência no ano passado.

Os dois líderes testemunharam a assinatura de 14 acordos de cooperação sobre financiamento de infraestruturas, construção de pontes, emissão de títulos, reabilitação de toxicodependência, mudanças climáticas, proteção de propriedade intelectual e cooperação na capacidade industrial.

Os líderes anunciaram também o início dos trabalhos para a construção de duas pontes fluviais em Manila e dois centros de reabilitação de toxicodependência em Mindanao, no sul das Filipinas.

A China irá fazer uso da sua experiência no fabrico de equipamentos e no desenvolvimento de infraestruturas, de modo a gerir a cooperação bilateral na capacidade industrial e formular uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo, afirmou Li.

Alvos definidos

O primeiro-ministro chinês destacou vários pontos centrais de cooperação, incluindo: facilitação de investimentos comerciais, tecnologia da informação, agricultura, pesca, combate à pobreza e reconstrução de áreas degradadas.

Li prometeu ainda 150 milhões de yuans em subsídios do governo chinês para auxiliar a reconstrução de Marawi, devastada pela guerra no sul das Filipinas.

O governo filipino em Outubro declarou a vitória sobre os extremistas ligados ao Estado Islâmico em Marawi, pondo um fim a quase cinco meses de confrontos que destruíram várias partes da cidade.

Por sua vez, Duterte agradeceu à China pela ajuda fornecida às Filipinas na reconstrução de Marawi e pela assistência no impulso para a iniciativa de desenvolvimento de infraestruturas das Filipinas.

“É com entusiasmo que testemunho a reviravolta positiva e o vigoroso impulso das relações sino-filipinas”, afirmou Duterte.

O chefe de Estado filipino salientou que os esforços conjuntos para melhorar os laços promovem a paz, a estabilidade e o desenvolvimento na região.

No seu encontro com Li, Duterte vincou que espera tirar lições do desenvolvimento da China, fortalecendo a cooperação em áreas como os transportes, telecomunicações e agricultura.

17 Nov 2017

Estado Islâmico | Atentado faz pelo menos15 mortos em Cabul

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]elo menos 15 pessoas, incluindo oito polícias e o atacante, morreram ontem e 18 ficaram feridas num atentado suicida à entrada de um hotel no noroeste de Cabul, reivindicado pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).

“O atacante quis entrar mas, após ser identificado pela polícia que vigiava a entrada, detonou os seus explosivos na rua principal frente ao hotel”, assegurou o porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, citado pela agência noticiosa Efe.

Pelo menos oito polícias destacados no hotel foram mortos, para além de seis civis e o atacante, enquanto 11 civis e sete polícias ficaram feridos, precisou.

Um primeiro balanço apontava para nove vítimas mortais.

Segundo Mujahid, o ataque ocorreu frente ao hotel Kabul-e-Naween pouco após as 13:00 locais.

O chefe do Governo afegão, Abdulah Abdulah, condenou em comunicado o “cobarde atentado terrorista” e destacou que “os inimigos do Afeganistão não podem, com este tipo de actos terroristas, evitar que o povo tenha liberdade social e outros valores democráticos”.

O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque através de um comunicado difundido pela agência Amaq, com ligações aos ‘jihadistas’.

No momento do ataque decorria no interior do hotel onde o atacante tentou entrar um acto político em apoio a Atta Muhammad Noor, governador da província de Balkh (norte) e ex-senhor da guerra.

No entanto, em declarações à agência noticiosa France-Presse (AFP), um dos seus assistentes referiu que o governador não estava presente na reunião.

“Nós estávamos a deixar a sala, depois do almoço, quando ocorreu uma enorme explosão, partindo vidros e criando o caos e o pânico”, declarou um dos participantes, Harin Mutaref

17 Nov 2017

Nissan perde certificado de qualidade internacional nas fábricas japonesas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fabricante japonês Nissan perdeu o certificado de qualidade internacional nas suas fábricas de produção local, no Japão, devido a irregularidades nos controlos de automóveis, informou ontem a agência nipónica Kyodo.

A multinacional empregou trabalhadores sem qualificações necessárias para realizarem a revisão final dos seus automóveis, tendo estas irregularidades sido detectadas em Setembro passado.

A Organização Internacional de Normalização, encarregada de assegurar o controlo de qualidade, retirou a 31 de Outubro a certificação 9001 em seis fábricas de montagem de veículos da marca.

“Consideramos que a revogação é lamentável”, disse à agência Efe um porta-voz da empresa, adiantando que agora que retomaram a produção para o mercado interno vão trabalhar para obter a certificação o “mais depressa possível”.

A norma 9001, uma das mais conhecidas da organização com sede na Suíça, assegura que os produtos e serviços cumprem os requisitos do cliente e que melhoram a sua qualidade de forma constante.

Estes controlos dos automóveis irregulares foram revelados em Setembro, depois de ter sido feita uma inspecção pelo Ministério do Trabalho japonês às unidades do grupo.

A Nissan, que assegurou de forma pública que os seus veículos são seguros, deverá responder perante o Ministério dos Transportes nas próximas semanas para garantir que estas situações não se repetem.

16 Nov 2017

China | Governo envia alto quadro a Pyongyang

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China anunciou ontem que vai enviar a Pyongyang um alto quadro da sua diplomacia, na sequência da visita do Presidente norte-americano, Donald Trump, a Pequim, e após um prolongado afastamento entre os dois países vizinhos.

Song Tao, chefe do Departamento de Colaboração Internacional do Partido Comunista Chinês (PCC), vai viajar para a capital norte-coreana esta sexta-feira, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.

Apesar do distanciamento dos últimos anos, devido à insistência de Pyongyang em avançar com um programa nuclear e de mísseis balísticos, Pequim continua a ser o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial do regime de Kim Jong-un.

A Xinhua não menciona a visita de Trump a Pequim ou o programa nuclear norte-coreano, mas o líder da Casa Branca apelou repetidamente à China para que use mais a sua influência visando pressionar Pyongyang a mudar de comportamento.

Song será o primeiro funcionário com nível ministerial a visitar a Coreia do Norte, desde Outubro de 2015, quando Liu Yunshan, então membro do Comité Permanente do Politburo do PCC, se reuniu com Kim Jong-un.

Liu entregou uma carta a Kim, endereçada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a expressar esperança por boas relações.

Mudanças de rumo

Nos anos 1950, os dois países lutaram juntos contra os EUA. O PCC e o Partido dos Trabalhadores, formação política única na Coreia do Norte, têm ligações de longa data.

No entanto, desde que, em 2013, ascendeu ao poder, Xi Jinping nunca se encontrou com Kim Jong-un, tendo-se mesmo tornado no primeiro líder chinês a visitar a Coreia do Sul antes de ir à Coreia do Norte.

A China votou a favor das várias sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Pyongyang, mas continua a apelar a um diálogo entre os vários países envolvidos na crise nuclear da península coreana.

O Governo chinês opõe-se a um embargo que ameace a estabilidade do regime, o que acarretaria uma reunificação da península coreana sob a égide da Coreia do Sul, país aliado dos EUA, e uma possível crise de refugiados nas suas fronteiras.

Na semana passada, Trump voltou a apelar a Xi Jinping que pressione a Coreia do Norte a abdicar do seu programa nuclear.

A China pode resolver o problema “fácil e rapidamente”, afirmou Trump, durante uma visita de Estado a Pequim, urgindo o homólogo chinês a empenhar-se seriamente.

“Se ele fizer esse esforço, irá acontecer. Não tenho dúvidas sobre isso”, afirmou.

Em 3 de Setembro último, Pyongyang realizou o sexto e mais poderoso teste nuclear até à data, no que revelou ter sido a detonação de uma arma termonuclear para ser colocada num míssil balístico intercontinental.

No entanto, desde então, o país não voltou a testar engenhos nucleares ou mísseis balísticos intercontinentais, alimentando a esperança de que Pyongyang está a responder à pressão internacional, face ao impacto das sanções na sua economia.

16 Nov 2017

Homossexuais | ONG apela a fim de terapia de conversão na China

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma organização não-governamental de defesa dos direitos humanos apelou ao Governo chinês para que hospitais e outras instalações médicas deixem de sujeitar homossexuais a terapias de conversão, que incluem electrochoques, isolamento involuntário e medicação forçada.

O relatório da Human Rights Watch, que tem por base entrevistas com 17 pessoas submetidas àquela terapia desde 2009, surge numa altura em que tem aumentado na China a sensibilização para os direitos dos homossexuais, bissexuais e transexuais.

Em 2001, a homossexualidade foi retirada da lista de perturbações mentais identificadas pela Sociedade Chinesa de Psiquiatria, mas os casos de pais que submetem os filhos a tratamentos que visam mudar a sua orientação sexual continuam a ser comuns.

O relatório revela que muitas das vítimas da terapia de conversão são trazidas à força, por familiares, para os hospitais, uma acção que resultou este ano num processo judicial inédito.

A China carece de leis contra a descriminação de homossexuais, o que detém as vítimas da terapia de conversão de procurar justiça, temendo que a sua orientação sexual seja exposta.

Segundo directrizes emitidas pelo Comité Nacional de Saúde, o Governo deve investigar actividades que possam violar a Lei de Saúde Mental, que proíbe o isolamento forçado de pessoas, a menos que constituam um perigo para os outros.

Mas não existem regulamentos que proíbam expressamente a terapia de conversão.

Caso inédito

Em Julho passado, um homossexual ganhou um processo contra um hospital psiquiátrico, após ser forçado à terapia de conversão, no que activistas celebraram como a primeira vitória para a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais) na China.

Um tribunal da província de Henan ordenou a unidade hospitalar a pedir desculpas publicamente num jornal local e indemnizar a vítima, um homem de 38 anos, em 5.000 yuan.

O homem foi levado à força para o hospital, em 2015, pela mulher e familiares, diagnosticado com um “distúrbio na preferência sexual” e obrigado a tomar medicamentos e receber injecções, até ser libertado 19 dias depois.

No entanto, a Human Rights Watch considera que um só processo não chega para deter a terapia de conversão.

A prática persiste porque “muitos médicos são ignorantes sobre a homossexualidade, e seguem a opinião dominante, de que ser-se homossexual é uma anormalidade, uma doença que deve ser tratada”.

16 Nov 2017

LAG 2018 | Macau negoceia acordo sobre entrega de infractores em fuga

A medida é apresentada nas Linhas de Acção Governativa para o próximo ano e a ideia é promover as acções de negociação entre o território com Portugal relativamente à entrega de infractores em fuga e ao acordo de cooperação judiciária em matéria penal

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau pretende promover “de forma activa” negociações com Portugal relativamente ao acordo sobre a entrega de infractores em fuga no quadro da sua política de cooperação judiciária internacional para o próximo ano.

A intenção surge plasmada no relatório das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2018, cujas traves-mestras foram apresentadas na tarde de terça-feira pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, na Assembleia Legislativa.

“Iremos promover de forma activa as acções de negociação com Portugal relativamente ao acordo sobre a entrega de infractores em fuga e ao acordo de cooperação judiciária em matéria penal”, diz o documento, com 384 páginas na versão portuguesa.

Macau planeia negociar acordos idênticos com o Brasil, além de outro, desta feita, sobre a transferência de pessoas condenadas.

Portugal é o único país que tem, actualmente, um acordo sobre transferência de pessoas condenadas com Macau, assinado em 1999, poucos dias antes da transição para a China.

Segundo dados facultados à agência Lusa, desde 1999 até Junho de 2016, cinco portugueses condenados no território foram transferidos para Portugal para cumprirem as penas.

Além disso, Macau só tem um acordo sobre a mesma matéria com a vizinha Hong Kong.

Em Junho de 2016, o Governo de Macau pediu a retirada de uma proposta de lei que submetera meses antes à Assembleia Legislativa sobre assistência judiciária inter-regional em matéria penal, que previa a entrega de infractores em fuga de Macau para a China e Hong Kong.

A tutela, liderada pela secretária Sónia Chan, argumentou então que devido a “grandes diferenças” entre o regime das jurisdições em causa era necessário “estudar mais aprofundadamente” o diploma. Desde então, mais nada se ouviu sobre o assunto.

As Linhas de Acção Governativa para o próximo ano prevêem ainda negociações com outras jurisdições, com o Executivo de Macau a indicar que “irá continuar a acompanhar os procedimentos de celebração formal do acordo de transferência de pessoas condenadas” com a Mongólia e com a Nigéria.

Macau pretende ainda encetar negociações com o Vietname e as Filipinas, tanto relativamente ao acordo de transferência de pessoas condenadas, como ao de entrega de infratores em fuga, bem como promover negociações sobre este último com a Coreia do Sul.

“O Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] irá continuar a aprofundar a cooperação judiciária com outros países e regiões, promovendo a compatibilidade internacional do desenvolvimento da RAEM”, diz o relatório das LAG.

16 Nov 2017

Gabinete de Ligação | Zheng Xiaosong aponta dificuldades a superar

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, Zheng Xiaosong, revelou ontem, em mais um texto publicado no jornal Ou Mun, as dificuldades que a China atravessa no que respeita à “Nova Era” anunciada no 19º congresso do Partido Comunista. De acordo com o responsável, e apesar das muitas metas já alcançadas, há ainda falhas no que respeita à criatividade, à protecção ambiental, e à igualdade na qualidade de vida entre as diferentes regiões do país. No entanto, de acordo com Zheng Xiaosong, cabe às autoridades, durante a implementação da política “Nova Era” chinesa, envidar esforços no sentido de resolver os problemas assinalados. Zheng Xiaosong referiu ainda que o país está a entrar num novo período histórico, desta feita como uma das potências mais fortes internacionalmente, sendo que, internamente, o país está empenhado na promoção de um desenvolvimento económico baseado na eficiência, justiça e sustentabilidade.

16 Nov 2017

Mercado abastecedor | Governo passa a analisar contratos com comerciantes

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] jornal Ou Mun teve acesso ao contrato assinado entre o Governo e a Sociedade do Mercado Abastecedor de Macau Nam Yue para a gestão do novo mercado abastecedor, localizado na Ilha Verde. Segundo o jornal, a grande mudança prende-se com o facto do Governo passar a aprovar os contratos que são assinados com os comerciantes. Até agora os contratos eram assinados directamente com a empresa concessionária.

Tendo em conta a transição dos actuais comerciantes para o novo mercado abastecedor, todos os contratos já assinados mantêm-se e terão de ser renovados anualmente, necessitando de aprovação do Governo.

O Ou Mun escreve ainda que, caso a banca esteja sem funcionar durante três meses, o contrato de arrendamento pode ser anulado, para que dar lugar a outros interessados.

É ainda referido que a concessionária não pode restringir e impedir, com a justificação de ter um regime de exclusividade, a entrada legal dos produtos de qualquer origem para o mercado abastecedor.

Individualidades do sector contactadas pelo diário de língua chinesa consideraram que os novos regulamentos aumentam o nível de dificuldade em termos de administração, sendo mais complicados. Esperam que o Governo trate deste dossier de forma mais flexível, para que se evitem possíveis conflitos futuros.

Há dias ficou a saber-se que a Nam Yue vai pagar uma renda mensal de 24 mil patacas pelo arrendamento de uma sede com 500 m2 no novo mercado abastecedor.

15 Nov 2017

China | Director do Gabinete de Ligação deixa recados no jornal Ou Mun

[dropcap style≠’circle’]Z[/dropcap]heng Xiaosong, director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, escreveu o segundo de uma série de seis textos no jornal Ou Mun onde aponta que, devido aos elevados números populacionais da China, é necessária a existência de um “núcleo” que sirva de orientação e que una todos os poderes do país.

O director do Gabinete de Ligação, que veio substituir Li Gang, falou sobre o espírito do 19º congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), que recentemente decorreu em Pequim. Nos cinco anos que decorreram desde o último congresso houve um “extraordinário desenvolvimento do partido e do país”. A China conseguiu “ultrapassar várias dificuldades que estavam por resolver há muito tempo”.

Na visão de Zheng Xiaosong, a China concretizou várias ideias levantadas no passado, o que fomentou uma “evolução marcante” da história chinesa, no que diz respeito aos assuntos ligados ao PCC e à pátria. Para o responsável do Gabinete de Ligação, esta evolução “vai levar a uma enorme influência no desenvolvimento do país e do partido”.

Para Zheng Xiaosong, a China é como um navio que precisa de um excelente capitão pois, caso contrário “vai perder-se e pode até naufragar”. O director do Gabinete de Ligação disse ainda acreditar no desempenho do presidente Xi Jinping e do “núcleo” do PCC, numa demonstração das vantagens do socialismo com características chinesas.

15 Nov 2017

Theodore Racing aponta à nona vitória no Grande Prémio

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Theodore Racing apresentou ontem a equipa que vai competir no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 e cujo objectivo passa pela conquista da vitória, que escapa à formação há dois anos. Numa cerimónia que decorreu no Grand Hotel Lisboa, devido às ligações históricas entre a equipa e a operadora SJM, principal patrocinador da formação, as metas foram apontadas pelo director da equipa Teddy Yip Jr.

“Em 2015 estabelecemos um novo recorde de vitórias, com um total de oito, que foi memorável. Agora acreditamos que estamos em boa-forma para voltar a conquistar o título”, disse Teddy Yip, ontem, na apresentação.

Este ano a equipa vai correr com os pilotos Maximillian Günther, Mick Schumacher, filho do ex-campeão mundial de Fórmula 1, Callum Illot e Guanyu Zhou.

Günther é um dos grandes favoritos, depois de ter terminado em terceiro lugar o Campeonato Europeu de Fórmula 3. “Esta prova é a jóia da coroa para todos os pilotos que querem chegar à Fórmula 1. Tive uma boa época, com um terceiro lugar na Europa e o meu objectivo é continuar a demonstrar a minha boa-forma aqui”, afirmou o alemão.

Por sua vez, Mick Schumacher recordou que é um estreante, o que traz sempre dificuldades acrescidas, mas que vai aproveitar a oportunidade para continuar a aprender e evoluir como piloto. A vitória não seria inédita para a família Schumacher, uma vez que Michael venceu em Macau em 1990. No entanto, na época de estreia o piloto acabou por desistir.

“Posso dizer, de forma honesta, que me sinto muito entusiasmado por ter a oportunidade de participar no Grande Prémio de Macau, um evento que faz parte da História e cheio de tradição”, apontou Mick Schumacher.

15 Nov 2017

População forçada a trocar imagens de Cristo por retratos de Xi Jinping

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s autoridades da comarca no sul da China, Yugan, estão a obrigar os cristãos locais a substituir os retratos de Jesus Cristo, cruzes e outros símbolos religiosos que têm em casa por imagens do Presidente chinês, Xi Jinping.

Segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP), milhares de cristãos de Yugan, na província de Jiangsi, sudeste do país, cederam à pressão das autoridades, alguns sob ameaças de deixar de receber subsídios de combate à pobreza.

O SCMP estima que 10% da população em Yugan vive abaixo do nível da pobreza (menos de um dólar por dia), uma percentagem que coincide com a do número de cristãos na região.

As autoridades locais lançaram uma campanha que visa “transformar os crentes na religião em crentes no Partido [Comunista]” e que inclui a entrega de centenas de retratos do Presidente Xi e visitas dos líderes locais a comunidades cristãs para convencê-las a substituir as imagens religiosas, escreve o jornal.

“Muitos camponeses são ignorantes, crêem que Deus é o seu salvador, mas depois do trabalho dos líderes perceberão os seus erros e verão que já não se devem apoiar em Jesus, mas sim no Partido Comunista”, destacou um dos líderes locais citado pelo SCMP.

 

O bom caminho

Xi Jinping é o mais forte líder chinês das últimas décadas, um estatuto consagrado durante o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado no mês passado.

Na China, as manifestações católicas são apenas permitidas no âmbito da Associação Patriótica Chinesa, a igreja católica aprovada pelo Estado e independente do Vaticano.

Oficialmente, o número de cristãos na China continental rondará os 24 milhões, a maioria dos quais protestantes, o que não chega a dois por cento da população chinesa – 1.375 milhões de habitantes.

O Governo chinês apela às igrejas católicas do país para aderirem ao “socialismo com características chinesas” e adoptarem “à direcção correta de desenvolvimento”.

15 Nov 2017

China | Registados 68 mil novos casos de SIDA até Junho

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] China registou quase 68 mil novos casos de infecção com o vírus da SIDA entre Janeiro e Junho deste ano, elevando para 718 mil o número total de infectados, segundo dados oficiais divulgados hoje.

Trata-se de um aumento de 8,5%, face ao mesmo período do ano passado, segundo números do Centro Chinês para o Controlo de Doenças, citados pelo jornal oficial China Daily.

A SIDA, outrora encarada na China como uma “doença de estrangeiros”, fruto de “um estilo de vida capitalista e decadente”, fez a primeira vítima no país em 1985.

Até ao final de 2015, matou 177.000 pessoas na nação mais populosa do mundo, com cerca de 1.375 milhões de habitantes.

As relações sexuais continuam a ser a principal via de transmissão da doença e têm assumido uma proporção crescente entre os novos casos de infecção, segundo os dados citados pelo China Daily.

Em 2010, cerca de 12% das infecções resultavam de relações homossexuais. Entre Janeiro e Junho deste ano, a proporção fixou-se em 25,6%.

Homens mais velhos tornaram-se também um grupo mais vulnerável, com o número de casos envolvendo homens com 60 anos ou mais a triplicar desde 2010, para 16.505.

“Hoje, mais idosos têm tempo livre para se divertirem (…) o que lhes dá mais oportunidades para encontrarem parceiros”, afirmou Gao Fu, diretor do Centro Chinês para Controlo de Doenças, citado pelo jornal.

O primeiro surto de SIDA na China aconteceu em meados dos anos 1990, na província de Henan. Centenas de milhares de camponeses pobres ficaram infectados, devido a um esquema ilegal de comércio de sangue.

O sangue de diferentes origens era misturado e, depois de extraído o plasma para ser vendido à indústria de biotecnologia, injectado de novo nos camponeses, para evitar anemias.

Até então, a maioria dos poucos casos oficialmente conhecidos na China dizia respeito a chineses que tinham trabalhado fora do país.

15 Nov 2017

Visita de Trump à Ásia foi “tremendo sucesso”

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, regressou ontem a Washington, depois de uma visita à Ásia que declarou ter sido um “tremendo sucesso” e serviu para alertar o mundo de que as “regras mudaram” no comércio.

O líder norte-americano revelou que fará, esta semana, uma “declaração importante” sobre o comércio e o seu périplo pela Ásia, na Casa Branca, onde deverá promover o plano de reforma fiscal do Partido Republicano.

Um avião Air Force One partiu ontem de Manila, onde Trump disse aos jornalistas que se deslocam com ele que “foram 12 dias fantásticos”. Sobre o comércio, o Presidente norte-americano afirmou que os parceiros comerciais dos EUA “vão passar a tratar [os EUA] de forma muito diferente”.

O Presidente partiu de Washington, em 3 de Novembro, para um périplo de quase duas semanas que incluiu Japão, Coreia do Sul, China, Vietname e Filipinas.

“Penso que os frutos do nosso trabalho vão ser incríveis, seja para a segurança das nossas nações, ou para a segurança do mundo, ou em questões comerciais”, afirmou.

Trump, que durante a campanha eleitoral prometeu rasgar acordos comerciais multilaterais, que considera prejudicarem os Estados Unidos, insistiu durante a viagem que o défice comercial norte-americano, de centenas de milhares de milhões de dólares, será reduzido a zero.

O líder norte-americano frisou que o comércio deve ser justo e mutuamente benéfico.

“Os Estados Unidos devem ser tratados de forma justa e reciproca”, escreveu ontem Trump, na rede social Twitter. “Os défices comerciais gigantes devem reduzir-se rapidamente”, acrescentou.

Trump afirmou que, durante a viagem, foram fechados negócios no valor conjunto de 300.000 milhões de dólares, uma soma que previu irá triplicar num curto período de tempo.

“Explicámos que os EUA estão abertos ao comércio, mas que queremos comércio reciproco”, disse.

15 Nov 2017

Trump evita falar nas Filipinas sobre campanha anti-drogas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou ontem a questão dos direitos humanos na sua visita às Filipinas, rejeitando comentar a sangrenta campanha antidrogas lançada pelo Presidente filipino, Rodrigo Duterte.

Trump elogiou repetidas vezes Duterte e referiu-se a este pelo nome próprio, evitando criticar a situação dos direitos humanos no país. Os dois homens riram juntos quando Duterte chamou “espiões” aos jornalistas.

Num jantar de gala em Manila que juntou os 20 líderes estrangeiros que participam na cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) nas Filipinas, Duterte cantou a canção “Ikaw” em dueto com a cantora Pilita Corrales, dizendo à audiência que o fizera “sob as ordens do comandante supremo dos Estados unidos”, motivando gargalhadas da assistência e um sorriso de Donald Trump.

Duterte lançou uma sangrenta guerra contra as drogas e frequentemente vangloria-se de ter matado pessoas. No ano passado, chamou filho da mãe ao então Presidente dos EUA, Barack Obama.

Baixa pressão

Ontem, durante um breve encontro com os jornalistas, Trump afirmou que tem “uma óptima relação” com Duterte, evitando responder sobre se mencionou a questão dos direitos humanos.

Rompendo com uma tradição dos líderes norte-americanos, Trump deixou de pressionar líderes estrangeiros em público sobre questões relativas aos direitos humanos.

A Casa Branca informou mais tarde que os dois líderes falaram, durante 40 minutos, da organização extremista Estado Islâmico, drogas ilegais e do comércio bilateral.

A polémica campanha contra o narcotráfico lançada por Duterte já causou milhares de mortos, com organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos a afirmarem que a polícia filipina executa consumidores e passadores de droga, bem como elementos das suas famílias.

14 Nov 2017

Timor | Portugueses condenados escapam para a Austrália

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s portugueses Tiago e Fong Fong Guerra, condenados em Timor-Leste a oito anos de prisão por peculato, fugiram do país e estão detidos em Darwin, no Território Norte da Austrália onde entraram ilegalmente de barco, confirmou a Lusa.

Fonte do Australian Border Force (ABF) confirmou que dois portugueses tinham entrado ilegalmente no país, escusando-se a prestar informações adicionais.

Fonte consular portuguesa indicou que se trata do casal Tiago e Fong Fong Guerra, que viajaram com passaportes e cartões de cidadão portugueses, mas sem visto de entrada na Austrália.

O casal está detido no centro de acolhimento de estrangeiros próximo do aeroporto de Darwin, cidade a que Tiago e Fong Fong Guerra chegaram, de barco, na quinta-feira 9 de Novembro, segundo a ABF.

A mesma fonte consular portuguesa confirmou à Lusa que o assunto está a ser acompanhado pelas autoridades portugueses e que o processamento do caso pode “demorar até duas semanas”, segundo a lei em vigor.

Álvaro Rodrigues, advogado de defesa do casal, disse à Lusa que “até ao momento” não receberam qualquer informação ou contacto sobre o assunto, não tendo ainda confirmado sequer se o casal está de facto na Austrália.

“Não tenho confirmação nenhuma porque não tivemos ainda nenhum contacto. Não sabemos nada. Não tivemos qualquer contacto nem antes nem depois e aguardamos serenamente alguma informação”, disse o advogado contactado em Macau. “Até ao momento não tivemos qualquer contacto das autoridades timorenses, portuguesas ou australianas”, disse ainda.

A embaixada portuguesa em Díli recusou fazer qualquer comentário sobre o assunto, remetendo declarações para o Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa.

Caso bicudo

O casal foi preso pela polícia timorense, em Díli, a 18 de Outubro de 2014. Desde então, estavam impedidos de sair de Timor-Leste, com Tiago Guerra obrigado a comparências semanais na Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).

A Lusa confirmou que se apresentou na passada segunda-feira, não tendo sido possível obter qualquer comentário oficial da PNTL ontem, dia em que em Timor-Leste se marca uma tolerância de ponto por ocasião do feriado de domingo.

A 24 de agosto um colectivo de juízes do Tribunal Distrital de Díli condenou o casal a oito anos de prisão efectiva e uma indemnização de 859 mil dólares por peculato. O tribunal declarou os dois arguidos co-autores do crime de peculato e absolveu-os pelos crimes de branqueamento de capitais e falsificação documental de que eram igualmente acusados.

O casal recorreu da sentença, pedindo a absolvição e considerando que esta “padece de nulidades insanáveis” mais comuns em “regimes não democráticos”, baseando-se em provas manipuladas e até proibidas.

Cerca de 3.500 pessoas assinaram uma petição, que já chegou ao parlamento português, a pedir ao Governo a extradição para Portugal do casal.

A petição, que chegou ao parlamento português em Outubro reclama que “o Governo de Portugal intime o Governo de Timor-Leste para que este processo seja transferido para Portugal, uma vez que o sistema judicial timorense tem provado ser incapaz de lidar com um caso como este”.

14 Nov 2017

Mar do Sul |  China e Vietname chegam a “consenso”

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e o Vietname chegaram ontem a um “consenso” sobre a gestão das suas tensões no mar do sul da China, uma zona disputada reivindicada por Pequim, informou a agência oficial Nova China.

O acordo foi conseguido num encontro entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o chefe do partido comunista do Vietname, Nguyen Phu Trong, que está em visita de Estado a Hanói.

As duas partes “chegaram a um importante consenso (…) para gerir as questões marítimas de modo apropriado” e “esforçarem-se conjuntamente para manter a paz e a estabilidade no mar do sul da China”, indica a Nova China sem dar mais pormenores.

Pequim reivindica como sua a maioria do mar do sul da China, que também conta com reivindicações do Vietname, Filipinas, Malásia e Brunei.

Desde a sua chegada ao poder no final de 2012, Xi Jinping reforçou os recifes controlados pela China para construir instalações, incluindo militares.

Este mar estratégico, por onde transitam anualmente cerca de 5.000 mil milhões de dólares  de mercadorias, terá vastas reservas de gás e petróleo.

As tensões recorrentes entre países com fronteiras com o mar do sul da China são consideradas como uma fonte potencial de conflito na Ásia.

14 Nov 2017

ASEAN | Li Keqiang em Manila para discutir cooperação

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, chegou no domingo a Manila, capital das Filipinas, para dar início a uma visita oficial ao país e a um conjunto de reuniões para a cooperação do Leste Asiático.

Durante a sua estadia de cinco dias, Li irá assistir ao 20º encontro de líderes China-ASEAN, ao 20º encontro de líderes ASEAN-China, Japão e Coreia do Sul e à 12ª Cimeira do Leste Asiático, informa o Diário do Povo.

“Com a recuperação titubeante da economia mundial, o Leste Asiático manteve uma tendência de cooperação e desenvolvimento regional, tendo-se tornado uma força estabilizadora, face à complexidade global em constante mudança”, disse Li na chegada à capital filipina.

A China e a ASEAN marcarão o 15º aniversário da sua parceria estratégica em 2018.

Esta é a primeira visita de Li a um país estrangeiro desde o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), ocorrido em Outubro. A visita deverá aprofundar a cooperação amistosa entre a China e as Filipinas, promover laços China-ASEAN e reforçar a cooperação regional no Leste Asiático, segundo avançaram as autoridades chinesas antes da visita ter início.

Recados do congresso

Em Manila, Li irá apresentar aos restantes líderes o espírito do 19º Congresso Nacional do PCC bem como a posição e a política da China face à cooperação no Leste Asiático, segundo informações avançadas pelo assistente do chanceler chinês, Chen Xiaodong, em conferência de imprensa realizada na semana passada.

O primeiro-ministro apresentará cerca de 30 novas iniciativas para aprofundar a cooperação pragmática em domínios como: interconectividade, segurança alimentar, redução da pobreza, turismo e combate à corrupção, acrescentou Chen.

Além disto, Li assistirá à reunião de líderes sobre a Parceria Económica Regional Abrangente, um acordo de livre comércio que envolve os dez membros da ASEAN e seis outros países – China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia.

Durante sua visita, o primeiro-ministro chinês conversará ainda com o presidente filipino, Rodrigo Duterte, sobre os laços bilaterais e assuntos de interesse comum.

Trata-se da primeira visita de um primeiro-ministro chinês às Filipinas nos últimos dez anos.

Li reafirmou o seu objectivo de partilhar pontos de vista com os líderes filipinos em torno do reforço da amizade entre as duas nações e da cooperação em áreas que vão de encontro às necessidades de desenvolvimento das duas partes.

“Espero que a visita contribua para melhorar a amizade entre os dois povos, aprofundar a cooperação bilateral e abrir novas perspectivas para as relações sino-filipinas”, escreveu Li num artigo publicado pelos principais jornais filipinos na antecipação da visita.

14 Nov 2017

Casa Garden | Seis filmes sobre o mundo lusófono

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já no próximo fim-de-semana, nos dias 18 e 19, que serão exibidos seis filmes dedicados ao mundo lusófono, inseridos no Lusophone Film Festival. No sábado terão lugar os filmes “Time to draw the line”, da Austrália e “Lusophony, the (r)Evolution”, produzido em Portugal. No domingo serão exibidos os filmes “I’m from over there” e “The boy and the world”, do Brasil; “Journey to Cape Verde”, de Portugal; e “Os pestinhas e o ladrão de brinquedos”, de Moçambique.

O evento está pensado para quem não fala português. Nasceu em Nairobi, Quénia, e partiu de “uma iniciativa de um moçambicano e de um português de ONGs internacionais (Nações Unidas)”. Esta é a segunda edição de uma proposta que “pretende servir de mostra do cinema dos países lusófonos, porque este tem pouca visibilidade, até mesmo nos próprios países de origem”.

Segundo um comunicado da Fundação Oriente (FO), que dá apoio ao evento, os filmes terão legendas em inglês e “pretendem construir pontes, dar a conhecer a variedade de mundos diferentes que existem dentro das comunidades que têm alguma ligação à língua portuguesa”.

Além do português, alguns filmes são falados em crioulo ou noutras línguas. A excepção vai apenas para o filme “Time to draw the line”, que foi escolhido por abordar “o problema das relações de Timor-Leste com a Austrália”, merecendo “destaque pela actualidade do assunto”.

A FO explica que, na terceira edição do Lusophone Film Festival, “espera-se poder dar alguma prioridade a Angola, São Tomé e Príncipe, Goa e Guiné-Bissau”.

14 Nov 2017

Relações laborais | PME contra licença de paternidade de cinco dias

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação de Pequenas e Médias Empresas de Macau, presidida por Stanley Au, manifestou-se contra a possibilidade da licença de paternidade poder chegar aos cinco dias. De acordo com o Jornal Ou Mun, para a entidade esta é uma medida que pode vir a “causar uma pressão enorme às PME locais e pode até influenciar o bom funcionamento dessas empresas”. Como solução, a associação espera que a medida possa vir a ser substituída por uma licença em forma de falta justificada e não remunerada até ao limite de cinco dias.

No que respeita à alteração do regime das relações laborais, a associação concorda com a alteração que prevê a transferência de feriados obrigatórios  para feriados públicos sendo que receia que a nível administrativo, a situação possa vir a causar “alguma confusão e mesmo conflitos entre trabalhadores e a entidade empregadora”.

Quanto ao regime de trabalho a tempo parcial, a Associação acredita que o estabelecimento deste regime pode atrair mais pessoal para trabalhar em part-time. No entanto, sugere que a definição de trabalho a tempo parcial seja alargada às 120 horas a cada quatro semanas. A proposta prevê neste momento que sejam consideradas 72 horas de trabalho.

14 Nov 2017

Habitação | Novos empréstimos para compra de casa caem a pique

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]egundo dados oficiais divulgados pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), os novos empréstimos para compra de habitação diminuíram 47,5 por cento em Setembro, face ao período homólogo do ano passado.

De acordo com estatísticas da AMCM, os bancos concederam empréstimos de 2,8 mil milhões de patacas em Setembro, menos 12,3 por cento em termos mensais. Entre os créditos concedidos, quase 98 por cento foram para residentes de Macau , totalizando 2,75 mil milhões de patacas.

Também os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias aprovados em Setembro sofreram um tombo com uma queda de 51,1 por cento, para 4,4 mil milhões de patacas, comparativamente ao período homólogo do ano passado. Já em termos mensais, o valor representou um aumento de 57,4 por cento.

No final de Setembro, o saldo bruto dos novos empréstimos para actividades imobiliárias correspondeu a 173,6 mil milhões de patacas, traduzindo um aumento de 2,2 por cento, enquanto o saldo bruto dos para habitação, no valor de 188,3 mil milhões de patacas, cresceu 5,4 por cento em termos anuais homólogos.

14 Nov 2017

Turismo | Congresso da APAVT arranca na próxima semana

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já no próximo dia 23 que Macau acolhe o 43º congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em parceria com a Direcção dos Serviços de Turismo, que decorre até ao dia 27. O lema desta edição do evento é “Turismo: A Oriente, tudo de novo!”.

Segundo um comunicado oficial, participam este ano cerca de 650 delegados. Haverá ainda lugar a um debate entre Jaime Gama, ex-presidente da Assembleia da República portuguesa e Jaime Nogueira Pinto, politólogo e empresário. Esta conversa será moderada pelo jornalista José Manuel Fernandes.

A lista de oradores de Portugal inclui ainda o antigo ministro da Economia e consultor, Augusto Mateus, empresário e actual administrador da TAP Air Portugal, Diogo Lacerda Machado, académico e empresário, Paulo Amaral, consultor internacional, Jeff Archambault, director-geral para a região da Grande China da Travelport, Ming Foong, entre outros.

Na cerimónia de abertura participam o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, a secretária de Estado do Turismo de Portugal, Ana Mendes Godinho, e o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira.

O mesmo comunicado aponta que “as sessões de trabalho do congresso irão debruçar-se sobre temas como Portugal e as relações com o oriente, as oportunidades trazidas para o turismo pela transformação digital, o papel do turismo na reinvenção do crescimento económico em Portugal, entre outros”. Será ainda realizado um workshop e uma bolsa de contactos para “promover oportunidades de negócios em turismo entre o Interior da China e Portugal, tirando partido do papel de Macau como plataforma de relações entre a China e os países de língua portuguesa”.

14 Nov 2017

SMG | Raymond Tam reuniu com entidade congénere em Hong Kong

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), Raymond Tam, reuniu com o director dos serviços homólogos em Hong Kong, Shun Chi Ming. Segundo um comunicado oficial, o encontro serviu para “fortalecer aspectos de cooperação na previsão e alerta sobre desastres meteorológicos, de modo a melhorar competências relacionadas e o serviço meteorológico público”.

Foram discutidos os padrões da média dos ventos “a serem adoptados para içar os sinais de tempestade tropical”, para que sejam alterados para dez minutos ao invés da média de uma hora. Foi também sugerido que sejam acrescentadas “mais classificações de intensidade para a tempestade tropical”.

No contexto da cooperação com Hong Kong, Raymond Tam considerou que “em caso de necessidade podem realizar-se video-conferências, de modo a que se possa aumentar as competências de previsão e prevenção dos desastres meteorológicos, melhorando o serviço meteorológico público”.

Já Shun Chi Ming prometeu apoiar os SMG, através da designação de um especialista “para coadjuvar na criação de estações de vento nas pontes” e também ao nível da “formação de pessoal técnico de manutenção de estações meteorológicas automáticas”.

14 Nov 2017

David Chow | Landmark vendido por 4,6 mil milhões

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] empresário David Chow finalizou o acordo para vender o edifício Landmark, por 4,6 mil milhões de dólares de Hong Kong. Os termos do negócio foram comunicados, na sexta-feira, à bolsa de Hong Kong, pela empresa Macau Legend, detida por Chow, e envolve a transferência do espaço e da gestão do casino. As empresas compradoras são todas de Macau, sendo que a Dong Lap Hong Property Investment vai tornar-se a maior accionista, com uma participação de 58 por cento. Esta é a única empresa das envolvidas que não foi criada no dia anterior ao comunicado à bolsa. As restantes são a Tong Lap Tak Real Estate Limited, Tong Hong Wan Real Estate Limited e Tong Tak Cheng Real Estate Limited e foram todas constituídas a 9 de Novembro, em Macau. Os proprietários não são identificados. Como o negócio envolve a gestão do casino, está ainda pendente da aprovação da Sociedade de Jogos de Macau, detentora da licença com que o casino é operador, e da Direcção de Inspecção e Coordenação dos Jogos.

Tap Seac | Exposição deu início ao Grande Prémio

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma exposição de dois dias, na Praça do Tap Seac, deu início ao 64.º Grande Prémio de Macau, numa cerimónia que contou com a participação de motociclistas, como o português André Pires,  vencedor das últimas duas edições, Peter Hickman e Michael Rutter, recordista de vitórias na prova. Durante dois dias os moradores puderam ver de perto alguns dos carros e das motos que vão participar nas provas, assim como o Mercedes Dallara de Fórmula 3 com que António Félix da Costa venceu o Grande Prémio, pela segunda vez, no ano passado. A cerimónia de início do Grande Prémio contou ainda com a presença do secretário para a os Assuntos Socais e Cultura, Alexis Tam.

13 Nov 2017

Doca dos Pescadores | Dezoito turistas feridos em acidente

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m total de 18 turistas ficou ferido no sábado, após um acidente de viação que envolveu dois autocarros turísticos e um ligeiro de sete lugares. A colisão aconteceu na Avenida da Amizade, à frente da Doca dos Pescadores, e os envolvidos que necessitaram de ser transportados para o hospital já tiveram alta.

O choque terá acontecido quando o condutor da viatura privada tentava evitar atingir as pessoas que atravessavam a passadeira e acabou atingido por trás por um dos autocarros. Por sua vez, o condutor do segundo autocarro não conseguiu evitar a colisão, acabando por acertar, também por trás, no outro veículo pesado.

Segundo a informação das autoridades, os 18 feridos são todos do Interior da China e têm idades entre os 25 e 68 anos. Entre as pessoas transportadas para o Serviço de Urgência do Hospital Conde de São Januário, apenas uma era do sexo masculino.

O caso mais grave aconteceu com uma turista do sexo feminino, a quem ainda foi feita uma radiografia ao crânio. No entanto, os resultados não mostraram qualquer anormalidade pelo que a pessoa encontrando-se em “estado clínico considerado bom” não necessitou de ser internada e teve alta clínica no sábado. Além das queixas ao nível da cabeça, a pessoa em causa sofreu um corte no braço direito.

Os restantes turistas tiveram lesões mais leves, com hematomas e cortes superficiais. Segundo as autoridades todos tiveram “alta após tratamento e exames”.

O acidente aconteceu mais de um ano depois do acidente na Rua de Entena. Na altura o condutor do autocarro turístico esqueceu-se de travar a viatura, e o veículo embateu num edifício. Na altura, 32 pessoas ficaram feridas, das quais uma turista ficou em estado muito grave com lesões na cabeça.

13 Nov 2017