Transportes | Concurso para atribuição de licenças de táxi prolongado

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] prazo para a apresentação de propostas no âmbito do concurso público para a atribuição de 100 licenças de táxis foi prolongado até às 18h do dia 26 de Março. Inicialmente, estava previsto que o prazo para a entrega de propostas chegasse ao fim a 8 de Março, mas a Direcção dos Serviços para os Assuntos Tráfego (DSAT) optou por esticar o período para os interessados apresentarem as propostas.

“Tendo em conta a diferença das características dos táxis exigidos para os que agora estão em circulação, foi autorizada por despacho do Chefe do Executivo, a prorrogação do prazo de entrega das propostas. Com a extensão do prazo, os interessados usufruem de mais tempos para adquirir conhecimento sobre as características, manutenção e reparação deste tipo de veículos”, justificou a DSAT.

6 Mar 2018

Fim de mandatos do Presidente da República na China inspira países africanos a seguirem o modelo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] decisão do Partido Comunista Chinês (PCC) em pôr fim ao limite de mandatos presidenciais vai “inspirar” países africanos e mostrar as contradições democráticas de regimes frágeis ou consolidados, consideraram à agência Lusa dois especialistas em África.
O economista e sociólogo guineense Carlos Lopes, antigo secretário executivo da Comissão Económica para África (CEA) das Nações Unidas (2012/16) e atualmente ligado a projetos económicos na União Africana (UA), e o investigador, escritor, jornalista e comentador angolano Jonuel Gonçalves, atual professor na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, partilharam, a opinião de que a influência poderá ser perigosa para a democracia.
Em pano de fundo está o facto de 12 países africanos continuarem a combater o pluralismo democrático num continente que foi varrido ao longo de década de 1990 pelos ventos de democracia, em que alguns sopros resultaram, mas outros nem por isso.
“Os países africanos vão inspirar-se e mostrar as contradições. Torna-se claro que já ninguém pode dar lições éticas a ninguém e que a crise da democracia representativa estalou no núcleo duro dos que a moldaram”, sustentou Carlos Lopes.
Por outro lado, para José Gonçalves, a decisão do PC chinês, aprovada no final de fevereiro último, pode ser “perigosa para a democracia” em África, mas também já é vista com críticas e ironias por alguns setores africanos por… “copiar a estratégia” dos Presidentes da Guiné Equatorial, Camarões e Burundi, entre outros.
“Isso vai servir de argumento aos que não limitam os mandatos e receio que (o Presidente da RDCongo, Joseph] Kabila também queira usar a decisão chinesa. Porém, há também o inverso, com muitas críticas e ironias em meios africanos ao PC chinês por copiar [Teodoro] Obiang, [Paul] Biya e [Pierre] Nkurunziza”, analisou José Gonçalves.
Para Carlos Lopes, analisar a decisão do PC chinês é procurar também as causas da “mudança de flanco” de Pequim.
“Desde a guerra do Iraque que tem vindo a acentuar-se uma contestação da legitimidade de certos princípios da ordem internacional. Isso deve-se ao facto de os Estados Unidos terem prescindido de um mandato da ONU e, a partir daí, terem aberto o flanco a que se critique os dois pesos duas medidas”, sustentou.
“As possibilidades de guerra assimétrica que inauguraram os jihadistas acentuou o movimento de contestação. As eleições de Trump, os populismos extremos na Europa, com casos terríveis na Polónia e Hungria, com pronunciamentos racistas dos lideres, mostraram a ambiguidade do Ocidente em relação aos seus ditos princípios. Tudo isso deu força a que uma figura como Putin desenvolva um carisma internacional e agora a China mude de flanco”, defendeu.
A onda de democracia que varreu nas últimas décadas o continente africano de norte a sul não soprou, porém, em 12 Estados, cuja Constituição não contempla a limitação de mandatos ou em que aprovaram ou vão referendar em breve uma decisão nesse sentido.
Além dos casos da Guiné Equatorial, Camarões, Burundi e RDCongo, estão nessa lista a Argélia (Abdelaziz Bouteflika), Camarões (Paul Biya), Congo (Denis Sassou Nguesso), Gabão (Ali Bongo Ondimba), Quénia (Uhuru Kenyatta), Ruanda (Paul Kagamé), Togo (Faure Gnassingbé), Uganda (Yoweri Museveni) e Zâmbia (Edgar Lungu).
Com a, pelos vistos, crescente ambição pela perpetuação no poder, e face à também crescente influência da China em África, onde o investimento é muito elevado, aos 12 Estados poderão juntar-se outros, onde a democracia é ainda fragilizada e débil, em que o “perigo de contaminação” se torna evidentes, mesmo tendo em conta que a democracia não se esgota em eleições, pelo que a solução pode passar pela conhecida tese de “democracia musculada”.
Limitação de mandatos em África na ordem do dia e o “perigo” do exemplo chinês
Pelo menos 12 países africanos estão envolvidos em processos em que pretendem reverter a ordem constitucional e pôr cobro à limitação de mandatos, tal como decidiu recentemente o Partido Comunista Chinês (PCC).
Argélia, Camarões, Guiné Equatorial, Ruanda, Uganda, Burundi, Gabão, Congo, Togo, Zâmbia, Quénia e RDCongo, por diferentes razões, têm agora a “porta aberta” para se “inspirarem” no exemplo do PC chinês para se perpetuarem no poder.
A dúvida paira sobre que caminho poderão seguir outros dos restantes 43 Estados africanos se a democracia, tal como está implantada, pode ser revertida.
Entre os 12 países em causa, na Argélia não há limitação de mandatos e Bouteflika, 81 anos feitos a 02 deste mês, apesar de raramente aparecer em público, já deu indicações de que, em 2019, quer renovar as vitórias que tem colecionado desde 1999 (2004, 2009 e 2014), ano em que chegou ao poder depois de 26 anos como chefe da diplomacia argelina. O mesmo se passa nos Camarões, onde Byia, aos 84 anos, e há 35 no poder, vai recandidatar-se nas eleições deste ano.
Idêntica situação é a da Guiné Equatorial, com Teodoro Obiang Nguema, no poder desde 1979, e no Ruanda, com Paul Kagamé, Presidente desde 2000. A situação já se “resolveu” no Uganda, onde Yoweri Museveni, Presidente há 21 anos, fez aprovar a lei que pôs cobro à limitação de dois mandatos, pelo que pode concorrer novamente na votação em 2021.
No Burundi, há um referendo em maio próximo para se proceder a uma alteração constitucional, de forma a permitir a Nkurunziza candidatar-se a um terceiro mandato e, no limite, liderar o país até 2034. A polémica em torno do fim da limitação dos dois mandatos presidenciais também existe no Gabão, em que Ali Bingo Ondimba, filho de Omar Bongo, está no poder desde 2005 e venceu a votação de dezembro de 2017 no meio de grande contestação, pois já entrou no terceiro mandato.
No Congo, Denis Sassou Nguesso, que passou 32 anos, intercalados (1979/92 e desde 1999 no poder,), foi reeleito Presidente em março de 2016, prolongando um regime que lidera com “mão de ferro”. Também no Togo, onde a instabilidade política e social começa a subir de tom, Faure Gnassingbé sucedeu ao pai, Gnassingbé Eyadéma, em 2005, e desde então, venceu as eleições de 2010 e 2015, estando já em discussão pública a alteração à Constituição que lhe permitirá concorrer a um terceiro mandato em 2020.
A cumprir o segundo mandato, também Edgar Lungu, na Zâmbia, está a pensar em mudar a Carta Magna para poder apresentar-se novamente nas presidenciais de 2021, o mesmo sucedendo no Quénia, onde Uhuru Kenyatta, apesar do boicote da oposição, venceu as presidenciais de novembro de 2017, depois de ganhar as de 2013, e já iniciou o debate sobre a devida alteração constitucional para a votação em 2022.
Complexa está ainda a situação na República Democrática do Congo (RDC), onde Joseph Kabila, cujo segundo e último mandato constitucional terminou em dezembro de 2016, conseguiu um acordo polémico com a oposição e prolongou a Presidência por mais um ano. No entanto, a data das presidenciais de 2017 nunca chegou a ser marcada, tendo sido recentemente fixada para 23 de dezembro deste ano. No poder desde 2001, sucedeu ao pai, Laurent-Desiré Kabila, assassinado nesse ano por um guarda-costas.
Angola deixou a “lista” em agosto de 2017, com o fim dos 38 anos de regime de José Eduardo dos Santos, o mesmo sucedendo, mais recentemente, no Zimbabué, onde Robert Mugabe foi afastado compulsivamente pelos militares em novembro último.
5 Mar 2018

Óscares: Jimmy Kimmel diz que Hollywood deve ser um exemplo no combate ao assédio

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] apresentador da 90.ª cerimónia dos Óscares, Jimmy Kimmel, disse, no monólogo de entrada, que o combate ao assédio sexual a ocorrer hoje no meio cinematográfico há muito tardava e que Hollywood deve ser um exemplo.
Kimmel, que apresenta a cerimónia pelo segundo ano consecutivo, disse que a noite deve ser marcada pela “positividade”, chamando a atenção para o trabalho a ser desenvolvido pelas ativistas de movimentos como o Me Too, Time’s Up e Never Again.
“O que aconteceu com o Harvey [Weinstein] e o que está a acontecer por todo o lado era há muito devido. Não podemos continuar a deixar passar o mau comportamento. O mundo está a olhar para nós, precisamos de ser um exemplo”, afirmou o comediante, que recordou que, em Hollywood, se fez um filme chamado “O que as mulheres querem”, protagonizado por Mel Gibson, o que dizia “tudo o que havia a dizer” sobre como o meio encarava as mulheres.
Num monólogo em que abordou diversas das polémicas recentes, com direito a menção ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Kimmel afirmou que se se conseguir pôr fim ao assédio sexual no local de trabalho, “então as mulheres só terão de lidar com assédio em todos os outros sítios onde forem”.
Harvey Weinstein, já expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que atribui os Óscares, foi afastado da sua produtora em outubro do ano passado, no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico.
Dezenas de mulheres, incluindo as atrizes Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino, Ashley Judd, Léa Seydoux, Asia Argento e Salma Hayek denunciaram uma série de episódios diferentes, que vão desde presumíveis comportamentos sexuais abusivos a acusações de violação por parte do produtor Harvey Weinstein, galardoado com um Óscar pela produção de “A Paixão de Shakespeare” (1998).
Desde que foi divulgado o caso, vários escândalos relacionados com acusações de assédio, agressão sexual e até mesmo de violação foram denunciados em vários países do mundo.
5 Mar 2018

Óscares: Sam Rockwell e Allison Janney vencem melhor actor e actriz secundários

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]am Rockwell venceu hoje o Óscar de melhor ator secundário pela sua interpretação em “Três Cartazes à Beira da Estrada”, enquanto Allison Janney arrecadou o de melhor atriz secundária, pelo papel em “Eu, Tonya”.
Nomeado pela primeira vez aos 49 anos, Sam Rockwell conquistou o galardão pelo seu desempenho como polícia racista e violento no filme “Três Cartazes à Beira da Estrada”, de Martin McDonagh.
Por sua vez, Allison Janney, que também recebeu um Óscar pela primeira vez, foi distinguida pelo seu papel de mãe exigente no filme “Eu, Tonya”, de Craig Gillespie.
Sam Rockwell agradeceu, entre outros, ao ator Christopher Plummer – o mais velho entre os nomeados para a mesma categoria –, à atriz Frances McDormand, com quem contracena, e ao pai, que promoveu o seu amor pelo cinema.
“Fiz tudo sozinha”, brincou Allison Janney no início do seu discurso, sem poupar elogios à equipa de “Eu, Tonya” e a Joanne Woodward, “pelo incentivo e generosidade” que a atriz de 88 anos teve na luta de Janney por uma carreira como atriz.
Sam Rockwell competia com Christopher Plummer por “Todo o Dinheiro do Mundo”, Woody Harrelson por “Três Cartazes à Beira da Estrada”, Richard Jenkins por “A Forma da Água” e Willem Dafoe por “Projeto Florida”.
Allison Janney tinha como ‘rivais’ Laurie Metcalf por “Lady Bird”, Lesley Manville por “Linha Fantasma”, Octavia Spencer por “A Forma de Água” e Mary J.Blige por “Mudbound”.
Além dos prémios para melhor ator e atriz secundários, foram entregues mais seis óscares.
Sem surpresas, “A Hora Mais Negra” venceu na categoria de melhor caracterização e “Linha Fantasma” na de melhor guarda roupa.
Para a categoria de melhor guarda roupa estava nomeado o luso-canadiano Luís Sequeira, que venceu o prémio do sindicato dos figurinistas, em fevereiro, pelo seu trabalho no filme “A Forma da Água”.
A grande surpresa até ao momento foi o Óscar para melhor documentário, com “Icarus” a destacar-se como a primeira longa metragem da Netflix a vencer qualquer prémio da academia.
Emocionados, os realizadores Bryan Fogel e Dan Cogan sublinharam “a grande importância de dizer a verdade”, fazendo referência aos movimentos #TimesUp e #MeToo.
“Dunkirk”, de Christopher Nolan, nomeado para oito óscares, levou o prémio de melhor montagem de som e melhor mistura de som.
O Óscar de melhor filme de animação foi para “Coco”, de Lee Unkrich.
O filme que lidera as nomeações desta edição, “A Forma da Água”, arrecadou o Óscar de melhor cenografia.
“Una Mujer Fantastica”, um filme chileno, ganhou o Óscar para melhor filme estrangeiro. A longa metragem de Sebastián Lelio, que conta a história de uma jovem transexual, já havia sido premiado em Berlim.
5 Mar 2018

Óscares: “Foge” e “Chama-me Pelo Teu Nome” vencem melhores argumentos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] argumentista e realizador de “Foge”, Jordan Peele, recebeu hoje o Óscar de melhor argumento original, enquanto James Ivory venceu na categoria de melhor argumento adaptado por “Chama-me pelo teu nome”, a partir da história de André Aciman.
É o primeiro Óscar atribuído a “Chama-me pelo Teu Nome”, filme que explora o despertar da sexualidade, protagonizado pelo nomeado a melhor ator principal Thimotée Chalamet.
James Ivory começou por reconhecer o escritor André Aciman, também presente na cerimónia, e a sua “história sobre a beleza do primeiro amor, seja ele heterossexual, gay ou algo no meio”.
Agradeceu também ao “sensível” realizador” Luca Guadagnino e aos atores, “sem os quais não estaria naquele palco”.
“Get Out” é o primeiro filme de Jordan Peele, o primeiro negro em 90 anos nomeado a três Óscares com o mesmo filme, feito referido no início da cerimónia pelo anfitrião Jimmy Kimmel.
“Isto significa muito para mim”, disse no início do discurso, admitindo que parou de escrever o argumento mais de 20 vezes por achar que “não resultaria”, mas que, se alguém acreditasse nele, “poderia levantar a sua voz”, e assim o fez.
O filme, que é também uma sátira, aproveita-se do horror para abordar a questão racial.
5 Mar 2018

Óscares: Gary Oldman e Frances McDormand vencem melhor ator e melhor atriz

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] actor Gary Oldman foi hoje distinguido com o Óscar de melhor ator principal, pela interpretação em “A hora mais negra”, e Frances McDormand venceu na categoria feminina, por “Três Cartazes à Beira da Estrada”.
“Obrigado pelo teu amor e apoio. Põe a chaleira a aquecer. Vou levar o Oscar para casa”, disse Gary Oldman à sua mãe, durante o discurso de aceitação de melhor ator.
“Olhem à vossa volta, senhoras e senhores, porque todos temos histórias para contar”, afirmou Frances McDormand.
A atriz já tinha vencido o prémio em 1997, pela interpretação em “Fargo”. Por outro lado, Gary Oldman, que foi nomeado para o prémio em 2012 – pela sua atuação no filme “A Topeira” – vence pela primeira vez.
Normalmente o vencedor do Óscar de Melhor Ator na edição passada entrega o galardão de Melhor Atriz no ano seguinte — e vice-versa. Contudo, a tradição foi quebrada, já que Casey Affleck, que ganhou o prémio com a sua prestação em “Manchester by the Sea”, não compareceu este ano.
5 Mar 2018

Óscares: “A Forma de Água” vence nas categorias de Melhor Filme e Melhor Realizador

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] realizador Guillermo Del Toro conquistou hoje o Óscar de melhor realizador com o filme “A Forma da Água”, confirmando a sua condição de favorito. Guillermo Del Toro é o terceiro cineasta mexicano a vencer nesta categoria, depois de Alejandro Iñarritu e Alfonso Cuarón.

“O melhor que a arte faz, e que a nossa indústria faz, é apagar as linhas na areia”, disse Del Toro, aludindo à sua carreira internacional. É o terceiro galardão para a fábula “A Forma da Água”, o filme mais nomeado da noite.

O filme “A forma da água”, de Guillermo del Toro, venceu hoje o Óscar de melhor filme na 90.ª edição dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, para o qual entrou como o título mais nomeado.

Minutos antes, o mexicano del Toro já havia recebido o Óscar de melhor realização, tendo “A forma da água” sido também distinguido por melhor banda sonora, de Alexander Desplat, e melhor desenho de produção.

“A forma da água” recebeu 13 nomeações para os Óscares deste ano, entre as quais as de dois canadianos de origem portuguesa, Luís Sequeira e Nelson Ferreira, nas categorias de melhor guarda-roupa e de montagem de som, respetivamente.

 

Lista completa dos vencedores da 90.ª edição dos Óscares:

Melhor filme:

“A forma da água”

Melhor realização:

Guillermo del Toro – “A forma da água”

Melhor ator:

Gary Oldman – “A hora mais negra”

Melhor ator secundário:

Sam Rockwell – “Três cartazes à beira da estrada”

Melhor atriz:

Frances McDormand – “Três cartazes à beira da estrada”

Melhor atriz secundária:

Allison Janney – “Eu, Tonya”

Melhor fotografia:

“Blade Runner 2049”

Melhor argumento adaptado:

“Chama-me pelo teu nome”

Melhor argumento original:

“Foge”

Melhor filme estrangeiro:

“Uma mulher fantástica”

Melhor filme de animação:

“Coco”

Melhor documentário:

“Icarus”

Melhor documentário em curta-metragem:

“Heaven Is a Traffic Jam on the 405”

Melhor curta-metragem:

“The Silent Child”

Melhor curta-metragem de animação:

“Dear Basketball”

Melhor cenografia:

“A forma da água”

Melhor montagem:

“Dunkirk”

Melhor caracterização:

“A hora mais negra”

Melhor guarda-roupa:

“Linha fantasma”

Melhor banda sonora original:

“A forma da água”

Melhor canção:

“Remember Me” – “Coco”

Melhor montagem de som:

“Dunkirk”

Melhor mistura de som:

“Dunkirk”

Melhores efeitos visuais:

“Blade Runner 2049”

5 Mar 2018

Óscares: Documentário “Ícaro” dá à Netflix primeiro galardão por longa-metragem

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] documentário “Ícaro” venceu o Óscar para melhor documentário, na 90.ª cerimónia dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, sendo a primeira longa-metragem da Netflix a conquistar tal galardão.

Em 2017, o documentário “Os Capacetes Brancos”, também da Netflix, venceu o Óscar para melhor curta-metragem documental, tendo a empresa de ‘streaming’ já tido nomeações para melhor documentário nos cinco anos anteriores.

“Ícaro”, de Bryan Fogel, foi comprado pela Netflix no festival de Sundance, no ano passado, e conta a história de “um ciclista norte-americano [que] é envolvido num escândalo de ‘doping’, em que está implicado um cientista russo a quem Putin quer silenciar”.

No discurso de aceitação do Óscar, Fogel dedicou o prémio ao médico Grigory Rodchenkov, fonte principal do documentário, que “transforma a sua história de uma experiência pessoal num ‘thriller’ geopolítico que envolve urina falsificada, mortes por explicar e o maior escândalo desportivo da história”, segundo a sinopse existente no iMDB.

Fogel disse esperar que “Ícaro” seja uma chamada de alerta para a Rússia, mas que, além disso, sirva de aviso sobre “a importância de dizer a verdade, hoje mais do que nunca”.

“Ícaro” tinha como adversários “Abacus: Small Enough to Jail”, “Olhares, Lugares”, de Agnès Varda, que, aos 89 anos, marca presença na cerimónia dos Óscares como a nomeada mais velha dos prémios, o sírio “Last Men in Aleppo” e “Strong Island”.

5 Mar 2018

Fosun compra participação em grupo de moda austríaco

[dropcap style=’circle’] O[/dropcap] grupo de investimento chinês Fosun, principal accionista do banco BCP, comprou 50,6 por cento do capital da empresa de moda de luxo austríaca Wolford por 32,6 milhões de euros, segundo o portal chinês de informação financeira Caixin.
O conglomerado chinês ofereceu 12,8 euros por acção e ainda acordou investir 22 milhões de euros numa operação de aumento de capital a concluir em Maio. Além disso, a Fosun oferecerá 13,67 euros por título aos outros accionistas da empresa, com o objectivo de no futuro reforçar a sua participação.
Depois de registar significativos prejuízos nos últimos anos, a Wolford apresentou em Junho um plano de reestruturação e os seus proprietários anunciaram a intenção de vender uma participação maioritária na empresa.
Para a Fosun, esta é a terceira operação de compra internacional nas últimas duas semanas, depois de ter adquirido uma participação maioritária na casa de moda francesa Jeanne Lanvin, por 120 milhões de euros, e na gestora de fundos brasileira Guide Investimentos por 42 milhões de euros.
Segundo fontes próximas do grupo chinês citadas pelo portal Caixin, a Fosun está à procura de mais investimentos no sector da moda de luxo na Europa para reforçar o seu plano de expansão internacional e para satisfazer a procura dos consumidores chineses.
A Fosun tem sede em Xangai e investimentos em múltiplos sectores como saúde, turismo, moda, imobiliário e banca. Nos últimos anos, comprou empresas estrangeiras como o francês Club Med, o britânico Thomas Cook (ambas na área do turismo), o canadiano Cirque du Soleil (espetáculos artísticos), além de ser o maior accionista do Banco Comercial Português (BCP), com 25,16 por cento.
Esta semana, o presidente da seguradora Fidelidade, que também é detida pela Fosun, disse que a participação deste grupo no BCP pode vir a aumentar.
Ainda em Dezembro do ano passado, a Fosun tomou uma participação de 18 por cento de Tsingtao, a maior cervejeira da China.

5 Mar 2018

Hong Kong | Art Basel vai ter 26 painéis de debate este ano

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois do cinema, a elegia da palavra toma conta da nova edição da Art Basel. Já é conhecido o programa de debates sobre o mundo da arte, que estará aberto ao público durante a realização da exposição Art Basel, de 28 a 31 de Março no Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong.

A Art Basel é uma das feiras de arte mais conhecidas em todo o mundo, estando presente em vários países e regiões. Em Hong Kong, acontece há cinco anos.

De acordo com o comunicado divulgado pela organização do evento, os 26 painéis de debate, com entrada gratuita, vão versar sobre “assuntos bastante relevantes para a indústria da arte como o futuro das colecções públicas e privadas, os modelos alternativos de negócio para as galerias, os actuais desenvolvimentos do mercado da arte na Ásia, tal como as políticas do género no mundo da arte”.

Nomes de “proeminentes artistas de todo o mundo”, como é o caso de Sophia Al-Maria, Rasheed Araeen, Astha Butail, Samuel Fosso, Guerrilla Girls, Antony Gormley ou He Xiangyu, entre outros, vão estar presentes nestas sessões.

O programa de debates é organizado, pelo quarto ano consecutivo, por Stephanie Bailey, escritora e editora. Quarta-feira, dia 28 de Março, os debates arrancam com a presença de Clare McAndrew, fundadora da Arts Economics, que se junta ao escritor na área da cultura Enid Tsui. Ambos vão falar sobre o estado do mercado da arte, “com um especial foco nas tendências do coleccionismo na Ásia verificadas o ano passado”.

Haverá também um debate sobre a carreira do artista Rasheed Araeen, que vai falar sobre a sua transformação “de um pintor que cria obras em Karachi num escultor pós-minimalista em Londres”. Já Gabriel Orozco vai protagonizar um debate com Doryun Chong, director e curador chefe da M+, sobre a forma como o estilo de vida nómada e o facto de viver na Ásia tem vindo a influenciar o seu mais recente trabalho.

No debate intitulado “Feminist Aesthetics? | Movements and Manifestations’ será abordada a ligação entre o género e a arte com a presença de Guerrilla Girls, Yurie Nagashima, Nilima Sheikh e Yu Hong. Há ainda um painel com o nome “The Collecting Institution | Acquisitions and Representations”, em que será discutida a forma como as instituições devem responder aos seus papéis não só como curadores mas também enquanto promotores de conhecimento cultural, sem esquecer ainda o facto de também serem colecionadores com direitos próprios. Aqui participam nomes como Agustín Pérez Rubio, director artístico do Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires, Juan Andrés Gaitán, director do Museu Contemporâneo Tamayo Arte e Eve Tam, directora do Museu de Arte de Hong Kong. De frisar que os debates estarão disponíveis em inglês, cantonês e mandarim.

5 Mar 2018

Pequim não “cruza os braços” perante ameaças comerciais dos EUA

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] China “não ficará de braços cruzados” perante as ameaças dos Estados Unidos em matéria comercial, advertiu um alto responsável chinês, após declarações cada vez mais insistentes do Presidente norte-americano, Donald Trump

“A China não quer uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas se os Estados Unidos adoptarem medidas que prejudiquem os interesses chineses, a China não ficará de braços cruzados e tomará as medidas que se impõem”, declarou à imprensa o porta-voz da Assembleia Nacional Popular (ANP), Zhang Yesui, na véspera da abertura da sessão plenária anual do parlamento chinês.
Trump fez subir ainda mais o tom das suas afirmações sobre uma guerra comercial na Sexta-feira, ao ameaçar os parceiros comerciais dos Estados Unidos de “taxas recíprocas” sobre as suas importações, depois de ter visado no dia anterior as do alumínio e do aço. O inquilino da Casa Branca já tinha escrito na rede social Twitter que as guerras comerciais eram “boas e fáceis de ganhar”.
Inquirido sobre essas ameaças, o porta-voz chinês, ele mesmo antigo embaixador nos Estados Unidos, defendeu uma maior abertura dos mercados dos dois países.
No Sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, considerou “sem fundamento” as sanções norte-americanas contra as exportações de aço de outros países adoptadas em nome da segurança nacional.
“Não é só a China que pensa que isto não é razoável. Muitos países europeus e o Canadá disseram todos que não podiam aceitá-lo”, disse Wang, citado pela imprensa chinesa.

Investimento estrangeiro
Pequim vai elaborar uma nova lei para “promover e proteger o investimento estrangeiro no país”, com o objectivo de fomentar a abertura da sua economia, anunciou o porta-voz da Assembleia Nacional Popular. Zhang Yesui, porta-voz do órgão legislativo máximo do país, que inicia hoje o seu plenário anual, explicou que se reunificarão as três leis que actualmente existem para regular o investimento estrangeiro na China e será criada uma nova lei para alcançar quatro objectivos.
O primeiro objectivo será o “desenvolvimento, benefício mútuo, estratégia e comércio de alta qualidade, bem como a liberalização e a facilitação do investimento”, indicou o responsável.
Será prestada a mesma atenção ao investimento da China no exterior que ao estrangeiro no país e será facilitado o acesso ao mercado, precisou Zhang.
“Criar um ambiente transparente, estável e previsível para o investimento estrangeiro e proteger os seus direitos e interesses legítimos” é o terceiro objectivo mencionado pelo porta-voz, numa conferência de imprensa no Grande Palácio do Povo, em Pequim.
Por último, a China oferecerá um “tratamento justo” às empresas internacionais, com igualdade de condições em relação às companhias domésticas.

Destaque: No Sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, considerou “sem fundamento” as sanções norte-americanas contra as exportações de aço de outros países adoptadas em nome da segurança nacional.

5 Mar 2018

Música | MACA assina parceria com Sociedade Portuguesa de Autores

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e a MACA (Macau Association of Composers, Authors and Publishers) vão produzir em conjunto o álbum “MACA Album Volume 7”, que celebra o décimo aniversário da associação local.

De acordo com um comunicado divulgado pela SPA, “a cooperação entre ambas as congéneres estender-se-á à semana cultural da relação dos países da Lusofonia com a China, na qual a SPA foi convidada a participar, facto que muito honra a cooperativa dos autores portugueses”.

As parcerias com a MACA surgem numa altura em que “a SPA tem vindo a reforçar a sua presença internacional e as sinergias em rede, destacando-se actualmente a proposta da Confederação Lusófona de Sociedades de Autores . A parceria visa uma maior solidariedade, à escala global, na prossecução dos únicos e fundamentais objectivos comuns: a cada vez maior proteção dos direitos dos autores e a garantia de uma justa remuneração pela exploração das suas obras”.

5 Mar 2018

CCPPC | Chan Meng Kam e Ho Fu Keong fazem propostas a Pequim

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com o Jornal do Cidadão, Chan Meng Kam, membro da Conferência Consultiva da Política do Povo Chinês (CCPPC) e ex-deputado à Assembleia Legislativa de Macau, apresenta em Pequim uma proposta para que o Governo Central coordene a criação de um mecanismo de resposta às catástrofes e de salvamento nas regiões Guangdong, Hong Kong e Macau.

Nesse sentido, Chan Meng Kam sugere a criação de um canal na fronteira que funcione de forma mais rápida em caso de ocorrência de catástrofes, para que pessoal de salvamento e materiais cheguem mais depressa ao seu destino.

Ho Fu Keong, outro membro da CCPPC, vai também apresentar uma proposta sobre a formação de talentos jovens ligado ao projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Na sua proposta, Ho Fu Keong sugere o aproveitamento das vantagens de cada região para que se crie uma plataforma de formação, com a aposta em programas de intercâmbio.

5 Mar 2018

Pequim | “Elevado alerta” sobre ideias de independência de Hong Kong

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com o canal chinês da Rádio Macau, Chen Sixi, vice-director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, disse na capital chinesa que a RAEM tem vindo a implementar o princípio “Um País, Dois Sistemas” e que aqui não existem ideias que promovem a independência do território.

Chen Sixi afastou qualquer vestígio de semelhança entre o que se passa em Macau e Hong Kong, onde existe um movimento político dominado por partidos localistas. Um deles é o Demosisto, de Joshua Wong e Nathan Law.

Chen Sixi disse que o facto de não existir um movimento independentista em Macau deve ser reconhecido e mantido. De frisar que Sulu Sou, deputado suspenso temporariamente e pró-democrata, disse numa entrevista que não está a favor da independência de Macau e que essa é uma “falsa questão” no território.

O vice-director do Gabinete de Ligação em Macau acrescentou que tem sempre um elevado nível de alerta em relação à possível introdução do pensamento de independência de Hong Kong em Macau.

5 Mar 2018

APN | Cooperação na agenda do Chefe do Executivo em Pequim

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo partiu ontem para Pequim onde estará até Quarta-feira para participar na primeira sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN), que decorre hoje na capital chinesa.

De acordo com um comunicado oficial, Chui Sai On tem previstos vários encontros com responsáveis do Ministério do Comércio, da Administração de Alimentos e Medicamentos e da comissão de Desenvolvimento e Reforma. O mesmo comunicado aponta que “será assinado com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma o acordo sobre a participação e apoio de Macau à programação geral para a concretização da iniciativa nacional ‘Uma Faixa, Uma Rota’”.

O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong; o director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan; a coordenadora do Gabinete de Protocolo, Relações Públicas e Assuntos Exteriores, Lei Iut Mui; a presidente do Conselho de Administração da Macau Investimento e Desenvolvimento, Lu Hong, e o consultor principal do Gabinete de Estudo das Políticas, Mi Jian, entre outros responsáveis, integram a delegação. Em Dezembro do ano passado, Chui Sai On deslocou-se a Pequim para apresentar o relatório sobre os trabalhos desenvolvidos ao longo de 2017 e as prioridades governativas para este ano.

5 Mar 2018

Comércio externo de Macau sobe 31 por cento em Janeiro

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] valor total do comércio externo de mercadorias de Macau subiu, em Janeiro passado, 31 por cento para 9,65 mil milhões de patacas em relação ao mesmo mês de 2017.

Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em Janeiro exportaram-se 1,23 mil milhões de patacas em mercadorias, ou mais 26 por cento do que no período homólogo.

No mês em análise, o valor da reexportação cresceu 34,8 por cento para 1,08 mil milhões de patacas, tendo sido registado também um aumento nas importações de 31,9 por cento (8,43 mil milhões de patacas) em termos anuais.

As exportações para a China continental atingiram, em Janeiro passado, 214 milhões de patacas, mais 92,4 por cento em termos anuais. O valor das exportações para as nove províncias do Delta do Rio das Pérolas, vizinhas de Macau, no sul do país, representou 99 por cento das exportações para o interior da China e cresceu 112,1 por cento em termos anuais.

Também as vendas para Hong Kong (810 milhões de patacas) registaram, no primeiro mês do ano, uma subida de 26 por cento, ao passo que os valores exportados para os Estados Unidos (15 milhões de patacas) e para a UE (13 milhões de patacas) desceram 30,8 por cento e 39,7 por cento, respetivamente, em termos anuais.

Em Janeiro passado, as importações da China continental (3,07 mil milhões de patacas) e da UE subiram 34,8 por cento e 16,7 por cento, respetivamente, em relação ao mês homólogo de 2017. Para os países de língua portuguesa, o valor importado de mercadorias cresceu, em Janeiro último, 17,4 por cento para 72 milhões de patacas.

O défice da balança comercial de Janeiro alcançou 7,20 mil milhões de patacas, de acordo com a DSEC.

2 Mar 2018

SS dizem que aumentos cobrem apenas parte das despesas

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) emitiram um comunicado a esclarecer o aumento das taxas moderadoras para partos realizados no hospital público, destinados às trabalhadoras não residentes (TNR) que não sejam casadas com residentes. No comunicado, os SS afirmam que “as taxas dos serviços de parto das TNR apenas representam metade do preço de custo”. “Para as parturientes TNR, com marido também não residente, e que são um grupo específico de pessoas, as taxas propostas são apenas metade do preço do custo do parto. Além de que os itens de serviços das taxas propostas incluem, apenas, parte da intervenção cirúrgica e operação durante o parto das parturientes.”

Os SS frisam ainda que “as taxas de alguns itens clínicos não foram ajustadas, como por exemplo: mantém-se as taxas relativas às despesas de análises, de imagem, de internamento e de material de consumo clínico”.

É ainda referido que as taxas moderadoras “não sofrem ajustamentos há quase 20 anos”, sendo que, entre 2015 e 2017, 28 por cento das mulheres que deram à luz no São Januário eram TNR. “Tem havido uma tendência de aumento da procura dos serviços de parto em Macau por parte de parturientes não residentes, o que constitui uma enorme pressão sobre os recursos de serviços médicos, tal como uma pressão sobre os recursos humanos”, pode ler-se.

Além disso, é referido que as grávidas não-residentes “nunca efectuaram exames pré-natal antes de virem para Macau”, o que “aumenta significativamente o risco durante o parto realizado no São Januário e afecta, ainda, os indicadores de saúde como a taxa de mortalidade neonatal e a taxa de mortalidade materna”.

Desta forma, “os SS esperam, através deste aumento de taxas, reduzir o número de parturientes não residentes de Macau que utilizam os serviços de parto do hospital público, com vista a poder centralizar os recursos na prestação de serviços às grávidas e parturientes locais, assegurando a saúde materno-infantil”.

2 Mar 2018

Presidente do grupo chinês que comprou Montepio Seguros sob investigação

[dropcap style≠‘circle’]Y[/dropcap]e Jianming, fundador e presidente do CEFC China Energy, que no ano passado adquiriu as seguradoras da Associação Mutualista Montepio, está “sob investigação” das autoridades na China, informou ontem a revista chinesa de informação económica Caixin.

Com sede em Xangai, o CEFC está no processo de compra das seguradoras do Montepio e a negociar a compra da Partex, petrolífera detida em 100 por cento pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Na China, onde o sector da energia é monopólio do Estado, o grupo privado CEFC constitui uma excepção: fundado em 2002, figura na 222.ª posição na lista das 500 maiores empresas do mundo da Global Fortune.

A firma tornou-se mundialmente famosa no ano passado, quando acordou pagar 7,4 mil milhões de euros por 14,16 por cento da petrolífera russa Rosneft.

O negócio pode estar agora ameaçado, segundo a Caixin, que cita fontes não identificadas e aponta relutância dos bancos em financiar aquela operação.

A Caixin, que é a principal publicação chinesa de informação económica, descreve o CEFC como uma “empresa que se destaca tanto pelo seu sucesso, como pela opacidade da sua estrutura”.

 

Bolsa reage

“A direcção é altamente dividida e a informação raramente circula entre diferentes segmentos do grupo”, acrescenta a revista, que cita fonte próxima da empresa.

No ano passado, uma proposta de 92 milhões de euros do CEFC pela empresa financeira norte-americana Cowen Group foi travada pelo Governo dos Estados Unidos por motivos de segurança nacional.

Também nos EUA, uma investigação anticorrupção chamou a atenção para o grupo, após Chi Ping Patrick Ho, que geria uma organização não-governamental em Hong Kong financiada pelo CEFC, ter sido acusado por um tribunal de Nova Iorque de corrupção e lavagem de dinheiro.

O Departamento de Justiça norte-americano acusa Ho de ter subornado funcionários do Chade e do Uganda em troca de contratos para uma empresa de energia chinesa. Registos públicos indicam que Ho representava a CEFC China’s China Energy Fund, em 2011.

Após as notícias de que Ye está sob investigação, as acções de várias subsidiárias do grupo afundaram. Na bolsa de Hong Kong, as ações do CEFC Hong Kong Financial Investment recuavam 22,8 por cento a meio da sessão de hoje.

O gigante chinês anunciou no final do ano passado a compra dos seguros do grupo Montepio e a transferência para Portugal da sede dos seus negócios financeiros. O CEFC está ainda em negociações para adquirir a Partex, petrolífera detida pela Fundação Gulbenkian com negócios no Médio Oriente, Angola e Brasil.

2 Mar 2018

Accionista da TAP quer vender imobiliário para enfrentar dívida

O grupo chinês HNA, accionista indireto da TAP, quer-se desfazer de quase 5.000 milhões de euros em activos imobiliários em todo o mundo, numa altura em que enfrenta problemas de liquidez, informou a imprensa chinesa.

 

[dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]egundo o portal de notícias The Paper, uma subsidiária do grupo vendeu já um edifício de escritórios em Manhattan, Nova Iorque, por 246 milhões de euros. Outra subsidiária do HNA vendeu também recentemente um edifício de escritórios em Sydney, por 130 milhões de euros, e um arranha-céus detido pelo grupo na West Madison Street, em Chicago, está também à venda.

As vendas fazem parte do plano do grupo de venda de activos próprios e das suas subsidiárias, visando enfrentar uma grave crise de liquidez.

Alguns bancos chineses denunciaram já as dificuldades de subsidiárias do grupo em saldar as suas dívidas, depois de nos últimos anos o HNA ter investido um total de 33 mil milhões de euros além-fronteiras.

Em Portugal, a empresa detém indirectamente cerca de 20 por cento do capital da TAP, através de uma participação de 13 por cento na Azul (companhia do brasileiro David Neelman que integra a Atlantic Gateway) e uma participação de 7 por cento na Atlantic Gateway.

 

Investimentos irracionais

Uma das suas subsidiárias, a Capital Airlines, inaugurou em Julho passado o primeiro voo direto entre a China e Portugal. O grupo tem ainda importantes participações em firmas como Hilton Hotels, Swissport ou Deutsche Bank.

Em Janeiro passado, anunciou que contratou os bancos de investimento nova-iorquinos JP Morgan y Benedetto Gartland para venderem a sua participação de 29,3 por cento no grupo hoteleiro espanhol NH.

O HNA é um dos principais visados das advertências das autoridades chinesas sobre “investimentos irracionais” no estrangeiro, que podem “acarretar riscos” para o sistema financeiro chinês.

No final de Novembro de 2017, as dívidas do grupo ascendiam a 637.500 milhões de yuan (81.900 milhões de euros). No mesmo mês, o grupo emitiu títulos a 363 dias, no mercado de dívida, com uma elevada taxa, de 8,87 por cento.

No final de Janeiro passado, a agência de ‘rating’ Standard & Poor’s baixou a nota da dívida do grupo de B+ para B, no nível “lixo”.

A HNA foi fundada em 1993 e tem sede em Haikou, capital da província de Hainan.

2 Mar 2018

Cinemateca Paixão celebra aniversário ciclo de cinema sobre comida

[dropcap style≠‘circle’]“B[/dropcap]eber-Beber, Comer-Comer!” é um ciclo de filmes totalmente dedicado à gastronomia. O evento, que começa no dia 16, serve de mote à celebração do primeiro aniversário da Cinemateca Paixão. Quem estiver interessado pode adquirir os bilhetes que vão estar disponíveis para venda já a partir de amanhã.

De acordo com um comunicado, o ciclo “Beber-Beber, Comer-Comer” é composto por seis filmes “dedicados à gastronomia”, estando também prevista a realização de seis “workshops de sabores”. O objectivo é “expandir a inspiração [dos espectadores] do sabor do cinema para o sabor do mundo lá fora”.

O programa contém três documentários e três longas-metragens, tais como “Kampai! Pelo Amor do Sakê”, que revela “o declínio e o renascimento da indústria japonesa do sakê”. Um outro documentário que poderá ser visionado na Cinemateca Paixão chama-se “Cidade do Ouro”, que conta a história do crítico Jonathan Gold, vencedor de um prémio Pulitzer.

O terceiro documentário inserido neste ciclo de cinema intitula-se “Formigas num Camarão”, a obra mostra os bastidores “do processo de mudança do melhor restaurante nórdico do mundo, o NOMA, para Tóquio”. No capítulo das longas-metragens, destaque para “Tampopo”, “uma obra prima japonesa clássica” que foi considerada o primeiro “Ramen Western”. Outro dos filmes a ter em atenção é “A Marmita”, uma obra premiada “que inverte a percepção geral do cinema indiano” e ainda “Tostas”, uma adaptação de um filme televisivo baseado na autobiografia do premiado escritor culinário inglês, Nigel Slater.

Para acompanhar o cinema estão também programados seis “workshops de sabores”, pensados “para levar o público para fora do cinema, numa exploração de diversos restaurantes únicos da cidade”.

“O crítico gastronómico local, OB, levar-nos-á a um restaurante nepalês, onde provaremos os exóticos momos. Chakra Space, um fantástico café vegan, que enfatiza uma cozinha minimalista, preparará um menu especial para nós.”

Outros estabelecimentos participam também neste evento, como é o caso da Old House Bakery, que “criará toda a espécie de pastelaria para um delicado chá da tarde”. Já o restaurante de ramen Furu Furu e o restaurante indiano Taste of Índia prometem servir “pratos únicos”.

No dia da abertura do ciclo de cinema que celebra o primeiro aniversário da Cinemateca Paixão, haverá uma festa, onde Eric Leong, “amante e perito de sakê” irá “partilhar o seu profundo conhecimento e paixão por aquela bebida”.

A Cinemateca Paixão, no seu primeiro ano de existência, “tem oferecido uma selecção única de cinema não comercial ao público de Macau”, assim como uma “séries de palestras, festivais de cinema e workshops”. “Temo-nos empenhado em promover continuamente o cinema, os documentários e os filmes de animação locais”, referiu a organização da Cinemateca Paixão.

2 Mar 2018

Transportes | Voo entre China e Portugal com taxa de ocupação superior a 80 por cento

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] voo directo entre a China e Portugal registou uma taxa de ocupação superior a 80 por cento, nos primeiros seis meses desde a inauguração, disse ontem à agência Lusa fonte da companhia aérea chinesa Capital Airlines.

No total, a primeira ligação directa entre os dois países transportou cerca de 40.000 pessoas, revelou fonte do departamento de marketing da empresa.

O voo, que tem três frequências por semana, entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, arrancou a 26 de Julho.

Coincidindo com a ligação a Lisboa, a companhia aérea abriu também um voo entre Macau e a capital chinesa, de forma a servir também os 15.000 portugueses que vivem no território outrora administrado por Portugal.

Em 2017, o número de chineses que visitaram Portugal cresceu 40,7 por cento, para 256.735, segundo dados das autoridades portuguesas, que atribuem o aumento à abertura da ligação aérea directa.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, os turistas chineses foram responsáveis por 415.882 dormidas em Portugal, mais 109 240 “noites” do que em 2016.

A consultora Global Blue revela ainda que, em média, cada turista oriundo da China gastou 642 euros por dia em Portugal.

A China é já o maior emissor mundial de turistas e, segundo dados do Governo chinês, 129 milhões de chineses viajaram para o estrangeiro em 2017, mais 5,7 por cento do que no ano anterior.

A Capital Airlines é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, accionista da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul.

1 Mar 2018

China quer “provas sólidas” de que Pyongyang forneceu armas à Síria

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês disse ontem esperar que as informações sobre uma possível ligação entre a Coreia do Norte e as armas químicas do regime sírio se baseiem em “provas sólidas”.

“Esperamos que as partes implicadas possam fornecer provas sólidas, em vez de adoptar acções a partir do nada”, afirmou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang.

O jornal norte-americano The New York Times (NYT) avançou que Pyongyang forneceu a Damasco materiais habitualmente utilizados no fabrico de armas químicas, citando um relatório de especialistas das Nações Unidas, que não foi ainda divulgado. Segundo o jornal, o documento detalha que o regime de Kim Jong-un forneceu válvulas, lajes e termómetros resistentes a ácidos, habitualmente usados na produção de armamento químico.

A fonte citada pelo NYT ressalva, no entanto, que não há provas concludentes de que os materiais tiveram aquele uso.

O mesmo documento revela que uma empresa de navios chinesa participou no transporte dos materiais.

“Se há pessoas ou empresas chinesas que violaram as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, a China tomará medidas de acordo com as suas leis e as resoluções pertinentes” das Nações Unidas, afirmou Lu.

1 Mar 2018

Xi Jinping | Exército apoia fim da limitação de mandatos para Presidente

O exército chinês expressou o seu apoio à exclusão na Constituição do país do limite de dois mandatos para o cargo de Presidente, que permitirá ao actual chefe de Estado, Xi Jinping, perpetuar-se no poder

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] reforma constitucional, proposta no Domingo pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês, é “muito necessária” e chega “no momento certo”, afirma o jornal oficial do Exército de Libertação Popular.

Em editorial, o PLA Daily escreve que a reforma “está em linha com as principais políticas e opiniões do Partido Comunista, adoptadas durante o XIX Congresso” e “reflecte os novos feitos, experiências e necessidades de desenvolvimento das forças armadas e do país”.

Realizado em Novembro passado, o XIX Congresso do PCC consagrou Xi Jinping como o mais forte líder chinês das últimas décadas, ao incluir o nome e teoria deste na Constituição do partido.

O exército chinês, um dos principais núcleos de poder na China, apoia assim uma proposta que despertou preocupação entre os intelectuais chineses e observadores internacionais, que consideram tratar-se de uma regressão na política chinesa, rumo a um sistema mais autoritário e uma ditadura pessoal.

A limitação de mandatos vigora na política chinesa desde os anos 1980, visando prevenir os desastres causados pelo totalitarismo de Mao Zedong (governou entre 1949 e 1976).

A purga

Xi, que já acumulou mais poder do que os seus dois antecessores, Jiang Zemin e Hu Jintao, promoveu nos últimos anos uma campanha anticorrupção a mais ampla campanha anticorrupção de que há memória na China, e que atingiu também alta patentes do exército, até há pouco tempo considerado intocável.

Nos últimos anos, dois ex-vice-presidentes da Comissão Militar Central – braço político do exército -, os generais Guo Boxiong e Xu Caihou, foram acusados de corrupção.

O primeiro foi condenado a prisão perpétua, em 2016, e o segundo morreu no ano anterior, antes de ser julgado.

1 Mar 2018

China | Actividade industrial cai para ritmo mais lento dos últimos 19 meses

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] actividade da indústria manufatureira da China abrandou em Fevereiro para o ritmo mais lento dos últimos 19 meses, devido ao impacto sazonal do Ano Novo Lunar, cujas festividades duram uma semana, segundo dados divulgados ontem.

Depois de em Janeiro se ter fixado nos 51,3 pontos, o índice que mede a actividade nas fábricas, oficinas e minas da segunda maior economia mundial recuou este mês para 50,3 pontos.

No entanto, a actividade manufatureira da China continua a expandir-se, visto que quando se encontra acima dos 50 pontos, aquele índice sugere uma expansão do sector, enquanto abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade.

O índice é tido como um importante indicador mensal da economia chinesa, o principal motor da recuperação global após a crise financeira internacional de 2008.

Economistas alertam, no entanto, para o impacto sazonal do Ano Novo Lunar, que este ano se celebrou entre os dias 15 e 21 de Fevereiro.

Durante a principal festa das famílias chinesas, que todos os anos calha em dias diferentes dos meses de Janeiro ou Fevereiro, centenas de milhões de trabalhadores chineses gozam uma semana de férias, levando as fábricas a suspender ou reduzir a produção naquele período.

“O período das festividades é tradicionalmente uma época fraca para os negócios. As empresas por norma interrompem o seu trabalho ou reduzem a produção e a actividade do mercado abranda”, explicou o analista Zhao Qinghe, do Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, que publicou os dados online.

Os números revelam ainda um abrandamento no sector dos serviços, cujo ritmo caiu para 54.4 pontos, em Fevereiro, depois de se ter fixado nos 55.3 pontos, no mês anterior.

1 Mar 2018