Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Anunciada suspensão de acordo militar de 2018 com Coreia do Norte As constantes provocações de Pyongyang, que ultimamente tem enviado balões carregados de lixo para a Coreia do Sul, levaram Seul a suspender o acordo militar entre os dois lados A Coreia do Sul vai suspender totalmente o acordo militar de 2018 com o Norte, numa tentativa de reduzir as tensões entre os dois países, anunciou ontem o Conselho de Segurança Nacional sul-coreano. Seul já tinha suspendido parcialmente este acordo no ano passado, na sequência do lançamento de um satélite espião em órbita por Pyongyang, mas o Conselho de Segurança Nacional disse que ia pedir ao Governo para “suspender totalmente” aquele acordo militar “até que a confiança mútua entre as duas Coreias seja restaurada”. No domingo, a Coreia do Norte comprometeu-se “a suspender” o lançamento para a Coreia do Sul de balões cheios de lixo, desde beatas de cigarros a excrementos de animais, depois de ter lançado várias centenas deles nos últimos dias. “Vamos suspender temporariamente a dispersão de resíduos de papel através da fronteira”, declarou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, acrescentando que “esta contramedida tinha sido eficaz”. Desde terça-feira, cerca de mil balões foram lançados por Pyongyang em direcção ao país vizinho, incluindo 600 no domingo, de acordo com o Estado-Maior da Coreia do Sul, com Seul a denunciar a acção como de “baixo nível” e a ameaçar com retaliações. Na manhã de domingo, o exército sul-coreano contabilizou entre 20 e 50 balões por hora no ar. Os balões aterraram nas províncias do norte da Coreia do Sul, incluindo Seul e a região adjacente de Gyeonggi, que no conjunto albergam quase metade da população do Sul. A Coreia do Sul declarou que a iniciativa norte-coreana violava o acordo de armistício que pôs fim às hostilidades entre as duas Coreias em 1953, apesar de não ter sido encontrada qualquer substância perigosa nos balões. O Estado-Maior sul-coreano pediu à população que evite “qualquer contacto” com estes resíduos. “Os nossos militares estão a conduzir operações de vigilância e reconhecimento dos locais de lançamento dos balões, controlando-os por reconhecimento aéreo e recolhendo os destroços caídos, dando prioridade à segurança do público”, acrescentou. Presentes envenenados No início da semana, Pyongyang afirmou que os balões eram “presentes sinceros” e tinham como objectivo retaliar contra o envio de balões carregados de panfletos de propaganda contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Em 2020, o parlamento sul-coreano aprovou uma lei que criminaliza o envio de panfletos para o Norte. Mas a lei, que não foi respeitada pelos activistas, foi anulada no ano passado por violar a liberdade de expressão. Kim Yo-jong, a irmã de Kim Jong-un, afirmou esta semana que os norte-coreanos estavam simplesmente a praticar a sua liberdade de expressão. A campanha de balões surge depois de analistas terem afirmado que Kim Jong-un tinha ordenado testes de armas antes de as enviar para a Rússia para a guerra na Ucrânia. De acordo com o Ministério da Defesa sul-coreano, Pyongyang enviou cerca de 10.000 contentores de armas para Moscovo em troca de conhecimentos russos sobre satélites.
Hoje Macau China / ÁsiaChina rejeita condicionar outros países para evitarem participar na cimeira de paz na Ucrânia A China negou ontem “ter pressionado” certos países para que não participassem na Cimeira de Paz na Ucrânia, contrariando comentários do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no fim de semana. “Utilizar a política da força não é o estilo da diplomacia chinesa (…). A posição da China é aberta e transparente e, em nenhum caso, exercemos pressão sobre outros países”, disse à imprensa Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Falando à margem de um fórum de segurança em Singapura no domingo, o Presidente Zelensky acusou a China de trabalhar para impedir países de participarem na Cimeira de Paz na Ucrânia, marcada para Junho na Suíça. Dois dias antes, Pequim tinha dito que seria difícil participar nesta cimeira se a Rússia não fosse convidada, declaração aprovada por Moscovo. “A China espera sinceramente que esta conferência de paz não se torne uma plataforma para criar confronto entre campos”, disse ontem Mao Ning. “Deixar de participar na conferência não significa que rejeitemos a paz (…). E mesmo que alguns países decidam participar na conferência, isso não significa necessariamente que estejam a esperar um cessar-fogo e o fim dos combates. O mais importante é uma acção concreta”, declarou o porta-voz chinês. Pé de igualdade A China afirma ser neutra nesse conflito, mas nunca condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de Fevereiro de 2022 e recebeu várias vezes o Presidente russo, Vladimir Putin, no seu território desde o início da guerra. Pequim apela regularmente ao respeito pela integridade territorial de todos os países, o que implicitamente diz respeito à Ucrânia, mas também apela à consideração das preocupações de segurança da Rússia. “A China sublinhou repetidamente que a conferência de paz deve ser reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia, que todas as partes devem participar em pé de igualdade e que todos os planos de paz devem ser “objecto de uma discussão justa”, lembrou Mao Ning. “É difícil para a China participar nessa reunião precisamente porque acreditamos que estes três pontos podem não ser alcançados nesta reunião.” Mais de uma centena de países e organizações comprometeram-se a participar na cimeira, de acordo com Zelensky, que instou os países da região Ásia-Pacífico a aderirem.
Hoje Macau China / ÁsiaPortugal | Hong Kong promove tecnologia financeira O secretário para os Serviços Financeiros e Tesouro de Hong Kong, Christopher Hui, vai visitar Portugal para promover a tecnologia financeira da região administrativa especial chinesa. “A visita tem como objectivo promover o vibrante cenário ‘fintech’ [tecnologia financeira] de Hong Kong e as mais recentes inovações financeiras para um ecossistema Web3 sustentável”, disseram as autoridades do território, em comunicado, acrescentando que Christopher Hui partiu no domingo à noite para uma visita aos Países Baixos, a Espanha e a Portugal. A Web3 ou Web3.0 refere-se ao desenvolvimento da Internet através da descentralização, criptomoedas, activos digitais e tecnologia ‘blockchain’. A ‘blockchain’ é um registo descentralizado de transações, uma base de dados digital, subjacente à Bitcoin e a outras criptomoedas, mas que possui o potencial para suportar uma grande variedade de negócios. O Governo de Hong Kong disse que Christopher Hui pretende promover, durante a visita, “o desenvolvimento da indústria e pagamento através de activos digitais, pagamento e a ‘tokenização’ de activos do mundo real”, a representação de activos físicos por digitais. O secretário vai manter reuniões bilaterais com dirigentes governamentais dos três países, de acordo com a mesma nota. Antes de regressar a Hong Kong, a 8 de Junho, Hui vai ainda participar em diversos eventos e recepções em Amesterdão, Madrid e Lisboa para conhecer líderes de instituições financeiras, bem como comunidades ‘fintech’ e empresariais.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Vice-presidente na Arábia Saudita e em Pequim O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, partiu no domingo para a Arábia Saudita, primeira escala de uma viagem que terminará na China, e que visa ampliar o acesso aos dois mercados, principalmente ao gigante asiático. Alckmin, que também assegura a pasta ministerial da Indústria e Comércio, será recebido em Riade por autoridades do Governo saudita e participará num seminário empresarial, no qual serão discutidas alternativas para promover investimentos mútuos e comércio bilateral. “A Arábia Saudita tem muitos recursos para investir e o Brasil oferece hoje muitas oportunidades nos mais diversos sectores, como petróleo e gás, minerais, infra-estruturas e agricultura, com um portfólio bastante diversificado”, afirmou o vice-presidente antes da viagem. No caso da China, destacou que é, há mais de uma década, o maior parceiro comercial do Brasil, que exportou em 2023 para aquele mercado asiático produtos no valor de 105 mil milhões de dólares, o que representou 30 por cento das vendas externas. Geraldo Alckmin participará em reuniões de uma comissão bilateral de alto nível que discute questões de cooperação e dirigirá um seminário que reunirá cerca de 400 empresários dos dois países, segundo a vice-presidência brasileira. A comitiva que acompanha Alckmin é formada pelos ministros do Planeamento, Simone Tebet, do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e da Agricultura, Carlos Fávaro, entre outras autoridades.
Hoje Macau China / ÁsiaIndicador privado diz que actividade transformadora cresceu em Maio A actividade da indústria transformadora da China cresceu em Maio, pelo sétimo mês consecutivo, de acordo com o índice de gestores de compras divulgado ontem pelo jornal privado Caixin, contrariando os dados do Governo chinês. Este indicador, compilado pela empresa britânica de informação económica IHS Markit e que muitos investidores internacionais tomam como referência para analisar o sector industrial chinês, aumentou em Maio de 51,4 para 51,7 pontos. No índice de gestores de compras, uma marca acima dos 50 pontos representa uma expansão da actividade em relação ao mês anterior, enquanto um valor abaixo daquela marca representa uma contração. O indicador do Caixin cresceu em Maio ao ritmo mais acelerado dos últimos 23 meses e atingiu o valor mais elevado desde Junho de 2022. Os dados agora divulgados superaram as previsões dos analistas, que esperavam que o indicador não passasse de 51,5 pontos. O Caixin atribuiu o aumento a uma expansão da produção e da procura no sector da indústria transformadora, apontando especificamente para o aumento da produção de bens de consumo. Ainda assim, o jornal digital sublinhou que o mercado de trabalho no sector industrial encolheu pelo nono mês consecutivo devido à cautela das empresas quando se trata de contratar. À procura de solução Os preços permaneceram baixos devido à forte concorrência no sector, embora os custos tenham crescido à taxa mais elevada em sete meses devido ao aumento dos metais industriais, plásticos e petróleo bruto, disse o Caixin. “A economia chinesa está geralmente estável e continua no caminho da recuperação (…). No entanto, a pressão sobre o emprego e a procura mais fraca do que a oferta continuam a ser problemas importantes”, disse Wang Zhe, economista da Caixin. “Levará tempo para encontrar soluções para os problemas que se acumulam. As políticas que procuram estabilizar a economia, impulsionar a procura interna e aumentar o emprego devem ser reforçadas e consistentes”, acrescentou. Pelo contrário, os dados oficiais, divulgados na sexta-feira pelo Gabinete Nacional de Estatística da China, indicam que a actividade da indústria transformadora encolheu em Maio, após dois meses de expansão. O índice de gestores de compras do Gabinete de Estatística chinês situou-se em 49,5 pontos em Maio, menos 0,9 pontos do que em Abril (50,5). Dos cinco sub-índices que compõem o indicador, os da produção e prazos de entrega conseguiram passar para a zona de expansão, enquanto os do emprego, novas encomendas – chave para a procura – e reservas de matérias-primas permaneceram na zona negativa. O estatístico Zhao Qinghe atribuiu na sexta-feira a contracção da actividade da indústria transformadora da China à “falta de procura efectiva” no mercado. Mas o analista oficial destacou que a produção económica da China “em geral continuou a expandir-se” e sublinhou a confiança empresarial e a produção das grandes empresas como factores positivos.
Hoje Macau China / ÁsiaEspionagem | Pequim diz ter desmantelado conspiração do Reino Unido A Segurança da China deteve um casal de cidadãos chineses suspeitos de colaborarem com o MI6 britânico O Ministério da Segurança do Estado da China disse ontem ter detido dois chineses por alegadamente fazerem parte de um plano de espionagem lançado pelos serviços secretos do Reino Unido MI6. O Ministério indicou que foi detido um funcionário de uma agência governamental chinesa, de apelido Wang, e a mulher de apelido Zhou, de acordo com um comunicado oficial, publicado na rede social WeChat. As autoridades chinesas acusaram o MI6 de ter intervindo para garantir que, em 2015, a candidatura de Wang num programa de intercâmbio entre a China e o Reino Unido fosse aprovada, permitindo ao funcionário estudar no exterior. Depois de ter chegado ao Reino Unido, o MI6 terá organizado diversas actividades para Wang, incluindo convites para jantares e visitas turísticas, “com o objectivo de identificar pontos fracos e preferências”, alegou o Ministério. Sentindo uma “forte inclinação por dinheiro”, agentes do MI6, fazendo-se passar por antigos alunos da universidade em que Wang estudava, abordaram o cidadão chinês e ofereceram-lhe uma suposta oportunidade de consultoria, referiu o comunicado. O MI6 terá oferecido uma remuneração significativamente mais elevada do que o habitual para encorajar Wang a participar em projectos públicos de investigação, como pretexto para o envolver gradualmente em assuntos ligados à agência governamental chinesa em que tinha trabalhado, disse o Ministério. No comunicado, o MI6 é acusado de fornecer “formação especializada” em espionagem a Wang, que foi pressionado a regressar à China e recolher informações confidenciais, assim como a recrutar a mulher. O Ministério disse que Wang e Zhou foram detidos após uma investigação que desmantelou uma “grande operação de espionagem do MI6 dentro do sistema interno chinês”, embora outras investigações relacionadas com este caso prossigam. Mistérios por resolver O anúncio surgiu dez dias depois da justiça britânica ter acusado o director do escritório comercial de Hong Kong em Londres, Chung Biu Yuen, e um outro homem, Peter Wai Chi Leung, de terem ajudado as autoridades da região administrativa especial chinesa a recolher informações no Reino Unido. Um terceiro suspeito, o britânico Matthew Trickett, também foi acusado no caso, mas foi encontrado morto a 19 de Maio, num parque, em circunstâncias que a polícia não soube explicar. No ano passado, a China reviu a lei de combate à espionagem, para incluir a “colaboração com organizações de espionagem e agentes” na categoria de espionagem. Além das investigações lançadas nos últimos meses sobre empresas de consultoria e empresas estrangeiras na China, que suscitaram preocupações entre a indústria e potenciais investidores estrangeiros, o Ministério reviu igualmente outra legislação para salvaguardar os segredos de Estado. O organismo também reforçou os alertas nas redes sociais chinesas para a ameaça representada pelos “espiões estrangeiros”, pedindo ao público que partilhe informações sobre “actividades suspeitas”.
Hoje Macau EventosAbertas inscrições para apoios financeiros nas áreas de moda e cultura O Instituto Cultural (IC) aceita candidaturas para dois planos financeiros na área da moda e cultura, nomeadamente o “Plano de Apoio Financeiro para a Promoção de Marcas – Exposições e Espectáculos Culturais 2024” e ainda o “12º Plano de subsídio à criação de amostras de design de moda”. O objectivo, segundo um comunicado, é “promover o desenvolvimento das indústrias de Macau, nomeadamente, as artes do espectáculo e área do design de moda”. Relativamente ao “Plano de Apoio Financeiro para a Promoção de Marcas – Exposições e Espectáculos Culturais 2024”, a finalidade é fazer com que as entidades da área de exposições e espectáculos culturais de Macau se possam expandir para fora do território, tendo em conta o contexto de integração regional e o projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a iniciativa “uma faixa, uma rota”. Pretende-se “aumentar a visibilidade e popularidade das marcas locais nos mercados fora de Macau”, dando-se apoio à realização de espectáculos de Macau nas áreas da ópera chinesa, teatro, dança, música e magia. O projecto candidato deve ser um espectáculo comercial e realizar-se em cidades fora de Macau “pelo menos três vezes”, sendo que o candidato “pode obter uma parte proporcional das receitas de bilhetes vendidas”. O espectáculo não pode ter uma duração inferior a 60 minutos, devendo decorrer num local público com 100 ou mais lugares. O IC irá conceder um subsídio que cobre 50 por cento das despesas previstas para o projecto, até um máximo de 800 mil patacas, para um grupo máximo de 10 beneficiários. Para este apoio em concreto, as candidaturas devem ser feitas entre hoje e 31 de Julho. Segundo o mesmo comunicado, o candidato “deve ser empresário comercial, pessoa singular, empresário comercial ou pessoa colectiva”, devendo ainda “ser o titular dos direitos de autor ou titular dos direitos de uso em relação ao conteúdo do espectáculo e dos eventuais produtos derivados”. Moda comercial Quando ao “12.º Plano de subsídio à criação de amostras de design de moda”, as candidaturas decorrem até ao dia 12 de Julho, pretendendo-se “incentivar a investigação e desenvolvimento do design de moda local”, bem como “impulsionar os designers a definir planos de marketing viáveis” para as criações de moda. Os candidatos podem participar de forma individual ou em grupo, devendo ser apresentadas o mínimo de oito amostras de criações de moda. Os projectos financiados devem participar, pelo menos, numa actividade de moda durante o prazo de apoio financeiro.
Hoje Macau EventosFRC | Livro e exposição sobre os “padrões” do património Eva Bucho, designer, apresenta hoje na Fundação Rui Cunha um livro intitulado “Macau Patterns”, que revela alguns dos padrões mais bonitos e icónicos dos edifícios e demais património do território. O público poderá também visitar, até ao dia 15, a exposição com o mesmo tema A Fundação Rui Cunha (FRC) inaugura hoje, a partir das 18h30, a exposição de fotografia “Macau Patterns” [Padrões de Macau], dedicada a mostrar o olhar da designer Eva Bucho sobre as cores e os formatos de azulejos, paredes ou demais elementos arquitectónicos e decorativos de edifícios e monumentos do território. O projecto, que conta com o apoio do Instituto Internacional de Macau (IIM), Sociedade de Jogos de Macau (SJM) e a cafetaria Cuppa Coffee, integra-se no cartaz das comemorações oficiais do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas, e traz ainda ao público uma exposição com o mesmo nome e com algumas das imagens que estão no livro. A mostra ficará patente na galeria da FRC até ao dia 15 de Junho. Segundo um comunicado da organização, Eva Bucho recolheu para este projecto fotográfico uma diversidade de imagens que retratam o seu interesse especial em “padrões” encontrados no património local, nomeadamente em edifícios, na arquitectura, nos azulejos, nos ornamentos, e nos pavimentos distribuídos pelas freguesias de Macau, nomeadamente a Sé, São Lourenço, São Lázaro, Santo António e Nossa Senhora de Fátima. Relativamente ao livro, este será editado em três línguas (português, inglês e chinês), pelo IIM e apoiado pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC) e pelo Banco Nacional Ultramarino (BNU). Trata-se de uma edição que “incorpora os trabalhos registados ao longo de dois anos”, sendo “uma compilação de módulos e padrões recolhidos não só em fotografias, mas também em desenhos vectoriais”. Um olhar de memórias Citada pelo mesmo comunicado, Eva Bucho realça que este livro “é uma memória fotográfica através do meu olhar”. “Embora tenha chegado a Macau apenas em 2016, ao longo dos anos tenho-me encantado com o padrão cultural de Macau, nomeadamente com os seus pequenos padrões, na medida em que conservam uma presença permanente em Macau”, destacou. O programa das celebrações do 10 de Junho inclui diversas iniciativas culturais. Esta semana, quinta-feira, será inaugurada a exposição do pintor Diogo Muñoz no Albergue SCM, enquanto na sexta-feira é dia do lançamento, a título póstumo, da obra “Vulgaridades Chinesas”, de J.J. Monteiro, uma edição do IIM. Nesse mesmo dia decorre o concerto dos portugueses Capitão Fausto, que se juntam no palco do MGM Cotai a David Huang.
Hoje Macau SociedadeJovem chantageada por “predador” tem relações sexuais para evitar divulgação de fotos Um homem de 31 anos do Interior foi detido depois de alegadamente ter chantageado e violado por três vezes uma estudante do ensino secundário de Macau. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária (PJ), e para enganar a vítima o homem do Interior inventou um esquema com três personagens diferentes. Os dois conheceram-se através de uma plataforma de jogos electrónicos, e, num primeiro momento, o sujeito fingiu ser um amigo da vítima, para obter o contacto da jovem na aplicação WeChat. Enquanto se fazia passar por amigo convenceu a jovem enviar-lhe fotografias sem roupa. Com as fotos em seu poder, o suspeito mudou de personagem e fez-se passar por uma segunda pessoa, a quem as fotos teriam chegado. Essa “segunda pessoa” exigiu o pagamento de 8 mil yuan para não divulgar as fotos. Chantageada, a jovem aceitou realizar o pagamento. O caso não ficou por aqui, e depois de receber o dinheiro, o homem fez-se passar por uma terceira pessoa com quem a jovem tinha de ter relações sexuais, para pagar uma dívida do segundo homem. Também face a este pedido, a jovem, cuja idade não foi revelada, concordou cooperar, para evitar a divulgação das fotos. A estudante de Macau foi assim três vezes a um hotel de Zhuhai, onde teve relações sexuais com o criminoso, por vezes sem utilizar qualquer protecção. Transferências secretas Devido aos movimentos da conta da jovem, os pais aperceberam-se de que algo se estava a passar. Depois de pressionada, a rapariga acabou por contar a história, e subsequentemente foi apresentada queixa junto das autoridades. Por sua vez, a PJ pediu auxílio às autoridades do Interior que detiveram o homem, em Dongguan, no dia 26 de Maio. No cadastro, o detido conta com condenações por outros crimes de agressão sexual. O caso continua a ser investigado, não sendo claro que o suspeito seja enviado para Macau, dado que o crime aconteceu no Interior. Após a divulgação do caso, a Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento de Juventude (DSEDJ) emitiu um comunicado a indicar que a estudante está a ser acompanhada e a receber o apoio necessário. A DSEDJ apelou ainda aos pais para prestarem “mais atenção” à vida social das crianças e à forma como elas utilizam o dinheiro. Aos alunos, o Governo pediu que suspeitem das amizades feitas através da internet.
Hoje Macau PolíticaGrande Prémio | Pun Weng Kun recusa perda de prestígio O coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau recusou encarar a substituição da prova de Fórmula 3 pela prova de Fórmula Regional como uma despromoção. As declarações de Pun Weng Kun foram divulgadas ontem pelo jornal Ou Mun. De acordo com o relato partilhado, Pun foi questionado sobre o facto de o evento perder parte da sua atracção, tendo em conta que fica sem uma prova que era organizada desde 1983. Contudo, o coordenador afirmou que não vê o assunto dessa forma e não concorda com essas opiniões. Na perspectiva de Pun, apesar das alterações às provas, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) continua a mostrar admiração pelo traçado da Guia e por isso vai escolher diferentes provas para competirem no território. Esta escolha é feita, indicou Pun, de acordo com o desenvolvimento do automobilismo e esse foi o motivo que levou a Taça Mundial de F3 a ser substituída pela Taça Mundial da Fórmula Regional, que tem carros mais lentos. O coordenador da organização afirmou também que o circuito da Guia continua a ser encarado como um desafio a nível mundial e por isso vai ter sempre capacidade para atrair a elite dos pilotos mais jovens, assim como as principais equipas dos escalões de formação.
Hoje Macau PolíticaProtestos | Au Kam San recorda “sabedoria política” de Edmund Ho O ex-deputado Au Kam San destacou na rede social Facebook a “sabedoria política” de Edmund Ho, primeiro Chefe do Executivo da RAEM. Na publicação, o antigo deputado referiu que nos primeiros anos da RAEM chegou a haver manifestações devido à elevada taxa de desemprego, mas o então Chefe do Executivo lançou de imediato programas de formação e subsídios para dar resposta à situação dos trabalhadores. Au Kam San defende que, ao atribuir dinheiro em troca de paz, Edmund Ho revelou ter sabedoria política, ganhando louvores do Governo Central. “Para o Governo liderado por Edmund Ho bastou pagar algumas centenas milhões de patacas em troca de paz [política] por alguns anos, pois as oportunidades de emprego para as massas chegariam com a abertura do sector do jogo. Assim, os problemas ficariam resolvidos”, pode ler-se. O ex-deputado acrescentou que, apesar dos desempregados da época saberem que as formações não bastariam para o regresso ao emprego, participar nos cursos seria uma possibilidade de obter alguns ganhos numa fase sem rendimentos. Foi isso que levou os trabalhadores a desistir de protestar nas ruas, referiu no texto.
Hoje Macau China / ÁsiaZelensky acusa Pequim de tentar boicotar cimeira da paz na Suíça O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou ontem a China de tentar impedir países de participaram na cimeira de paz na Ucrânia, que se realiza a 15 e 16 de Junho, na Suíça. “Infelizmente, a China está agora a tentar impedir os países de participarem na cimeira de paz”, disse Zelensky aos jornalistas, à margem de um fórum de segurança em Singapura, citado pela agência francesa AFP. Zelensky referiu que Pequim não pode dizer que aceita a soberania e a integridade territorial da Ucrânia “e, ao mesmo tempo, ser aliado de um país que viola os princípios da Carta das Nações Unidas”, referindo-se à Rússia. Segundo Zelensky, a China está a fazer “tudo o que está ao seu alcance” para obstruir a cimeira, através de um esforço diplomático para convencer outros países asiáticos e do chamado “sul global” a absterem-se de participar. “A Ásia precisa de saber o que está a acontecer na Ucrânia. Precisamos do apoio dos países asiáticos. Precisamos muito do apoio dos países asiáticos”, afirmou, em declarações divulgadas pela agência Bloomberg. Zelensky disse que a cimeira na Suíça contará com a presença de mais de 100 países e 75 chefes de Estado e de Governo, segundo a agência espanhola Europa Press. Devo ir ou ficar A China disse na sexta-feira que seria difícil participar na cimeira se a Rússia não fosse convidada, uma declaração aprovada por Moscovo. “Existe uma clara discrepância entre os preparativos para a conferência, por um lado, e as exigências da China e as expectativas gerais da comunidade internacional, por outro, o que torna difícil a participação da China”, afirmou a porta-voz da diplomacia chinesa Mao Ning. “Caso contrário, será difícil para a conferência desempenhar um papel substancial no restabelecimento da paz”, acrescentou Mao numa conferência de imprensa em Pequim na sexta-feira passada. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também ainda não confirmou a presença na cimeira. “Estamos desapontados com o facto de alguns líderes mundiais ainda não terem confirmado a sua participação na Cimeira da Paz”, comentou Zelensky em Singapura, sem mencionar o nome da China ou dos Estados Unidos. Portugal irá participar na cimeira da paz com uma delegação liderada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e que inclui o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. A cimeira da paz na Suíça será antecedida por uma conferência sobre a reconstrução da Ucrânia, nos dias 11 e 12 de Junho, em Berlim.
Hoje Macau Eventos“Hold On To Hope” acolhe “Traçando Raízes Portuguesas” Foi ontem inaugurada na galeria “Hold On To Hope”, na vila de Ka-Hó, em Coloane, a exposição “Traçando Raízes Portuguesas”, mostra integrada no cartaz das comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. A galeria, que é um projecto da Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM), conta com a apresentação de trabalhos artísticos variados, da autoria de António Monteiro, Catarina Cottinelli da Costa, Cristina Vinhas, Francisco Ricarte, Gonçalo Lobo Pinheiro, Isabela Loba, Lúcia Lemos, Luísa Petiz, Raul Martins, Ricardo Meireles e Tchusca Songo. “Traçando Raízes Portuguesas” é “uma exposição extraordinária que apresenta artistas de ascendência portuguesa ou indivíduos que residem na vibrante cidade de Macau”, descreve uma nota sobre a exposição. Assim, quem visita a exposição é convidado a “embarcar numa jornada de exploração cultural, onde cada artista revelará a sua própria e única obra de arte que reflecte intimamente a sua identidade”. Trata-se ainda de um incentivo a “mergulhar na tapeçaria cultural que entrelaça a ascendência portuguesa e o espírito vibrante desse canto único do mundo”, nomeadamente Macau. Variedade artística O território é descrito como “uma mescla cativante de influências chinesas e portuguesas, serve como cenário perfeito para esta colecção diversificada”. Os artistas convidados a participar, arquitectos, fotógrafos ou artistas plásticos, “abraçaram a sua herança portuguesa partilhada e criaram obras de arte requintadas que falam das suas experiências pessoais, tradições e da fusão dinâmica de culturas que se encontraram”. A mostra está patente até ao dia 30 deste mês. Revela-se nela “uma variedade de expressões artísticas, cada uma infundida com a voz e o estilo criativo distintos dos artistas”. Em “Traçando Raízes Portuguesas”, “cada obra de arte ressoa com um profundo sentido de pertença e celebra a herança partilhada”. “Esta não é apenas uma exposição, mas sim um testemunho da conexão duradoura entre o povo português e a encantadora cidade de Macau”, destaca a mesma nota.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan e presença de Zelensky marcam fórum de defesa de Singapura A autonomia de Taiwan, que divide China e Estados Unidos, e a presença do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, marcaram ontem o último dia do principal fórum de defesa da Ásia, em Singapura. O ministro da Defesa chinês, almirante Dong Jun, afirmou que as suas tropas estão preparadas para travar “pela força” tentativas de independência de Taiwan e acusou forças estrangeiras de interferência, referindo-se aos Estados Unidos, segundo um balanço da agência EFE. “O Exército de Libertação do Povo chinês sempre foi uma força indestrutível e poderosa na defesa da unificação da pátria e actuará sempre com determinação e força para impedir a independência de Taiwan”, proclamou Dong em Singapura. Dong reafirmou o empenho da China numa reunificação pacífica com Taiwan. “Mas a situação está a ser constantemente corroída pelos separatistas e pelas forças estrangeiras”, afirmou no encontro na cidade-Estado do Sudeste Asiático. O Diálogo Sangri-La, entre sexta-feira e domingo, realizou-se uma semana depois de a China ter efectuado exercícios militares em redor de Taiwan, na sequência da posse do líder William Lai, que Pequim descreve como secessionista. À margem do fórum, o ministro chinês reuniu-se na sexta-feira durante 45 minutos com o homólogo norte-americano, Lloyd Austin, o primeiro encontro deste tipo desde há um ano e meio. Austin advertiu Dong para que a China não utilize a transição política de Taiwan, decorrente de eleições democráticas, “como cobertura para medidas coercivas”. Tanto Austin como Dong concordaram, nos respectivos discursos, em manter o diálogo como instrumento para reduzir as tensões e evitar “mal-entendidos e erros de cálculo”. Ponto de equilíbrio Além da situação sobre a antiga Formosa, os pontos de vista de Washington e Pequim também entram em conflito sobre o Mar do Sul da China, uma região-chave para o comércio mundial. Os Estados Unidos defendem a liberdade de navegação e as reivindicações territoriais de países aliados, como as Filipinas, enquanto o gigante asiático reclama a soberania sobre praticamente toda a área. Perante as inúmeras tensões entre as duas potências, o ministro da Defesa de Singapura, Ng Eng Hen, anfitrião da reunião, tentou encontrar um ponto de equilíbrio. “Devemos evitar a todo o custo um conflito armado na Ásia. (…) O mundo não pode permitir a abertura de uma terceira frente”, observou Ng, aludindo às guerras na Ucrânia e em Gaza. Sobre Taiwan, Ng advogou que o ‘status quo’ é a melhor solução para uma questão que disse ser complexa. “Nem independência, nem reunificação”, resumiu. Anunciado em cima da hora, Volodymyr Zelensky participou no fórum com um apelo à diplomacia como mecanismo para forçar a Rússia a negociar a paz com Kiev. “É muito importante para nós iniciar o processo de estabelecimento de uma paz justa”, afirmou no sábado, após um encontro com o Presidente de Timor-Leste e Prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta. “A Rússia não quer acabar com a guerra. Por isso, temos de trabalhar em conjunto com todo o mundo para aproximar a paz”, acrescentou. No discurso de ontem, Zelensky convidou os líderes da Ásia-Pacífico a participarem na cimeira de paz de 15 e16 de Junho, na Suíça. “A Ucrânia propõe-se alcançar a paz através da diplomacia. (…) Convido a vossa região, os vossos líderes e países a participarem, para que os vossos povos se envolvam nos assuntos mundiais”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaMTC | Lançadas na China medidas para apoiar reabilitação A China divulgou medidas de apoio para aproveitar ao máximo o papel da medicina tradicional chinesa (MTC) nos serviços de reabilitação do país, com o objectivo de atender à crescente procura da população por melhores serviços médicos, indicou o Diário do Povo, na sexta-feira. Um conjunto de directrizes divulgadas pela administração nacional da MTC na quinta-feira apresentou oito medidas para fortalecer a criação de departamentos de reabilitação nos hospitais de MTC. De acordo com as directrizes, mais de 70 por cento dos hospitais MTC de segundo nível na China terão departamentos de medicina de reabilitação até 2025. Como a MTC tem uma vantagem exclusiva em prevenção, tratamento e reabilitação de doenças, as directrizes exigem que os hospitais aproveitem totalmente a MTC na melhoria e restauração da função física em casos de doenças agudas, bem como na prevenção de doenças crónicas, acrescenta a publicação estatal. O documento também incentiva os hospitais a integrarem as terapias de reabilitação da MTC com a medicina ocidental e solicita esforços para expandir o acesso aos serviços de reabilitação da MTC nas áreas rurais, permitindo que os necessitados recebam os serviços relacionados mais perto de casa. As autoridades chinesas emitiram um plano para melhorar os serviços de reabilitação da MTC no período do 14.º Plano Quinquenal (2021-2025), com o objectivo de dar à MTC um papel completo no campo da reabilitação e aprimorar os serviços relacionados.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Sonda chinesa pousou no lado distante da Lua O programa espacial chinês continua a desenvolver-se com sucesso. A sonda Chang’e 6 deverá trazer amostras lunares para a terra pela segunda vez Uma sonda espacial chinesa pousou ontem no lado distante da Lua para recolher amostras de rochas, anunciou a Administração Espacial da China. A sonda Chang’e 6, lançada no início de Maio do Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na ilha tropical chinesa de Hainan, pousou como planeado na imensa bacia Aitken, no Pólo Sul lunar, uma das maiores crateras de impacto conhecidas no sistema solar, afirmou a Administração Espacial chinesa, citada pela agência oficial de notícias Xinhua. Esta missão é a sexta do programa chinês de exploração da lua Chang’e, nomeado em homenagem à deusa chinesa da Lua, e será a segunda a trazer amostras lunares de volta à Terra, após uma primeira no lado próximo do corpo celeste, em 2020. Na nova missão, o módulo irá usar um braço mecânico e um perfurador para recolher até 2 quilos de material de superfície e subterrâneo, a enviar de volta à Terra numa cápsula que está actualmente a orbitar a Lua. Um projéctil no topo do módulo levará as amostras até à nave em órbita num recipiente de vácuo de metal, que será transferido para uma cápsula de reentrada que deve regressar à Terra nos desertos da região da Mongólia Interior da China, por volta de 25 de Junho. As missões para o lado distante da Lua são consideradas mais difíceis porque exigem um satélite de retransmissão para manter as comunicações. Corrida espacial Entre as recentes conquistas espaciais da China estão a exploração de Marte e a construção da sua própria estação espacial, Tiangong, para onde regularmente envia tripulações. A ambição espacial da China continua a crescer, com a possibilidade de Tiangong se tornar na única estação espacial em funcionamento, caso a Estação Espacial Internacional, tal como previsto, seja retirada. O programa lunar faz parte de uma crescente rivalidade com os Estados Unidos e outros países, incluindo o Japão e a Índia, para explorar o espaço. A China tem como objectivo colocar uma pessoa na Lua antes de 2030, o que a tornaria a segunda nação a fazê-lo depois dos Estados Unidos. A agência espacial norte-americana NASA planeia colocar astronautas na Lua novamente — pela primeira vez em mais de 50 anos — embora no início deste ano tenha adiado para 2026 a data-alvo.
Hoje Macau SociedadeCentro Histórico | Plano de Salvaguarda em vigor desde sábado Entrou oficialmente em vigor, no sábado, o “Plano de Salvaguarda e Gestão do «Centro Histórico de Macau”, publicado em regulamento administrativo a 15 de Janeiro deste ano. O referido Plano surge no contexto da implementação da Lei da Salvaguarda do Património Cultural, em 2013, sendo resultado de duas consultas públicas realizadas em 2014 e 2018. Segundo um comunicado, o Plano estabelece “medidas e procedimentos adequados para uma salvaguarda e gestão mais abrangentes e sistemáticas” no contexto do “Centro Histórico de Macau”, tendo sido estabelecidos 11 corredores visuais de protecção, enquanto 19 ruas foram classificadas de “pitorescas” e 24 zonas como sendo de “tecido urbano”. Foram ainda definidos princípios em prol da futura construção que venha a salvaguardar o património já edificado. Existem ainda critérios criados para 22 edifícios históricos. O Instituto Cultural considera que a entrada em vigor deste Plano “constitui mais um avanço importante no âmbito da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, proporcionando garantias jurídicas mais abrangentes e detalhadas de apoio à salvaguarda e gestão do ‘Centro Histórico de Macau'”.
Hoje Macau SociedadePJ | Bombeiro detido por furtar 100 mil à ex-namorada Um bombeiro, de 46 anos de idade, foi detido por alegadamente ter furtado 100 mil dólares de Hong Kong da ex-namorada, para jogar num casino. A informação foi revelada na sexta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) e o caso foi condenado pelo Corpo de Bombeiros (CB). De acordo com a informação partilhada, o homem entrou na residência da ex-namorada, no dia 26 de Maio, com a chave da vítima para levar o dinheiro. Contudo, a vítima alertou a PJ, que deteve o suspeito na sua residência. Às autoridades, o detido confessou que tinha perdido todo o dinheiro a jogar no casino. Após a revelação do caso, o CB emitiu um comunicado a condenar a conduta do homem e a anunciar a abertura de um processo disciplinar: “O Corpo de Bombeiros confere muita atenção quando o seu pessoal é suspeito de violação da lei, lamentando profundamente e reiterando que tem dado sempre grande importância à disciplina e à ética do pessoal”, foi indicado. “No que toca ao respectivo evento, o CB já instaurou de imediato o processo de averiguações e aplicou a medida da suspensão preventiva de funções ao bombeiro. Caso se venha a confirmar a infracção disciplinar, será efectivada a responsabilidade disciplinar do infractor nos termos da lei”, foi acrescentado.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Abertas inscrições para planos de estágios Abriram hoje as inscrições para o “Plano de estágio para criar melhores perspectivas de trabalho”, destinado a graduados do ensino superior, que irá disponibilizar 1.065 estágios, repartidos por 54 empresas, com mais de 50 por cento das vagas sem “restrições quanto à área de estudo”, indicou ontem a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). As inscrições vão estar abertas até ao dia 28 de Junho, e têm como destinatários “residentes de Macau que tenham concluído o curso do ensino superior e graduado em 2022 ou em data posterior”. Há cinco anos consecutivos que a DSAL organiza este plano, que tem como objectivo “apoiar os graduados do ensino superior na integração no mercado de trabalho”, e permitir “acumulação de experiências profissionais durante o estágio de três meses”. Desta feita, entre as 54 empresas que participam no plano, os nove sectores principais são “lazer, financeiro, serviços sociais, comércio a retalho, construção, utilidades públicas, tecnológico, big health e transporte aéreo”. A DSAL salienta que as “vagas de estágio que exigem uma área de estudo correspondente, abrangem as áreas funcionais de tecnologias da informação, marketing, administrativo/pessoal e engenharia. O estágio tem a duração de três meses, não sendo considerada uma relação de trabalho mantida entre as empresas de estágio e os estagiários durante esse período. As empresas irão atribuir a cada estagiário um subsídio de estágio de 8.000 patacas por mês ou 50 patacas por hora e adquirir uma apólice de seguro.
Hoje Macau SociedadeFM | Abertas candidaturas para apoios a associações Arrancou hoje o prazo para apresentação de candidaturas ao “Plano de Apoio Financeiro para Despesas de Funcionamento de Associações” da Fundação Macau (FM) para o ano de 2025, terminando no dia 12 de Julho. Num comunicado divulgado ontem pela FM, são indicados dois prazos de submissão de candidaturas. Recorrendo ao sistema online, as associações interessadas que reúnam as condições de elegibilidade podem candidatar-se entre hoje e 5 de Julho, enquanto a entrega pessoal da candidatura, com a devida documentação necessária, pode ser submetida entre 8 e 12 de Julho. As entidades candidatas devem ser associações sem fins lucrativos constituídas na RAEM antes de 31 de Dezembro de 2010, ter um local fixo de serviço ou atendimento, empregar pessoas e ser beneficiárias do apoio financeiro da FM ou de outros serviços ou entidades públicas da RAEM para promover as suas actividades ou de apoio às despesas de funcionamento do ano de 2024. “Para assegurar a utilização razoável dos fundos públicos, a atribuição do apoio financeiro é precedida de avaliação e selecção”, assegurou a FM, acrescentando que “nem todas as despesas de funcionamento elegíveis no âmbito do presente plano podem obter apoio financeiro”.
Hoje Macau Manchete SociedadeDesemprego | Taxa cai para níveis anteriores à pandemia A taxa de desemprego em Macau caiu 0,2 pontos percentuais para 1,9 por cento entre Fevereiro e Abril, o nível mais baixo desde o início da pandemia. O desemprego de jovens com formação académica desceu consecutivamente desde Agosto Entre Fevereiro e Abril, a taxa de desemprego desceu 0,2 por cento para o nível mais baixo desde que a pandemia da covid-19 começou, fixando-se em 1,9 por cento. A última vez que a taxa de desemprego ficou abaixo de 2 por cento foi no período entre Dezembro de 2019 e Fevereiro de 2020, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Um valor ainda assim aquém do mínimo histórico de 1,7 por cento atingido antes do início da pandemia de covid-19. Num comunicado, a DSEC sublinhou ainda que a taxa de desemprego das pessoas com estatuto de residente foi de 2,5 por cento, menos 0,2 pontos percentuais do que no período anterior, entre Janeiro e Março. Cerca de 1.200 pessoas, incluindo 400 residentes, encontraram emprego entre Fevereiro e Abril, elevando para cerca de 372.300 o número de pessoas a trabalhar em Macau. Pelo contrário, o número de pessoas a trabalhar a tempo parcial por não conseguir encontrar um emprego a tempo inteiro diminuiu em 200, para 5.400, representando 1,4 por cento da população, menos 0,1 pontos percentuais. A DSEC indicou que a recuperação se deve sobretudo às actividades financeiras, assim como à construção civil e restauração, dois sectores que contrataram no total cerca de duas mil pessoas entre Fevereiro e Abril. Espaço para todos A DSEC sublinha ainda que “o número de desempregados do grupo etário dos 16 aos 34 anos registou uma descida constante, nomeadamente, o número de desempregados com habilitações académicas do ensino superior diminuiu em seis períodos consecutivos”, ou seja, desde o período entre Agosto e Outubro do ano passado. Outra área onde se registaram quebras foram os desempregados à procura do primeiro emprego, que totalizaram no período em análise 6 por cento de todos os desempregados, baixando 0,7 pontos percentuais, face ao período precedente. O desemprego caiu apesar de as empresas de Macau terem contratado quase 28 mil trabalhadores sem estatuto de residente desde que Macau voltou a abrir as fronteiras a estrangeiros, em Janeiro de 2023. De acordo com dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública divulgados na sexta-feira, Macau tinha 179.768 trabalhadores não-residentes no final de Abril, mais 27.890 do que em Janeiro de 2023. Nessa altura, a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo da China continental, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. A cidade tinha perdido quase 45 mil não-residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538, atingido em Dezembro de 2019, no início da pandemia. As estatísticas, divulgadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que o número de trabalhadores não-residentes tem vindo a aumentar há 15 meses seguidos, atingindo o valor mais elevado desde o final de 2020. A área da hotelaria e da restauração foi a que mais contratou desde Janeiro de 2023, ganhando 13.819 trabalhadores não-residentes. Este sector tinha sido precisamente o mais atingido pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, despedindo mais de 17.600 funcionários vindos do exterior. A economia de Macau ainda está a recuperar da crise económica criada pela pandemia, que levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006.
Hoje Macau PolíticaFunerais | Transporte de corpos gera polémica O deputado Ron Lam questiona o Governo sobre o verdadeiro custo do transporte de cadáveres em Macau. O assunto é abordado numa interpelação escrita e resulta de, nas últimas semanas, a empresa com o monopólio do transporte de cadáveres ter aumentado o preço do serviço quase 50 por cento cento, de 1.500 patacas para 2.200 patacas. Segundo a empresa, o aumento prende-se com o facto do lugar onde os corpos eram guardados ter sido mudado do Hospital Conde São Januário para o Hospital das Ilhas. Contudo, este aspecto nunca foi confirmado publicamente, nem alvo de comunicação do Governo. Face a este desenvolvimento, Ron Lam considera que o Governo deve explicações à população, porque os preços relacionados com a morte e o funeral são demasiado caros, sem que haja qualquer tipo de explicação ou transparência sobre as despesas reais das empresas monopolistas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Pequim adverte comunidade internacional para deixar de interferir A China advertiu ontem os críticos internacionais da lei de segurança nacional de Hong Kong de que devem deixar de interferir, depois da detenção de sete pessoas por apelos à desobediência nas redes sociais. “Aconselhamos os países e os líderes políticos (…) a deixarem imediatamente de interferir nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China”, afirmou um porta-voz do comissário da diplomacia chinesa no território, citado pela agência francesa AFP. Segundo a polícia de Hong Kong, os actos contrários à nova lei de segurança nacional começaram em Abril, e os suspeitos tinham como alvo uma “data sensível”. A lei de segurança nacional foi imposta pelo Partido Comunista Chinês a Hong Kong em 2020. Ao abrigo da lei de segurança nacional, um tribunal de Hong Kong declarou ontem 14 activistas pró-democracia culpados de subversão por terem realizado primárias não oficiais em 2020 para seleccionar candidatos da oposição ao parlamento local. A sentença está prevista para o final do ano e os arguidos incorrem em penas que podem chegar a prisão perpétua. Os três juízes nomeados pelo governo de Hong Kong para lidar com casos ligados à lei de segurança nacional absolveram dois ex-conselheiros distritais da acusação de “conspiração para subverter o poder do Estado”. A acusação anunciou que vai recorrer da decisão. O tribunal terá ainda de decidir sobre outros 31 acusados no mesmo processo, no maior julgamento realizado em Hong Kong ao abrigo da lei de segurança nacional.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim diz que independência equivale a declaração de guerra A China advertiu ontem que uma eventual independência de Taiwan seria equivalente a uma declaração de guerra e que não haverá paz em caso de secessão. O exército chinês “assume a missão sagrada de proteger a soberania e a integridade territorial do país”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Wu Qian, numa conferência de imprensa em Pequim, citado pelo jornal oficial Diário do Povo. Wu afirmou que as forças chinesas “sempre estiveram alerta para derrotar todas as tentativas de secessão” na ilha e atentas para “impedir a interferência de todas as forças externas”. “A reunificação da pátria é uma tendência histórica imparável”, afirmou, segundo a agência espanhola EFE. A advertência de Wu surge no meio de uma tensão crescente na sequência da tomada de posse, a 20 de Maio, do líder da ilha, William Lai. O Ministério da Defesa da China avisou recentemente que voltará a “tomar contramedidas” se as “forças secessionistas que procuram a independência continuarem a provocar”. Esta política será mantida “até que a reunificação completa do país seja alcançada”, disse o ministério.