Hoje Macau SociedadeRenovação urbana | Relatório da Deloitte pronto no final do ano [dropcap]P/dropcap]aul Tse, vogal do Conselho para a Renovação Urbana, disse que o estudo sobre renovação urbana, que está a ser elaborado pela consultora Deloitte, deverá estar pronto em Dezembro, ficando depois sujeito a consulta pública, de acordo com o Jornal do Cidadão. Além disso, o responsável, ligado ao sector da construção civil, adiantou que a Macau Renovação Urbana se tem deparado com muito trabalho, dificuldades e responsabilidade, enfrentando o problema da escassez de recursos humanos. O Conselho para a Renovação Urbana vai reunir no próximo dia 30 Julho, estando prevista a entrega de um relatório ao Chefe do Executivo pelas mãos do secretário para os Transportes e Obras Públicas. Este documento será também sujeito a consulta pública, explicou Paul Tse. Quanto ao problema da altura dos edifícios que serão construídos à entrada da Taipa, no mesmo local onde se situava o Hotel Palácio Imperial Beijing, Paul Tse referiu que os actuais regulamentos em vigor exigem regras de aprovação rigorosas. Os moradores da zona já se queixaram da elevada altura dos edifícios, uma vez que a planta de condições urbanísticas prevê uma altura máxima de 140 metros.
Hoje Macau SociedadeEnsino superior | Pang Chuan quer que Macau seja cidade universitária [dropcap]P[/dropcap]ang Chuan, deputado nomeado à Assembleia Legislativa e vice-reitor da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau defendeu, ao Jornal do Cidadão, que o território poderá transformar-se numa cidade universitária no futuro. No contexto da implementação do projecto da Grande Baía, a aposta no ensino superior pode melhorar a imagem de Macau que vá além da cidade do jogo, defendeu. O deputado disse que, nos últimos tempos, o ensino superior tem-se desenvolvido bastante, tendo em conta o aumento do número de laboratórios de nível nacional criados nas universidades. Para o responsável, Macau poderá atrair mais alunos vindos do estrangeiro, o que pode obrigar a um novo cálculo das propinas tendo em conta os padrões internacionais. Nesse sentido, a alteração poderá trazer benefícios económicos a Macau e diversificar a economia. Pang Chuan espera ainda que, nos próximos anos, haja uma maior aposta nas áreas da ciência e tecnologia, uma vez que, actualmente, a maior parte dos cursos universitários focam-se nas áreas de gestão e humanidades.
Hoje Macau PolíticaSAFP | Prometidas melhorias nas aplicações para funcionários públicos [dropcap]K[/dropcap]ou Peng Kuan, director dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), reuniu com os funcionários públicos mais jovens para recolher opiniões relativamente a algumas plataformas digitais do Governo. Kou Peng Kuan disse que “valoriza o Governo Inteligente da RAEM, promovendo o alargamento do âmbito de cobertura da ‘conta única de acesso comum’, seleccionando os serviços públicos que estão relacionados com o nascimento, inscrição escolar, emprego, casamento, segurança social, assistência social e aposentação”. A ideia é que esses serviços sejam disponibilizados num só balcão, para “facilitar ainda mais a vida da população”. No que diz respeito à Plataforma de Gestão e Serviços para Funcionários e Agentes Públicos, será lançada uma aplicação para telemóvel que permitirá aos trabalhadores dos serviços públicos aceder rapidamente a serviços como pedido de férias, inscrição em cursos de formação, entre outros. Tudo para que se melhore “a eficácia da administração interna do Governo e aperfeiçoar a gestão dos trabalhadores dos serviços públicos”.
Hoje Macau PolíticaVideovigilância | Reconhecimento facial testado em casinos [dropcap]A[/dropcap] tecnologia de videovigilância com reconhecimento facial está a ser testada em “dois ou três” casinos do território. A informação foi divulgada ontem de manhã por Paulo Martins Chan, director da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), de acordo com o jornal Exmoo. Segundo o responsável, para se iniciarem estes testes foi necessária autorização do Governo e o cumprimento integral das indicações do Gabinete de Protecção de Dados Pessoais. Chan afirmou também que caso os resultados dos testes sejam positivos, as áreas em que o sistema vai ser aplicado vão ser muito limitadas. Em relação ao número de portais online a oferecer jogo, Paulo Martins Chan disse que entre 2016 e 2018 foram detectados mais de 500 páginas que disponibilizaram apostas. Entre estes, o acesso a 300 portais foi bloqueado com a ajuda das operadoras de telecomunicação. Outro dos assuntos focados pelo director da DICJ foi a lei dos promotores de jogo, mais conhecidos como junkets. De acordo com as explicações avançadas, o Governo prossegue com o processo legislativo e serão aplicados critérios rigorosos no que diz respeito a margens de lucro e à origem do capital. Paulo Martins Chan não avançou com uma data para a entrada do diploma na Assembleia Legislativa.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Governo planeia serviços sociais em Hengqin [dropcap]O[/dropcap] Governo está a planear o estabelecimento de serviços sociais diurnos na Ilha de Hengqin como forma de apoiar famílias e idosos, num projecto pensado com as autoridades de Zhuhai. A garantia foi dada por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), em resposta a uma interpelação escrita do deputado Leong Sun Iok. O projecto contempla também serviços para residentes de Macau que vivam em Hengqin, bem como nas áreas envolventes. Na mesma resposta, o Instituto de Acção Social referiu que a criação de equipamentos sociais em Hengqin é uma medida inovadora, ainda que as instalações tenham de respeitar os regulamentos de Macau e de Zhuhai. Nesse sentido, as autoridades vão realizar várias consultas e negociar com o Governo de Zhuhai para promover os referidos projectos. Ainda ao nível dos apoios a idosos, o Fundo de Segurança Social esclareceu o deputado que o actual sistema de segurança social de dois níveis, composto pelo regime da segurança social e pelo regime de previdência central não obrigatório, vai ajudar os residentes de Macau que optem por viver na China. Mesmo que os aposentados residam na China há muito tempo, tal não afecta o seu direito de receberem as suas pensões do Governo de Macau, explicou o FSS.
Hoje Macau InternacionalONU | Fome continua a crescer e afectou mais de 821 milhões em 2018 As desigualdades económicas e dificuldades no acesso a comida e vacinas continuam a preocupar. A prova está no mais recente relatório assinado por várias agências das Nações Unidas que revela que a fome atingiu o ano passado cerca de 821 milhões de pessoas em todo o mundo. Só na Ásia, 12 por cento da população é afectada por esta realidade [dropcap]A[/dropcap] fome no mundo está a crescer há três anos consecutivos, afectando 821,6 milhões de pessoas em 2018, contra as 811 milhões registadas no ano anterior, segundo um relatório assinado por várias agências da ONU divulgado esta segunda-feira. Em termos mais precisos, uma em cada nove pessoas no mundo não tinha o suficiente para comer em 2018, segundo os dados do relatório anual “O estado da segurança alimentar e nutrição no mundo”, documento assinado, entre outras agências, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Após várias décadas de queda, o flagelo da fome começou novamente a ganhar dimensão a partir de 2015, referiram as agências signatárias do relatório, apontando que a desnutrição continua a persistir em vários continentes: Ásia (513,9 milhões de pessoas, mais de 12 por cento da população afectada), África (256,1 milhões de pessoas, cerca de 20 por cento da população) e América Latina e Caraíbas (42,5 milhões de pessoas, menos de sete por cento da população afectada). O relatório, co-assinado também pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), estimou ainda que, durante 2018, mais de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo, das quais oito por cento vivem na América do Norte e na Europa, não tiveram acesso regular a alimentos suficientes, seguros e nutritivos, ou seja, viveram numa situação de insegurança alimentar moderada ou grave. Acabar com fome é “desafio” A perspectiva de ter um mundo sem pessoas desnutridas até 2030, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável inscritos na Agenda 2030 da ONU, apresenta-se como “um enorme desafio”, apontou o relatório. “Para preservar a segurança alimentar e nutricional, é essencial aplicar políticas económicas e sociais que consigam compensar a todo o custo os efeitos de ciclos económicos adversos, evitando a redução de serviços essenciais como os cuidados de saúde e a educação”, frisou o documento. Apelando a uma “transformação estrutural” que seja verdadeiramente inclusiva ao nível dos mais pobres, as agências da ONU defendem que todas as preocupações relacionadas com a segurança alimentar e a nutrição sejam integradas “nos esforços para a redução da pobreza” no mundo, ao lado de outros assuntos igualmente prioritários como a desigualdade de género ou a exclusão de grupos sociais. O documento também apontou que os progressos para reduzir para metade o número de crianças com atrasos no crescimento, outras das metas da Agenda 2030, têm sido insuficientes. Actualmente, a nível mundial, cerca de 149 milhões de crianças com menos de cinco anos têm um crescimento deficitário. E um em cada sete bebés no mundo, cerca de 20,5 milhões, nasceu, em 2018, com baixo peso. Mais obesidade Paradoxalmente, o relatório observou que o excesso de peso e a obesidade também continuam a aumentar em todas as regiões do mundo, especialmente entre os menores em idade escolar e nos adultos. No ano passado, cerca de 338 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar apresentavam sinais de excesso de peso e um em cada oito adultos no mundo (672 milhões de pessoas) eram obesos. Vacinas continuam a faltar a 20 milhões de crianças Vinte milhões de crianças em todo o mundo não foram vacinadas em 2018 contra doenças como sarampo, difteria e tétano, segundo a UNICEF, que alerta para a “perigosa estagnação” das taxas de vacinação por causa dos conflitos e da desigualdade. Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), citando dados também da Organização Mundial de Saúde (OMS), diz que globalmente a cobertura de vacinação com três doses de difteria, tétano e tosse convulsa e uma dose de vacina contra o sarampo estagnou por volta dos 86 por cento. Apesar de reconhecer que se trata de uma taxa de cobertura elevada, a UNICEF sublinha que “não é suficiente”, apontando para a necessidade de uma cobertura de 95 por cento em todo o mundo para proteger contra surtos de doenças evitáveis por vacinação. “As vacinas são uma das nossas ferramentas mais importantes para prevenir surtos e manter o mundo seguro”, alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, citado no comunicado. O responsável sublinha que muitas crianças ainda não são vacinadas e recorda que, “muitas vezes, são os que estão em maior risco – os mais pobres, os mais marginalizados, os afectados por conflitos ou forçados a sair das suas casas – quem perde persistentemente”. A maioria das crianças não vacinadas vive nos países mais pobres e “está desproporcionalmente em estados problemáticos ou afectados por conflitos”, afirma a UNICEF, lembrando que quase metade está em apenas 16 países: Afeganistão, República Centro-Africana, Chade, República Democrática do Congo, Etiópia, Haiti, Iraque, Mali, Níger, Nigéria, Paquistão, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iémen. “Se estas crianças ficarem doentes, correm o risco de sofrer as consequências mais graves para a saúde e têm menor probabilidade de aceder a tratamentos e cuidados de saúde que salvam vidas”, frisa a organização. A UNICEF diz ainda que os surtos de sarampo “revelam lacunas na cobertura, inúmeras vezes ao longo de muitos anos” e que as grandes disparidades no acesso a vacinas “abrangem países de todos os níveis de rendimento”. “Tal resultou em surtos devastadores de sarampo em muitas partes do mundo – incluindo em países que têm elevadas taxas de vacinação em geral”, lembra. Surto de Sarampo Em 2018, quase 350.000 casos de sarampo foram registados em todo o mundo, mais do dobro do que em 2017. “O sarampo é um indicador, em tempo real, de onde temos mais trabalho a fazer para combater doenças evitáveis”, alertou Henrietta Fore, directora executiva da UNICEF. “Como o sarampo é muito contagioso, os surtos apontam para comunidades que não estão vacinadas devido a acesso, custos ou, em alguns locais, complacência”, acrescenta. A Ucrânia lidera uma lista diversificada de países com a maior taxa de incidência de sarampo em 2018. Embora o país já tenha vacinado mais de 90 por cento dos seus bebés, a cobertura foi baixa durante vários anos, deixando um grande número de crianças mais velhas e adultos em risco. Vários outros países com alta incidência e cobertura têm grupos significativos de pessoas que não foram vacinados contra o sarampo no passado, recorda a UNICEF, sublinhando que estes dados mostram “como a baixa cobertura ao longo do tempo ou comunidades distintas de pessoas não vacinadas podem desencadear surtos mortais”. Os primeiros dados sobre HPV A organização chama ainda a atenção para a disponibilização, pela primeira vez, de dados de cobertura de vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), que protege as meninas contra o cancro do colo do útero na idade adulta. Desde de 2018, 90 países – onde vive uma em cada três meninas em todo o mundo – introduziram a vacina contra o HPV nos seus programas nacionais. Deste grupo, apenas 13 são países de baixos rendimentos. “Isto significa que os que correm maior risco de sofrer os impactos devastadores do cancro do colo do útero são os que têm menor probabilidade de ter acesso à vacina”, indica o comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaIrão vai continuar a reduzir compromissos sobre programa nuclear, diz Ali Khamenei [dropcap]O[/dropcap] Irão vai “obviamente continuar” a reduzir os compromissos que adoptou no acordo internacional sobre o seu programa nuclear de 2015, avisou hoje o líder supremo iraniano, ayatollah Ali Khamenei. “Nós ainda só começámos a reduzir os compromissos e o processo vai obviamente continuar”, afirmou o guia supremo do Irão num discurso emitido pela televisão estatal iraniana. Ali Khamenei, o mais alto dignitário religioso do Islão xiita, acusou ainda os europeus de não terem respeitado o acordo do nuclear concluído há quatro anos entre Teerão e o chamado grupo dos Seis (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha). O acordo de 2015, concluído após vários anos de esforços diplomáticos, prevê uma limitação do programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções internacionais contra o país. No entanto, em maio de 2018, os Estados Unidos decidiram retirar-se unilateralmente do acordo e restabeleceram sanções punitivas contra o Irão, impedindo a recuperação económica pretendida por Teerão. Um ano depois, em Maio deste ano, e após ter aguardado sem sucesso que as outras partes do acordo ajudassem o país a contornar as novas sanções norte-americanas, o Irão anunciou que ia alterar progressivamente alguns dos compromissos assumidos. No início de Julho, Teerão anunciou o aumento do limite imposto às suas reservas de urânio enriquecido para 4,5%, e que ultrapassa o máximo autorizado pelo acordo (3,67%). Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão sugeriu hoje, pela primeira vez, que o programa de mísseis balísticos do país pode ser alvo de negociações com os Estados Unidos. A declaração constitui uma possível abertura a conversações com Washington, numa altura em que a tensão entre Teerão e Washington está muito alta. Mohammad Javad Zarif pediu que estas negociações fiquem dependentes de os Estados Unidos deixarem de vender armas à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos, dois aliados importantes dos EUA no Golfo Pérsico. O programa de mísseis balísticos do país permanece sob o controlo da Guarda Revolucionária iraniana, que responde apenas ao líder supremo, o ayatollah Ali Khamenei. Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados da União Europeia reuniram-se na segunda-feira, em Bruxelas, para discutir formas de manter o acordo do nuclear. O Irão apelou à adopção de medidas “práticas, eficazes e responsáveis” pelos europeus para preservar o acordo, insistindo na “reciprocidade dos direitos e dos deveres” entre as partes. Hoje, a China reagiu, considerando que a manutenção do acordo existente é a única forma de lidar com as preocupações sobre o programa nuclear do Irão. Considerando o acordo de 2015 “insubstituível”, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, disse que “a implementação completa e efectiva do acordo é a única forma viável e eficaz de resolver a questão e aliviar as tensões”. A China responsabiliza os Estados Unidos pela actual tensão ao retirar-se unilateralmente do acordo e pediu à administração Trump que pare de exercer pressão sobre o Irão e crie condições para uma solução política e diplomática.
Hoje Macau Manchete SociedadeSMG | Esperados dois a três tufões severos no Mar do Sul da China Os SMG dizem que é preciso esperar entre dois e três meses para saber o número de tufões severos a afectar Macau, ou seja, no fim da época. O número de tempestades tropicais a passar a menos de 800 quilómetro de Macau deverá situar-se entre quatro e seis [dropcap]O[/dropcap] Governo espera que entre dois e três tufões severos entrem no Mar do Sul da China, mas prognósticos sobre a possibilidade de a região de Macau ser afectada directamente só o final do jogo. A previsão sobre o impacto foi dada ontem pelo subdirector substituto dos Serviços de Meteorologia e Geofísicos (SMG), Tang Iu Man, durante uma conferência de imprensa sobre os trabalhos feitos pelo Executivo para prevenir e responder às situações de tufão. “Quanto a tufões severos não descartamos a possibilidade de haver, mas depende das previsões daqui a dois ou três meses. Depende do clima do Oceano Pacífico. Neste momento, só posso dizer que há a possibilidade de haver dois ou três tufões severos a entrarem no Mar do Sul da China”, respondeu Tang, quando questionado sobre a possibilidade. “Se vão afectar directamente Macau, por enquanto, ainda é muito cedo para fazer previsões. Tudo depende do desenvolvimento daqui a dois a três meses e das condições atmosféricas”, acrescentou. Ainda de acordo com as previsões dos SMG, a região deverá ser afectada por quatro a seis tempestades tropicais: “Quanto aos tufões intensos ou super-tufões prevê-se que este ano vamos ter entre quatro e seis tempestades tropicais a entrar na zona inferior a 800 quilómetros”, previu Tang. Durante a mesma apresentação, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Ma Iao Kun, sublinhou a importância de aprovar a nova Lei de Bases de Protecção Civil, que está a ser discutida na Assembleia Legislativa. “Nos últimos dois tufões não tivemos uma lei suficiente para suportar as nossas actividades. A lei vigente já vigora há mais de 25 anos, por isso carece de ser alterada. Pretendemos que a lei entre rapidamente em vigor”, afirmou Ma Iao Kun. “Claro que algumas disposições ainda estão a ser discutidas e precisamos de um consenso na sociedade”, adicionou. Neste momento não há uma previsão sobre a votação final do diploma, mas há uma reunião agendada entre Governo e deputados no final do mês. Balanço e contas No que diz respeito ao balanço dos trabalhos feitos, os centros de abrigo de emergência passaram de 16 para 17, com uma capacidade total para acolher 24 mil pessoas. No evento foi ainda pedido a quem se desloque aos centros que traga bilhete de identidade ou passaporte, chaves de casa, telemóvel e medicamentos de toma regular. Quanto aos procedimentos de evacuação, estão identificadas 173 pessoas que precisam de evacuação sempre que há cheias, algumas delas que precisam de auxílio das autoridades. Por sua vez o Instituto para os Assuntos Municipais informou que foram podadas mais de 6 mil árvores, das quais 475 tiveram ramos completamente removidos, para evitar o perigo de queda. Segundo os mesmos procedimentos, os serviços criaram uma rede com 175 pontos de recolha de lixo provisório nas zonas baixas, para a situação de tufões. Para auxiliar nestes procedimentos, a Companhia de Sistema de Resíduos equipou-se com mais 5 camiões de lixo e 15 caixas de grande dimensão, além de vários caixotes de dimensão pequena. Por outro lado, foram recolhidos 17 reclamos ou luzes de decoração, por não cumprirem requisitos de segurança. Durante a ocasião, Ma Iao Kun aproveitou igualmente para promover uma aplicação móvel lançada pelo Executivo para as situações de tufão e catástrofes naturais, que permite receber informações mais actualizadas. A aplicação está disponível em português, chinês e inglês. Sinal mudado O sinal de chuva intensa, içado quando se registam 50 milímetros de chuva durante duas ou mais horas, deverá sofrer alterações. O subdirector substituto SMG, Tang Iu Man, defendeu a necessidade de um novo sinal com diferentes graus, consoante a intensidade da pluviosidade. “Um sinal com uma classificação única de chuva intensa não responde às nossas necessidades”, afirmou Tang. “Vamos introduzir uma reclassificação, mas sobre essa necessidade ainda vamos ouvir o público”, clarificou. Segundo Tang, não está afastada a hipótese de se voltar ao sistema antigo, com diferentes cores.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer “consultas amigáveis” para resolver diferendo com Malásia [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês disse hoje desejar que a disputa entre as autoridades da Malásia e uma empresa estatal chinesa em torno da construção de gasodutos possa ser resolvida por meio de “consultas amigáveis”. Um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros considerou que o projecto, que estava a ser desenvolvido por uma subsidiária da estatal China National Petroleum Corp., está “de acordo com o contrato”. O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, disse na segunda-feira que o seu governo apreendeu mais de 243 milhões de dólares da conta bancária da China Petroleum Pipeline Bureau, porque os projectos, no valor total de 2,3 mil milhões de dólares, foram cancelados. Mohamad afirmou que a Malásia tem direito a confiscar o dinheiro, já que pagou 80% dos custos da obra, mas apenas 13% ficou concluído. O porta-voz da diplomacia chinesa Geng Shuang defendeu que os dois lados resolvam as disputas “adequadamente”, através de “consultas amigáveis”. Geng Shuang lembrou que os dois países desfrutam de uma “relação de cooperação amigável a longo prazo” e que Pequim está confiante em trabalhar com a Malásia para aprofundar os laços económicos e comerciais. Desde que assumiu o poder depois de uma histórica vitória eleitoral, no ano passado, o governo de Mahathir cancelou ou reviu projectos de infraestrutura em larga escala, após ter descoberto que a dívida nacional disparou, culpando a corrupção no governo do ex-primeiro-ministro Najib Razak. Mahathir suspendeu então a construção dos dois gasodutos, um na península da Malásia e outro na ilha de Bornéu, e também uma ligação ferroviária que ligaria a costa oeste da Malásia aos estados rurais orientais, tudo contratos assinados pelo governo anterior. Os três projectos inserem-se no gigantesco projecto de infraestruturas “Uma Faixa, Uma Rota”, lançado por Pequim. Em Abril, a Malásia aprovou o projecto ferroviário depois de o empreiteiro chinês cortar o custo de construção em um terço, para 10,7 mil milhões de dólares. Mahathir rejeitou as preocupações de que decisão da Malásia vá prejudicar os laços bilaterais. “Eles tiraram do Estado 80% dos custos do contrato, mas entregaram apenas 13% da obra, portanto, o governo está a reivindicar o dinheiro da parte que ficou por concluir”, disse Mahathir. “Não vejo porque os chineses estarão insatisfeitos com isso. Não estamos a recuperar dinheiro pelo trabalho que fizeram. Estamos a receber de volta o dinheiro pelo trabalho que não fizeram”, apontou. O Governo malaio disse que está a investigar se algum do dinheiro destinado a projectos apoiados pela China foi usado pelo governo de Najib para pagar as dívidas do fundo de investimento 1MDB. Um enorme escândalo financeiro no 1MDB levou à derrota da coligação de Najib, em maio de 2018. O antigo primeiro-ministro está a ser julgado por múltiplas acusações de corrupção ligadas àquele fundo.
Hoje Macau China / ÁsiaDeclarações na China e EUA sugerem dificuldades em resolver guerra comercial [dropcap]O[/dropcap] ministro chinês do Comércio afirmou hoje que Pequim deve lutar pelos interesses nacionais, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, considerou que o homólogo chinês deixou de ser seu amigo, sinalizando dificuldade em resolver as disputas comerciais. Zhong Shan, que recentemente integrou a delegação da China nas negociações com os EUA, por um acordo comercial, acusou Washington de ser o único responsável pelas disputas que ameaçam a economia mundial. As observações, citadas pelo Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, foram feitas quando funcionários dos dois países se preparam para novas conversações. No mesmo dia, Trump admitiu que o Presidente chinês, Xi Jinping, deixou de ser um “bom amigo”. “Provavelmente não somos agora tão próximos. Mas eu tenho que defender o nosso país. Ele é pela China e eu sou pelos EUA, e é assim que tem que ser”, afirmou. As declarações surgem numa altura em que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o representante do Comércio norte-americano, Robert Lighthizer, reiniciam as negociações com a China, após a última ronda ter colapsado, em maio passado. “Esperamos ter outra conversa por telefone, esta semana, e à medida em que formos progredindo, acho que há boas chances de irmos” a Pequim, admitiu Mnuchin, em conferência de imprensa. Trump e Xi acordaram um segundo período de tréguas, após uma reunião à margem da cimeira do G20, no mês passado. O primeiro colapsou após Trump ter subido as taxas alfandegárias sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de bens importados da China, acusando Pequim de recuar em compromissos feitos anteriormente. Os EUA esperam que a China anuncie compras significativas de produtos agrícolas norte-americanos, afirmou Larry Kudlow, conselheiro económico de Trump, na segunda-feira, sugerindo que aquela condição é necessária para o avanço das negociações. “Esperamos que a China anuncie em breve algumas compras em grande escala de bens e serviços agrícolas”, disse Kudlow. Em entrevista ao Diário do Povo, Zhong Shan considerou que “os EUA começaram a disputa económica e comercial com a China, violando os princípios da Organização Mundial do Comércio, num exemplo clássico de unilateralismo e proteccionismo”. “Devemos ter espírito de luta e defender com firmeza os interesses do nosso país e do povo, bem como o sistema comercial multilateral”, apontou. Citado pelo jornal South China Morning Post, o comentador chinês Zhang Lifan disse que os comentários do ministro do Comércio indicam que a China se está a preparar para uma guerra comercial prolongada com os EUA. “A observação é principalmente destinada ao público interno, mas mostra claramente que a China não tem pressa em chegar a um acordo e está pronta para negociações prolongadas”, disse. “Parece que Pequim está à espera para ver o que acontece depois das eleições [norte-americanas], em 2020”, disse. Os governos das duas maiores economias do mundo impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um, numa guerra comercial que ameaça a economia mundial. Em causa está a política de Pequim para o sector tecnológico, que visa transformar as firmas estatais do país em importantes actores globais em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos. Os EUA consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai deixar de subsidiar empresas estatais insustentáveis [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês vai deixar de subsidiar empresas estatais cujas operações são insustentáveis, visando aumentar a “eficiência” da economia chinesa, informou hoje a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, órgão máximo de planificação económica. O governo central e as administrações locais passam a estar proibidos de subsidiar ou oferecer empréstimos a empresas estatais que não sejam capazes de operar sem apoio financeiro, também conhecidas como “empresas zombies”. O objectivo é “realocar” recursos para sectores onde a economia mostra mais potencial de crescimento, encerrando companhias incapazes de se manterem solventes. Segundo a directriz da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o governo “deve usar ferramentas de mercado na alocação de recursos, padronizar a concorrência, reduzir as distorções de mercado e promover o fluxo de recursos para entidades mais eficientes”. “Quanto às empresas estatais que já entraram em processo de falência, as partes envolvidas não devem impedir a sua saída” do mercado, lê-se no documento. O plano contempla ainda a criação de um mecanismo de alerta antecipado para essas organizações, bem como um canal legal que possa ser usado para a reestruturação ou falência de uma empresa. O plano já foi apoiado por 13 instituições do gigante asiático, entre as quais o Banco do Povo Chinês (banco central), o Supremo Tribunal, o Ministério das Finanças e a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento. A medida foi anunciada um dia após se conhecerem os dados de crescimento económico no segundo trimestre do ano. A economia chinesa cresceu 6,2%, entre Abril e Junho, o ritmo mais lento das últimas três décadas, e 0,5 pontos percentuais a menos do que no mesmo período do ano passado.
Hoje Macau DesportoCiclismo | Francisco Campos da W-52-FC Porto em quinto na Volta ao Lago Qinghai [dropcap]O[/dropcap] português Francisco Campos, da W-52-FC Porto, foi ontem quinto classificado na segunda etapa da Volta ao Lago Qinghai em bicicleta, na China, na qual o colombiano Alfonso Rondán (Medellin) assumiu a liderança da geral. Os 119 quilómetros com início e fim em Xixing foram resolvidos ao ‘sprint’, ganho pelo australiano Brenton Jones (Delko Marseille Provence), que bateu o turco Onur Balkan e o italiano Nicolas Marini, todos com 2:42.46 horas. Roldán destronou o compatriota e companheiro de equipa Leandro Oyola, que está a um segundo, tal como o espanhol Óscar Sevilla e os também colombianos Christian Montoya, Robinson Chapalud e Walter Vargas, todos da Medellín, que venceu o contrarrelógio por equipas de domingo. Na classificação por equipas, a W-52-FC Porto manteve o 10.º lugar entre 22 formações, a 2.49 minutos da Medellín. A terceira de 13 etapas realiza-se hoje entre Duoba e Guide, na distância de 140 quilómetros.
Hoje Macau DesportoPaulo Gonçalves foi segundo na penúltima etapa do rali Rota da Seda [dropcap]O[/dropcap] motard português Paulo Gonçalves (Hero) terminou ontem na segunda posição a penúltima etapa do rali Rota da Seda, segunda prova pontuável para o Mundial de todo-o-terreno, entre Alashan e Jiayuguan, na China. O piloto de Esposende concluiu os 290 quilómetros cronometrados a apenas 43 segundos do norte-americano Andrew Short (Husqvarna), que foi o mais rápido do dia. “Gostei muito da etapa, com muita areia e dunas. Senti-me muito bem com a mota. Depois dos problemas mecânicos da sexta etapa, fiquei sem qualquer objectivo na classificação geral, mas queria fazer estes cerca de 1.000 quilómetros na China, pois íamos ter dois dias de deserto bastante intenso e interessante”, explicou o piloto português, em declarações à agência Lusa. Ainda assim, Paulo Gonçalves subiu três posição na geral, estando agora em 16.º, mas a 50:32.29 horas do líder, o britânico Sam Sunderland (KTM). Na terça-feira disputa-se a 10.ª e última etapa, que liga Jiayuguan a Dunhuang, na China, com um total de 556 quilómetros, 255 deles cronometrados.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Detectado nono caso importado de febre de dengue [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde registaram ontem um novo caso de febre de dengue, elevando para nove o número de casos ‘importados’ desde o início do ano, e voltaram a apelar à prevenção. Em comunicado, as autoridades informaram que o paciente, um residente de 44 anos, esteve na Tailândia entre 3 e 7 de Julho, tendo apresentado os primeiros sintomas três dias após o regresso a Macau, a 10 de Julho. A febre já desapareceu e o paciente encontra-se internado, mas estável, segundo a mesma nota. Desde o início do ano, os Serviços de Saúde diagnosticaram nove casos de febre de dengue importado: quatro do Camboja, dois da Malásia, um das Filipinas, um de Singapura e um da Tailândia. Nas Filipinas, as autoridades declararam ontem estado de alerta nacional devido a um grave surto de dengue que já provocou, desde o início do ano, pelo menos 456 mortos, a maioria crianças com menos de cinco anos. A propagação do dengue naquele país asiático aumentou 85 por cento comparativamente a igual período do ano passado, com mais de 106 mil casos confirmados.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Deputados apelam ao diálogo após protestos de domingo [dropcap]D[/dropcap]eputados de Hong Kong dos dois lados do espectro político, pró-democracia e pró-China, apelaram ontem ao diálogo como resposta aos recentes confrontos violentos entre polícia e manifestantes. A manifestação de domingo no distrito de Sha Tin, em Hong Kong, foi pacífica durante a maior parte do dia, mas o clima de tensão aumentou quando as autoridades começaram a dispersar as multidões nas ruas, depois do anoitecer. Alguns manifestantes abrigaram-se num complexo de lojas, onde estes e a polícia se agrediram com chapéus-de-chuva e bastões. Tanto os deputados pró-democracia como os que apoiam o Governo central liderado pelo partido comunista da China realizaram ontem conferências de imprensa para abordarem os confrontos. “Ambos os lados têm de se chegar à frente e estabelecer canais de comunicação”, disse o deputado pró-Pequim, Starry Lee. “Eu penso (que Carrie Lam) e também o gabinete responsável devem responder a este problema. Caso contrário, Hong Kong será o perdedor e nenhum cidadão de Hong Kong quer ver isto repetir-se outra e outra vez”, acrescentou. A deputada pró-democracia, Claudia Mo, descreveu o conflito recente como “a maior crise política e governativa que Hong Kong alguma vez enfrentou”. “Hong Kong teve dificuldades em lidar (com a situação). Nós apelamos, mais uma vez, para que Carrie Lam dê a cara e enfrente o povo”, disse Mo.
Hoje Macau SociedadeObituário | Marinho Bastos faleceu aos 72 anos [dropcap]N[/dropcap]o passado domingo, Joaquim Leonel Ferreira Marinho de Bastos morreu de doença prolongada em Lisboa, cidade onde residia. Nascido em Lisboa em 28 de Fevereiro de 1947, passou a infância e juventude em Angola, Lobito. Cursou Economia em Lisboa no então Instituto Superior de Economia e Gestão. Em 1971 casou com Isabel Alves, natural de Macau, e nesse mesmo ano mudou-se para a Cidade do Nome de Deus. Na administração pública do território ocupou cargos de relevo como Director dos Serviços de Finanças, director dos Serviços de Economia e Director dos Serviços de Turismo. Foi um dos fundadores do IPIM. A partir de 1987 ingressou nos quadros da então CEE, tendo trabalhado no Conselho Europeu até à sua reforma em 2012. Deixa três filhas e sete netos. Foi também durante vários anos colaborador do Hoje Macau, onde publicou muitas das suas interessantes memórias da vida de Macau e da Europa.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Actualizados apoios no âmbito da escolaridade obrigatória e propinas [dropcap]F[/dropcap]oram ontem publicados em Boletim Oficial (BO) dois despachos que actualizam os montantes a atribuir pelo Governo às escolas para a manutenção da escolaridade obrigatória, e também para as propinas. Ao nível dos apoios concedidos para propinas aos alunos, a partir do dia 1 de Setembro deste ano, no ensino infantil é atribuído um montante anual de 20.300 patacas ao invés das actuais 19.140 patacas. No ensino primário o Governo passa a conceder 22.490 patacas em vez das actuais 21.320, enquanto que no ensino secundário os alunos recebem 24.810 patacas, em vez das 23.800 patacas que são concedidas actualmente. A actualização destes montantes diz respeito a uma medida anunciada pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, nas últimas Linhas de Acção Governativa para este ano. No que diz respeito aos subsídios para a escolaridade gratuita, o despacho determina que “para as turmas dos ensinos infantil e primário, cujo número de alunos seja igual ou superior a 25 e não exceda os 35, os montantes são fixados, respectivamente, em 1,013 e 1,111 milhões de patacas”. Já no que diz respeito ao ensino secundário geral o montante é fixado em 1,343 milhões de patacas também para turmas que tenham entre 25 e 35 alunos. O despacho dá ainda conta do montante de 1,523 milhões de patacas para turmas do ensino secundário complementar para turmas com igual número de alunos.
Hoje Macau PolíticaLegislação | Ng Kuok Cheong quer Lei Sindical este ano [dropcap]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong quer que Chui Sai On faça uma consulta pública e apresente uma proposta de Lei Sindical até ao final do seu mandato, que termina a 19 de Dezembro deste ano. É este o conteúdo da última interpelação escrita do membro pró-democrata, que foi divulgada ontem. Ng defende que de forma a evitar atrasos face às regiões vizinhas, como Taiwan e o Interior da China, que urge a aprovação de uma Lei Sindical, ainda durante este ano. Outro dos aspectos abordados é o estudo encomendado a uma associação liderada por Kevin Ho, a troco de 800 mil patacas. Ng Kuok Cheong recorda que o Conselho Permanente de Concertação Social (CPCS), através do coordenador Wong Chin Hong, havia prometido um resultado até ao final do segundo trimestre, depois de problemas técnicos com um questionário. Contudo, até agora ainda não foram divulgados quaisquer resultados, o que mereceu críticas do deputado. Sobre este aspecto, Ng Kuok Cheong sublinha que o estudo está a ser pago pelo erário público.
Hoje Macau PolíticaMetro Ligeiro | Chui Sai On experimenta as carruagens [dropcap]C[/dropcap]hui Sai On esteve ontem de visita ao Parque de Materiais e Oficina do Metro Ligeiro, projecto que arrancou antes do início do seu mandato como Chefe do Executivo e que ainda não está em funcionamento. Inicialmente, em 2007, previa-se que o projecto estivesse concluído em 2011, mas depois de quase 12 anos as operações só deverão arrancar por volta de Dezembro. O líder do Governo experimentou a viagem entre o Parque de Materiais e Oficina e a estação do Oceano. Durante a visita, segundo o comunicado oficial, Chui Sai On “mostrou interesse” no horário do metro, nas ligações a Seac Pai Van e na estação do Hospital das Ilhas, onde vai funcionar o Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, com ligações à família do líder do Governo. Ainda segundo o comunicado, Chui Sai On esteve acompanhado por vários titulares de altos cargos.
Hoje Macau EntrevistaPansy Ho diz que Ho Iat Seng é a pessoa certa para Chefe do Executivo Uma nova era de desenvolvimento traz a Macau desafios para os quais Ho Iat Seng, enquanto Chefe do Executivo, é a solução. A ideia foi defendida pela empresária Pansy Ho, que considera também que ao sector do jogo podem ser exigidas mais responsabilidades no momento de atribuição das licenças de exploração [dropcap]A[/dropcap] empresária Pansy Ho, filha do magnata do jogo Santley Ho, disse à Lusa que o ex-presidente da Assembleia Legislativa (AL) de Macau Ho Iat Seng é a pessoa indicada para ocupar o cargo de chefe do Governo. “É a pessoa certa”, afirmou em entrevista a multimilionária que lidera um grupo com investimentos em Macau, Hong Kong e China na área do imobiliário, transportes, hotelaria e construção civil, quando se está a pouco mais de um mês das eleições para Chefe do Executivo, agendadas para 25 de Agosto. Uma das accionistas de referência da Sociedade de Jogos de Macau e da MGM China, disse estar convencida de que Ho Iat Seng é capaz de liderar a nova geração para uma nova era de gestão de recursos. Na AL, “viu e estudou os problemas que Macau enfrenta, (…) sabe de experiência directa quais são os problemas”, começou por explicar a empresária. Pansy Ho sublinhou que Ho Iat Seng chegará ao cargo numa nova era, com melhores acessibilidades a servirem Macau, perante o desafio e oportunidade que representa a criação da metrópole mundial da Grande Baía, e também com grandes reservas financeiras à disposição. Sobre este último ponto, uma das herdeiras do império do jogo de Stanley Ho é clara: o desafio hoje não é mais “fazer mais dinheiro, mas como fazer melhor uso dele e dos recursos”. Uma nova era Mas o “assunto crítico” é “o futuro da próxima geração de Macaenses”, até porque “estamos agora numa encruzilhada”, sustentou. “Continuamos a dizer que queremos reposicionar Macau, diversificar Macau, combater a dependência da economia da indústria do jogo”, bem como “agarrar a oportunidade da Grande Baía”, recordou, para concluir que tal não será conquistado por “uma mão-cheia de investidores”. “Será a nova geração de Macau a fazer a diferença”, defendeu. “Precisamos de um Chefe do Executivo que consiga mobilizar, encorajar e convencer a nova geração. E penso que [Ho Iat Seng] é a pessoa certa”, declarou. A empresária disse ainda que Macau, após ter construído um ‘milagre’ turístico, tem agora de afirmar-se como ‘resort’ integrado e ‘crescer’ para o projecto chinês da Grande Baía. “Há uma limitação de espaço e Macau precisa de crescer para a Grande Baía”, acrescentou, referindo-se ao projecto de Pequim de criação de uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove cidades da província chinesa de Guangdong. A Grande Baía é uma região com cerca de 70 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto que ronda os 1,3 biliões de dólares, maior que o PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20. Macau não tem o mesmo estatuto comercial e financeiro de Hong Kong, mas tem mais-valias ao nível geográfico e de posicionamento em áreas como o turismo integrado, indústrias criativas, medicina tradicional chinesa e plataforma cultural, destacou Pansy Ho que, desde 2018, é embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU. “Macau tem a capacidade de se tornar num ‘resort’ integrado”, de se apresentar como tal, mas tem de “ser capaz de se expandir e crescer para a Grande Baía”, defendeu a multimilionária. Este já não é o tempo “dos ‘manda-chuvas’ a realizarem investimentos bilionários”, mas “das centenas de milhares de pessoas que estiveram expostos ao desenvolvimento” e que podem singrar profissionalmente para além dos casinos, “no retalho, no turismo de negócios de eventos e até nas artes”, afirmou. “Não é menos do que um milagre que um local sem grandes atracções turísticas naturais se tenha conseguido transformar desta forma num período de apenas 20 anos”, frisou a empresária, defendendo que Macau não precisa do dinheiro extra das taxas turísticas, num momento em que o Governo estuda o assunto. “Sabemos que o trabalho que temos pela frente é fazer de Macau um destino mais atractivo na área de Turismo de Negócios e Eventos”, superar “a forte fundação que construímos [indústria do jogo]]” e “sermos capazes de, pelo menos, atrairmos mais viajantes asiáticos”, defendeu. Pansy Ho sublinhou que “não se deve pensar em menos turistas, mas em os distribuir por diferentes atracções”, garantindo que “fiquem mais dias em Macau”. Ou seja, “devemos e temos de começar a falar (…) como integrar chegadas e distribuir turismo em Macau”, disse a empresária que pertence à direcção da sociedade que gere o aeroporto internacional de Macau, e que detém participações em companhias de transporte (ferries, helicópteros e autocarros) entre Hong Kong e Macau. Mais exigências ao jogo Entretanto, o Governo de Macau deve exigir mais da indústria do jogo, apontou a Pansy Ho, acrescentando que a Sociedade de Jogos de Macau (SJM) está a preparar-se para a atribuição das licenças em 2022. Menor preocupação com o número de concessões a atribuir, manter os actuais promotores na exploração do jogo em Macau, não ceder à tentação de mudar simplesmente as ‘caras’ e a convicção de que os investidores norte-americanos não serão excluídos devido à guerra comercial EUA/China são algumas das ideias expressas pela filha mais velha do magnata do jogo Stanley Ho sobre as novas licenças a atribuir pelo Governo em 2022. As recentes movimentações que protagonizou no início do ano, relacionadas com duas sociedades fundadas pelo pai, nada têm a ver com questões relacionadas com os investidores norte-americanos, garantiu aquela que é copresidente e accionista de referência da MGM China, que resultou de uma parceria entre a empresária e a norte-americana MGM Resorts para explorar casinos em Macau. “No passado, a estrutura montada não era propícia a uma gestão eficiente e é por isso que temos de estar preparados”, afirmou, ela que, em Janeiro, anunciou uma aliança com a Fundação Henry Fok para garantir o controlo da SJM Holdings Ltd e da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM). Segundo os analistas, em causa está a luta pelo poder por aquele que é o maior império do jogo em Macau, criado por Stanley Ho que, até ao final de 2001, beneficiou do facto de deter o monopólio da concessão dos casinos no território. Em 2018, a irmã e parceira de negócios de Pansy Ho passou a ocupar a presidência da SJM Holdings, na qual também pontua a quarta mulher de Stanley Ho, Angela Leong, directora executiva, e importante accionista individual, mas que poderá ver reduzida no futuro a sua influência na gestão da empresa. “Vamos entrar num processo de voltar a licitar nos próximos dois a três anos e é por isso que é mais crítico agora que a empresa tenha uma direcção certa e uma estratégia bem definida para o futuro”, sublinhou. A origem do capital e a nacionalidade dos investidores não é para Pansy Ho um potencial problema a considerar: “Se [os candidatos] responderem aos critérios e às exigências, acredito que não haverá uma deliberada exclusão”, sustentou. A empresária defende que o Governo não deve ficar preso a um eventual número de licenças a atribuir, mas ser capaz de definir o caminho e exigir a prestação de contas aos concessionários. Depois, explicou, “todos os que se chegarem à frente têm de demonstrar que são capazes de trazer “algo extra a Macau”. Pansy Ho disse acreditar que, do ponto de vista do mercado, os concessionários têm menos de cinco anos para responder a uma segunda fase de diversificação e defendeu que os actuais devem manter-se, pela experiência que acumularam, pelo que investiram e para acautelar qualquer mudança abrupta na indústria do jogo em Macau. Em Maio, o Governo avisou que as futuras concessionárias do jogo vão ser obrigadas a promover outras indústrias e a assumir mais responsabilidades sociais, algo que ficará plasmado nas exigências do concurso público em 2022.
Hoje Macau China / ÁsiaCrescimento da economia chinesa no segundo trimestre é o mais baixo em quase 30 anos [dropcap]A[/dropcap] economia chinesa cresceu, no segundo trimestre deste ano, ao ritmo mais lento das últimas três décadas, segundo dados hoje divulgados, ilustrando o fim do ciclo que transformou um país pobre e isolado na segunda maior economia mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 6,2% no segundo trimestre, menos 0,5 pontos percentuais, face ao mesmo período de 2018, e menos duas décimas do que no trimestre anterior, segundo os dados oficiais hoje divulgados. Trata-se da taxa de crescimento mais baixa desde que o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês começou a publicar os dados, em 1992, no início de três décadas de crescimento económico que transformaram a China. A contracção, em Junho, das exportações, um dos principais motores da economia chinesa, foi a principal causa do abrandamento. O consumo doméstico e o sector imobiliário permaneceram resilientes, mas a economia acabou por sofrer o impacto de uma guerra comercial com Washington, que começou no verão passado e se tem vindo a agravar. As vendas a retalho aumentaram 8,4%, no conjunto da primeira metade do ano, com o ritmo de crescimento a abrandar uma décima no segundo trimestre, face aos três meses anteriores. Nos primeiros seis meses do ano, o investimento em fábricas, imóveis e outros activos fixos aumentou 5,8% – uma subida de 0,2%, face ao período entre Janeiro e Maio -, reflectindo os esforços de Pequim para estimular a economia, incluindo reduzir as restrições no acesso ao crédito e aumento do investimento público. “Nós prevemos que a economia continue a fraquejar”, considerou Julian Evans-Pritchard, economista para a China na consultora Capital Economics. “Olhando para o futuro, duvidamos que os dados, melhores do que o esperado para Junho, marquem o início de uma recuperação”, acrescentou. A ascensão ao poder de Donald Trump nos EUA ditou o início de uma guerra comercial entre Washington e Pequim, com os dois países a aumentarem as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um. O porta-voz do GNE, Mao Shengyong, disse que a redução na carga fiscal, no início do ano, ajudou a estimular a economia a evitar a pressão externa. “O crescimento económico da China depende cada vez mais da procura doméstica, sobretudo do consumo”, afirmou. A economia chinesa teve um período de abrandamento, após as sanções económicas impostas por países ocidentais, na sequência da sangrenta repressão do movimento pró-democracia da Praça Tiananmen, esmagado na noite de 3 para 4 de Junho de 1989, mas recuperou a partir de 1992. A economia voltou a desacelerar durante a crise financeira asiática, no final da década de 1990, e após a crise financeira global de 2008.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de 20 feridos e 37 detidos após confrontos entre polícia e manifestantes em Hong Kong [dropcap]M[/dropcap]ais de 20 pessoas ficaram feridas, seis com gravidade, e 37 foram detidas após os confrontos de domingo entre manifestantes e a polícia de Hong Kong, noticiou hoje a imprensa local. Os confrontos ocorreram ao final do dia, quando a polícia começou a dispersar os manifestantes após um protesto pacífico que reuniu milhares de pessoas em Sha Tin, no norte de Hong Kong, contra a controversa proposta de lei que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China. De acordo com o jornal South China Morning Post, que cita fonte hospitalar, pelo menos 22 pessoas – entre activistas e polícias – foram hospitalizadas na sequência dos confrontos. Duas encontram-se em estado crítico e quatro em estado grave. Em declarações à imprensa esta manhã, o comissário da polícia Stephen Lo condenou de forma veemente as acções dos manifestantes, que classificou de “bandidos” e considerou serem responsáveis pelas “cenas caóticas” de domingo em Sha Tin. “A multidão perdeu o controlo e o seu comportamento foi horrível”, disse Lo. Por seu lado, alguns deputados acusaram a polícia de recorrer a “tácticas violentas” no centro comercial New Town Plaza – principal palco dos confrontos – tendo bloqueado manifestantes que apenas queriam deixar o local. Ainda de acordo com o diário de Hong Kong, pelo menos 37 pessoas foram detidas na sequência dos confrontos que tiveram lugar após o protesto pacífico registado durante todo o dia. Há mais de um mês que Hong Kong é palco de protestos maciços. O mais concorrido, segundo a organização, aconteceu a 16 de Junho, quando cerca de dois milhões de pessoas (mais de um terço da população) saíram à rua para protestar contra a lei. Dois dos protestos, a 12 de Junho e a 1 de Julho, foram marcados por violentos confrontos entre manifestantes e a polícia, que chegou a usar balsas de borracha, gás pimenta e gás lacrimogéneo. A 1 de Julho, os manifestantes invadiram mesmo o parlamento de Hong Kong. A Chefe do Executivo, Carrie Lam, depois de pedir desculpa em duas ocasiões distintas, em Junho, chegou mesmo a afirmar já este mês que a lei estava “morta”. No entanto, uma nova grande manifestação contra esta lei e a violência policial está agendada para 21 de Julho, disse à Lusa na sexta-feira a porta-voz do movimento que tem liderado os maciços protestos no território, Bonnie Leung. “Como as nossas cinco reivindicações não foram ainda atendidas, acreditamos que é muito importante que continuemos os protestos (…) e temos uma obrigação de juntar as pessoas outra vez”, sublinhou a vice-coordenadora da Frente Civil de Direitos Humanos.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas declaram alerta nacional devido a surto de dengue que já fez 456 mortos [dropcap]A[/dropcap]s Filipinas declararam hoje estado de alerta nacional devido a um grave surto de dengue, com mais de 106.000 casos registados no primeiro semestre do ano e 456 mortos, a maioria crianças com menos de cinco anos. A propagação do dengue naquele país asiático aumentou 85% comparativamente a igual período do ano passado, informou em conferência de imprensa o ministro da Saúde filipino, Francisco Duque. O responsável esclareceu que não se trata ainda de uma epidemia a nível nacional, mas que já se verifica uma epidemia em pelo menos quatro regiões do centro do país. Neste sentido, Duque anunciou que o Ministério da Saúde activou o “código azul” – alerta nacional – para monitorizar a situação em conjunto com o Gabinete Nacional de Redução do Risco de Desastres. As Filipinas sofreram uma queda acentuada na taxa de vacinação, uma descida causada, em parte, pelo escândalo da Dengvaxia, uma vacina contra a dengue que foi administrada nas escolas entre 2016 e 2017 e está ligada à morte de várias crianças no país. Em vários países do Sudeste asiático, como a Malásia, Vietname, Camboja e Singapura, o número de casos de dengue duplicou comparativamente com o período homólogo do ano passado. Com o grave surto registado nas regiões vizinhas, as autoridades de Macau já elevaram também o risco de uma epidemia no território e apelaram à prevenção. Segundo o último balanço dos Serviços de Saúde, divulgado a 10 de Julho, a região administrativa especial já registou oito casos importados desde o início do ano. No final do ano passado, Macau contava com 188.480 trabalhadores não-residentes, o maior número desde que há registos, sendo uma esmagadora maioria proveniente das Filipinas e do Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente de Taiwan reitera apoio ao Haiti, um dos 17 aliados diplomáticos da Ilha [dropcap]A[/dropcap] Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, reiterou no sábado o seu apoio ao Haiti, no início de uma visita a quatro países caribenhos que mantêm relações diplomáticas com a ilha Formosa. Tsai Ing-wen foi recebida pelo presidente do Haiti, Jovenel Moise, a quem prometeu apoio taiwanês na forma de investimentos, embora não tenha especificado nenhum plano. “Estou aqui para expressar a nossa solidariedade e manter a amizade entre o Haiti e Taiwan. Estamos felizes com esta relação entre os dois países”, disse Ing-wen, no Museu Nacional do Panteão no Haiti. A Presidente da Ilha Formosa disse que “Taiwan quer apoiar o desenvolvimento do Haiti” e contribuir para o desenvolvimento deste país, o mais pobre da América. “Taiwan quer fazer mais investimentos para apoiar o Haiti e queremos um Haiti próspero”, acrescentou a chefe de Estado. A visita de Tsai Ing-wen aos países caribenhos acontece um ano depois de a República Dominicana e El Salvador romperem relações com Taipei e reconhecerem a China. No mesmo ano, o Panamá também passou a reconhecer a China. Apenas 17 países reconhecem Taiwan actualmente. O périplo de Tsai, de 12 dias, incluiu ainda paragens em São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, nações que mantém relações diplomáticas com a Ilha Formosa. Tsai Ing-wen chegou ao Haiti vinda dos Estados Unidos onde advertiu que o povo taiwanês “nunca se sentirá intimidado” apesar dos protestos de Pequim, que recusam reconhecer Taiwan como território soberano. A visita ocorreu apesar dos protestos de Pequim, que pediu aos EUA que não permitam que Tsai Ing-wen transite pelo país e que tratem com “cautela” as questões relacionadas com Taiwan. Mas, na mesma semana, o Departamento de Estado norte-americano aprovou uma venda de armamento a Taiwan no valor de 2,2 mil milhões de dólares, numa outra decisão que Pequim considera provocativa. Embora Tsai Ing-wen tenha visitado os EUA antes, esta foi a sua primeira viagem como líder de Taiwan a Nova Iorque, onde Taiwan mantém uma representação consular e comercial não oficial, próximo da sede das Nações Unidas. China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana. Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição de Tsai Ing-wen, em 2016, e afirma que só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China. Desde o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), em 2017, que as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo taiwanês se intensificaram, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável que a China invada Taiwan. Washington, que rompeu relações diplomáticas com Taipei em 1979 e passou a reconhecer o Governo de Pequim como o único representante da China, continua a ser o maior aliado de Taipé e o seu principal fornecedor de armas.