EUA | Adiado aumento de taxas sobre importações chinesas

[dropcap]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou por 15 dias o aumento de taxas alfandegárias sobre quase metade das importações oriundas da China, num raro gesto de “boa vontade”, que antecede nova ronda negocial.

Trump disse ter acedido ao pedido do vice-primeiro ministro chinês, Liu He, que lidera a delegação chinesa nas negociações com os EUA, em adiar por duas semanas o aumento das taxas, de 25 por cento para 30 por cento, sobre 250 mil milhões de dólares de bens importados da China.

A subida estava originalmente marcada para o dia 1 de Outubro, mas o Presidente norte-americano disse que Pequim quis evitar que coincidisse com o 70º aniversário da República Popular da China.

A decisão de Washington surgiu depois de a China ter anunciado, na quarta-feira, que alguns produtos químicos industriais e fármacos dos Estados Unidos passarão a estar isentos de taxas alfandegárias retaliatórias na guerra comercial com Washington.

A reciprocidade deve assim aligeirar o ambiente nas vésperas de delegações de ambos os países voltarem a reunir, em Washington, para discutir um acordo que ponha final às disputas comerciais.

Episódios da guerra

Pequim e Washington aumentaram já as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de ambos os países, numa guerra comercial que começou há mais de um ano.
Um primeiro período de tréguas colapsou em Maio, após Trump acusar o lado chinês de recuar em promessas feitas anteriormente.

No mês seguinte, Trump e o Presidente chinês, Xi Jinping, negociaram nova trégua, que durou menos de duas semanas, com o líder norte-americano a anunciar mais taxas alfandegárias, depois de Pequim não ter acedido em retomar a compra de produtos agrícolas norte-americanos.

Desta vez, a lista de produtos norte-americanos que serão isentos de taxas retaliatórias por Pequim, a partir de 17 de Outubro, e durante um ano, inclui 16 categorias: pesticidas, lubrificantes, produtos farmacêuticos ou graxa industrial.

No entanto, Pequim vai manter taxas alfandegárias de até 25 por cento sobre a soja e outros produtos agrícolas oriundos dos Estados Unidos.

 

“Avanços substanciais”, precisam-se

O Governo dos EUA quer “avanços substanciais” nas negociações comerciais com a China, já no início de Outubro, mas admite todos os cenários, disse ontem o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin. Estados Unidos e China vão voltar à mesa das negociações, no final deste mês, para preparar um encontro em Washington entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e a delegação norte-americana, em que Mnuchin estará acompanhado do representante para o Comércio, Robert Lightizer. Mnuchin disse que o Presidente Donald Trump está disponível para todos os cenários, retirando ou aumentando as tarifas aduaneiras retaliatórias, dependendo do avanço das negociações que decorrerão em outubro, em Washington. “Podemos chegar a um acordo a qualquer momento, mas queremos um bom acordo”, explicou ontem Steven Mnuchin, numa entrevista à estação televisiva CNBC. Na entrevista televisiva, o secretário do Tesouro explicou ainda que a questão de Hong Kong, onde manifestações de protesto contra o Governo local se prolongam há várias semanas, não estará na “ementa” das reuniões comerciais entre os EUA e a China, para não perturbar a possibilidade dos necessários progressos negociais.

13 Set 2019

EUA | Adiado aumento de taxas sobre importações chinesas

[dropcap]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou por 15 dias o aumento de taxas alfandegárias sobre quase metade das importações oriundas da China, num raro gesto de “boa vontade”, que antecede nova ronda negocial.
Trump disse ter acedido ao pedido do vice-primeiro ministro chinês, Liu He, que lidera a delegação chinesa nas negociações com os EUA, em adiar por duas semanas o aumento das taxas, de 25 por cento para 30 por cento, sobre 250 mil milhões de dólares de bens importados da China.
A subida estava originalmente marcada para o dia 1 de Outubro, mas o Presidente norte-americano disse que Pequim quis evitar que coincidisse com o 70º aniversário da República Popular da China.
A decisão de Washington surgiu depois de a China ter anunciado, na quarta-feira, que alguns produtos químicos industriais e fármacos dos Estados Unidos passarão a estar isentos de taxas alfandegárias retaliatórias na guerra comercial com Washington.
A reciprocidade deve assim aligeirar o ambiente nas vésperas de delegações de ambos os países voltarem a reunir, em Washington, para discutir um acordo que ponha final às disputas comerciais.

Episódios da guerra

Pequim e Washington aumentaram já as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de ambos os países, numa guerra comercial que começou há mais de um ano.
Um primeiro período de tréguas colapsou em Maio, após Trump acusar o lado chinês de recuar em promessas feitas anteriormente.
No mês seguinte, Trump e o Presidente chinês, Xi Jinping, negociaram nova trégua, que durou menos de duas semanas, com o líder norte-americano a anunciar mais taxas alfandegárias, depois de Pequim não ter acedido em retomar a compra de produtos agrícolas norte-americanos.
Desta vez, a lista de produtos norte-americanos que serão isentos de taxas retaliatórias por Pequim, a partir de 17 de Outubro, e durante um ano, inclui 16 categorias: pesticidas, lubrificantes, produtos farmacêuticos ou graxa industrial.
No entanto, Pequim vai manter taxas alfandegárias de até 25 por cento sobre a soja e outros produtos agrícolas oriundos dos Estados Unidos.
 

“Avanços substanciais”, precisam-se

O Governo dos EUA quer “avanços substanciais” nas negociações comerciais com a China, já no início de Outubro, mas admite todos os cenários, disse ontem o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin. Estados Unidos e China vão voltar à mesa das negociações, no final deste mês, para preparar um encontro em Washington entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e a delegação norte-americana, em que Mnuchin estará acompanhado do representante para o Comércio, Robert Lightizer. Mnuchin disse que o Presidente Donald Trump está disponível para todos os cenários, retirando ou aumentando as tarifas aduaneiras retaliatórias, dependendo do avanço das negociações que decorrerão em outubro, em Washington. “Podemos chegar a um acordo a qualquer momento, mas queremos um bom acordo”, explicou ontem Steven Mnuchin, numa entrevista à estação televisiva CNBC. Na entrevista televisiva, o secretário do Tesouro explicou ainda que a questão de Hong Kong, onde manifestações de protesto contra o Governo local se prolongam há várias semanas, não estará na “ementa” das reuniões comerciais entre os EUA e a China, para não perturbar a possibilidade dos necessários progressos negociais.

13 Set 2019

Macau Legend | Hotel e casino em Cabo Verde terminado até final de 2020

O grupo Macau Legend, do empresário David Chow, prevê concluir até final de 2020 a construção do hotel e do casino em curso na cidade da Praia, em Cabo Verde, segundo informação enviada aos investidores

 

[dropcap]D[/dropcap]e acordo com a mesma informação do grupo Macau Legend, de finais de Agosto e consultada ontem pela Lusa, o edifício de escritórios e a infraestrutura no ilhéu de Santa Maria, na Praia, “serão concluídos até ao final de 2019 e o novo hotel e casino será concluído até o final de 2020”.

“Algumas alterações ao plano original são necessárias para acomodar as limitações geográficas locais, mas no geral o projecto está no caminho certo”, lê-se na mesma informação.

A Lusa noticiou em 10 de Maio que os promotores da estância turística com casino a construir no ilhéu de Santa Maria, situado defronte da cidade da Praia, vão implementar aquele projecto por fases, garantido agora um investimento inicial de 90 milhões de euros, quase um terço da previsão anterior.

Em causa está o projecto do grupo liderado pelo empresário de Macau David Chow e que foi alvo de uma adenda ao nível do acordo anterior entre os investidores privados e o Governo de Cabo Verde, conforme publicação em Boletim Oficial em Abril. Em 2015, David Chow, empresário luso-chinês nos sectores do turismo, entretenimento e jogos em Macau, e proprietário do grupo Macau Legend, assinou com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento Gamboa/ilhéu de Santa Maria.

A primeira pedra deste projecto foi lançada em Fevereiro de 2016. Trata-se do maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento previsto de 250 milhões de euros – cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – para a construção de uma estância turística no ilhéu de Santa Maria, que cobrirá uma área de 152.700 metros quadrados, inaugurando a indústria de jogo em Cabo Verde.

Quarto de século

David Chow recebeu uma licença de 25 anos do Governo de Cabo Verde, 15 dos quais em regime de exclusividade na Ilha de Santiago. Esta concessão de jogo custou à CV Entertaiment Co., subsidiária da Macau Legend, o equivalente a cerca de 1,2 milhões de euros. A promotora recebeu também uma licença especial para explorar, em exclusividade, jogo ‘online’ em todo o país e o mercado de apostas desportivas durante 10 anos.

A obra, que inclui um edifício de grandes dimensões frente ao mar, onde funcionará um casino e um hotel, provocou críticas e despertou a curiosidade dos transeuntes que nos últimos três anos se habituaram aos taipais com carateres chineses e ao prédio, recentemente pintado.

Contudo, na minuta de adenda ao acordo entre a empresa e o Governo cabo-verdiano, publicada em 8 de Abril no Boletim Oficial de Cabo Verde, refere-se que, “considerando que, face à evolução da envolvente nacional do empreendimento nos últimos dois anos, o promotor sugeriu, e o Governo entendeu aceitar, uma proposta de realização do projecto de investimento por fases”.

Assim, nesta primeira fase do projecto, que deverá estar concluída dentro de 22 meses, serão investidos 90 milhões de euros.

Até lá deverá estar concluída a estrutura actualmente existente no local, a ponte para o ilhéu de Santa Maria, os arranjos paisagísticos associados, o estacionamento e infraestruturas de apoio, um hotel com ‘boutique casino’, com 250 quartos, uma grande piscina e várias instalações para restaurantes, bares e estabelecimentos comerciais, segundo o mesmo documento.

Na minuta refere-se que “as demais fases do projecto ficam sujeitas às condições de mercado e às novas políticas adoptadas pelo Governo de Cabo Verde, visando o benefício mútuo”.

As outras fases do projecto “serão apresentadas para apreciação pelo Governo de Cabo Verde, após a conclusão da primeira fase”, lê-se no documento.

13 Set 2019

Macau Legend | Hotel e casino em Cabo Verde terminado até final de 2020

O grupo Macau Legend, do empresário David Chow, prevê concluir até final de 2020 a construção do hotel e do casino em curso na cidade da Praia, em Cabo Verde, segundo informação enviada aos investidores

 
[dropcap]D[/dropcap]e acordo com a mesma informação do grupo Macau Legend, de finais de Agosto e consultada ontem pela Lusa, o edifício de escritórios e a infraestrutura no ilhéu de Santa Maria, na Praia, “serão concluídos até ao final de 2019 e o novo hotel e casino será concluído até o final de 2020”.
“Algumas alterações ao plano original são necessárias para acomodar as limitações geográficas locais, mas no geral o projecto está no caminho certo”, lê-se na mesma informação.
A Lusa noticiou em 10 de Maio que os promotores da estância turística com casino a construir no ilhéu de Santa Maria, situado defronte da cidade da Praia, vão implementar aquele projecto por fases, garantido agora um investimento inicial de 90 milhões de euros, quase um terço da previsão anterior.
Em causa está o projecto do grupo liderado pelo empresário de Macau David Chow e que foi alvo de uma adenda ao nível do acordo anterior entre os investidores privados e o Governo de Cabo Verde, conforme publicação em Boletim Oficial em Abril. Em 2015, David Chow, empresário luso-chinês nos sectores do turismo, entretenimento e jogos em Macau, e proprietário do grupo Macau Legend, assinou com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento Gamboa/ilhéu de Santa Maria.
A primeira pedra deste projecto foi lançada em Fevereiro de 2016. Trata-se do maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento previsto de 250 milhões de euros – cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – para a construção de uma estância turística no ilhéu de Santa Maria, que cobrirá uma área de 152.700 metros quadrados, inaugurando a indústria de jogo em Cabo Verde.

Quarto de século

David Chow recebeu uma licença de 25 anos do Governo de Cabo Verde, 15 dos quais em regime de exclusividade na Ilha de Santiago. Esta concessão de jogo custou à CV Entertaiment Co., subsidiária da Macau Legend, o equivalente a cerca de 1,2 milhões de euros. A promotora recebeu também uma licença especial para explorar, em exclusividade, jogo ‘online’ em todo o país e o mercado de apostas desportivas durante 10 anos.
A obra, que inclui um edifício de grandes dimensões frente ao mar, onde funcionará um casino e um hotel, provocou críticas e despertou a curiosidade dos transeuntes que nos últimos três anos se habituaram aos taipais com carateres chineses e ao prédio, recentemente pintado.
Contudo, na minuta de adenda ao acordo entre a empresa e o Governo cabo-verdiano, publicada em 8 de Abril no Boletim Oficial de Cabo Verde, refere-se que, “considerando que, face à evolução da envolvente nacional do empreendimento nos últimos dois anos, o promotor sugeriu, e o Governo entendeu aceitar, uma proposta de realização do projecto de investimento por fases”.
Assim, nesta primeira fase do projecto, que deverá estar concluída dentro de 22 meses, serão investidos 90 milhões de euros.
Até lá deverá estar concluída a estrutura actualmente existente no local, a ponte para o ilhéu de Santa Maria, os arranjos paisagísticos associados, o estacionamento e infraestruturas de apoio, um hotel com ‘boutique casino’, com 250 quartos, uma grande piscina e várias instalações para restaurantes, bares e estabelecimentos comerciais, segundo o mesmo documento.
Na minuta refere-se que “as demais fases do projecto ficam sujeitas às condições de mercado e às novas políticas adoptadas pelo Governo de Cabo Verde, visando o benefício mútuo”.
As outras fases do projecto “serão apresentadas para apreciação pelo Governo de Cabo Verde, após a conclusão da primeira fase”, lê-se no documento.

13 Set 2019

Apoios sociais | Concedidos mais de 312 milhões no segundo trimestre

[dropcap]O[/dropcap] Instituto de Acção Social (IAS) concedeu subsídios superiores a 312 milhões de patacas no segundo trimestre deste ano a dezenas de associações de cariz social. A Santa Casa da Misericórdia de Macau foi contemplada com mais de 312 mil patacas, sendo que parte deste montante serviu para custear uma visita à China.

Destaque para a Cruz Vermelha de Macau, que recebeu quase sete milhões de patacas do IAS, enquanto que a Casa Corcel, um serviço afecto ao IAS que funciona como centro de acolhimento temporário, recebeu cerca de um milhão de patacas.

A Associação de Reabilitação Fu Hong, que trabalha com portadores de deficiência, recebeu cerca de um milhão de patacas, enquanto que a Associação Geral de Mulheres de Macau recebeu 700 mil patacas para a realização da actividade “mais contribuições meritórias pelas mulheres da Grande Baía e um maior brilho alcançado com a sua integração no desenvolvimento do País — Fórum e exibição do sucesso alcançado no desenvolvimento das mulheres e crianças”. A mesma associação recebeu ainda 135 mil patacas para custear outra actividade.

A Caritas Macau, uma das maiores ONG do território, recebeu quase dois milhões de patacas em subsídios para várias actividades e acções.

13 Set 2019

Apoios sociais | Concedidos mais de 312 milhões no segundo trimestre

[dropcap]O[/dropcap] Instituto de Acção Social (IAS) concedeu subsídios superiores a 312 milhões de patacas no segundo trimestre deste ano a dezenas de associações de cariz social. A Santa Casa da Misericórdia de Macau foi contemplada com mais de 312 mil patacas, sendo que parte deste montante serviu para custear uma visita à China.
Destaque para a Cruz Vermelha de Macau, que recebeu quase sete milhões de patacas do IAS, enquanto que a Casa Corcel, um serviço afecto ao IAS que funciona como centro de acolhimento temporário, recebeu cerca de um milhão de patacas.
A Associação de Reabilitação Fu Hong, que trabalha com portadores de deficiência, recebeu cerca de um milhão de patacas, enquanto que a Associação Geral de Mulheres de Macau recebeu 700 mil patacas para a realização da actividade “mais contribuições meritórias pelas mulheres da Grande Baía e um maior brilho alcançado com a sua integração no desenvolvimento do País — Fórum e exibição do sucesso alcançado no desenvolvimento das mulheres e crianças”. A mesma associação recebeu ainda 135 mil patacas para custear outra actividade.
A Caritas Macau, uma das maiores ONG do território, recebeu quase dois milhões de patacas em subsídios para várias actividades e acções.

13 Set 2019

Encontro | Chui Sai On recebe presidente da Associação das Ourivesarias

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ip Sio Kai reuniu ontem com o Chefe do Executivo, Chui Sai On, na qualidade de presidente da Associação das Ourivesarias de Macau. De acordo com um comunicado oficial, Ip Sio Kai referiu que, desde 1999 que a “indústria de comércio a retalho de jóias tem vindo a desenvolver-se a um bom ritmo, sendo as perspectivas brilhantes, com o mercado a manter um avanço estável”.

Para garantir um desenvolvimento sustentável do sector, Ip Sio Kai garantiu ainda que a associação “vai proceder a trabalhos em variadas vertentes, no sentido de elevar a qualidade dos seus profissionais, através do reforço da formação”. É objectivo da direcção apostar na “criação de um centro de identificação de jóias de ouro de acordo com os padrões internacionais, com o intuito de aumentar a competitividade da indústria e o estabelecimento de uma base logística nos territórios vizinhos para controlar os custos operacionais”.

Neste sentido, Chui Sai On destacou o facto do sector das ourivesarias poder aproveitar as vantagens do projecto político da Grande Baía para se poder desenvolver. O Chefe do Executivo reuniu também com a Associação Industrial de Macau, presidida por António Chui Yuk Lum. O encontro, ocorrido na sede do Governo, serviu para apresentar os trabalhos preparativos da organização da sexta edição do “Macau Industrial Products Show”. De acordo com um comunicado, foram também trocadas “impressões sobre a inovação e desenvolvimento industrial de Macau”.

13 Set 2019

Encontro | Chui Sai On recebe presidente da Associação das Ourivesarias

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ip Sio Kai reuniu ontem com o Chefe do Executivo, Chui Sai On, na qualidade de presidente da Associação das Ourivesarias de Macau. De acordo com um comunicado oficial, Ip Sio Kai referiu que, desde 1999 que a “indústria de comércio a retalho de jóias tem vindo a desenvolver-se a um bom ritmo, sendo as perspectivas brilhantes, com o mercado a manter um avanço estável”.
Para garantir um desenvolvimento sustentável do sector, Ip Sio Kai garantiu ainda que a associação “vai proceder a trabalhos em variadas vertentes, no sentido de elevar a qualidade dos seus profissionais, através do reforço da formação”. É objectivo da direcção apostar na “criação de um centro de identificação de jóias de ouro de acordo com os padrões internacionais, com o intuito de aumentar a competitividade da indústria e o estabelecimento de uma base logística nos territórios vizinhos para controlar os custos operacionais”.
Neste sentido, Chui Sai On destacou o facto do sector das ourivesarias poder aproveitar as vantagens do projecto político da Grande Baía para se poder desenvolver. O Chefe do Executivo reuniu também com a Associação Industrial de Macau, presidida por António Chui Yuk Lum. O encontro, ocorrido na sede do Governo, serviu para apresentar os trabalhos preparativos da organização da sexta edição do “Macau Industrial Products Show”. De acordo com um comunicado, foram também trocadas “impressões sobre a inovação e desenvolvimento industrial de Macau”.

13 Set 2019

Polícia de Hong Kong proíbe manifestação convocada para domingo

[dropcap]A[/dropcap] Polícia de Hong Kong proibiu hoje a manifestação convocada para domingo pela Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH), que tem liderado os grandes protestos pró-democracia na antiga colónia britânica.

A marcha havia sido convocada após o anúncio da líder do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, da retirada formal das emendas à polémica lei da extradição que esteve na base da contestação social desde o início de Junho.

Contudo, no mesmo dia do anúncio de Carrie Lam, a vice-coordenadora da FCDH, que reúne mais de uma dezena de partidos e organizações não governamentais, disse, em declarações à Lusa, que “os ‘slogans’ que têm sido entoados nas ruas são claros. ‘Cinco exigências: nem uma a menos’”, disse Bonnie Leung.

“Esta [a lei da extradição] era a mais simples de responder, mas as outras quatro são igualmente importantes”, sublinhou, defendendo que “seria também simples aceitar a criação de uma comissão de inquérito independente para averiguar a actuação da polícia” que é acusada de usar força excessiva.

Os manifestantes exigem que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as acções dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefe de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

Na carta de “objecção” da polícia, enviada aos organizadores da marcha, lê-se que durante as manifestações realizadas desde Junho “alguns manifestantes não apenas cometeram actos de violência, incêndio criminoso e bloqueios de estradas, mas também usaram bombas de gasolina e todos os tipos de armas para destruir bens públicos em larga escala”.

Além disso, as autoridades policiais apontaram que os locais onde a manifestação iria acontecer são “muito próximos a prédios de alto risco”, entre os quais a estação de comboios de alta velocidade ou o quartel general da polícia.

Ao declarar a manifestação ilegal, as pessoas que participem na mesma podem enfrentar sérias consequências legais. A FCDH já anunciou que interpôs um recurso contra a decisão da polícia e deve ser notificada antes de domingo sobre a decisão.

12 Set 2019

Magalhães/500 anos | MNE diz que eventos visam celebrar oceanos e contacto entre povos

O estabelecimento de uma “rede de escolas Magalhânicas” e a realização em Lisboa, em Junho de 2020, da II Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos, são alguns dos eventos pensados para celebrar os 500 anos da viagem protagonizada pelo navegador Fernão de Magalhães, disse o ministro Augusto Santos Silva à Lusa

 

[dropcap]A[/dropcap] celebração do conhecimento, os oceanos e o contacto entre povos são os “temas fortes” das comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação, numa lógica de “pensar o passado para projectar o futuro”, anunciou o chefe da diplomacia portuguesa.

“As comemorações são circunstâncias que nos convidam a pensar no passado […] para projectar o futuro”, disse Augusto Santos Silva numa entrevista à Lusa a propósito do V centenário da primeira viagem de circum-navegação da Terra, iniciada em 1519 pelo navegador português Fernão de Magalhães ao serviço dos reis de Espanha.

A viagem de Magalhães “um grande feito histórico”, que partiu da “mobilização de várias culturas” e “de vário conhecimento científico”, significou “uma descoberta no sentido de procurar descobrir o novo” e “mostrou pela primeira vez que era possível fazer uma travessia marítima a todo o mundo”, características que “são muito importantes para a actualidade”.

“Nós, hoje, temos nos oceanos uma das principais agendas que deve mobilizar o mundo. Nós, hoje, dependemos cada vez mais de saber usar o conhecimento e a tecnologia para servir as pessoas. E nós, hoje, precisamos de descobrir: descobrir o espaço, descobrir a realidade do mundo, descobrir as diferentes culturas, nações e povos e comunicar entre nós”, explicou.
Santos Silva frisou que o programa de comemorações foi elaborado em coerência com “as opções essenciais” de Portugal em matéria de política interna e externa e, assim sendo, os oceanos assumem nele um lugar de destaque.

Preocupação ambiental

“Um dos projectos mais emblemáticos do programa do Governo para as comemorações é justamente um projecto da sensibilização ambiental em torno do oceano. Não apenas a questão dos plásticos, que é uma questão complexíssima e gravíssima do lixo que os plásticos não reciclados causam no oceano e a perturbação que infligem à vida marinha, mas mais geralmente a sensibilização, sobretudo das crianças e dos jovens, para exactamente esse cruzamento entre a gestão dos oceanos, a preservação ambiental e o combate às alterações climáticas”, explicou.

Além desse projecto de sensibilização, que se articula com “outro grande projecto emblemático que é a constituição de uma rede de escolas Magalhânicas”, o programa inclui a realização em Lisboa, em Junho de 2020, da II Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos e um concurso de projectos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico em torno dos oceanos.

“A lógica das comemorações é investir no conhecimento […] favorecer o conhecimento, não só o histórico, como o conhecimento científico actual em torno do oceano e do espaço”, disse Santos Silva.

Mostras em movimento

Em relação ao conhecimento histórico, o ministro destacou a exposição luso-espanhola sobre a circum-navegação que começará em Espanha, depois Portugal e seguirá para outros países da rota de Magalhães e Elcano, a exposição nacional no Museu Nacional Soares dos Reis a partir de 2020 e a recriação da viagem através de plataformas digitais, “para que as pessoas possam acompanhar dia a dia o que foi a viagem, 500 anos depois de ser realizada”.

As comemorações envolvem um programa nacional, ao nível do Governo e das regiões autónomas, municípios e sociedade civil, e um plano internacional, que passa por um programa conjunto Portugal-Espanha onde se destaca a candidatura a Património Mundial da Rota Magalhães e um estudo conjunto do Instituto Camões e do Instituto Cervantes sobre a projecção global das duas línguas, e pelo envolvimento dos restantes países da rota, do Chile à Namíbia ou do Brasil às Filipinas.

A vertente de ligação entre os vários países da rota passará também por iniciativas como a recriação da viagem pelos navios da Marinha portuguesa Sagres e da Armada espanhola Elcano, a criação de uma Rota Magalhães para fins turísticos e o chamado Passaporte de Negócios Magalhães.

Interesses comerciais

“Magalhães pode ser, e é, um elemento muito importante de contacto entre, por exemplo, empresas portuguesas e empresas chilenas. É uma das coisas que temos em comum, eles têm o Estreito de Magalhães, sabem bem quem é Magalhães […] Portanto, nós usamos naturalmente estes elementos de contacto, que também servem para estimular as trocas entre os países”, explicou.

“Nos dias de hoje, é muito importante que nós oponhamos à ideia de que cada um ganha o que os outros perderem, que o melhor é fechar-se em casa e construir muros altos para os outros não poderem invadir a nossa casa e que o comércio é uma nova forma de guerra. É muito importante que nós oponhamos a essa ideia, a ideia, que aliás é a nossa, de que, pelo contrário, como dizia Camões nos Lusíadas, quem pratica o comércio não quer a guerra e que as nossas casas são casas abertas e frequentarmos as casas uns dos outros é bom para todos”, defendeu.

12 Set 2019

Magalhães/500 anos | MNE diz que eventos visam celebrar oceanos e contacto entre povos

O estabelecimento de uma “rede de escolas Magalhânicas” e a realização em Lisboa, em Junho de 2020, da II Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos, são alguns dos eventos pensados para celebrar os 500 anos da viagem protagonizada pelo navegador Fernão de Magalhães, disse o ministro Augusto Santos Silva à Lusa

 
[dropcap]A[/dropcap] celebração do conhecimento, os oceanos e o contacto entre povos são os “temas fortes” das comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação, numa lógica de “pensar o passado para projectar o futuro”, anunciou o chefe da diplomacia portuguesa.
“As comemorações são circunstâncias que nos convidam a pensar no passado […] para projectar o futuro”, disse Augusto Santos Silva numa entrevista à Lusa a propósito do V centenário da primeira viagem de circum-navegação da Terra, iniciada em 1519 pelo navegador português Fernão de Magalhães ao serviço dos reis de Espanha.
A viagem de Magalhães “um grande feito histórico”, que partiu da “mobilização de várias culturas” e “de vário conhecimento científico”, significou “uma descoberta no sentido de procurar descobrir o novo” e “mostrou pela primeira vez que era possível fazer uma travessia marítima a todo o mundo”, características que “são muito importantes para a actualidade”.
“Nós, hoje, temos nos oceanos uma das principais agendas que deve mobilizar o mundo. Nós, hoje, dependemos cada vez mais de saber usar o conhecimento e a tecnologia para servir as pessoas. E nós, hoje, precisamos de descobrir: descobrir o espaço, descobrir a realidade do mundo, descobrir as diferentes culturas, nações e povos e comunicar entre nós”, explicou.
Santos Silva frisou que o programa de comemorações foi elaborado em coerência com “as opções essenciais” de Portugal em matéria de política interna e externa e, assim sendo, os oceanos assumem nele um lugar de destaque.

Preocupação ambiental

“Um dos projectos mais emblemáticos do programa do Governo para as comemorações é justamente um projecto da sensibilização ambiental em torno do oceano. Não apenas a questão dos plásticos, que é uma questão complexíssima e gravíssima do lixo que os plásticos não reciclados causam no oceano e a perturbação que infligem à vida marinha, mas mais geralmente a sensibilização, sobretudo das crianças e dos jovens, para exactamente esse cruzamento entre a gestão dos oceanos, a preservação ambiental e o combate às alterações climáticas”, explicou.
Além desse projecto de sensibilização, que se articula com “outro grande projecto emblemático que é a constituição de uma rede de escolas Magalhânicas”, o programa inclui a realização em Lisboa, em Junho de 2020, da II Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos e um concurso de projectos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico em torno dos oceanos.
“A lógica das comemorações é investir no conhecimento […] favorecer o conhecimento, não só o histórico, como o conhecimento científico actual em torno do oceano e do espaço”, disse Santos Silva.

Mostras em movimento

Em relação ao conhecimento histórico, o ministro destacou a exposição luso-espanhola sobre a circum-navegação que começará em Espanha, depois Portugal e seguirá para outros países da rota de Magalhães e Elcano, a exposição nacional no Museu Nacional Soares dos Reis a partir de 2020 e a recriação da viagem através de plataformas digitais, “para que as pessoas possam acompanhar dia a dia o que foi a viagem, 500 anos depois de ser realizada”.
As comemorações envolvem um programa nacional, ao nível do Governo e das regiões autónomas, municípios e sociedade civil, e um plano internacional, que passa por um programa conjunto Portugal-Espanha onde se destaca a candidatura a Património Mundial da Rota Magalhães e um estudo conjunto do Instituto Camões e do Instituto Cervantes sobre a projecção global das duas línguas, e pelo envolvimento dos restantes países da rota, do Chile à Namíbia ou do Brasil às Filipinas.
A vertente de ligação entre os vários países da rota passará também por iniciativas como a recriação da viagem pelos navios da Marinha portuguesa Sagres e da Armada espanhola Elcano, a criação de uma Rota Magalhães para fins turísticos e o chamado Passaporte de Negócios Magalhães.

Interesses comerciais

“Magalhães pode ser, e é, um elemento muito importante de contacto entre, por exemplo, empresas portuguesas e empresas chilenas. É uma das coisas que temos em comum, eles têm o Estreito de Magalhães, sabem bem quem é Magalhães […] Portanto, nós usamos naturalmente estes elementos de contacto, que também servem para estimular as trocas entre os países”, explicou.
“Nos dias de hoje, é muito importante que nós oponhamos à ideia de que cada um ganha o que os outros perderem, que o melhor é fechar-se em casa e construir muros altos para os outros não poderem invadir a nossa casa e que o comércio é uma nova forma de guerra. É muito importante que nós oponhamos a essa ideia, a ideia, que aliás é a nossa, de que, pelo contrário, como dizia Camões nos Lusíadas, quem pratica o comércio não quer a guerra e que as nossas casas são casas abertas e frequentarmos as casas uns dos outros é bom para todos”, defendeu.

12 Set 2019

MUST | Jornal Apple Daily só pode ser lido sob consulta

[dropcap]A[/dropcap] Rádio Macau noticiou ontem que o jornal Apple Daily deixou de estar disponível para leitura livre na biblioteca da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST). Quem quiser ler o jornal terá de fazer um pedido aos funcionários da biblioteca, sendo que esta medida vigora desde Agosto.

Antes disso, o jornal estava disponível junto a outros jornais de língua chinesa e podia ser consultado livremente, sem o auxílio de funcionários da MUST. O jornal fundado por Jimmy Lai tem mostrado uma postura de apoio ao movimento pró-democracia do território vizinho. À Rádio Macau, a MUST nega ter feito alterações neste sentido. Já o jornal Apple Daily diz não ter conhecimento do caso, mas admite uma ligação aos recentes protestos de Hong Kong.

“Não sei exactamente as razões, mas penso que será por causa do movimento em Hong Kong. O jornal tem dado muitas notícias sobre a proposta de lei da extradição. Pode ser esse o caso, mas na verdade não sei a razão que estará por detrás”, disse Cheung Kim-hung, administrador do jornal, que já se deparou com outras práticas semelhantes.

“Tenho-me deparado com muitas organizações e clubes privados que só mostram jornais pró-Governo. Não é novo para mim, mas como é uma universidade, acho que os alunos e o pessoal da biblioteca devem protestar contra esta nova medida, se realmente assim for”.
Cheung Kim-hung considera estar em causa “uma restrição à liberdade de imprensa”. De frisar que o jornal é censurado na China, país de onde é oriunda grande parte dos alunos da MUST.

12 Set 2019

MUST | Jornal Apple Daily só pode ser lido sob consulta

[dropcap]A[/dropcap] Rádio Macau noticiou ontem que o jornal Apple Daily deixou de estar disponível para leitura livre na biblioteca da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST). Quem quiser ler o jornal terá de fazer um pedido aos funcionários da biblioteca, sendo que esta medida vigora desde Agosto.
Antes disso, o jornal estava disponível junto a outros jornais de língua chinesa e podia ser consultado livremente, sem o auxílio de funcionários da MUST. O jornal fundado por Jimmy Lai tem mostrado uma postura de apoio ao movimento pró-democracia do território vizinho. À Rádio Macau, a MUST nega ter feito alterações neste sentido. Já o jornal Apple Daily diz não ter conhecimento do caso, mas admite uma ligação aos recentes protestos de Hong Kong.
“Não sei exactamente as razões, mas penso que será por causa do movimento em Hong Kong. O jornal tem dado muitas notícias sobre a proposta de lei da extradição. Pode ser esse o caso, mas na verdade não sei a razão que estará por detrás”, disse Cheung Kim-hung, administrador do jornal, que já se deparou com outras práticas semelhantes.
“Tenho-me deparado com muitas organizações e clubes privados que só mostram jornais pró-Governo. Não é novo para mim, mas como é uma universidade, acho que os alunos e o pessoal da biblioteca devem protestar contra esta nova medida, se realmente assim for”.
Cheung Kim-hung considera estar em causa “uma restrição à liberdade de imprensa”. De frisar que o jornal é censurado na China, país de onde é oriunda grande parte dos alunos da MUST.

12 Set 2019

DSSOPT atira a responsabilidade de “contradições” em terreno da Ilha Verde para o IC

[dropcap]A[/dropcap]pós o Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) ter repreendido a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) e o Instituto Cultural (IC) sobre a forma como lidaram com o terreno da Colina Ilha Verde, onde há um convento abandonado, a deputada Agnes Lam questionou as Obras Públicos sobre a existência de discrepância entre os diversos planos de urbanização em vigor e a Lei da Salvaguarda do Património Cultural. Porém, na resposta, o organismo sob a tutela do secretário Raimundo Rosário limitou-se a responder que apenas segue as instruções do IC.

“Nos termos do quadro legal vigente, o Instituto Cultural é sempre ouvido, antes da DSSOPT iniciar a elaboração do projecto da Planta de Condições Urbanísticas relativas ao Centro Histórico de Macau, a bens imóveis classificados ou a zona de protecção, e neste contexto, é dado o pleno cumprimento do seu parecer”, foi respondido.

O documento assinado pelo director substituto da DSSOPT, Shin Chung Low Kam Hong, não responde sobre se efectivamente foi feito um esforço para identificar e corrigir eventuais contradições entre o que consta nos planeamentos e a lei criada para salvaguardar o património cultural.

Fora de prazo

Sobre o facto de a DSSOPT continuar a utilizar o plano desactualizado de 2010 para a Zona da Ilha Verde, o director explicou que tal se deve à Lei de Salvaguarda do Património Cultural que define que “até à data de entrada em vigor do plano director e dos planos de pormenor” que os serviços públicos “continuam a aplicar as orientações e princípios previstos e nos planos urbanísticos e estudos sobre o planeamento urbanístico existentes”.

Na interpelação enviada pela deputada em Julho, Agnes Lam pretendia igualmente saber qual é o andamento dos trabalhos para a implementação do Plano Director.

O plano foi elaborado pela empresa de Ove Arup & Partners e está neste momento a ser alvo de análise interna. Depois dessa fase vai ser revelado publicamente e alvo de uma consulta pública. Este plano será depois utilizado como referência para os planos urbanísticos futuros.

12 Set 2019

China confirma que deteve taiwanês por partilhar fotos de polícia paramilitar

[dropcap]A[/dropcap] China confirmou hoje que deteve um homem de Taiwan por alegadamente ter “prejudicado a segurança nacional” ao partilhar fotos da polícia paramilitar chinesa junto à fronteira com Hong Kong no mês passado.

Lee Meng-chu está sob investigação por suspeita de envolvimento em actividades criminosas “prejudiciais à segurança nacional”, revelou Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Governo chinês, sem avançar mais detalhes.

Lee desapareceu em 20 de Agosto, depois de enviar fotos da polícia paramilitar ao prefeito de Fangliao, uma pequena comunidade de pescadores no sul de Taiwan. O prefeito, Archer Chen, disse que tentou contactar Lee nesse mesmo dia, mas que não conseguiu.

Lee costumava viajar para a China e era consultor voluntário do município para ajudar a promover os seus negócios, disse Chen. A agência noticiosa de Taiwan informou que Lee também partilhou as fotos com o seu irmão.

Veículos do exército e da polícia paramilitar da China estão reunidos em Shenzhen, cidade que faz fronteira com Hong Kong, que há mais de três meses é palco de protestos pró-democracia.

11 Set 2019

Ministro japonês defende despejo de água radioactiva de Fukushima no Pacífico

[dropcap]O[/dropcap] ministro do Meio Ambiente do Japão, Yoshiaki Harada, defendeu ontem que a única solução para eliminar a água radioactiva da central nuclear de Fukushima é despejá-la, depois de tratada, nas águas do Oceano Pacífico.

Desde o acidente da centra nuclear de Fukushima, em 2011, a empresa proprietária da instalação, a Tokyo Electric Power Company (Tepco), acumulou mais de um milhão de toneladas de água altamente radioactiva, que foi usada para arrefecer os reactores danificados.

“Penso que não há outra hipótese a não ser lançá-la ao mar”, disse Harada, quando questionado sobre o destino da água contaminada, durante uma conferência de imprensa de balanço sobre o seu mandato no ministério do Meio Ambiente.

O gabinete do primeiro-ministro, Shinzo Abe reagiu de imediato a esta declaração de Harada, dizendo que o compromete apenas a ele, recordando que o ministro está de saída, no âmbito de uma remodelação governamental.

Se o armazenamento da água radioactiva for mantido ao ritmo actual, a Tepco estima que ficará sem espaço para a preservar antes de 2022, o que levou a empresa e o Governo a procurar medidas para resolver o problema.

A solução de despejar a água no Oceano Pacífico não é nova: já em 2016, uma comissão de especialistas mandatada pelo Ministério da Indústria japonês concluiu que essa opção era a “mais rápida e menos dispendiosa”, embora não se excluíssem outras possibilidades.

Nessa altura, a comissão de especialistas calculou que demoraria sete anos e quatro meses o processo de libertação da água no oceano, após a sua diluição, com um custo estimado de cerca de 28 milhões de euros, enquanto as outras técnicas custariam 10 a 100 vezes mais e demorariam um período de oito a 13 anos.

A Tepco já realizou várias descargas específicas de centenas de toneladas de água processada, desde 2015, mas em volume abaixo do que a lei japonesa determina como limite para descargas. Uma fonte ligada à comissão de especialistas referiu as dificuldades do processo de libertação da água no Oceano Pacífico, recordando que, para ser despejada, de acordo com os tratados ambientais internacionais, ela precisa de ser sujeita a um forte controlo de níveis de diluição.

O Governo japonês tem estudado, desde 2016, várias soluções alternativas, mostrando-se preocupado com o impacto ambiental, mas também com os danos colaterais na imagem do Japão junto da comunidade internacional.

11 Set 2019

Escola Portuguesa de Macau acolhe corridas de carros-modelo a energia solar

[dropcap]M[/dropcap]ais de 600 alunos vão participar no domingo na 7.ª edição das “Corridas de Carros-Modelo a Energia Solar e com Condensador” na Escola Portuguesa de Macau, anunciou ontem a Companhia de Electricidade de Macau (CEM), organizadora do evento.

“Com esta iniciativa pretende-se promover o uso de energias renováveis junto dos estudantes locais, permitindo-lhes adquirir conhecimentos e reconhecer a importância da energia verde para um ambiente sustentável”, apontou a CEM em comunicado.

Segundo a mesma nota, este ano o número de inscritos “atingiu um novo recorde com mais de 600 alunos provenientes de 27 escolas a formarem 123 equipas”. As actividades destinam-se aos alunos do 7.º ao 12.º ano. Os alunos foram “desafiados a construírem os seus próprios carros e a competirem entre si”, referiu a CEM.

11 Set 2019

Concertos da Orquestra de Macau em Évora, Coimbra, Portalegre e Lisboa

[dropcap]A[/dropcap]s cidades de Évora, Coimbra, Portalegre e Lisboa vão receber este mês concertos da Orquestra de Macau, com a participação da violinista Clara-Jumi Kang e do maestro Lü Jia, anunciaram ontem os promotores da digressão.

Os concertos são realizados no âmbito das comemorações do 20.º aniversário da transferência de poderes da Administração Portuguesa de Macau para a República Popular da China e do 40.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Portugal e aquela República, com apoio do Instituto Cultural de Macau, dos Serviços de Turismo do Território e da promotora Wu.

Segundo um comunicado enviado à agência Lusa, os quatro concertos vão decorrer sob a batuta do director musical e maestro principal Lü Jia e terão como solista “a conceituada violinista alemã Clara-Jumi Kang, considerada prodígio na minuciosa técnica de tocar violino”.

O primeiro concerto da Orquestra de Macau acontece no Teatro Garcia de Resende, em Évora, no domingo, às 17h00. Segue-se a cidade de Coimbra, no dia 18, uma quarta-feira, às 21:00, no Pavilhão Centro de Portugal. Este concerto conta com a parceria do Teatro Académico Gil Vicente e com a participação da Orquestra Clássica do Centro.

No dia 20, uma sexta-feira, às 21:00, a Orquestra de Macau protagoniza o Concerto Especial de Poslúdio do 6.º Festival Internacional de Música de Marvão, que decorre no Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre.

O último concerto em Portugal da orquestra asiática realiza-se no âmbito do Festival TODOS, em Lisboa, no Panteão Nacional, pelas 18:30 do dia 22 de Setembro, um domingo. Segundo a nota de imprensa, o concerto de Lisboa “integrará a agenda comemorativa do Centenário de Sophia, pelo que contará com uma homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, sepultada no Panteão Nacional”, e a orquestra liderada pelo maestro Lü Jia vai interpretar a peça musical de Jorge Salgueiro (compositor do Teatro O Bando) “És tu a Primavera que eu esperava”.

Fundada em 1983, a Orquestra de Macau é considerada “uma das mais prestigiadas orquestras asiáticas com um repertório que inclui clássicos chineses e ocidentais de todos os tempos”.

“Desde o início das suas funções como director musical e maestro principal da Orquestra de Macau em 2008, o maestro Lü Jia tem impulsionado” a sua evolução “de forma notável, através do treino meticuloso, do arranjo refinado de repertórios e da selecção criteriosa dos artistas convidados”, é referido.

Ainda de acordo com a fonte, a Orquestra de Macau tem realizado várias digressões, incluindo Áustria, Suíça, Portugal, Japão, Coreia e Taiwan, bem como concertos regulares nas principais capitais culturais da China, como Pequim e Xangai, “com vista a expandir a influência cultural de Macau, a potenciar a reputação da orquestra a nível mundial e a apostar no desenvolvimento de novos públicos para a música clássica”.

A Orquestra de Macau colabora regularmente com artistas e instituições como o cantor Plácido Domingo, os pianistas Krystian Zimerman, Boris Berezovsky, Lang Lang, os violinistas Leonidas Kavakos e Sarah Chang, o English National Ballet, a Philadelphia Orchestra e a Korean Chamber Orchestra.

11 Set 2019

Fitch | Guerra comercial e ‘Brexit’ fazem recuar crescimento mundial

[dropcap]A[/dropcap] Fitch acredita que o impacto da guerra comercial entre a China e os EUA e os riscos de um ‘brexit’ sem acordo levarão a uma revisão em baixa do crescimento a nível mundial, incluindo na zona euro. Em comunicado, a agência de ‘rating’ referiu que “levou a cabo revisões em baixa significativas ao crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] da China e da zona euro para os próximos 18 meses”.

Assim, a organização prevê que a economia chinesa cresça 6,1 por cento este ano e 5,7 por cento em 2020, face às previsões da agência em Junho, que apontavam para 6,2 por cento e 6 por cento respectivamente.

Na mesma nota, a Fitch revela que, no caso da zona euro, a estimativas são agora de um aumento de 1,1 por cento em 2019 e 2020, mas em Junho a Fitch apontava para 1,2 por cento este ano e 1,3 por cento em 2020.

Os Estados Unidos não escapam a este cenário de desaceleração, com as previsões a apontarem para uma evolução do PIB de 2,3 por cento este ano e 1,7 por cento em 2020, em comparação com a estimativa anterior, de 2,4 por cento e 1,8 por cento respectivamente.

A Fitch avisa ainda que a zona euro pode ainda crescer menos no caso de um ‘brexit’ sem acordo, “um risco que cresceu ainda mais no Verão”, segundo o comunicado. “Enquanto que a desaceleração mundial dos últimos 12 meses se deveu a várias causas – incluindo condições de crédito na China, o aperto na liquidez global do dólar em 2018 e mudanças significativas em alguns grandes mercados emergentes – a principal causa para a deterioração das perspetivas nos próximos 12 a 18 meses é a política comercial”, lê-se na nota da Fitch.

Taxas de choque

A agência recordou que os EUA intensificaram as tarifas sobre as exportações chinesas durante o Verão, de 25 por cento para 30 por cento em bens avaliados em 250 mil milhões de dólares e criaram uma nova taxa de 15 por cento nos restantes 300 mil milhões de dólares, sendo que estas mudanças entrarão em vigor entre Outubro e o final do ano.

A Fitch acredita que o “choque” destas medidas irá reduzir o crescimento chinês em 2020 em 0,3 pontos percentuais, face ao estimado em Junho. O arrefecimento da economia chinesa, de acordo com a agência de ‘rating’ tem sido “um factor importante” no crescimento “desapontante” da zona euro.

“A evolução da zona euro foi mais fraca do que o esperado no segundo trimestre de 2019 e dados mais recentes continuam a surpreender pela negativa, particularmente na Alemanha, onde a economia se contraiu” no mesmo período, segundo a Fitch.

Um ‘Brexit’ sem acordo pode conduzir a uma “recessão significativa no Reino Unido” em 2020, sendo que um dos cenários aponta que, se o PIB britânico cair 1,4 por cento, a zona euro pode recuar 0,4 pontos percentuais”, destacou a Fitch.

A agência salientou que ao EUA têm-se mostrado mais resistentes a estes problemas, mas o sector industrial arrefeceu “significativamente” e as empresas estão mais cautelosas nos investimentos, face às incertezas das políticas comerciais.

11 Set 2019

Fitch | Guerra comercial e ‘Brexit’ fazem recuar crescimento mundial

[dropcap]A[/dropcap] Fitch acredita que o impacto da guerra comercial entre a China e os EUA e os riscos de um ‘brexit’ sem acordo levarão a uma revisão em baixa do crescimento a nível mundial, incluindo na zona euro. Em comunicado, a agência de ‘rating’ referiu que “levou a cabo revisões em baixa significativas ao crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] da China e da zona euro para os próximos 18 meses”.
Assim, a organização prevê que a economia chinesa cresça 6,1 por cento este ano e 5,7 por cento em 2020, face às previsões da agência em Junho, que apontavam para 6,2 por cento e 6 por cento respectivamente.
Na mesma nota, a Fitch revela que, no caso da zona euro, a estimativas são agora de um aumento de 1,1 por cento em 2019 e 2020, mas em Junho a Fitch apontava para 1,2 por cento este ano e 1,3 por cento em 2020.
Os Estados Unidos não escapam a este cenário de desaceleração, com as previsões a apontarem para uma evolução do PIB de 2,3 por cento este ano e 1,7 por cento em 2020, em comparação com a estimativa anterior, de 2,4 por cento e 1,8 por cento respectivamente.
A Fitch avisa ainda que a zona euro pode ainda crescer menos no caso de um ‘brexit’ sem acordo, “um risco que cresceu ainda mais no Verão”, segundo o comunicado. “Enquanto que a desaceleração mundial dos últimos 12 meses se deveu a várias causas – incluindo condições de crédito na China, o aperto na liquidez global do dólar em 2018 e mudanças significativas em alguns grandes mercados emergentes – a principal causa para a deterioração das perspetivas nos próximos 12 a 18 meses é a política comercial”, lê-se na nota da Fitch.

Taxas de choque

A agência recordou que os EUA intensificaram as tarifas sobre as exportações chinesas durante o Verão, de 25 por cento para 30 por cento em bens avaliados em 250 mil milhões de dólares e criaram uma nova taxa de 15 por cento nos restantes 300 mil milhões de dólares, sendo que estas mudanças entrarão em vigor entre Outubro e o final do ano.
A Fitch acredita que o “choque” destas medidas irá reduzir o crescimento chinês em 2020 em 0,3 pontos percentuais, face ao estimado em Junho. O arrefecimento da economia chinesa, de acordo com a agência de ‘rating’ tem sido “um factor importante” no crescimento “desapontante” da zona euro.
“A evolução da zona euro foi mais fraca do que o esperado no segundo trimestre de 2019 e dados mais recentes continuam a surpreender pela negativa, particularmente na Alemanha, onde a economia se contraiu” no mesmo período, segundo a Fitch.
Um ‘Brexit’ sem acordo pode conduzir a uma “recessão significativa no Reino Unido” em 2020, sendo que um dos cenários aponta que, se o PIB britânico cair 1,4 por cento, a zona euro pode recuar 0,4 pontos percentuais”, destacou a Fitch.
A agência salientou que ao EUA têm-se mostrado mais resistentes a estes problemas, mas o sector industrial arrefeceu “significativamente” e as empresas estão mais cautelosas nos investimentos, face às incertezas das políticas comerciais.

11 Set 2019

Hong Kong | Pequim critica reunião entre Joshua Wong e MNE alemão em Berlim

[dropcap]O[/dropcap] activista de Hong Kong Joshua Wong reuniu-se na segunda-feira em Berlim com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão para pedir apoio ao movimento pró-democracia, uma reunião criticada ontem por Pequim que denunciou “desrespeito” à sua soberania.

“Falei com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, sobre a situação dos protestos, a nossa causa de eleições livres e democracia em Hong Kong”, escreveu Joshua Wong na sua conta da rede social Twitter.

O proeminente activista anunciou ainda que nos próximos dias terá “novas discussões com membros do Bundestag (Parlamento) alemão”.

Em relação ao encontro que teve na segunda-feira com Joshua Wong, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão apontou, também no Twitter, que “o direito à liberdade de expressão é um princípio fundamental”. “Não pode estar sujeito a nenhuma restrição”, acrescentou. A China criticou o encontro denunciando “desrespeito” à sua soberania.

“Alguns meios de comunicação e políticos alemães estão a tentar ser mais atractivos e a chamar a atenção para si mesmos, usando separatistas anti-China. (…) Fazer espectáculo político é (um método) extremamente errado”, respondeu uma das porta-vozes do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Hua Chunying.

Quanto à acusação aos meios de comunicação, Hua Chunying estará a referir-se a uma entrevista que Joshua Wong deu ao jornal alemão Bild, na qual comparou Hong Kong com “Berlim Oriental durante a Guerra Fria” e apelou aos “alemães que lutaram pela liberdade”, nessa época.

Carta a Merkel

Já na semana passada, numa carta aberta publicada também no diário alemão Bild, vários líderes do movimento pró-democracia de Hong Kong, entre eles Joshua Wong, pediram à chanceler alemã, Angela Merkel, que recorde “os terrores” do regime comunista da Alemanha Oriental.

“Você viveu em primeira mão os terrores de um governo ditatorial”, escreveu Wong, citado pela imprensa local. A carta tinha como objectivo que Merkel apoiasse o movimento pró-democracia do território durante a sua deslocação a Pequim, que aconteceu na semana passada.

“Eu referi, durante o diálogo, que os direitos e liberdades acordados na Lei Básica [miniconstituição] de Hong Kong devem ser salvaguardados”, afirmou Merkel, durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

Nos últimos dias os manifestantes que lutam por eleições livres em Hong Kong têm apelado à comunidade internacional que apoie a luta pró-democracia no território.

No domingo, centenas de milhares de manifestantes pró-democracia instalaram-se em frente do consulado norte-americano em Hong Kong para apelarem ao congresso dos Estados Unidos a aprovação de uma lei que exige que Washington certifique anualmente que a cidade asiática permanece com um alto grau de autonomia em relação à China continental.

Se Washington concluir que o grau de autonomia está ameaçado, a cidade pode perder alguns privilégios comerciais com os Estados Unidos.

Outros dos aspectos da proposta de lei é a possibilidade de congelar activos nos EUA e a proibição de entrar no país aos titulares de cargos governativos de Hong Kong que reprimam a democracia, os direitos humanos ou as liberdades dos cidadãos.

11 Set 2019

Hong Kong | Pequim critica reunião entre Joshua Wong e MNE alemão em Berlim

[dropcap]O[/dropcap] activista de Hong Kong Joshua Wong reuniu-se na segunda-feira em Berlim com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão para pedir apoio ao movimento pró-democracia, uma reunião criticada ontem por Pequim que denunciou “desrespeito” à sua soberania.
“Falei com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, sobre a situação dos protestos, a nossa causa de eleições livres e democracia em Hong Kong”, escreveu Joshua Wong na sua conta da rede social Twitter.
O proeminente activista anunciou ainda que nos próximos dias terá “novas discussões com membros do Bundestag (Parlamento) alemão”.
Em relação ao encontro que teve na segunda-feira com Joshua Wong, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão apontou, também no Twitter, que “o direito à liberdade de expressão é um princípio fundamental”. “Não pode estar sujeito a nenhuma restrição”, acrescentou. A China criticou o encontro denunciando “desrespeito” à sua soberania.
“Alguns meios de comunicação e políticos alemães estão a tentar ser mais atractivos e a chamar a atenção para si mesmos, usando separatistas anti-China. (…) Fazer espectáculo político é (um método) extremamente errado”, respondeu uma das porta-vozes do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Hua Chunying.
Quanto à acusação aos meios de comunicação, Hua Chunying estará a referir-se a uma entrevista que Joshua Wong deu ao jornal alemão Bild, na qual comparou Hong Kong com “Berlim Oriental durante a Guerra Fria” e apelou aos “alemães que lutaram pela liberdade”, nessa época.

Carta a Merkel

Já na semana passada, numa carta aberta publicada também no diário alemão Bild, vários líderes do movimento pró-democracia de Hong Kong, entre eles Joshua Wong, pediram à chanceler alemã, Angela Merkel, que recorde “os terrores” do regime comunista da Alemanha Oriental.
“Você viveu em primeira mão os terrores de um governo ditatorial”, escreveu Wong, citado pela imprensa local. A carta tinha como objectivo que Merkel apoiasse o movimento pró-democracia do território durante a sua deslocação a Pequim, que aconteceu na semana passada.
“Eu referi, durante o diálogo, que os direitos e liberdades acordados na Lei Básica [miniconstituição] de Hong Kong devem ser salvaguardados”, afirmou Merkel, durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.
Nos últimos dias os manifestantes que lutam por eleições livres em Hong Kong têm apelado à comunidade internacional que apoie a luta pró-democracia no território.
No domingo, centenas de milhares de manifestantes pró-democracia instalaram-se em frente do consulado norte-americano em Hong Kong para apelarem ao congresso dos Estados Unidos a aprovação de uma lei que exige que Washington certifique anualmente que a cidade asiática permanece com um alto grau de autonomia em relação à China continental.
Se Washington concluir que o grau de autonomia está ameaçado, a cidade pode perder alguns privilégios comerciais com os Estados Unidos.
Outros dos aspectos da proposta de lei é a possibilidade de congelar activos nos EUA e a proibição de entrar no país aos titulares de cargos governativos de Hong Kong que reprimam a democracia, os direitos humanos ou as liberdades dos cidadãos.

11 Set 2019

Ensino | Sulu Sou quer suspender “notificação de continuidade”

[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou interpelou o Governo sobre a possibilidade da suspensão da prática de “notificação de continuidade” feita ao pessoal docente do sector privado pelas escolas, a fim de salvaguardar os direitos e interesses dos professores.

A lei em vigor, o Quadro geral do pessoal docente das escolas particulares do ensino não superior, determina que esta prática visa assegurar um maior acesso à carreira profissional por parte dos professores. No entanto, o deputado do campo pró-democrata defende que a “notificação de continuidade” constitui “uma ameaça profissional de longo prazo para os docentes do sector privado”.

Aquando da discussão do diploma na Assembleia Legislativa, a comissão de deputados disse que o Governo estava consciente da existência desta notificação, e que a sua prática não estava em conformidade com as disposições da Lei das Relações de Trabalho, lembrou o deputado na sua interpelação.

Sulu Sou deseja que as escolas façam as devidas inspecções e assegurem o cumprimento da lei, exigindo o fim do envio de uma carta de intenção por parte das escolas. O deputado deseja ainda saber quais são os resultados específicos obtidos na comunicação com este modelo de notificação, questionando a possibilidade de haver outra maneira mais adequada para o substituir.

11 Set 2019

Ensino | Sulu Sou quer suspender “notificação de continuidade”

[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou interpelou o Governo sobre a possibilidade da suspensão da prática de “notificação de continuidade” feita ao pessoal docente do sector privado pelas escolas, a fim de salvaguardar os direitos e interesses dos professores.
A lei em vigor, o Quadro geral do pessoal docente das escolas particulares do ensino não superior, determina que esta prática visa assegurar um maior acesso à carreira profissional por parte dos professores. No entanto, o deputado do campo pró-democrata defende que a “notificação de continuidade” constitui “uma ameaça profissional de longo prazo para os docentes do sector privado”.
Aquando da discussão do diploma na Assembleia Legislativa, a comissão de deputados disse que o Governo estava consciente da existência desta notificação, e que a sua prática não estava em conformidade com as disposições da Lei das Relações de Trabalho, lembrou o deputado na sua interpelação.
Sulu Sou deseja que as escolas façam as devidas inspecções e assegurem o cumprimento da lei, exigindo o fim do envio de uma carta de intenção por parte das escolas. O deputado deseja ainda saber quais são os resultados específicos obtidos na comunicação com este modelo de notificação, questionando a possibilidade de haver outra maneira mais adequada para o substituir.

11 Set 2019