Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang critica líder do Sul por falar em desnuclearização A Coreia do Norte criticou ontem o que descreveu como a hipocrisia do Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, ao falar sobre a possível desnuclearização da Península Coreana. Pyongyang afirmou que a Coreia do Sul é o “único país que entregou toda a soberania aos Estados Unidos”, de acordo com um editorial publicado pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. A agência norte-coreana, que transmite a posição oficial de Pyongyang sobre política nacional e internacional, lamentou que Seul esteja a promover “ilusões vazias sobre a desnuclearização”. Reafirmou que a Coreia do Norte nunca entregará as armas nucleares que possui. “Lee deve compreender que continuar a alimentar este sonho sobre a desnuclearização não vai ajudar ninguém”, afirmou, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press. A Coreia do Norte voltou a defender a posse de armamento nuclear, que considerou ser inevitável dada a situação geopolítica na região. “Lee Jae-myung nunca escondeu os seus verdadeiros motivos: ele é um maníaco por confrontos”, afirmou a KCNA. Lee afirmou na segunda-feira, durante um discurso em Washington perante o Presidente Donald Trump, que pretende trabalhar com os Estados Unidos para “estabelecer a paz e alcançar a desnuclearização da Península da Coreia”. Um dia depois, Pyongyang voltou a criticar as manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na região, em curso há 10 dias, que descreveu como hostis e demonstrativas do “desejo de invadir” o território norte-coreano. “Todos sabem que não se trata de algo defensivo, especialmente vindo de um país que possui o maior arsenal nuclear”, afirmou Kim Yong-bok, alto funcionário do Exército da Coreia do Norte, em referência aos Estados Unidos. Donald, o pacificador No encontro com Lee, Trump disse que gostava de se reunir novamente com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, com quem se encontrou em 2018 e 2019, e admitiu que poderá tentar uma cimeira entre as duas Coreias. Trump pediu a Lee que retomasse o diálogo com Pyongyang e inaugurasse uma “nova era de paz na Península Coreana”. A Coreia, que foi colonizada pelo Japão entre 1910 e 1945, foi dividida pelos Estados Unidos e pela União Soviética em duas zonas administrativas, separadas pelo paralelo 38, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Dessa divisão resultou a Guerra da Coreia (1950-1953), que opôs a República Democrática Popular da Coreia (Norte), apoiada pela União Soviética e China, e a República da Coreia (Sul), apoiada por uma força internacional liderada pelos Estados Unidos. O conflito armado causou cerca de 2,5 milhões de mortos, maioritariamente coreanos, e terminou com um armistício, mas sem que tivesse sido assinado um acordo de paz, pelo que tecnicamente Pyongyang e Seul continuam em guerra. As duas Coreias continuam divididas pelo paralelo 38, tendo sido criada uma zona desmilitarizada perto da aldeia de Panmunjom, onde foi assinado o armistício em 27 de Julho de 1953.
Hoje Macau China / ÁsiaOposição indiana critica Trump e fracasso do Governo A oposição indiana classificou quarta-feira as novas tarifas dos Estados Unidos como “chantagem económica” e criticou o primeiro-ministro, Narendra Modi, pelo que considera um fracasso da política externa que prejudica os interesses nacionais. “A tarifa de 50 por cento de [Donald] Trump é uma chantagem económica: uma tentativa de pressionar a Índia a aceitar um acordo comercial injusto”, escreveu o líder do partido Congresso Nacional Indiano (INC), Rahul Gandhi, nas redes sociais. Gandhi exortou Modi a “não permitir que a sua fraqueza prevaleça sobre os interesses do povo indiano”, segundo a agência de notícias espanhola EFE. Na mesma linha, o presidente do INC, Mallikarjun Kharge, afirmou que “uma política externa sólida requer substância e habilidade” e classificou a diplomacia de Modi como superficial. “Eles não conseguiram chegar a um acordo comercial e agora estão a falhar em proteger o nosso país”, criticou. Os Estados Unidos activaram quarta-feira a nova política de tarifas de 50 por cento sobre exportações da Índia como punição pela compra de petróleo à Rússia, alvo de sanções devido à guerra contra a Ucrânia. A nova taxa punitiva adicional é de 25 por cento. Em causa, estão exportações indianas no valor de cerca de 60 mil milhões de dólares, segundo a EFE. A Rússia já declarou estar pronta para absorver as exportações indianas mais afectadas pela punição norte-americana. Os sectores mais atingidos são indústrias com alta empregabilidade, como o têxtil, o de joias e pedras preciosas, o de frutos do mar e o de componentes para automóveis. Os Estados Unidos não puniram sectores produtores de bens que são importantes para as próprias empresas ou para o bolso dos cidadãos norte-americanos, como medicamentos e telemóveis. Factor petróleo O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou inicialmente uma tarifa de 25 por cento sobre produtos indianos. Mas, no início de Agosto, assinou uma ordem executiva impondo uma tarifa adicional de 25 por cento devido às compras de petróleo russo pela Índia, o que elevou as tarifas combinadas impostas ao aliado asiático aliado para 50 por cento. “As nossas importações [de petróleo russo] baseiam-se em factores de mercado e são feitas com o objectivo geral de garantir a segurança energética de 1,4 mil milhões de pessoas na Índia”, afirmou Nova Deli em 07 de Agosto, recordou o jornal Hindustan Times. Para fazer face à medida, o Governo indiano anunciou quarta-feira a promoção de produtos têxteis em mercados que considerou prioritários, incluindo os do Reino Unido, Japão e Coreia do Sul. As exportações da Índia atingem actualmente 220 países e territórios, mas as autoridades disseram que 40 mercados são fundamentais para a diversificação. A lista inclui também Alemanha, França, Itália, Espanha, Países Baixos, Polónia, Canadá, México, Rússia, Bélgica, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Austrália, segundo o jornal The Times of India. A Federação das Organizações de Exportação da Índia (FIEO) expressou num comunicado “máxima preocupação” e solicitou apoio imediato do Governo às empresas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Terminam alegações finais em caso do magnata Jimmy Lai As alegações finais no julgamento por violação de segurança nacional do magnata da comunicação social Jimmy Lai terminaram ontem em Hong Kong, sem ser conhecida a data do veredicto. Acusado de sedição e conluio com forças estrangeiras durante os protestos de 2019, dos quais foi uma das figuras-chave, Jimmy Lai pode enfrentar prisão perpétua. Lai declarou-se inocente neste longo julgamento, iniciado em Dezembro de 2023 e que terminou ontem, com as alegações finais, não havendo data marcada para o veredicto. “Informaremos as partes em tempo útil” sobre a data, declarou a juíza Esther Toh. Fundador do jornal liberal Apple Daily, banido desde Junho de 2021, Jimmy Lai, 77 anos, está preso desde 2020, sendo acusado de ter pedido a governos ocidentais que impusessem sanções à China e à região administrativa especial de Hong Kong devido à repressão dos protestos nas ruas da antiga colónia britânica. Lai é também acusado de produzir artigos e conteúdos sediciosos, nomeadamente em editoriais que assinou. Estas duas infrações são severamente punidas pela lei de segurança nacional adoptada após os protestos, por vezes violentos, de 2019. As alegações decorreram ao longo de dez dias, após dois adiamentos: um devido ao mau tempo e outro devido a problemas cardíacos de Jimmy Lai. Este acabou por poder assistir às audiências depois de medicado e de equipado com o devido equipamento médico.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | Rússia e China realizam primeira patrulha conjunta com submarinos A Rússia e a República Popular da China realizaram pela primeira vez uma missão conjunta de patrulhamento submarino na região Ásia-Pacífico, anunciou quarta-feira a Frota do Pacífico da Marinha russa. “O submarino ‘Volkhov’ da Frota do Pacífico e um submarino da Marinha do Exército Popular de Libertação da China realizaram uma viagem de patrulha nos mares do Japão e da China Oriental”, disse a força russa. Os submarinos diesel-eléctricos regressaram às respectivas bases após o exercício conjunto, referiu a frota russa no comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE. O “Volkhov” regressou à base em Vladivostoque, no extremo leste da Rússia, após uma viagem de mais de 2.000 milhas náuticas. A patrulha conjunta visou “reforçar a cooperação naval” entre a Rússia e a China e “manter a paz e a estabilidade na região Ásia-Pacífico”, disse o gabinete de comunicação da Frota do Pacífico. Visou ainda “monitorizar a área marítima e proteger as actividades económicas marítimas da Rússia e da China”, acrescentou, segundo a agência de notícias russa Ria Novosti. Durante a missão, o submarino russo, com autonomia de navegação de 45 dias e em serviço desde Outubro de 2020, contou com o apoio da corveta “Gromki” e do rebocador de resgate “Foti Krilov”, da Frota do Pacífico. A patrulha submarina conjunta começou no início de Agosto, após a conclusão do exercício russo-chinês “Interação Marítima – 2025” nas águas do mar do Japão. As marinhas russa e chinesa realizam anualmente patrulhas conjuntas de navios de superfície desde 2021, acrescentou a Ria Novosti.
Hoje Macau China / ÁsiaEfeméride | China defende conquistas do fim da II Guerra Mundial Na preparação da grande parada militar de 3 de Setembro que trará a Pequim vários líderes mundiais, como Vladimir Putin e Kim Jong-Un, o Governo chinês volta a enaltecer a vitória sobre os regimes fascistas A China quer trabalhar com “todos os países amantes da paz” e defender as conquistas da Segunda Guerra Mundial, disse ontem o Governo chinês, na apresentação das cerimónias do 80.º aniversário do fim do conflito. Uma parada militar vai marcar a 03 de Setembro, em Pequim, o fim da Segunda Guerra Mundial na Ásia e a derrota do fascismo. Há 80 anos, com “enormes sacrifícios”, a China ocupou “a principal frente na Ásia na luta contra o fascismo” durante a Segunda Guerra Mundial, num “importante contributo histórico” para a vitória dos Aliados, lembrou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun. Guo salientou que, naquele período, “muitos países europeus e amigos ofereceram uma assistência valiosa e até deram as suas vidas, e os seus feitos serão sempre recordados pelo povo chinês”. Até ao momento, “perto 50 líderes, altos responsáveis, enviados à China e amigos de 30 países europeus confirmaram a presença” nestas comemorações no país, reflectindo um desejo partilhado de “preservar a memória histórica e defender a paz e a justiça”, indicou. Questionado sobre a ausência de grandes potências ocidentais, Guo respondeu que a China organiza estes eventos “para recordar a história, homenagear os caídos, valorizar a paz e abrir o futuro”. Revista presidencial O Presidente chinês, Xi Jinping, vai passar em revista as tropas e discursar na praça Tiananmen, num evento que contará com a presença de quase 30 chefes de Estado e de Governo, entre os quais o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O desfile encerrará uma sequência de eventos, entre os quais se inclui a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, que irá decorrer entre 31 de Agosto e 01 de Setembro, em Tianjin (nordeste da China), anunciada como “a maior” desde a fundação da organização em 15 de Junho de 2001. A Segunda Guerra Mundial decorreu paralelamente à invasão da China pelo Japão (1931-1945) e à guerra civil entre nacionalistas e comunistas na China (1927-1949), que estabeleceram uma trégua para lutar contra as tropas japonesas. A invasão japonesa causou mais de 35 milhões de baixas entre as tropas e civis chineses até 1945, de acordo com Pequim, representando um terço das baixas.
Hoje Macau EventosPraça do CCM acolhe instalação “A Torre do Tempo” Já está instalada na praça do Centro Cultural de Macau (CCM) a instalação “A Torre do Tempo”, integrada na iniciativa “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2025”, que desde há vários meses vem apresentando mais de 30 exposições integradas em seis secções. Segundo uma nota do IC, a instalação “A Torre do Tempo” visa celebrar o “vínculo cultural entre cidades da Ásia Oriental” e foi elaborada por “três artistas consagrados da China, Japão e Coreia do Sul”. Trata-se de “figuras de referência na arte contemporânea asiática”, sendo eles Guan Huaibin, “famoso artista contemporâneo chinês e especialista em instalações artísticas e arte multimédia espacial”. Hirotoshi Sakaguchi, “famoso artista japonês e professor honorário da Universidade de Arte de Tóquio”, também deu o seu contributo. No caso deste artista, já realizou “obras que abrangem vários meios, entre eles a pintura e arte paisagística”. Nesta instalação, colaborou ainda o artista contemporâneo sul-coreano Kim Sang-yeon, “cuja criação é profundamente influenciada pela filosofia oriental e se concentra em questões relacionadas com a coexistência entre o homem e a natureza”. “Farol da alma” “A Torre do Tempo” combina, segundo o IC, “a filosofia oriental sobre o tempo e o espaço com a linguagem da arte contemporânea, ultrapassando as limitações do espaço físico”. Constrói-se, assim, um “farol da alma” que “incorpora tanto a profundidade histórica como as futuras tensões”. “Através da forma poética no fluxo de luz e sombra, a obra estimula a interacção sensorial entre o público e a instalação, para construir em conjunto memórias individuais e colectivas, inspira o sentido da vida e da eternidade, tornando-se um marco artístico que inscreve a amizade cultural entre as cidades da Ásia Oriental”, descreve ainda o IC. Esta instalação integra-se na secção da Bienal “Exposição de Arte Pública”, sujeita ao tema “Ondas e Caminhos”. Dentro desta secção da Bienal tem vindo a ser desenvolvido outro projecto, desde Julho, intitulado “Co-Criação Comunitária e Ajuda Mútua de San Mei On”, liderado pelo artista australiano Jason Ho. Trata-se de um projecto que mistura trabalhos de oficina, técnica mista e arte comunitária. Resta agora as apresentações do artista Zhang Xiao, que irá desenvolver as suas actividades artísticas na mesma comunidade entre este sábado e 5 de Setembro. Uma vez que o Edifício San Mei On (Bloco II) é um bloco de apartamentos privados, e como os eventos não têm um horário fixo, os interessados em participar neste evento artístico podem verificar os dados na conta oficial de WeChat “Jason Ho’s Mapping Workshop”.
Hoje Macau SociedadeHengqin | Bombeiros salvam dois residentes perdidos na montanha Dois residentes de Macau que faziam caminhada nocturna na montanha Naobeishan, em Hengqin, perderam-se e foram resgatados pelos Bombeiros de Zhuhai, na noite de domingo. Segundo um comunicado dos bombeiros da cidade vizinha, a operação de resgate demorou cerca de uma hora e obrigou ao recurso a drones equipados com câmaras termográficas, que detectam o calor dos corpos, enquanto no terreno vários bombeiros gritavam à procura dos residentes da RAEM. Os residentes foram encontrados num vale e estavam em bom estado físico. A corporação afirmou que a montanha em questão é um dos locais mais populares para caminhada em Zhuhai, devido aos trilhos ecológicos e paisagens do vale. Porém, as autoridades alertaram para a existência de segmentos íngremes, escorregadios e cobertos por vegetação densa, que podem levar à perda de direcção, em especial em caminhadas nocturnas.
Hoje Macau SociedadeEmprego | Mais de 130 vagas para limpezas e restauração Abriram hoje inscrições para três feiras de emprego, organizadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), que irão oferecer 133 oportunidades de trabalho. Os interessados podem inscrever-se no site da DSAL até ao meio-dia da próxima quarta-feira para as três sessões que se realizam nos dois dias seguintes. Na quinta-feira de manhã, vão estar disponíveis 54 vagas para porteiro de edifícios e empregado de limpeza. Na parte da tarde, a sessão será dedicada à restauração, com mais 54 vagas para cozinheiro, ajudante de cozinheiro, empregado de mesa e assistente de sala. As duas sessões de quinta-feira realizam-se no Centro de Formação de Técnicas Profissionais da FAOM, no Istmo de Ferreira do Amaral nº 101 a 105ª. Na manhã de sexta-feira, serão disponibilizadas 25 vagas de emprego para os cargos de cozinheiro de comida chinesa e ocidental, anfitrião, funcionário de serviço de quarto, recepcionista e empregado de mesa no Four Seasons Hotel. Esta sessão terá no lugar na sede da DSAL, na Avenida do Dr. Francisco Machado n.º 221 a 279.
Hoje Macau PolíticaHuawei | Abrem hoje candidaturas a formação de jovens Abriu hoje o período de candidaturas ao plano de formação básica de quadros qualificados da Huawei na área digital, destinado a “jovens de Macau sem qualquer conhecimento digital”. Segundo um comunicado divulgado ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), o plano terá uma duração de apenas quatro semanas, disponibilizando 30 vagas para o grupo restrito de jovens sem conhecimentos digitais. O Governo refere que o plano tem em vista ajudar jovens a “desenvolver uma mentalidade digital, agarrar as oportunidades criadas pela transformação digital, e permitir-lhes se tornar quadros qualificados interdisciplinares”. O objectivo é incrementar a dinâmica na valorização e reconversão de indústrias e no desenvolvimento da diversificação da economia. A formação terá início no dia 9 de Outubro e termina a 7 de Novembro e é destinada a titulares do bilhete de identidade de residente de Macau e do Salvo-conduto para Deslocação ao Interior da China, com idade inferior a 35 anos. Além disso, devem ser, pelo menos, licenciados de instituições do ensino superior de Macau ou no exterior. Durante a formação, cada formando receberá 5.000 patacas a título de subsídio de subsistência e mais 5.000 patacas para transportes e seguros. A formação irá decorrer em Hengqin, com uma deslocação à sede da Huawei, em Dongguan.
Hoje Macau PolíticaNam Kwong | Depósito de distribuição de combustíveis a operar O Depósito de Distribuição de Combustíveis de Macau, situado na entrada da ilha artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, foi ontem oficialmente entregue à Petróleo Nam Kwong para começar as operações que representam “uma nova etapa na normalização e na segurança do sistema de armazenagem e gestão de combustível”, aponta um comunicado conjunto das forças de segurança e bombeiros. O novo depósito, que custou mais de 50 milhões de patacas, substitui o depósito de distribuição de combustíveis temporário na Ilha Verde. Recorde-se que no mês passado, o Chefe do Executivo concedeu à Petróleo Nam Kwong a gestão e a exploração do novo depósito de distribuição de combustíveis. As autoridades indicaram que, “actualmente o Petróleo Nam Kwong está a acompanhar a mudança de outros estabelecimentos comerciais de gás e a utilização do Depósito de Distribuição de Combustíveis de Macau. O novo depósito de distribuição de combustíveis fica no lote junto ao mar, em frente do parque de estacionamento no lado leste da ilha artificial, com uma área de terreno de cerca de 3.300 metros quadrados.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Defesa de Jimmy Lai prossegue alegações finais A defesa do magnata da comunicação social de Hong Kong Jimmy Lai continuou ontem a apresentação das alegações finais num julgamento que é seguido pela comunidade internacional. A audiência decorre rodeada de um amplo dispositivo de segurança, que inclui a presença de unidades armadas e patrulhas com cães do lado de fora do tribunal, onde, pelo menos, uma dezena de veículos oficiais permanecem estacionados, segundo o meio de comunicação social local Ta Kung Wen Wei. Lai, com 77 anos, fundador do extinto jornal Apple Daily e de três empresas ligadas ao mesmo grupo editorial, enfrenta uma acusação de “conspiração para imprimir e reproduzir material sedicioso” e outras duas de “conspiração com forças estrangeiras ou externas com o objectivo de pôr em risco a segurança nacional”. A moldura penal aplicada a estas acusações pode levar à prisão perpétua do empresário. A fase de alegações finais começou na semana passada, num processo iniciado em Dezembro de 2023, marcado por vários adiamentos, entre eles os registados em meados de Agosto devido a chuvas torrenciais e problemas de saúde do acusado. Durante as sessões desta semana, a defesa centrou as alegações na refutação das acusações segundo as quais Lai orquestrou uma estratégia coordenada para promover sanções internacionais contra Hong Kong e Pequim, através de artigos publicados no Apple Daily e de um alegado apoio ao grupo activista conhecido como “Stand With Hong Kong”, segundo a imprensa de Hong Kong. A equipa jurídica do empresário sustentou que não há provas de que Lai tenha dado instruções directas a activistas, nem de que as publicações do jornal constituíssem incitação à sedição, insistindo no papel dos meios de comunicação social “para facilitar o debate público”. Detido pela primeira vez em 2020, Lai permanece desde então numa prisão de segurança máxima e cumpre já uma pena de cinco anos e nove meses por um caso diferente.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Exército diz que evacuação de Gaza é inevitável Israel considerou ontem inevitável a evacuação da cidade de Gaza no âmbito da continuação das operações militares no território palestiniano, face a críticas internacionais sobre a deslocação forçada da população. “A evacuação da cidade de Gaza é inevitável (…), cada família que se mudar para o sul receberá a ajuda humanitária mais generosa possível”, afirmou o porta-voz árabe do exército, Avichay Adraee, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). A ONU calcula em cerca de um milhão de pessoas a população actual da província de Gaza, que inclui a cidade de Gaza e arredores, no norte do território palestiniano devastado por quase dois anos de guerra. Israel aprovou planos para tomar a cidade de Gaza e anunciou que pretende forçar a população a transferir-se para o sul do território, um projecto considerado irrealista e perigoso por organizações humanitárias. A imprensa árabe noticiou na terça-feira que o Egipto posicionou cerca de 40 mil efectivos das forças armadas no norte do Sinai, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, por recear uma fuga em massa para o seu território. Apelos papais Ontem, o papa Leão XIV pediu o respeito pleno do direito humanitário em Gaza, em particular relativo ao “uso indiscriminado da força e deslocamento forçado de populações”, num novo apelo para o fim da guerra. O pontífice norte-americano fez o apelo no final da audiência geral na Cidade do Vaticano, ao pedir que as partes e a comunidade internacional se comprometam “a pôr fim ao conflito na Terra Santa, que causou tanto terror e morte”. O chefe da Igreja Católica pediu “que todos os reféns [israelitas] sejam libertados, que se alcance um cessar-fogo permanente, que se facilite a entrada segura da ajuda humanitária e que se respeite plenamente o direito humanitário”. Referiu “a obrigação de proteger os civis e a proibição do castigo colectivo, do uso indiscriminado da força e do deslocamento forçado de populações”, segundo a agência de notícias espanhola EFE. Leão XVI declarou ainda apoio à declaração conjunta feita na terça-feira pelos patriarcas grego, Teófilo III, e latino, Perbattista Pizzaballa, de Jerusalém. Os patriarcas pediram “o fim da espiral de violência, o fim da guerra e a prioridade do bem comum de todos os povos”. Na declaração conjunta, pediram às autoridades israelitas que suspendessem o plano de tomar Gaza e de transferir a população da cidade para o sul da Faixa de Gaza. “Esta não é a maneira certa. Não há razão que justifique o deslocamento massivo deliberado e forçado de civis”, afirmaram as autoridades eclesiásticas num comunicado. Anunciaram também que o clero e as freiras presentes em Gaza decidiram ficar e continuar a cuidar de todas as pessoas que encontraram refúgio nas instalações das igrejas cristãs. Após quase dois anos de guerra, a ONU declarou em 22 de Agosto uma situação de fome na província de Gaza, no norte do território, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia / Paquistão | Chuvas matam 32 pessoas desalojam milhares As cargas de água repentinas acima do normal para a época provocaram o caos e destruição em várias áreas da Índia e do Paquistão Chuvas intensas que atingiram partes do Paquistão e da Índia causaram 32 mortos e um número indeterminado de desaparecidos na parte indiana da Caxemira, anunciaram ontem as autoridades indianas. As mortes e desaparecimentos ocorreram na região de Jammu, na Caxemira controlada pela Índia, onde se registaram inundações repentinas e deslizamento de terras numa rota de peregrinação hindu, noticiou a agência Press Trust of India (PTI). O período em que ocorreram as mortes causadas pelas inundações não ficou imediatamente claro, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP). Autoridades da província de Punjab, no leste do Paquistão, solicitaram ontem a ajuda do exército nos esforços de resgate e socorro depois de as chuvas torrenciais terem feito transbordar grandes rios. Várias localidades ficaram inundadas e mais de 150.000 pessoas foram desalojadas, disseram as autoridades. Equipas de resgate retiraram mais de 20.000 pessoas durante a noite dos arredores de Lahore, a segunda maior cidade do Paquistão, que também enfrentava o risco de cheias. As pessoas retiradas das áreas próximas a Lahore viviam ao longo do leito do rio Ravi, disse o director-geral da Autoridade de Gestão de Desastres do Punjab, Irfan Ali Kathia. A saída dos residentes das áreas mais vulneráveis começou no início da semana em seis distritos do Punjab. De repente As chuvas de monção mais intensas do que o normal e a libertação de água de barragens transbordadas na vizinha Índia provocaram enchentes repentinas em regiões fronteiriças de baixa altitude, disse Kathia. Os meteorologistas previram que a chuva continuará em toda a região durante a semana. Chuvas fortes e inundações repentinas na região dos Himalaias mataram quase 100 pessoas em Agosto. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, elogiou ontem as autoridades locais pela retirada oportuna da população e disse que auxílio de emergência estava a ser fornecido aos afectados pelas inundações, de acordo com um comunicado do Governo. A Índia alertou o Paquistão sobre possíveis inundações transfronteiriças através de canais diplomáticos, em vez da Comissão das Águas do Indo, que é o mecanismo permanente ao abrigo do Tratado das Águas do Indo, mediado pelo Banco Mundial em 1960. Nova Deli suspendeu o trabalho da comissão após o assassinato de 26 turistas na Caxemira controlada pela Índia, em Abril, embora Islamabad insista que a Índia não pode rescindir unilateralmente o tratado. As enchentes provocadas pelas chuvas de monção mataram mais de 800 pessoas no Paquistão desde o final de Junho. Cientistas afirmam que as alterações climáticas estão a intensificar as chuvas de monção no sul da Ásia, aumentando os receios de uma repetição do desastre climático de 2022, que atingiu um terço do Paquistão e matou 1.739 pessoas. A Índia é o país com mais população do mundo, com mais de 1,4 mil milhões de habitantes, e o Paquistão o quinto, com mais de 255 milhões. A monção designa os ventos sazonais relacionados com a alternância entre as estações seca e das chuvas nas regiões costeiras tropicais e subtropicais. De Junho a Setembro, as chuvas de monção ocorrem em países do sul da Ásia, como a Índia, Paquistão, Vietname, Tailândia, Camboja, Bangladesh e Laos, segundo o Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas norte-americano. De Dezembro a Fevereiro, as chuvas de monção deslocam-se para o sul do equador em direcção à Austrália, enquanto o sul da Ásia passa por condições de estação seca.
Hoje Macau China / ÁsiaAir China | Desviado voo entre Londres e Pequim para a Sibéria devido a avaria Um voo da Air China, que fazia a ligação entre Londres e Pequim, sofreu na terça-feira uma falha mecânica e fez uma aterragem alternativa no aeroporto russo de Nizhnevartovsk, indicou ontem a companhia aérea. Na conta oficial do Weibo – uma rede social chinesa semelhante à X – a Air China declarou que o voo CA856 sofreu uma falha mecânica não especificada durante o percurso e efectuou uma aterragem alternativa de acordo com os procedimentos, após o que enviou outra aeronave para cobrir a restante viagem. O serviço de localização de voos FlightAware mostra que o avião, um Boeing 777, aterrou no aeroporto de Nizhnevartovsk, no centro da Rússia, ao início da manhã de terça-feira. De acordo com relatos citados pelo jornal chinês Southern Metropolis Daily, foram colocadas camas no aeródromo e distribuídas refeições aos passageiros. Cerca de 13 horas depois, os passageiros embarcaram num novo avião e seguiram para Pequim. A companhia aérea acrescentou que o segundo voo chegou ao aeroporto de Pequim ontem às 04:40.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Apoiantes de Trump criticam entrada de 600 mil alunos chineses Depois de ter restringido significativamente a entrada de alunos estrangeiros nas universidades e de ter bloqueado matrículas em Harvard, Donald Tump troca as voltas aos seus apoiantes e anuncia a entrada do dobro de estudantes chineses no ensino norte-americano face a 2023-24 A promessa do Presidente norte-americano, Donald Trump, de permitir a entrada de 600 mil alunos chineses nas universidades do país surpreendeu e motivou críticas de grande parte dos sectores conservadores que o apoiam. O número citado por Trump – no contexto inesperado de um encontro na Casa Branca com o Presidente da Coreia do Sul na segunda-feira – representa mais do dobro do número de alunos chineses matriculados no ano lectivo de 2023-24 e nem a Presidência nem o Departamento de Estado responderam ontem a pedidos de esclarecimentos. “O Presidente Xi gostaria que eu fosse à China. É uma relação muito importante. Como sabem, estamos a receber muito dinheiro da China por causa das tarifas e de outras coisas (…) Ouço tantas histórias de que ‘não vamos permitir a entrada dos alunos deles’, mas vamos permitir a entrada dos alunos deles. Vamos permitir. É muito importante — 600.000 alunos”, afirmou o Presidente norte-americano. A duplicação do número de estudantes chineses representaria de facto uma inflexão do executivo Trump, que em seis meses aumentou restrições aos vistos de estudantes, bloqueou as matrículas de estrangeiros na prestigiada Universidade de Harvard e alargou os motivos para serem negados vistos a estudantes internacionais. Em Maio, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que iria revogar os vistos de estudantes ligados ao Partido Comunista Chinês (PCC) e aumentar restrições a novos candidatos. Ontem, numa reunião de gabinete e sentado ao lado de Rubio, Trump disse sentir-se “honrado” por ter estudantes chineses no país e que estes ajudam as finanças das faculdades. “Eu disse isto ao Presidente [chinês] Xi [Jinping]: ‘sentimo-nos honrados por ter os vossos alunos aqui’ (…) Agora, além disso, verificamos e temos cuidado, vemos quem está cá”, disse Trump. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China confirmou, entretanto, que Trump disse a Xi num telefonema em Junho que “os Estados Unidos adoram que os estudantes chineses venham estudar” para o país. Finanças ao alto No seu primeiro mandato, Trump proibiu a entrada de universitários chineses que frequentassem escolas com ligações militares. A ideia de acolher mais estudantes chineses foi rapidamente rejeitada por alguns dos mais fervorosos apoiantes de Trump — desde a congressista Marjorie Taylor Greene ao ex-conselheiro presidencial Steve Bannon e à activista de extrema-direita Laura Loomer. Bannon criticou ontem o anúncio, dizendo que “não deveria haver estudantes estrangeiros neste momento no país”. Greene, uma das mais fervorosas apoiantes de Trump, questionou o argumento da importância destes alunos para o financiamento das universidades, defendendo que se 15 por cento destas fecharem por falta de chineses, é “porque estão a ser sustentadas pelo PCC” e como tal “devem falhar de qualquer maneira”. O argumento de que 15 por cento das universidades norte-americanas fechariam sem estes estudantes estrangeiros foi invocado pelo secretário do Comércio, Howard Lutnik, na segunda-feira no canal conservador Fox News, onde defendeu que Trump está a adoptar uma “visão económica racional”. A apresentadora Laura Ingraham, que havia questionado Lutnik sobre como é que tal mudança seria consistente com os princípios “America First” (“América em Primeiro Lugar”) de Trump, não se mostrou convencida com a resposta. “Simplesmente não consigo compreender. São 600 mil vagas que os jovens americanos não vão conseguir”, disse Ingraham, cujos espectadores são na sua maioria eleitores do Partido Republicano. Tem vindo a afirmar-se no país um consenso bipartidário de que as universidades não devem ajudar a formar os principais talentos do grande rival chinês em áreas críticas como a computação quântica, a inteligência artificial e a tecnologia aeroespacial. O democrata Kurt Campbell, vice-secretário de Estado no governo de Joe Biden, disse à AP que gostaria de ver estudantes chineses nos EUA para estudar humanidades e ciências sociais, “não física de partículas”.
Hoje Macau EventosCreative Macau celebra 22.º aniversário com nova exposição É hoje inaugurada na galeria da Creative Macau uma nova mostra que visa celebrar o 22.º aniversário da entidade, e que se intitula, simplesmente, “22”. Na mostra, que fica patente até ao dia 27 de Setembro deste ano, revelam-se trabalhos de artistas locais ou de nomes ligados a anteriores projectos da Creative Macau, como é o caso de Alice Costa (LiLi), Angel Chan, Coco Cheong Ut Man, Cristina Lu, David Chio, Denis Murrell, Elisa Vilaça, Eloi Scarva, Gigi Lee, Irene Chio, Joan Lam, Justin Chiang, Justin Ung, Ken C.I. Chau, Lei Sao I, Leong Leng, Li Li, Liesl Lee, Lúcia Lemos, m.chow, Maria João Das, mavin zin, Ng Cheok Ieng e Yaya Vai. Nesta exposição colectiva faz-se uma referência ao conceito filosófico de tautologia, que corresponde a um vício de linguagem que leva à repetição desnecessária de termos e expressões de forma não intencional. Assim, as obras expostas na Creative Macau contêm várias formas de expressão da “linguagem do dia-a-dia”, quando são usadas “tautologias de forma não intencional”. Neste caso, em que se recorre ao uso da tautologia no campo das artes, tal torna-se “uma técnica expressiva e inspiradora”, onde se exploram “as possibilidades” dessa repetição da linguagem no sentido de perceber se “é uma limitação ou libertação”, ou ainda “uma repetição sem sentido ou uma autoafirmação com significados ocultos”. Segundo uma nota da Creative Macau, esta exposição “reúne artistas que utilizaram diversos meios para apresentar a ‘tautologia’, desafiando a novidade da linguagem e da imagem, e inspirando múltiplas perspectivas”. Pretende-se, com as obras expostas, “encontrar profundidade dentro da repetição” e provocar um “repensar da essência do ‘significado'”, levando o público a descobrir-se na “simplicidade”. Conceito filosófico Na tautologia há enunciados repetidos, os mesmos conceitos ditos de forma diferente e com palavras também elas diferentes. Há, na lógica, o símbolo “⊤” como representação “de uma proposição verdadeira que apenas depende da coerência interna e que é independente de condições externas”. Parece, à partida, que esses enunciados repetidos são vazios, mas na verdade “contêm uma ‘variante na repetição'”. No fundo, estas obras de arte pretendem responder à ideia ou possibilidade de o “significado poder transformar-se em diferentes contextos”. Segundo os organizadores de “22”, “a apresentação repetida de elementos na arte desafia as nossas expectativas de ‘significado’, levando-nos a questionar se a compreensão é sempre construída a partir de símbolos e linguagens repetidos”. “Talvez, apenas por meio da repetição, consigamos perceber diferenças subtis”, é referido.
Hoje Macau EventosPalestra | Xu Bing, artista contemporâneo chinês, protagoniza conferência O Instituto Cultural vai realizar, no próximo mês, uma palestra em que a figura principal é o artista chinês de arte contemporânea Xu Bing. A conferência, com o nome “A era sem coordenadas já chegou!” integra-se na iniciativa “Palestra sobre Estética”, integrada no “Mês da Promoção Cultural” Xu Bing, um dos mais importantes e reconhecidos artistas chineses contemporâneos, vai estar em Macau no dia 7 de Setembro para apresentar a palestra “A era sem coordenadas já chegou!”. Trata-se de uma iniciativa do Instituto Cultural (IC) intitulada “Palestra sobre Estética”, sendo “uma das principais actividades” do “Mês da Promoção Cultural”. A conferência decorre às 15h na Sala de Conferências do Centro Cultural de Macau, onde Xu Bing irá “partilhar a evolução do seu pensamento nos últimos anos, reflectir e julgar em conjunto com o público de Macau”, nomeadamente sobre “as possibilidades da arte sob a luz das novas tecnologias, através da sua animação em stop motion ‘Lago Satélite'”, que é o primeiro projecto artístico filmado no Espaço. A obra está exposta na Bienal Internacional de Arte de Macau deste ano. O artista é descrito como alguém que se tem dedicado, nos últimos anos, “a alargar os limites da arte com as suas obras, e é amplamente reconhecido como um dos principais artistas conceptuais nas áreas da linguística e semiótica da actualidade”. A palestra desta vez será conduzida em mandarim, com tradução simultânea para português e inglês, sendo adequada para participantes com idade igual ou superior a 15 anos, não havendo lugares marcados. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na plataforma da “Conta Única de Macau”. Esta não é a primeira vez que Xu Bing vem ao território mostrar a sua arte e falar do seu trabalho. Em 2017 foi inaugurada, no Museu de Arte de Macau, a mostra “A Linguagem e a Arte de Xu Bing”, naquela que foi a primeira exposição individual do artista em Macau. Foram apresentadas 30 obras “importantes” do artista, nomeadamente “Livro do Céu” e “Livro da Terra”. Longa carreira Xu Bing nasceu em Chongqing, China, em 1955, mas cresceu em Pequim. A sua ligação às artes começou em 1977, quando entrou no Departamento de Gravura da Academia Central de Belas Artes de Pequim, tendo aí concluído os estudos em 1981. Depois, passou a dar aulas nesse departamento. Em 1987 Xu Bing obteve o título de mestre pela mesma instituição. Em reconhecimento às suas realizações, foi convidado para os EUA, em 1990, como artista honorário, tendo recebido, em 1999, uma distinção, a MacArthur Fellowship, o maior prémio de talento criativo dos EUA. Em 2004, recebeu o primeiro Prémio Artes Mundi, enquanto que em 2018 foi galardoado com o Prémio Xu Bei Hong – Criação Artística da CAFA. Xu Bing voltou à China em 2007, tendo assumido vários cargos de liderança na Academia Central de Belas Artes, incluindo os de vice-presidente, professor e orientador de doutorado. Desde 2014 que actua como presidente do Comité Académico da instituição. Actualmente, divide seu tempo entre Pequim e Nova Iorque, onde vive e trabalha, sendo professor na Academia Central de Belas-Artes de Pequim (CAFA). É, portanto, longa a carreira de Xu Bing, que tem obras expostas em diversas instituições artísticas, incluindo o Museu Nacional de Arte da China, o Museu Metropolitano de Arte, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o Museu Solomon R. Guggenheim e o Museu Britânico, integrando ainda múltiplas colecções.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Aulas regressam a cerca de 80% das escolas na segunda-feira O Governo montou uma operação conjunta para flexibilizar o trânsito e os transportes públicos tendo em conta que na próxima segunda-feira cerca de 80 por cento das escolas e jardins de infância de Macau vão retomar as aulas. Segundo um comunicado conjunto dos serviços de educação, trânsito e da polícia, foi pedido aos estabelecimentos de ensino um reforço de pessoal para assistir os alunos na entrada para a escola, evitando a formação de multidões. Em termos de transportes, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego coordenou com as duas operadoras de autocarros público e a sociedade que gere o Metro Ligeiro o reforço de frequências durante as horas de ponta. Os autocarros vão aumentar as frequências entre 10 a 15 por cento e será destacado pessoal para manter a ordem nas paragens e gerir o fluxo de passageiros. Por outro lado, o Corpo de Polícia de Segurança Pública terá mais agentes para patrulhar as condições das estradas nas proximidades das escolas e combater o estacionamento ilegal. Durante as horas de ponta de transporte escolar, serão destacados agentes para orientar o trânsito nos cruzamentos e pontos mais movimentados perto de escolas. Além disso, na primeira semana de aulas, alguns lugares de estacionamento serão convertidos em zonas que facilitem a tomada e largada de pessoas para facilitar a vida aos pais. O Governo também vincou que as principais obras rodoviárias foram concluídas antes do início das aulas e que as passagens de peões e passeios ao redor de muitas escolas foram renovadas durante as férias de Verão.
Hoje Macau SociedadeSMG | Depressão tropical pode passar a menos de 800 km Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos indicaram ontem que a “área de baixa pressão perto de Luzon, nas Filipinas”, irá evoluir “para uma depressão tropical e entrará na área a menos de 800 quilómetros de Macau, nos próximos dias”. De acordo com as últimas previsões, a área de baixa pressão irá mover-se em direcção à área marítima perto da Ilha de Hainan. Porém, os SMG mantêm a previsão de que a partir de hoje “o tempo em Macau vai tornar-se gradualmente nublado, com a probabilidade de ocorrência de chuva intensa, acompanhada de trovoadas, e vento por vezes forte. Ainda sem adiantar se iriam emitir alerta de tempestade tropical, os SMG apelaram à atenção da população. O Observatório de Hong Kong reservava ontem a possibilidade de emitir o sinal 1 de alerta hoje de manhã.
Hoje Macau SociedadeMacau Legend | Prejuízo dispara com fecho de casino-satélite A Macau Legend avisou que o prejuízo da operadora de jogo na primeira metade de 2025 deverá disparar, sobretudo devido ao encerramento já anunciado do casino-satélite Legend Palace, no final do ano. A empresa previu um prejuízo de 1,42 mil milhões de dólares de Hong Kong até Julho, mais de 12 vezes superior ao registado no mesmo período de 2024, de acordo com um comunicado divulgado na terça-feira. Na nota, enviada à bolsa de valores de Hong Kong, a Macau Legend apontou para uma queda de 1,29 mil milhões de dólares de Hong Kong no valor do empreendimento Doca dos Pescadores. Isto após, em Junho, a concessionária de jogo SJM ter decidido terminar, até 31 de Dezembro, a exploração de sete casinos-satélite, incluindo o Legend Palace, situado na Doca dos Pescadores. Dos casinos-satélite a operar em Macau, nove pertencem à SJM, um à Galaxy e outro à Melco, que tem ainda seis clubes Mocha – salas de máquinas de jogo. A SJM decidiu tentar a aquisição da propriedade dos hotéis onde se localizam dois casinos-satélite – Ponte 16 e Casino Royal Arc – e pedir às autoridades para assumir a gestão directa dos espaços.
Hoje Macau Manchete PolíticaHengqin | Nomeados novos dirigentes após caso de corrupção O Governo de Macau anunciou ontem a nomeação de cinco dirigentes para a vizinha zona económica especial de Hengqin, três meses depois de a China anunciar um caso de corrupção ligado ao desenvolvimento da Ilha da Montanha. Nem o Governo da RAEM, nem o Comissariado contra a Corrupção, quiseram comentar o caso De acordo com um despacho do chefe do Executivo, Sam Hou Fai, publicado no Boletim Oficial, entre as novas nomeações está Ng In Cheong, que será a nova subdirectora da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, que faz parte da área especial de Hengqin (Ilha da Montanha). Ng era até agora chefe do departamento dos Assuntos do Direito Internacional e Direito Inter-Regional, sob a tutela da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça. A dirigente vai substituir Su Kun, que pediu a demissão em 15 de Maio “por motivos pessoais”, de acordo com um comunicado, divulgado pelas autoridades de Macau, que continha apenas uma frase. Su era um dos seis coordenadores-adjuntos da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau. Segundo o portal do Governo de Macau, esta comissão “assume as funções de promoção da divulgação a nível internacional, captação de negócios e investimentos, introdução de indústrias, exploração de terrenos, construção de projectos específicos e gestão dos assuntos respeitantes à vida da população”. Também a 15 de Maio, o gabinete do secretário para a Economia e Finanças, Anton Tai Kin Ip, disse que Su Kun ainda pediu a demissão como assessor do secretário, pedido que foi aprovado. Silêncio ensurdecedor A demissão de Su Kun surgiu um dia depois da comissão anticorrupção da vizinha província de Guangdong anunciar o início de uma investigação ao antigo presidente da empresa estatal responsável pelo desenvolvimento da zona especial de Hengqin. Num comunicado, a Comissão Provincial de Inspecção Disciplinar de Guangdong revela que o antigo presidente do grupo Zhuhai Da Hengqin, Hu Jia, “é suspeito de graves violações disciplinares”, uma frase que normalmente se refere a casos de corrupção. A nota, também com apenas uma frase, diz que Hu está a ser alvo de “revisão e investigação disciplinar” por parte da Comissão Municipal de Inspeção e Supervisão Disciplinar de Zhuhai, cidade à qual pertence Hengqin. Questionado pela Lusa sobre se a demissão de Su Kun está relacionada com a investigação por corrupção contra Hu Jia, o gabinete do secretário Anton Tai recusou mais esclarecimentos. A Lusa perguntou também à Comissão Contra a Corrupção se tinha recebido alguma queixa ou se estava a investigar algum caso a envolver Su Kun, mas a agência disse não ter qualquer comentário. O grupo Zhuhai Da Hengqin foi criado em 2009 pelo município de Zhuhai para a construção e desenvolvimento da zona económica especial de Hengqin.
Hoje Macau Manchete PolíticaTecnologia | Sam Hou Fai quer atrair empresas lusófonas O Chefe do Executivo quer que empresas dos sectores da tecnologia e ciência vindas dos países lusófonos se fixem em Macau e Hengqin. O desejo de intercâmbio empresarial aplica-se também no sentido inverso, com a promessa de apoio a empresas chinesas na expansão para o exterior O líder do Governo da RAEM quer atrair empresas dos sectores tecnológicos e científicos para Macau e para a Ilha da Montanha. Sam Hou Fai apontou como objectivo para o território “atrair activamente empresas científicas e tecnológicas de excelência dos países de língua portuguesa”, de acordo com um comunicado. O líder do Governo sublinhou que estas empresas podem estabelecer operações tanto em Macau como na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, na vizinha Hengqin (ilha da Montanha). Em sentido contrário, Sam Hou Fai prometeu “apoiar as empresas científicas e tecnológicas do Interior da China a expandirem para o exterior”, aproveitando as vantagens de Macau e os quatro laboratórios de referência do Estado situados na cidade. A aposta do Governo passa pelo aprofundar o desenvolvimento coordenado das indústrias científicas e tecnológicas entre Macau e Hengqin e servir as necessidades nacionais, contribuindo para a “construção de uma nação tecnologicamente forte” e auto-suficiente em termos de tecnologia de alto nível. Um de quatro Os caminhos apontados pelo Chefe do Executivo foram traçados durante um encontro, na terça-feira à noite, com o ministro da Ciência e Tecnologia chinês, Yin Hejun, que veio a Macau para assinalar a reestruturação dos quatro laboratórios. Sam Hou Fai realçou que a tecnologia de ponta representa uma das principais indústrias do desenvolvimento da diversificação industrial “1+4”, e que o Governo está a intensificar os esforços para optimizar, continuadamente, os sistemas e mecanismos da inovação científica e tecnológica, impulsionando a expansão ordenada da escala das indústrias relacionadas. O governante local afirmou esperar “o apoio e a orientação contínua do Ministério da Ciência e Tecnologia, procurando aprofundar e intensificar ainda mais a cooperação entre o Interior da China e Macau em matéria de investigação científica sob a base já existente”, indicou o Gabinete de Comunicação Social. Os laboratórios, com sede na Universidade de Macau e na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, são dedicados às áreas de medicina chinesa, ciência lunar e planetária, microelectrónica e Internet das coisas (comunicação entre objectos e aparelhos). Horas antes, Yin defendeu que os quatro laboratórios devem “aproveitar o ambiente e as vantagens de Macau”, nomeadamente a tradição de “cooperação com o exterior”, para contratar mais “talentos internacionais”. Lusa / JL
Hoje Macau China / ÁsiaMar da China | Pequim rejeita protestos de Tóquio sobre exploração de gás Pequim rejeitou ontem os protestos de Tóquio sobre o desenvolvimento de zonas de exploração de gás no mar da China, sublinhando que a área está sob soberania chinesa. O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão denunciou, na segunda-feira à noite, a instalação de plataformas de perfuração da República Popular da China na área onde as zonas económicas exclusivas dos dois países se sobrepõem. A diplomacia de Tóquio acrescentou ter apresentado “um forte protesto” junto da embaixada de Pequim em Tóquio. A diplomacia chinesa declarou não aceitar as acusações que considerou infundadas do Japão e rejeitou o protesto de Tóquio sobre o assunto. As actividades de desenvolvimento no mar da China encontram-se em águas “sob jurisdição chinesa e completamente sob soberania chinesa”, salientou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Em 2008, o Japão e a China alcançaram um acordo que prevê a exploração conjunta de reservas submarinas de gás na área, estando cada país proibido de realizar perfurações de forma independente. As negociações sobre os termos de implementação deste acordo foram suspensas em 2010. Tóquio indicou que 21 plataformas de perfuração, embora localizadas na zona da China, “vão provavelmente” extrair gás do lado japonês da fronteira marítima. Assim, o Japão instou veementemente a China a retomar as negociações sobre a implementação do acordo de 2008. A diplomacia de Pequim respondeu estar empenhada na implementação “plena e eficaz do consenso” com o Japão sobre a questão do mar da China, ao mesmo tempo que espera o regresso às negociações. No entanto, a China insiste que a fronteira marítima seja aproximada do Japão, tendo em conta a plataforma continental e outras características oceânicas da zona oriental do mar da China.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Anunciada compra de mais gás natural dos EUA A Coreia do Sul acordou ontem comprar anualmente 3,3 milhões de toneladas adicionais de gás natural liquefeito aos Estados Unidos a partir de 2028, após a cimeira em Washington entre os presidentes dos dois países. O acordo foi assinado pela Korea Gas (KOGAS) com fornecedores globais, incluindo a singapuriana Trafigura, durante uma reunião de líderes empresariais na capital norte-americana, que se seguiu ao encontro entre o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, e o homólogo norte-americano, Donald Trump. O volume, acordado para o período 2028-2038, vai ser fornecido a partir de projetos de gás operados pela norte-americana Cheniere no Texas, no centro-sul dos Estados Unidos, e outras áreas, de acordo com pormenores do acordo, divulgados pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. O acordo segue-se ao compromisso assumido pela Coreia do Sul, no mês passado, de comprar 100 mil milhões de dólares em produtos energéticos aos EUA nos próximos quatro anos, como parte de um pacto comercial alcançado por Seul e Washington para reduzir as tarifas sobre as importações norte-americanas de produtos sul-coreanos de 25 por cento para 15 por cento. A KOGAS afirmou que o novo contrato de longo prazo foi assinado no âmbito de um processo de concurso, que teve início em 2024, para as importações de energia da Coreia do Sul depois de 2028. O contrato vai ajudar a KOGAS a diversificar as fontes das importações, que estão actualmente concentradas no Médio Oriente. O director executivo da KOGAS, Choi Yeon-hye, disse à Yonhap que o novo contrato vai ajudar a estabilizar o abastecimento e a melhorar a competitividade dos preços. A Coreia do Sul é uma das potências que, juntamente com Japão, Indonésia e Paquistão, se comprometeram a aumentar as compras ou investimentos em empresas e projectos energéticos norte-americanos, um dos elementos-chave que os Estados Unidos têm vindo a promover nas negociações com os parceiros comerciais.