Concurso | Abertas inscrições para jovens músicos

[dropcap]A[/dropcap]s inscrições para o 37.° Concurso para Jovens Músicos de Macau estão abertas até ao próximo dia 10 através do registo online. Esta forma de inscrição pretende facilitar o processo aos interessados, sendo que a entrega de documentos e o pagamento de 100 patacas que vão confirmar o registo podem ser efectuados mais tarde. Os candidatos podem também preparar os documentos necessários e dirigir-se ao Edifício do Instituto Cultural onde serão apoiados pelos funcionários do IC na realização da inscrição.

 

 

7 Mar 2019

Curtas de animação| IC promove apresentações internacionais

[dropcap]O[/dropcap]Instituto Cultural (IC) vai promover a exibição de cinco curtas metragens de animação subsidiadas pelo organismo em 2016 dentro do programa de apoio aos criativos locais. A apresentações vão ter lugar em Macau, na China Continental, em Hong Kong, Portugal e na Grécia. “The Lighthouse”, de Lei Pui Weng, “Starry Sky”, de Ku Pou Cheng, “Father’s Lunch”, de Pun Lap Fung, “Pundusina”, de Lou Ka Choi, e “Dinzong”, de Cheong Chi Pan, foram os filmes considerados “excelentes” e seleccionados para estas mostras.

“The Lighthouse” foi finalista do 24.º Festival IFVA de Hong Kong, no Festival de Animação de Lisboa 2019 em Portugal e Athens Animfest 2019 na Grécia. “Father’s Lunch” vai participar no 15.º Festival Internacional de Cinema de Animação da China. “Pundusina”, uma obra de animação que retrata o quotidiano, será transmitida nas plataformas de partilha de vídeos e apresentada no programa de televisão Bom Dia, Macau. “Dinzong”, uma animação digital e “Starry Sky” uma animação com um estilo semelhante aos livros ilustrados, assinalam um avanço na cena da animação local vão ser apresentadas na “Exposição de Multimédia, Animação e Banda desenhada de CMM” organizada pela Associação de Arte da Animação e Banda Desenhada de Macau, a ter lugar no Centro de Arte Contemporânea – Oficinas Navais N.º 2, de 11 a 18 de Maio. Este último evento vai contar com a participação dos realizadores.

Os cinco realizadores das animações vão ainda participar no “Moving Image Programme: Independently Yours” um evento anual de exibição de produções independentes organizado pelo Hong Kong Arts Centre, que terá lugar no dia 2 de Abril.

7 Mar 2019

Simulacro | Exercício de busca e salvamento no mar juntou 160 pessoas

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) organizou ontem um exercício de busca e salvamento no mar, envolvendo 160 pessoas, nove embarcações, bem como uma mota de água, um ‘drone’ e nove ambulâncias, com o objectivo de reforçar a capacidade de resposta a incidentes e a coordenação entre diferentes serviços. A manobra, que durou cerca de uma hora e meia, teve lugar nas áreas marítimas em frente do Centro de Ciência, perto do canal de acesso ao Porto Interior e do canal reservado do Porto Exterior.

7 Mar 2019

Grande Baía | China vai acelerar infra-estruturas em Guangdong, Hong Kong e Macau

[dropcap]A[/dropcap]China vai levar a cabo mais esforços para acelerar a construção de um centro internacional de ciência e tecnologia na Grande Baía, afirmou ontem o director da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma, durante uma conferência de imprensa, no âmbito da segunda sessão da 13.ª Assembleia Popular Nacional, que decorre em Pequim. He Lifeng garantiu ainda que mais medidas vão ser tomadas para acelerar a construção de infra-estruturas em Guangdong, Hong Kong e Macau, com vista ao estabelecimento de uma base sólida para impulsionar o intercâmbio e a comunicação entre as regiões. Segundo o China Daily, Pequim vai também traçar políticas adicionais de modo a que seja mais conveniente para as pessoas de Hong Kong e de Macau trabalharem e criarem os seus negócios na província de Guangdong, na esperança de impulsionar a inovação, sublinhou He Lifeng.

7 Mar 2019

APN | Delegados de Macau ansiosos por participar no desenvolvimento da China

[dropcap]O[/dropcap]s delegados de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN) defenderam que uma participação mais activa no desenvolvimento global da China vai ajudar Macau a diversificar a sua economia. Segundo o China Daily, os delegados à APN concordam que a RAEM precisa de explorar outras áreas – além do jogo – de modo a garantir um desenvolvimento sustentável. O apelo foi lançado durante uma sessão plenária dos delegados de Macau na terça-feira, realizada após a abertura da segunda sessão da 13.ª APN. Neste âmbito, Chui Sai Peng, também deputado à Assembleia Legislativa de Macau, destacou nomeadamente que os padrões da área tecnológica e industrial devem ser unificadas para impulsionar a integração regional. Actualmente, Macau adopta, regra geral, os padrões europeus, enquanto a China tem os seus próprios, explicou. Além de um papel mais activo, Lao Ngai Leong defendeu mesmo que Macau pode ir mais além, sugerindo que a Ilha da Montanha se transforme numa zona de cooperação especial entre Guangdong e Macau ou num porto de comércio livre, refere o mesmo jornal.

7 Mar 2019

Ponte HKZM | Mak Soi Kun critica Hong Kong

[dropcap]O[/dropcap]facto da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau não ter um estacionamento junto à fronteira na RAEHK levou o deputado Mak Soi Kun a escrever uma interpelação a apresentar queixas de residentes. O legislador, vencedor das eleições legislativas, revelou que recebeu muitas queixas de residentes, uma vez que ao contrário do que acontece em Macau, em Hong Kong não há lugares de estacionamento prontos para deixarem as viaturas e entrarem na cidade pelo próprio pé ou transportes públicos. “As pessoas de Macau estavam à espera de ter os mesmos direitos de utilização da ponte que os cidadãos de Hong Kong”, aponta Mak Soi Kun. “Será que o Governo de Macau, que quer incentivar uma maior integração na Grande Baía, já pensou em acautelar os interesses dos residentes? O que é que o Governo vai fazer em relação a este assunto?”, questiona.

 

7 Mar 2019

Ilha da Montanha | Zhuhai vai pagar centro de saúde para residentes

[dropcap]Z[/dropcap]huhai vai pagar integralmente o centro de saúde para residentes de Macau com autorização de residência na Ilha da Montanha, revelou ontem o subdirector dos Serviços de Saúde, Cheang Seng Ip, à margem do programa radiofónico “Fórum Macau”. O projecto, recentemente anunciado pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, deve ficar pronto em três anos, mas ainda não há calendário para o arranque das obras. Cheang Seng Ip indicou, segundo declarações reproduzidas pela Rádio Macau, que o futuro centro de saúde vai ter capacidade inicial para 300 pessoas. A obra está a ser planeada com a Comissão de Administração da Nova Área da Ilha da Montanha, segundo o mesmo responsável que afirmou não estar em condições de avançar com um orçamento.

7 Mar 2019

Óbito | Keith Flint, vocalista dos The Prodigy, encontrado morto

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vocalista da banda britânica The Prodigy Keith Flint morreu, aos 49 anos, segundo confirmação da polícia do Essex citada pela imprensa do Reino Unido na noite de segunda-feira. Flint foi encontrado inconsciente em casa, sem que a sua morte esteja a ser tratada como suspeita, referiu um porta-voz da polícia.

Keith Flint era uma das vozes dos The Prodigy, a par de Maxim Reality, e rosto principal do trio que se completava com o compositor Liam Howlett, adquirindo maior dimensão e protagonismo aquando do lançamento do disco “The Fat of the Land”, do qual foi extraído o ‘single’ “Firestarter”, cujo vídeo o tinha como figura central.

A banda, que passou Hong Kong na edição de 2017 do Clockenflap, estava neste momento a promover o disco “No Tourists”, lançado em Novembro, tendo agendada uma digressão pelos Estados Unidos em Maio, para além de múltiplas participações em festivais de Verão também já marcadas.

Criados em 1990 no Essex por Howlett, os Prodigy tornaram-se um fenómeno global com o lançamento do terceiro disco, “The Fat of the Land”, em 1997, que vendeu mais de dez milhões de cópias em todo o mundo, causando impacto com temas como “Smack My Bitch Up” ou “Breathe”.

6 Mar 2019

Ano Novo | Desmanteladas duas organizações criminosas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] polícia de Macau anunciou ontem ter desmantelado duas organizações criminosas que operavam no território, em operações preventivas durante o Ano Novo, que levaram ainda à identificação de mais de 7.600 suspeitos.

A “Operação Preventiva do Inverno 2019″, entre 15 de Janeiro e 14 de Fevereiro e sob coordenação dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), levou ao “desmantelamento de uma organização criminosa de burla, pela Polícia Judiciária (PJ), tendo sido detidos nove suspeitos e envolvendo valores superiores a cinco milhões de dólares de Hong Kong”, informaram os SPU, em comunicado.

A polícia deteve ainda cinco pessoas suspeitas de integrarem “uma organização criminosa internacional” e que utilizavam de forma ilícita 50 cartões de crédito.

A “Operação Preventiva do Inverno 2019” mobilizou um total “de 5.769 agentes policiais”, dos SPU, da PJ, do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e dos Serviços de Alfândega.

Durante a operação foram identificados 7.658 indivíduos (…) dos quais 1804 foram conduzidos à polícia para efeitos de averiguações”. Entre os detidos, 413 pessoas foram “encaminhadas para o Ministério Público para efeitos de acusação” de crimes como “a troca ilícita de dinheiro (343 indivíduos) e o empréstimo ilícito de dinheiro (37 indivíduos), entre outros”, de acordo com a mesma nota. As operações de reforço da segurança, durante o período do Ano Novo Chinês, em pontos turísticos, postos fronteiriços e locais de diversão, levaram ainda à expulsão de 861 pessoas de Macau.

Mais de 1,2 milhões de pessoas entraram em Macau entre 4 e 10 de Fevereiro, na “semana dourada”.

6 Mar 2019

Crime | Turistas a caminho de Macau e Hong Kong vítimas de burla

O Conselho do Consumidor de Shenzhen está a analisar queixas de pessoas que compraram pacotes turísticos para Macau e Hong Kong durante o Ano Novo Chinês. As denúncias vão desde a captura de documentos de identificação em troca de compras avultadas a hotéis que afinal são beliches em caves. A DST revela que não recebeu queixas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Conselho do Consumidor de Shenzhen publicou um relatório na semana passada que revelava a recepção de 26 queixas de cidadãos do Interior da China que terão sido defraudados em visitas turísticas realizadas a Macau e Hong Kong durante o período do Ano Novo Chinês.

Segundo uma notícia publicada no South China Morning Post, as queixas resultaram da compra online de pacotes turísticos que às duas regiões especiais, para férias entre os dias 4 e 10 de Fevereiro. Os turistas queixosos foram atraídos por anúncios de agências turísticas no motor de busca Baidu, que terá atestado a idoneidade do serviço. Porém, as agências de turismo, além de não estarem licenciadas, acabaram por conduzir os turistas para esquemas fraudulentos. Segundo o jornal diário de Hong Kong, as queixas são maioritariamente provenientes de turistas fora da província de Guangdong e 90 por cento encontraram as excursões de Ano Novo Chinês online.

Por cá, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) esclareceu ao HM que, durante o período de 4 a 10 de Fevereiro de 2019, “não recebeu nenhuma queixa ou consulta sobre operações de agências de viagens não licenciadas”.

Beliches e joias

Um dos casos reportados dá conta de uma mulher, de apelido Yu, que comprou uma viagem de cinco dias para as duas regiões administrativas especiais. Quando chegou à região vizinha, o guia disse-lhe que os planos para visitar pontos turísticos tinham sido cancelados. Em vez disso, Yu foi encaminhada para um dia de compras. Para esfregar sal na ferida, o hotel de 3 estrelas que, supostamente, tinha reservado era, afinal, um beliche na cave de um edifício residencial.

Outro caso divulgado pelo South China Morning Post, relata a experiência de uma turista, de apelido Liu, que pagou 7600 yuan para os mesmos cinco dias de viagem às regiões administrativas especiais. Assim que chegou a Hong Kong, Liu terá sido forçada pelo guia turístico a comprar peças de joalharia e chocolates. O “incentivo” extra para as compras foi o facto do guia lhe ter confiscado o cartão de identificação até a turista ter gasto um determinado montante.

Ambos os casos são exemplos do que se passou na maioria das queixas recebidas pelo Conselho do Consumidor de Shenzhen. Os queixosos viram anúncios publicitários a pacotes turísticos no Baidu, que supostamente eram vendidos pela conceituada China International Travel Service (CITS). Quando clicavam no anúncio eram encaminhados para o site de uma agência diferente da publicitada.

“Tendo em conta que o servidor da plataforma de pesquisa do website se encontra localizado fora da RAEM, e que também não há indícios de que o local de operação da plataforma e os factos em causa se encontrem na RAEM, fogem ao âmbito de acção desta da DST”, esclarecem os serviços liderados por Helena de Senna Fernandes.

Em resposta às alegações, o Baidu revelou estar a investigar as queixas divulgadas pelo Conselho do Consumidor de Shenzhen que indicam que o motor de busca publicita falsas agências turísticas que defraudaram turistas em vias de visitar Macau e Hong Kong durante o Ano Novo Chinês. “Formámos uma equipa para investigar todas as actividades que violem leis e regulamentos”, referiu a empresa em comunicado, acrescentando estar a cooperar com a entidade fiscalizadora de Shenzhen de forma a “assegurar os direitos dos consumidores”.

O Conselho do Consumidor de Shenzhen esclareceu ainda que a CITS recebeu 463 queixas em 2018, 394 das quais referentes a agências turísticas falsas.

A DST garante que “em caso de suspeitas de violações da lei serão recolhidas provas, investigadas as causas, e sancionadas de acordo com a lei. Para os casos que envolvem agências de viagens do Interior da China, a DST comunicará às autoridades do turismo do Interior da China”.

6 Mar 2019

Ambiente |Orçamento para combate à poluição aumenta 25 por cento

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou ontem que Pequim vai investir, este ano, 25.000 milhões de yuan no combate à poluição atmosférica, um aumento homólogo de 25 por cento.

Aqueles gastos estão previstos no relatório do Governo, apresentado por Li no arranque da sessão anual da Assembleia Popular Nacional (ANP), o legislativo chinês.

O documento aponta ainda a redução do consumo de energia em “cerca de 3 por cento “, por unidade do Produto Interno Bruto (PIB).

Pequim fixou como meta reduzir as emissões de dióxido de enxofre e óxido de nitrogénio, os dois principais gases poluentes, em 3 por cento, visando “consolidar e expandir o progresso da China em questões ambientais”.

As metas ambientais fazem parte de um “desenvolvimento de qualidade” e “correspondem à actual realidade do desenvolvimento da China”, estando associadas à “construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os sentidos”.

O documento frisa que, para “melhorar o ambiente”, há muito “trabalho duro” pela frente.

As principais cidades chinesas são frequentemente cobertas por um manto de poluição, resultado de três décadas de forte crescimento económico assente na produção industrial, que transformou o país na “fábrica do mundo”.

A poluição é responsável por milhões de mortes prematuras todos os anos na China e é uma das principais fontes de descontentamento popular no país, a par da corrupção e das crescentes desigualdades sociais.

6 Mar 2019

APN | Meta económica ambiciosa e sobem gastos com a Defesa

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, anunciou ontem que a meta de crescimento para a economia do país, em 2019, se iria situar entre os 6 por cento e 6,5 por cento. As despesas militares, embora não igualem a subida de dois dígitos do passado recente, deverão ainda assim crescer 7,5 por cento.

O Governo chinês anunciou ontem uma meta ambiciosa para o crescimento económico e um aumento de 7,5 por cento nos gastos militares, para este ano, apesar da incerteza suscitada pelas disputas comerciais com os Estados Unidos.

No arranque da sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN), órgão máximo legislativo da China, o primeiro-ministro do país, Li Keqiang, estabeleceu como meta para 2019 um crescimento económico “entre 6 por cento e 6,5 por cento “.

Trata-se de um ritmo ligeiramente abaixo ao alcançado no ano anterior, de 6,6%, mas ainda assim entre os mais rápidos do mundo.

Numa resposta às queixas de Washington e Bruxelas sobre o acesso ao mercado chinês, Li garantiu “igual tratamento” para as empresas estrangeiras e concorrentes nacionais.

O primeiro-ministro prometeu ainda “promover as negociações comerciais entre a China e os EUA”, sem avançar detalhes sobre o estado das negociações que visam pôr fim à guerra comercial que ameaça a economia mundial.

Li Keqiang prometeu ainda aumentar os gastos com o desenvolvimento do sector tecnológico, que o Partido Comunista Chinês considera crucial para elevar o estatuto global do país.

E alertou que a segunda maior economia do mundo enfrenta um “ambiente mais severo e mais complexo”, com riscos que se podem tornar “maiores em número e tamanho”.

 

Outros números

A APN, cuja sessão anual decorre até 14 de março, é o “supremo órgão do poder de Estado na China” e a “expressão máxima da democracia socialista”.

A Assembleia deve rever a legislação que regula o investimento estrangeiro, para acabar com a transferência forçada de tecnologia, visando atender a uma das principais queixas de grupos empresariais norte-americanos e europeus.

Li anunciou também a subida dos gastos públicos em 6,5%, comparativamente ao ano passado, para 23 biliões de yuans e um aumento do rácio do défice, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), em 0,2 pontos percentuais, para 2,8 por cento.

Este estímulo permitiria impulsionar “significativamente o poder de compra” dos consumidores e empresas e ajudaria a aumentar a procura por automóveis, electrodomésticos e outros bens, afirmou num relatório Vishnu Varathan, do banco japonês Mizuho Bank.

Os gastos com a Defesa vão aumentar 7,5 por cento, para o equivalente a 156,7 mil milhões de euros, segundo um relatório difundido pelo ministério chinês das Finanças, que antecedeu à abertura da APN.

Yue Gang, um especialista militar e coronel aposentado do Exército chinês, considerou que o aumento relativamente modesto dos gastos militares – abaixo das subidas de dois dígitos dos últimos anos – reflecte as novas condições económicas que o país enfrenta.

“É mais urgente que a China se prepare para uma guerra comercial com os EUA do que para uma guerra física”, disse.

6 Mar 2019

Tóquio | Tribunal concede liberdade sob fiança a ex-presidente da Nissan

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tribunal distrital de Tóquio aceitou ontem o pedido de liberdade sob fiança do ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn, noticiaram vários órgãos de comunicação social japoneses.

Detido há três meses na capital nipónica, Carlos Ghosn poderá sair em liberdade caso o Ministério Público japonês não apresente novo recurso.

O montante da fiança foi fixado em mil milhões de ienes (cerca de oito milhões de euros).

A aceitação do terceiro pedido de fiança de Ghosn surgiu um dia depois de um dos advogados ter afirmado estar confiante de que o antigo responsável da construtora automóvel Nissan ia conseguir ficar em liberdade.

O advogado recém-contratado, Junichiro Hironaka, é conhecido por ter conseguido que vários clientes tenham sido absolvidos no Japão, onde a taxa de condenações é de 99%.

Na segunda-feira, Hironaka afirmou ter proposto novas formas de monitorizar Ghosn após a libertação sob fiança, como vídeovigilância. Hironaka questionou também o fundamento da detenção de Ghosn, num caso que considerou “muito peculiar”, sugerindo que podia ter sido resolvido como um assunto interno da empresa.

No Japão, os suspeitos ficam em detenção provisória durante meses, frequentemente até ao início dos julgamentos. Os procuradores defendem que os suspeitos podem alterar provas e não devem ser libertados.

Os dois pedidos de fiança, apresentados pelos advogados de Ghosn, foram negados.

O empresário franco-brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, de 64 anos, foi detido em Novembro em Tóquio por suspeitas de fraude fiscal e de quebra de confiança.

 

6 Mar 2019

Cidade Proibida abre-se para celebrar 40 anos de relações diplomáticas com Portugal

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] guitarrista Pedro Jóia já tinha actuado em Pequim, mas o concerto de ontem teve um sabor especial: decorreu no Antigo Palácio Imperial chinês e assinalou o 40.º aniversário das relações entre Portugal e China.

“É, de facto, de uma grande carga simbólica”, reconheceu, à agência Lusa, o músico português, no final de um espectáculo conjunto com Duan Chao, uma das mais aclamadas instrumentistas do ‘erhu’, instrumento musical originário da China, de duas cordas e tocado com um arco.

O concerto, de cerca de uma hora, esgotou a sala de espectáculos da Cidade Proibida, complexo construído durante a dinastia Ming (1368-1644) e onde residiram 24 imperadores chineses, que se sucederam durante mais de 500 anos.

“Caiu mesmo bem”, afirmou Ricardo Oliveira, professor de português numa universidade de Pequim, sobre o concerto. “A amizade entre Portugal e a China reflectiu-se na conjugação musical”, considerou.

Mas se espectáculos de fado não são novidade no país asiático, o último foi com a fadista Cuca Roseta, assim como reportórios conjuntos, António Chainho tocou com a cantora Gong Linna, o espaço escolhido foi algo “sem precedentes”, afirmou o embaixador de Portugal em Pequim, José Augusto Duarte.

“Abrir a Cidade Proibida à noite, para um espectáculo nosso, é inédito”, disse. “Estamos muito lisonjeados com esta atitude das autoridades chinesas”, contou.

Emoções conjuntas

Outrora fechado aos cidadãos comuns, sendo a entrada punível com pena de morte, o antigo Palácio Imperial é hoje a principal atracção turística da capital chinesa.

Para muitos na plateia, a oportunidade de aceder ao Antigo Palácio Imperial, já depois das horas de encerramento – o espectáculo começou às 18:30 em Pequim -, foi mesmo um incentivo extra.

“Muito raramente a Cidade Proibida abre durante a noite”, lembrou uma estudante chinesa.

O complexo encerra para turistas às 16:30, no Inverno, e às 17:00, no Verão. Apenas convidados de alto nível, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma visita a Pequim, no ano passado, têm normalmente o privilégio de admirar o complexo à noite.

O clima era igualmente convidativo: lá fora, a temperatura ultrapassava os dez graus, assegurando o fim do rigoroso Inverno pequinês.

Portugal e a República Popular da China estabeleceram relações diplomáticas em 8 de Fevereiro de 1979, mas devido àquele dia ter coincidido este ano com a celebração do Ano Novo Lunar – a principal festa das famílias chinesas – a celebração acabou por decorrer ontem.

Outros eventos culturais vão realizar-se ao longo de 2019, incluindo festivais de cinema, literatura, teatro ou música, em paralelo com o ano da China em Portugal, num programa pensado pelos dois Governos.

“A cultura é um instrumento fundamental para aproximar os povos, dialogar e criar emoções conjuntas”, sublinhou Augusto Duarte.

“Este será um ano que reforçará em muito a visibilidade do grande talento dos portugueses junto da opinião pública chinesa”, disse.

6 Mar 2019

Xi Jinping é “profundo conhecedor” de Macau

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] presidente Xi Jinping é um “profundo conhecedor” de Macau, da sua história e considera que o território está a desenvolver-se na direcção certa ao nível social e económico. A revelação foi feita ontem, segundo o canal chinês da Rádio Macau, pelo director do Gabinete de Ligação Fu Ziying, que esteve reunido com os vogais de Macau da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) em Pequim.

Fu sublinhou também que Macau tem uma grande responsabilidade, não só porque representa um território chinês, mas porque é um exemplo bem-sucedido da implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas”. Ainda de acordo com o governante, o presidente da China considera Macau fundamental para a estratégia nacional e para o sonho do “Grande Rejuvenescimento da Nação Chinesa”.

Já no que diz respeito às obrigações do Governo, Fu apontou em primeiro lugar a diversidade da economia. Outros dos pontos referidos foi a necessidade de melhorar a vida da população, nomeadamente através da construção das comportas no Porto Interior e do controlo dos preços do mercado imobiliário.

6 Mar 2019

Sulu Sou junta-se ao protesto contra reconhecimento de cartas de condução

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Associação Novo Macau e o deputado Sulu Sou vão participar no protesto contra o reconhecimento mútuo de cartas de condução. A manifestação organizada pelos pró-democratas Ng Kuok Cheong e Au Kam San está marcada para sábado, às 15h, no Jardim Vasco da Gama.

O reconhecimento mútuo de cartas de condução com o Interior da China tem sido tema polémico, desde que foi anunciado, mas voltou à ordem-do-dia depois do trágico acidente que colheu a vida a uma estudante de 22 anos. A morte resultou do choque provocado por uma carrinha de uma empresa promotora de jogo. Ao volante do automóvel estava um condutor do Interior da China.

O caso foi entregue ao Ministério Público e, segundo as autoridades, o homem não estava habilitado a conduzir em Macau, pelo que lhe foi aplicado o termo de identidade e residência. “O público é o mais importante. Desde que tenham em consideração o interesse público, todos os grupos são bem-vindos”, lê-se na página de Facebook da Associação Novo Macau.

6 Mar 2019

Leong exige explicações sobre proibição de motoristas

[dropcap style≠‘circle’]L[/dropcap]eong Sun Iok questiona a implementação da lei que proíbe que trabalhadores não-residentes exerçam funções de motoristas. É este o conteúdo da última interpelação do deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), que surge na sequência de um acidente de viação ocorrido na passada sexta-feira.

“A comunidade apela às autoridades que reforcem a eficácia da implementação da lei. Quais foram os resultados da aplicação desta lei no ano passado?”, pergunta Leong Sun Iok.

O membro da Assembleia Legislativa (AL) fala também em práticas repetidas por parte das empresas promotoras do jogo e dos grandes hotéis, que utilizam condutores do Interior da China. “De acordo com os condutores profissionais de Macau, é muito comum que se utilizem condutores do exterior, que atravessam a fronteira, conduzam em Macau e depois regressem. O que está a ser feito para aumentar as inspecções e atacar estas ilegalidades?”, questiona.

Em relação ao acidente que tirou a vida à estudante de 22 anos, Leong Sun Iok fala de uma “tragédia de partir o coração” e responsabiliza os condutores ilegais por causaram acidentes graves, de tempos a tempos, nas estradas do território. Ainda sobre este assunto, Leong responsabiliza o Governo por afirmar constantemente que não aceita condutores do exterior. Contudo, na altura de executar a lei, o deputado diz que o Executivo não toma as acções que devia.

6 Mar 2019

Li Keqiang confiante no sucesso e desenvolvimento de Macau

O primeiro-ministro chinês entende que Macau deve aproveitar as oportunidades trazidas pelos planos estratégicos de Pequim e estreitar parcerias com o Interior da China. Li Keqiang demonstrou ainda o total apoio à administração de Chui Sai On

 

[dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]urante a apresentação do relatório anual perante a Assembleia Popular Nacional (APN), Li Keqiang referiu que Macau e Hong Kong devem aproveitar as oportunidades nascidas dos planos estratégicos traçados por Pequim e estreitar a cooperação com o Interior da China. O discurso do primeiro-ministro chinês, proferido na abertura da sessão de ontem das reuniões magnas, referia-se aos planos “Uma Faixa, Uma Rota” e à Grande Baía.

“Temos de continuar a implementação completa e certeira da política ‘Um País, Dois Sistemas’, de Hong Kong governado pelas suas gentes, Macau governado pelas suas gentes, com alto grau de autonomia, no estrito cumprimento da Constituição e da Lei Básica.” Depois de não ter mencionado no discurso do ano passado o princípio que estabelece a governação das regiões administrativas especiais “pelas suas gentes”, Li Keqiang

Outro dos aspectos de salientar no discurso do alto dirigente do Executivo de Pequim prende-se com a sucesso partilhado entre as regiões administrativas especiais e o Interior, de forma a garantir “a prosperidade e estabilidade a longo prazo”. É a primeira vez que esta formulação é proferida, a par da expressão “progredir em conjunto com o Interior”.

 

Fé nos chefes

Em referência à liderança política das duas regiões administrativas especiais, Li Keqiang reiterou que ambos os governos e os respectivos chefes dos executivos das duas regiões têm o total apoio de Pequim no exercício da governação baseada na lei.

Ao longo do discurso, o primeiro-ministro não mencionou, ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos, a expressão “promover a democracia”. Em paralelo, enquanto prometeu resolução e eficácia na protecção da soberania nacional, Li Keqiang fez a habitual menção ao combate a movimentos separatistas que procuram a independência de Taiwan. Desta feita, o líder político deixou de fora qualquer referência ao movimento pró-independência de Hong Kong. Algo que não passou ao lado de Wang Yang, presidente da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês, que ao abordar a questão de Hong Kong fê-lo sob o tema unidade e solidariedade. “Encorajamos os delegados de Hong Kong e Macau a apoiarem os seus governos e chefes dos executivos de acordo com a lei. Estamos, inequivocamente, em oposição à independência de Hong Kong”.

6 Mar 2019

Autarca de Taiwan visita Macau no fim de Março

[dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]egundo informação veiculada pela Xinhua, Han Kuo-yu, que dirige a segunda maior cidade de Taiwan, Kaohsiung, vai liderar uma delegação em visita a Macau, Hong Kong, Shenzhen e Xiamen.

A ‘tour’, que acontece entre os dias 22 e 28 de Março, foi anunciada pelo porta-voz do Gabinete dos Assuntos de Taiwan junto do Conselho de Estado e terá como objectivo promover o intercâmbio e a cooperação.

6 Mar 2019

Song Pek Kei pede mais desenvolvimento para indústrias culturais

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] deputada Song Pek Kei entende que o Governo precisa de continuar a investir nas indústrias culturais, principalmente para desenvolver um circuito de distribuição comercial para filmes, música e espectáculos de televisão. A ideia foi expressa numa interpelação escrita pela legisladora ligada ao empresário Chan Meng Kam, que questiona as medidas que vão ser tomadas para impulsionar ainda mais estes sectores.

Por outro lado, a deputada defende que uma das características de Macau é a mistura entre o Oriente e o Ocidente e, nesse sentido, quer conhecer as medidas que estão a ser desenvolvidas para dar mais destaque a estes atributos culturais.

6 Mar 2019

Pequim contra-ataca

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] China acusou ontem dois canadianos de actuarem em conjunto para se apropriarem de segredos de Estado, dias depois de o Canadá ter anunciado que vai atender ao pedido de extradição da vice-presidente da Huawei emitido pelos EUA.

As autoridades chinesas suspeitam que o ex-diplomata canadiano Michael Kovrig, detido em Dezembro, esteve envolvido em actividades de espionagem e roubo de segredos de Estado, referiram ontem os meios de comunicação estatais chineses, em plena tensão político-diplomática entre Pequim e Otava após a detenção no Canadá de Meng Wanzhou, dirigente do gigante de telecomunicações chinês Huawei.

Um outro canadiano detido na China, o consultor Michael Spavor, é considerado uma das principais fontes de informação de Michael Kovrig, referiu a agência oficial Xinhua, citando as autoridades chinesas.

Os dois homens foram presos em Dezembro, alguns dias após o Canadá ter detido, a pedido dos Estados Unidos, Meng Wanzhou.

Pequim tinha indicado previamente que os dois canadianos eram suspeitos de ter colocado em perigo a segurança nacional, e arriscavam pesadas penas de prisão caso fossem indiciados por espionagem.

Segundo a agência chinesa, Kovrig, que agora trabalha para o instituto de pesquisas International Crisis Group, deslocou-se com frequência à China com um passaporte não diplomático e vistos de negócios, e recolhia informações desde 2017.

 

Troca de “mimos”

Otava afirma que os dois canadianos foram detidos “arbitrariamente” e que o interrogatório de Kovrig pelas autoridades chinesas viola a convenção de Viena sobre relações diplomáticas, um argumento rejeitado por Pequim.

As novas acusações chinesas surgiram alguns dias após o Canadá ter iniciado um processo de extradição contra Meng Wanzhou, que na quarta-feira deve comparecer em Vancouver perante um juiz.

Filha do fundador da Huawei, Meng foi colocada em liberdade condicional em meados de Dezembro em Vancouver, onde possui duas residências.

A sua detenção desencadeou uma crise diplomática sem precedentes entre Otava e Pequim.

O Ministério da Justiça norte-americano acusa a Huawei e a sua directora financeira de ter contornado as sanções norte-americanas contra o Irão, e ainda, através de duas filiais, ter roubado segredos industriais do grupo de telecomunicações norte-americano T-Mobile.

A Huawei, número dois mundial de telemóveis, desmentiu por diversas vezes as acusações. No sábado, a China anunciou ter protestado oficialmente junto das autoridades canadianas.

5 Mar 2019

Legislativo chinês arranca sob pressão económica e externa

A sessão anual da Assembleia Nacional Popular reúne os mais altos dirigentes da nação perante uma plateia de 3.000 delegados. Metas de crescimento para 2019, alterações às regras do investimento estrangeiro ou a definição de orçamento para a Defesa são algumas das matérias a ser abordadas por Xi Jinping e o resto do elenco governativo até ao próximo dia 14 de Março

 

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] órgão máximo legislativo da China inicia hoje a sua reunião anual, num período de desaceleração económica e crescente suspeição no Ocidente face à política externa promovida pelo actual Presidente chinês, Xi Jinping.

A Assembleia Nacional Popular (ANP), cuja sessão anual decorre até 14 de Março, é o “supremo órgão do poder de Estado na China” e a “expressão máxima da democracia socialista”.

O presidente da assembleia, Li Zhanshu, é o “número dois” da hierarquia chinesa, a seguir ao secretário-geral do Partido Comunista e Presidente, Xi Jinping. O primeiro-ministro, Li Keqiang, é o “número três”.

Contudo, os cerca de 3.000 delegados à ANP, entre os quais uma representação das Forças Armadas, não são eleitos por sufrágio directo e o “papel dirigente” do Partido Comunista Chinês (PCC) é “um princípio cardeal”.

No arranque da sessão anual, o primeiro-ministro, Li Keqiang, anunciará a meta de crescimento para 2019, que se deve fixar entre 6% e 6,5%.

A Assembleia deve ainda rever a legislação que regula o investimento estrangeiro, para acabar com a transferência forçada de tecnologia, visando atender a uma das principais queixas de grupos empresariais norte-americanos e europeus.

O orçamento para a Defesa ou a meta para a inflação são também, habitualmente, anunciados no primeiro dia.

 

A nova era

Este ano, o ambiente político chinês estará marcado por vários aniversários sensíveis, incluindo o 60º aniversário desde uma revolta contra o domínio chinês no Tibete, que resultou no exílio do líder espiritual dos tibetanos Dalai Lama, e o 30º aniversário desde a sangrenta repressão do movimento pró-democracia de Tiananmen.

Mas a sessão, que arranca esta terça-feira, terá menos foco mediático do que a de 2018, quando a ANP aboliu da Constituição o limite de mandatos para o cargo de Presidente, anunciando o início de uma “nova era”, sob o comando de Xi, com o objectivo de firmar a posição da China como grande potência até meados deste século.

Desde que assumiu a liderança da China, em 2013, Xi tornou-se o centro da política chinesa e é hoje considerado um dos líderes mais fortes da história recente do país, comparável ao fundador da República Popular, Mao Zedong.

No ano passado, a ANP aprovou ainda a criação da Comissão Nacional de Supervisão, que acumula poderes comparados aos do executivo, legislativo ou judicial, e abrange toda a função pública, visando institucionalizar a campanha anticorrupção lançada por Xi e que puniu já mais de um milhão e meio de funcionários do Partido Comunista Chinês.

No plano internacional, o líder chinês promoveu o gigantesco plano de infraestruturas “uma faixa, uma rota”, visando reactivar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático.

Entretanto, a ascensão de um homem forte em Pequim, com uma assumida vontade de aproximar o país do centro da governação dos assuntos globais, abdicando do “perfil discreto” na política externa chinesa, que vigorou durante décadas, despertou uma crescente animosidade dos Estados Unidos.

Washington definiu já Pequim como a sua “principal ameaça”, apostando numa estratégia de contenção das ambições chinesas, que inclui uma guerra comercial e tecnológica.

 

Ritmo financeiro

No aspecto económico, o crescimento abrandou para o ritmo mais lento desde 1990, enquanto o excessivo endividamento dos governos locais levou já o ministério das Finanças a ordenar, em Dezembro passado, as províncias a reduzirem os gastos em 5%.

As autoridades locais deverão “habituar-se a dias mais apertados”, referiu então o ministério.

“Para Xi Jinping, a situação será muito mais difícil do que no ano passado, quando ele estava no topo”, admite o especialista em política chinesa Willy Lam, citado pela agência France Presse.

“Xi é alvo de críticas por membros do partido pela sua gestão económica e por não ter respondido com sabedoria ao desafio Donald Trump”, acrescenta.

A sessão anual da ANP decorre em paralelo com a da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês (CPCPC), uma espécie de senado, sem poderes legislativas, e cuja reunião arrancou no domingo.

5 Mar 2019

Livros | Mais 44 editores em Macau em 2018

[dropcap]A[/dropcap]o longo do ano passado, 44 editores apresentaram novos pedidos de adesão ao sistema de ISBN, elevando o total para 954. Trata-se de um número 15,3 vezes superior ao número de editores registado em 2000 (62), aquando da criação da Agência do ISBN de Macau, subordinada ao Departamento de Gestão de Bibliotecas Públicas do Instituto Cultural (IC).

Segundo o relatório sobre o estado da publicação livreira em Macau (2018), divulgado ontem, entre os 954 editores figuram um departamento do Governo, três escolas, dez organizações comerciais, 13 organizações não-governamentais, 16 indivíduos e um grupo especial. “Os dados demonstram um desenvolvimento estável do sector da edição livreira na RAEM, à medida que a consciência da exigência de pedido de ISBN dos editores tem aumentado”, realça o IC no mesmo comunicado. “A uniformização internacional da edição livreira tem potenciado, em grande medida, a capacidade de introduzir livros de Macau no mercado internacional”, acrescenta.

Ao longo do ano passado, foi programada a publicação de 601 títulos de livros, ou seja, menos 36 do que em 2017, e foram entregues 495 publicações à Biblioteca Central, destinadas a integrar o seu acervo.

5 Mar 2019

Festival da Canção | Suspensa venda de bilhetes por suspeitas de irregularidades

[dropcap]A[/dropcap] emissora de radiodifusão estatal israelita Kan suspendeu a venda de entradas para o festival Eurovisão, iniciada na sexta-feira, depois de suspeitas de “irregularidades”, informou ontem a empresa pública.

Na origem da suspensão está, segundo a Kan, o facto de muitos dos bilhetes para os melhores lugares terem ido parar às mãos de personalidades famosas da televisão e do mundo desportivo em vez de terem sido distribuídos entre o público em geral.

As entradas foram postas à venda na sexta-feira em exclusivo no portal digital Leaan, a quem Kan ordenou que pare as vendas até averiguar o que se passou e solucionar as irregularidades.

A televisão israelita admitiu que houve tentativas de interferir no processo de venda e que 300 dos melhores lugares, avaliados em milhões de euros, foram vendidos a personagens famosas do mundo do desporto e da televisão, incluindo dois dos anfitriões da gala, “em completa contradição com as instruções do Conselho de Directores da Kan”.

Fontes próxima dos anfitriões disseram que estes consideram não ter feito nada errado, tendo pago o preço completo pelas entradas.

Tudo a limpo

Por seu lado, fonte do portal digital Leaan indicou que apenas seguiu as instruções que recebeu de Kan para reservar vários lugares para os seus convidados e assegurou que a venda de entradas foi feita de acordo com as instruções da televisão e na presença dos seus representantes.

As entradas foram postas à venda com preços entre 75 e 500 euros e em duas horas esgotaram-se todos os bilhetes para a final, que decorrerá em Telavive em 18 de Maio.

Ainda há entradas disponíveis para as semifinais dos dias 14 e 16 de Maio e para os ensaios.

Televive acolhe este ano o Festival Eurovisão 2019 depois de a edição passada, que decorreu em Lisboa, ter sido ganha pelo tema “Toy”, da cantora israelita Neta Barzilai.

Portugal estará representado no concurso musical por Conan Osíris, com a canção “Telemóveis”, depois de ter vencido a final da 53ª edição do Festival da Canção, realizada no sábado em Portimão, no Algarve.

5 Mar 2019