Hoje Macau SociedadeVoos cancelados nas Filipinas retêm portugueses residentes em Macau [dropcap]P[/dropcap]ortugueses que vivem em Macau e que estavam de férias ficaram retidos nas Filipinas devido aos vários voos cancelados na última semana por causa das medidas de combate ao novo coronavírus, disseram à Lusa. “No nosso voo para Macau estavam, no mínimo, 12 portugueses”, disse à Lusa Liliana Lino, residente em Macau de 30 anos, que tinha o voo agendado no domingo através de Clark, a cerca de 100 quilómetros da capital, Manila. Liliana encontrava-se de férias com mais dois amigos portugueses, também residentes em Macau, e já tinha sido notificada pela companhia aérea “que os voos para Macau, Hong Kong e China continental iam ser reduzidos a partir de dia 3 de Fevereiro”. Por isso “estava descansada”, frisou a designer de interiores. Só que no domingo um homem de nacionalidade chinesa morreu nas Filipinas vítima de uma pneumonia causada pelo coronavírus de Wuhan, a primeira morte registada fora da China. Facto que levou as autoridades filipinas a ‘apertarem’ ainda mais as medidas de segurança, que inclui, por exemplo, a proibição de todos os estrangeiros que chegam da China. Também Tiago Miranda, jurista português residente em Macau, que foi às Filipinas com a namorada “aproveitar alguns feriados e fugir à confusão geralmente instaurada durante o período do Ano Novo Chinês”, viu o seu voo ser cancelado no domingo. Os dois partiram de Macau, no dia 24 de Janeiro, “vestidos a rigor com máscara na cara e pulverizados de desinfectante”, contou à Lusa. “A ida correu conforme planeado, embora tenhamos sentido alguns cuidados redobrados no aeroporto – a esmagadora maioria das pessoas usava máscara e mediram-nos a febre à entrada do controlo de bagagem”, disse, acrescentando ainda que à chegada a Cebu, Filipinas, foram avaliados por uma máquina que media a temperatura. No dia do suposto regresso, iam apanhar o avião de Manila com destino a Macau e foram “informados pela companhia aérea de que todos os voos tinham sido cancelados a partir daquele momento, sem quaisquer perspectivas de retomar o normal funcionamento”. “Fomos então aconselhados pela própria companhia aérea a procurar voos noutras companhias cujo funcionamento ainda não tinha sido afectado, à medida que a confusão no aeroporto se instalava e as alternativas de voos reduziam drasticamente (enquanto os preços disparavam a cada minuto)”, afirmou o jurista português de 27 anos. Liliana conseguiu arranjar um voo para Macau na madrugada de quarta-feira, a partir de Manila, e assim como Tiago esperam poder regressar ao trabalho, que já foi adiado pelo menos dois dias devido a estes constrangimentos. A esperança é que o voo “não seja cancelado em cima da hora novamente”, apontou Liliana, ideia corroborada por Tiago: “esperamos que tudo decorra sem mais imprevistos daqui em diante neste tão aguardado regresso a Macau”. Em conferência de imprensa, o Governo de Macau disse ter recebido quatro pedidos, oito pessoas, de ajuda de residentes de Macau que se encontram retidos nas Filipinas, mas nenhum desses pedidos são de nacionalidade portuguesa. As autoridades de Macau anunciaram no domingo o oitavo caso de novo coronavírus no território, o primeiro caso de infeção de um habitante de Macau, já que todos os outros contaminados pelo vírus são da cidade chinesa de Wuhan, centro do surto.
Hoje Macau China / ÁsiaEpidemia | Mortes na China já ultrapassam as da pneumonia atípica de 2002/2003 [dropcap]O[/dropcap] número de mortes pelo novo coronavírus excedeu hoje o da pneumonia atípica na China, onde o governo reconheceu que há uma necessidade urgente de repor as provisões de máscaras protectoras para conter a epidemia. Duas semanas após o início da crise, marcada pelo isolamento da cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, as praças financeiras chinesas afundaram cerca de 8%, na reabertura após duas semanas sem negociarem. Com o país paralisado devido aos receios da epidemia, que já infectou mais de 17.000 pessoas, Pequim, ao contrário do que é costume, reconheceu contar com a ajuda do resto do mundo para responder à crise. “O que a China precisa urgentemente é de máscaras, fatos e óculos de proteção”, disse Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. A porta-voz revelou que vários países, incluindo França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, já enviaram suprimentos médicos. As fábricas chinesas estão a operar com reduzida capacidade, já que a epidemia ocorreu em simultâneo com as férias do Ano Novo Chinês, entretanto prolongadas por muitas empresas, visando limitar os riscos de contágio. O ministério chinês da Indústria reconheceu hoje que as fábricas para a produção de máscaras estão a operar apenas com 70% da sua capacidade máxima. O país aumentou as importações de máscaras da Europa, Japão e Estados Unidos, segundo a mesma fonte. Só no continente chinês, que exclui Hong Kong e Macau, o novo coronavírus já matou mais pessoas do que a epidemia da pneumonia atípica, ou síndrome respiratória aguda grave (SARS), que matou 349 pessoas só na China continental entre 2002 e 2003. O vírus matou ainda no domingo uma pessoa pela primeira vez fora da China, um chinês de 44 anos, oriundo de Wuhan, que morreu nas Filipinas, anunciou a Organização Mundial da Saúde. O número de infeções subiu para mais de 17.200, globalmente, excedendo em muito o registo da SARS, que na China infectou 5.327 pessoas. Em todo o mundo, a SARS matou um total de 774 pessoas, principalmente na China continental e em Hong Kong. A grande maioria das mortes e casos de infeção está concentrada na província de Hubei, da qual Wuhan é a capital. Wuhan foi colocada sob quarentena no dia 23 de janeiro, com as saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido. A medida foi, entretanto, alargada a mais quinze cidades, próximas de Wuhan, afectando, no conjunto, mais de 50 milhões de pessoas. Face a um sistema hospitalar sobrecarregado, Wuhan deverá começar hoje a receber os primeiros pacientes num hospital construído em 10 dias – um tempo recorde. Outro hospital, ainda maior, com capacidade para 1.600 camas, está em construção na cidade e deve abrir dentro de alguns dias. Como forma de conter a propagação do vírus, o Governo concedeu três dias adicionais de férias, na esperança de atrasar o retorno às cidades de centenas de milhões de trabalhadores, que visitaram as suas províncias de origem durante o Ano Novo Lunar. Perante a crise, que paralisou a economia do país, a bolsa de Xangai afundou quase 8%, apesar de as autoridades chinesas terem tentado tranquilizar os investidores, ao anunciar, no domingo, uma injeção equivalente a 156 mil milhões de euros no sistema bancário, para apoiar a economia. Preocupados, muitos países adotaram medidas de proteção. Os Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Iraque, Israel e Filipinas proibiram a entrada a estrangeiros que visitaram recentemente a China. A porta-voz da diplomacia chinesa acusou os Estados Unidos de “semearem o pânico” com as suas restrições e de darem um “péssimo exemplo”. A linhas de cruzeiro decidiram proibir a presença a bordo de passageiros ou tripulantes que viajaram para a China nos últimos 14 dias, anunciou hoje a sua federação internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que na semana passada declarou uma emergência internacional, revelou que está trabalhar com os gigantes da Internet para combater a desinformação.
Hoje Macau China / ÁsiaEpidemia | Mortes na China já ultrapassam as da pneumonia atípica de 2002/2003 [dropcap]O[/dropcap] número de mortes pelo novo coronavírus excedeu hoje o da pneumonia atípica na China, onde o governo reconheceu que há uma necessidade urgente de repor as provisões de máscaras protectoras para conter a epidemia. Duas semanas após o início da crise, marcada pelo isolamento da cidade de Wuhan, epicentro do novo coronavírus, as praças financeiras chinesas afundaram cerca de 8%, na reabertura após duas semanas sem negociarem. Com o país paralisado devido aos receios da epidemia, que já infectou mais de 17.000 pessoas, Pequim, ao contrário do que é costume, reconheceu contar com a ajuda do resto do mundo para responder à crise. “O que a China precisa urgentemente é de máscaras, fatos e óculos de proteção”, disse Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. A porta-voz revelou que vários países, incluindo França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, já enviaram suprimentos médicos. As fábricas chinesas estão a operar com reduzida capacidade, já que a epidemia ocorreu em simultâneo com as férias do Ano Novo Chinês, entretanto prolongadas por muitas empresas, visando limitar os riscos de contágio. O ministério chinês da Indústria reconheceu hoje que as fábricas para a produção de máscaras estão a operar apenas com 70% da sua capacidade máxima. O país aumentou as importações de máscaras da Europa, Japão e Estados Unidos, segundo a mesma fonte. Só no continente chinês, que exclui Hong Kong e Macau, o novo coronavírus já matou mais pessoas do que a epidemia da pneumonia atípica, ou síndrome respiratória aguda grave (SARS), que matou 349 pessoas só na China continental entre 2002 e 2003. O vírus matou ainda no domingo uma pessoa pela primeira vez fora da China, um chinês de 44 anos, oriundo de Wuhan, que morreu nas Filipinas, anunciou a Organização Mundial da Saúde. O número de infeções subiu para mais de 17.200, globalmente, excedendo em muito o registo da SARS, que na China infectou 5.327 pessoas. Em todo o mundo, a SARS matou um total de 774 pessoas, principalmente na China continental e em Hong Kong. A grande maioria das mortes e casos de infeção está concentrada na província de Hubei, da qual Wuhan é a capital. Wuhan foi colocada sob quarentena no dia 23 de janeiro, com as saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido. A medida foi, entretanto, alargada a mais quinze cidades, próximas de Wuhan, afectando, no conjunto, mais de 50 milhões de pessoas. Face a um sistema hospitalar sobrecarregado, Wuhan deverá começar hoje a receber os primeiros pacientes num hospital construído em 10 dias – um tempo recorde. Outro hospital, ainda maior, com capacidade para 1.600 camas, está em construção na cidade e deve abrir dentro de alguns dias. Como forma de conter a propagação do vírus, o Governo concedeu três dias adicionais de férias, na esperança de atrasar o retorno às cidades de centenas de milhões de trabalhadores, que visitaram as suas províncias de origem durante o Ano Novo Lunar. Perante a crise, que paralisou a economia do país, a bolsa de Xangai afundou quase 8%, apesar de as autoridades chinesas terem tentado tranquilizar os investidores, ao anunciar, no domingo, uma injeção equivalente a 156 mil milhões de euros no sistema bancário, para apoiar a economia. Preocupados, muitos países adotaram medidas de proteção. Os Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Iraque, Israel e Filipinas proibiram a entrada a estrangeiros que visitaram recentemente a China. A porta-voz da diplomacia chinesa acusou os Estados Unidos de “semearem o pânico” com as suas restrições e de darem um “péssimo exemplo”. A linhas de cruzeiro decidiram proibir a presença a bordo de passageiros ou tripulantes que viajaram para a China nos últimos 14 dias, anunciou hoje a sua federação internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que na semana passada declarou uma emergência internacional, revelou que está trabalhar com os gigantes da Internet para combater a desinformação.
Hoje Macau China / ÁsiaEpidemia | Autoridades chinesas elevam número de mortos para 362 [dropcap]O[/dropcap] número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu para 362, depois de 56 pessoas terem morrido na China e uma nas Filipinas, anunciaram hoje as autoridades da província de Hubei. No seu balanço diário, a comissão de saúde da província onde se situa Wuhan, a cidade onde começou o contágio, afirmou que foram registados 2.829 novos casos de infeção no surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus. Desde Dezembro já surgiram 17.205 casos em toda a China da doença que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar uma emergência mundial e que já se espalhou a 20 países. No domingo, morreu a primeira pessoa infectada fora da China, nas Filipinas: um chinês de 44 anos, natural de Wuhan. Um avião da Força Aérea Portuguesa transportou no domingo para Lisboa um grupo de 20 pessoas – 18 portugueses e duas cidadãs brasileiras – retiradas da cidade chinesa de Wuhan, foco do novo coronavírus. No avião de transporte C-130 da Força Aérea Portuguesa, as pessoas que decidiram sair de Wuhan, foram acompanhadas por oito tripulantes e oito profissionais de saúde, incluindo uma equipa de sanidade internacional. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países. A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Hoje Macau China / ÁsiaEpidemia | Autoridades chinesas elevam número de mortos para 362 [dropcap]O[/dropcap] número de mortes provocadas pelo novo coronavírus subiu para 362, depois de 56 pessoas terem morrido na China e uma nas Filipinas, anunciaram hoje as autoridades da província de Hubei. No seu balanço diário, a comissão de saúde da província onde se situa Wuhan, a cidade onde começou o contágio, afirmou que foram registados 2.829 novos casos de infeção no surto de pneumonia provocado pelo novo coronavírus. Desde Dezembro já surgiram 17.205 casos em toda a China da doença que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar uma emergência mundial e que já se espalhou a 20 países. No domingo, morreu a primeira pessoa infectada fora da China, nas Filipinas: um chinês de 44 anos, natural de Wuhan. Um avião da Força Aérea Portuguesa transportou no domingo para Lisboa um grupo de 20 pessoas – 18 portugueses e duas cidadãs brasileiras – retiradas da cidade chinesa de Wuhan, foco do novo coronavírus. No avião de transporte C-130 da Força Aérea Portuguesa, as pessoas que decidiram sair de Wuhan, foram acompanhadas por oito tripulantes e oito profissionais de saúde, incluindo uma equipa de sanidade internacional. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países. A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Hoje Macau h | Artes, Letras e IdeiasXunzi 荀子 – Elementos de ética, visões do Caminho Tradução de Rui Cascais [dropcap]A[/dropcap]s Odes dizem: Ritual e cerimónia em tudo têm a medida justa. Ri e fala somente de acordo com a propriedade. Isto exprime o que quero dizer. Convencer os outros a seguir o que é bom é chamado “ensino”. Harmonizar-se com outros para aquilo que é bom é chamado “concordância apropriada”. Convencer os outros a seguir aquilo que é mau é chamado “bajulação”. Harmonizar-se com outros para aquilo que é mau é chamado “conluio”. Endossar aquilo que é bom e condenar aquilo que é mau é chamado “sabedoria”. Endossar aquilo que é mau e condenar aquilo que é bom é chamado “estupidez”. Atacar uma pessoa boa é chamado “calúnia”. Causar dano a uma pessoa boa é chamado “vileza”. Chamar bom ao bom e mau ao mau é chamado “rectidão”. Roubar bens é chamado “latrocínio”. Esconder as suas acções é chamado “dissimulação”. Falar das coisas com demasiada facilidade é chamado “gabarolice”. A ausência de fixidez naquilo que se gosta e não gosta é chamado “inconstância”. Abandonar a justiça (yì) em favor do lucro é chamado “vileza suprema”. Ter escutado muitas coisas é chamado “largueza”. Ter escutado poucas coisas é chamado “superficialidade”. Ter visto muitas coisas é chamado “erudição”. Ter visto poucas coisas é chamado “impolidez.” Ter dificuldade em progredir é chamado “indolência”. Esquecer as coisas com facilidade é chamado “incontinência”. Quando as nossas acções são poucas e bem ordenadas, a isso se chama “ser controlado”. Quando as nossas acções são muitas e desordenadas, a isso se chama “esbanjamento”. Os métodos para controlar o qì e alimentar o coração são: sangue e qi inflexíveis devem ser suavizados através da harmonização; pensamento excessivamente profundo deve ser simplificado através da bondade directa; a coragem excessivamente feroz deve ser reformada através da concordância apropriada; a expediência apressada deve ser domada através de movimentos regulados; a estreiteza mental deve ser alargada através da expansividade; a humildade, inércia e ganância de lucro excessivas devem ser combatidas com intenções elevadas; a vulgaridade ou a dissolução devem ser erradicadas com professores e amigos; a indolência e esbanjamento devem ser iluminadas pela consideração de calamidades; a rectidão simplória ou honestidade escrupulosa devem ser temperadas pelo ritual e pela música e adumbradas pela reflexão. Em cada método de controlar o qì e alimentar o coração nada é mais directo do que seguir os rituais, nada é mais importante do que ter um bom professor, e nada funciona com maior eficácia (de natureza) espiritual do que acalentar o qì com total devoção. Estes são chamados os métodos para controlar o qì e alimentar o coração. Se cultivarmos as nossas intenções, desprezaremos riqueza e nobreza. Se a nossa atenção ao Caminho e à justiça for grande, reis e duques serão para nós triviais. O facto é que, ao nos examinarmos interiormente, os bens exteriores pouco significam. Diz-se que “A pessoa exemplar faz das coisas seus servos, mas o homem mesquinho é escravo das coisas.” Isto exprime o quero dizer. Se uma acção te cansar o corpo, mas te deixar o coração em paz, executa-a. Se envolver escasso lucro, mas abundante justiça, executa-a. Ser bem-sucedido ao serviço de um senhor que cria o caos não é tão bom como simplesmente servir um senhor empobrecido. Assim, um bom lavrador não deixa de plantar por causa da seca, um bom mercador não fecha a loja por causa dos prejuízos e o homem bem-criado e a pessoa exemplar não se desviam do Caminho por causa da pobreza. Nota Xunzi (荀子, Mestre Xun; de seu nome Xun Kuang, 荀況) viveu no século III Antes da Era Comum (circa 310 ACE – 238 ACE). Filósofo confucionista, é considerado, juntamente com o próprio Confúcio e Mencius, como o terceiro expoente mais importante daquela corrente fundadora do pensamento e ética chineses. Todavia, como vários autores assinalam, Xunzi só muito recentemente obteve o devido reconhecimento no contexto do pensamento chinês, o que talvez se deva à sua rejeição da perspectiva de Mencius relativamente aos ensinamentos e doutrina de Mestre Kong. A versão agora apresentada baseia-se na tradução de Eric L. Hutton publicada pela Princeton University Press em 2016.
Hoje Macau EntrevistaJason Chao diz que contestação é mais dirigida contra governantes locais [dropcap]E[/dropcap]m entrevista à agência Lusa, Jason Chao, ligado à Associação Novo Macau, disse que a contestação que se vive em Macau é mais contra as autoridades locais do que contra o Governo Central. Jason Chao defendeu que será sempre difícil à população manifestar-se contra Pequim, por “estar presa”. O activista, em entrevista à Lusa em Lisboa, salientou que existem muitas diferenças entre as realidades sociais de Macau e de Hong Kong, o território que tem sido palco de violentas manifestações contra a China. Para Jason Chao, de 33 anos, a frequentar um doutoramento na Alemanha, as diferenças entre Hong Kong e Macau resultam da história dos dois territórios e do papel das potências ocupantes na promoção do idioma e valores ocidentais. O espaço do Gabinete de Ligação de Pequim em Hong Kong é um “local de protesto contra a China”, mas na RAEM essa zona “é um centro de protestos contra a gestão e más práticas do governo de Macau”, exemplificou, admitindo que os residentes “tendem a pedir a intervenção do Governo chinês”, porque pensam que os seus governantes “não são competentes para gerir os assuntos locais”. “Em Macau querem-se os problemas resolvidos, independentemente do sistema em que se viva”, disse Jason Chao. Por outro lado, o território antes administrado por Lisboa está demasiado dependente de Pequim para tentar qualquer tipo de rebelião. “Se um dia a população de Macau se quiser revoltar contra a China será economicamente impossível porque está presa”, já que, no território, “só há dois grandes empregadores: os casinos que são dependentes dos turistas da China” e a “administração pública que depende das receitas da indústria do jogo”. Por isso, admitiu Jason Chao, “pelo menos no curto-prazo, não é previsível que Macau vá contra a China, porque isso afecta a única fonte de rendimentos” do território. Laivos da história Ao contrário do que muitos analistas defendem, o activista considerou que o “sistema político de Macau não é formado a partir da Declaração [Conjunta] Sino-Portuguesa”, mas sim pelo acordo entre a China e o Reino Unido sobre Hong Kong. “A declaração em Macau foi assinada após as negociações da China com o Governo britânico” e o acordo com Portugal já introduziu mudanças impostas pela China, explicou Jason Chao. Entre as duas leis básicas há uma “diferença crucial”, porque a “China não fez qualquer promessa de sufrágio universal para o Chefe do Executivo de Macau”, exemplificou Chao, mostrando que, já nos anos 1980, Hong Kong tinha mais exigência democrática que o território sob administração portuguesa. Essas diferenças também “têm a ver com diferentes progressos de desenvolvimento social entre Hong Kong e Macau”, com o território administrado por Londres a ser já um grande centro económico e financeiro da Ásia. Hoje, a “China quer apresentar Macau como o melhor exemplo do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”, mas “quanto mais apresenta Macau como um estudante obediente, mais isso é prejudicial para o auto-denominado ‘Um País, Dois Sistemas’”, avisou Chao. Em Macau, acusou o activista, assiste-se ao “silêncio dos opositores, uma total submissão à lei chinesa e isso é algo que Taiwan e Hong Kong não querem”. Hoje “podemos olhar para este princípio e vemos que essa promessa está a perder credibilidade, especialmente olhando para Hong Kong”, afirmou Jason Chao. Hong Kong vive uma situação semelhante, embora menos evidente, já que muitos dos capitais que fluem para o território devem-se às suas ligações com a China. No entanto, desse lado do delta do Rio das Pérolas, o desenvolvimento económico é antigo e consolidado, pelo que os “jovens em Hong Kong estão a tornar-se, progressivamente, mais pós-materialistas”, dando mais valor à “liberdade e autonomia”. Isto é, notou o activista, “fundamentalmente, uma questão de progresso”. “Não rejeito que a próxima geração de Macau tenha mais desejo de autonomia”, salientou Jason Chao, que se diz “optimista de longo curso”, porque “nenhuma ditadura pode viver para sempre”. “Erosão de direitos” Na mesma entrevista, Jason Chao referiu ainda o aumento da “erosão dos direitos cívicos e securitização” no território, procurando condicionar a liberdade de expressão, com medo de manifestações semelhantes às de Hong Kong. “Quando estava a trabalhar em Macau, pude assistir a um retrocesso e a uma erosão dos direitos e liberdades. Depois de eu ter saído (2017), essa erosão acelerou”, afirmou o activista, que foi dirigente do campo pró-democrata. E “pudemos assistir a uma rápida securitização e uma desvalorização dos direitos humanos durante a visita do Presidente da China”, por ocasião da mudança do governo da Região Administrativa Especial, em Dezembro de 1999, acrescentou. Jason Chao admitiu ter previsto “esta tendência”, mas que não previu “o nível da erosão e da deterioração dos direitos”, alertando para alguns sinais daquilo que considera ser um endurecimento do regime. “Os Governos chinês e de Macau têm visto atentamente os relatos jornalísticos em Macau sobre a situação Hong Kong”, principalmente “os artigos publicados nos media portugueses em Macau, que foram abertos ou, pelo menos, não foram negativos em relação aos protestantes em Hong Kong”, frisou. O “direito à liberdade em Macau continua a deteriorar-se, mas infelizmente a opinião pública não está preocupada”, lamentou Jason Chao, que se mostra optimista, “a longo prazo”, no que respeita ao apoio das novas gerações à causa da democracia. “Quando Macau viver num ambiente mais próspero e mais exposto ao mundo, os jovens terão o mesmo desejo de autonomia e liberdade” que teve ou a sua geração, afirmou o activista. Após a transferência da administração, em 1999, o território tem assistido à chegada de milhares de imigrantes da China e a “doutrinação do regime tem tido grande sucesso nas últimas décadas” nas escolas e nas associações juvenis, mas todas as “ditaduras têm as suas falhas” e, “perante as injustiças, as pessoas começam a estar atentas”, considerou Chao. “Tenho fé num sistema de governo que traga liberdade e justiça”, disse o ex-dirigente da Associação Novo Macau, considerando que esse modelo de governação tem de ser democrático: “Não acredito que uma ditadura possa dar justiça às pessoas”.
Hoje Macau SociedadeUM | Teste para fazer rastreio do coronavírus em 30 minutos [dropcap]A[/dropcap] Universidade de Macau (UM) “intensificou o desenvolvimento de um sistema (…) para ajudar a combater o surto” do coronavírus de Wuhan, um ‘kit’ de teste rápido que acelera o processo de detecção do vírus, anunciou ontem a instituição. “A fim de acelerar a detecção de novos coronavírus” a UM “intensificou o desenvolvimento de um sistema (…) para ajudar a combater o surto epidémico”, pode ler-se no comunicado. “Com a ajuda do ‘Virus Hunter’, um ‘kit’ de teste rápido desenvolvido com a tecnologia patenteada da UM, todo o processo de detecção de vírus pode ser concluído em 30 minutos”. O ‘kit’ em causa é “desenvolvido pela Digifluidic Biotech Ltd e é suportado pela tecnologia patenteada da UM. Uma das vantagens é que “permite que o pessoal da linha de frente realize testes rápidos no local em pacientes com suspeita de coronavírus e, assim, ajuda a optimizar o processo de detecção”.
Hoje Macau SociedadeUM | Teste para fazer rastreio do coronavírus em 30 minutos [dropcap]A[/dropcap] Universidade de Macau (UM) “intensificou o desenvolvimento de um sistema (…) para ajudar a combater o surto” do coronavírus de Wuhan, um ‘kit’ de teste rápido que acelera o processo de detecção do vírus, anunciou ontem a instituição. “A fim de acelerar a detecção de novos coronavírus” a UM “intensificou o desenvolvimento de um sistema (…) para ajudar a combater o surto epidémico”, pode ler-se no comunicado. “Com a ajuda do ‘Virus Hunter’, um ‘kit’ de teste rápido desenvolvido com a tecnologia patenteada da UM, todo o processo de detecção de vírus pode ser concluído em 30 minutos”. O ‘kit’ em causa é “desenvolvido pela Digifluidic Biotech Ltd e é suportado pela tecnologia patenteada da UM. Uma das vantagens é que “permite que o pessoal da linha de frente realize testes rápidos no local em pacientes com suspeita de coronavírus e, assim, ajuda a optimizar o processo de detecção”.
Hoje Macau PolíticaComparticipação pecuniária vai começar a ser distribuída em Abril [dropcap]O[/dropcap] risco de epidemia levou o Governo a antecipar a distribuição da comparticipação pecuniária aos residentes, que em vez de Julho, vai começar a ser entregue em Abril. A medida foi anunciada pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, na sexta-feira passada. “Acreditamos que há residentes de Macau que estão a sentir dificuldades económicas”, justificou o membro do Governo. De acordo com os valores previstos para este ano, os residentes permanentes vão receber um cheque no valor de 10 mil patacas e os não-permanentes recebem seis mil patacas. O valor é igual ao apresentado no ano passado. Quando anunciou a antecipação do pagamento, o secretário foi confrontado com a possibilidade de haver um pagamento extra, além das 10 mil e 6 mil patacas, mas acabou por não responder à pergunta. O cenário também não foi negado. A medida vai ter um custo de 7,1 mil milhões de patacas aos cofres na RAEM. Ainda no âmbito das medidas a pensar no impacto económico do surto, o Executivo anunciou que as pessoas que arrendam espaços aos Governo ficam isentas do pagamento de renda por um período de três meses. A medida afecta apenas os arrendamentos ao Governo, mas Lei Wai Nong apelou aos privados que tenham em conta o impacto da epidemia para as Pequenas e Médias Empresas. Serviços mínimos Também na sexta-feira o Executivo anunciou que o Governo vai funcionar com serviços mínimos, como forma de prevenir e controlar a epidemia, o que vai permitir que “a maioria dos funcionários públicos” fique em casa esta semana. “A partir do dia 3 e até dia 7 de Fevereiro vamos manter os serviços públicos de base e de nível urgente”, afirmou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U. A responsável apelou ainda para que os funcionários fiquem mesmo em casa durante este período. “Para evitar e prevenir a situação, aqueles que não precisam de se deslocar ao local de trabalho devem evitar sair de casa”, frisou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina reporta surto de gripe aviária próximo do epicentro do novo coronavírus [dropcap]A[/dropcap] China reportou hoje um surto de gripe aviária H5N1 na província central de Hunan, próximo do epicentro de um novo coronavírus que causou 304 mortos e está a paralisar o país. O surto ocorreu numa quinta no distrito de Shuangqing, cidade de Shaoyang. O surto matou 4.500 das 7.850 galinhas que a quinta possuía. As autoridades locais abateram 17.828 aves nas proximidades, após o surto, segundo um comunicado do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China. Não foram relatados casos de infecção humana pelo vírus H5N1 em Hunan. O surto surge numa altura em que as autoridades chinesas tentam travar a propagação de um novo coronavírus, que causou 304 mortos e mais de 14 mil infectados no país, e que foi inicialmente detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, que faz fronteira com Hunan. A gripe aviária causa doenças respiratórias graves em aves e é contagioso entre seres humanos. O vírus foi detetado pela primeira vez em 1996 em gansos na China e é sobretudo mortal para as aves. A possibilidade de transmissão da gripe aviária entre seres humanos é baixa, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A maioria das infeções humanas por H1N5 surge após contacto prolongado e próximo com aves infectadas. No entanto, a gripe aviária tem uma taxa de mortalidade superior a 50%, muito acima da síndrome respiratória aguda grave (SARS), também conhecida como pneumonia atípica, e que tem uma taxa de mortalidade de 10%, ou o novo coronavírus, que tem uma taxa de 2%, até agora. Entre 2003 e 2019, a OMS relatou um total de 861 casos humanos confirmados de H5N1, em todo o mundo, entre os quais 455 morreram. Na China, houve 53 casos humanos de infeção por gripe aviária, nos últimos 16 anos, e um total de 31 mortos. O novo coronavírus causou hoje o primeiro morto fora da China, um chinês de Wuhan que se encontrava a viajar nas Filipinas. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China. Vários países, incluindo Portugal, já efetuaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante um período indefinido. Nos últimos dias, diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China. Rússia, Coreia do Norte e Vietname encerraram as fronteiras com o país, enquanto alguns países pararam de emitir vistos para cidadãos chineses.
Hoje Macau China / Ásia MancheteVírus | Sobe para 304 o número de mortes na China [dropcap]O[/dropcap] número de vítimas mortais devido ao novo coronavírus na China subiu para 304, depois das autoridades da província de Hubei, centro do surto da epidemia, terem anunciado hoje mais 45 mortes. Na sua actualização diária, as autoridades de saúde da província adiantaram ainda que foram confirmados mais 1.921 novos casos de infeção com coronavírus em Hubei (centro da China). Com estes novos dados, o número de pessoas infectadas subiu para mais de 14.000 casos na China. Seis responsáveis locais da cidade de Huanggang, perto de Wuhan, onde se registaram os primeiros casos, foram demitidos por falhas na gestão da doenças, segundo a agência de notícias oficial, a Xinhua. “A capacidade de tratar os pacientes foi inadequada e há uma grave falta de artigos como fatos de proteção e máscaras cirúrgicas”, disse o presidente da câmara de Huanggang. Segundo os números da Comissão Nacional de Saúde chinesa, houve um aumento de 45 mortes e mais 2.590 novos casos, atingindo um total de 14.380 pessoas infectadas. Este surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) foi detetado no final do ano em Wuhan. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infecção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.
Hoje Macau China / Ásia MancheteVírus | Sobe para 304 o número de mortes na China [dropcap]O[/dropcap] número de vítimas mortais devido ao novo coronavírus na China subiu para 304, depois das autoridades da província de Hubei, centro do surto da epidemia, terem anunciado hoje mais 45 mortes. Na sua actualização diária, as autoridades de saúde da província adiantaram ainda que foram confirmados mais 1.921 novos casos de infeção com coronavírus em Hubei (centro da China). Com estes novos dados, o número de pessoas infectadas subiu para mais de 14.000 casos na China. Seis responsáveis locais da cidade de Huanggang, perto de Wuhan, onde se registaram os primeiros casos, foram demitidos por falhas na gestão da doenças, segundo a agência de notícias oficial, a Xinhua. “A capacidade de tratar os pacientes foi inadequada e há uma grave falta de artigos como fatos de proteção e máscaras cirúrgicas”, disse o presidente da câmara de Huanggang. Segundo os números da Comissão Nacional de Saúde chinesa, houve um aumento de 45 mortes e mais 2.590 novos casos, atingindo um total de 14.380 pessoas infectadas. Este surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) foi detetado no final do ano em Wuhan. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infecção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.
Hoje Macau China / ÁsiaWuhan | China diz ser capaz de “conter e derrotar” epidemia [dropcap]A[/dropcap] China disse hoje ser capaz de “conter e derrotar” o novo coronavírus, que causou 213 mortos e infectou 9.692 pessoas, levando a Organização Mundial da Saúde a declarar a epidemia emergência de saúde pública internacional. “A China está confiante e capaz de conter efetivamente a nova epidemia de coronavírus e, eventualmente, derrotá-la”, declarou a Comissão Nacional de Saúde num comunicado publicado poucas horas após a decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora 99% dos casos tenham sido diagnosticados na China, um comité de emergência de 15 especialistas, convocado pelo diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou o alerta internacional na tarde de quinta-feira. O alerta, descartado há uma semana, foi declarado após o aparecimento de várias infeções entre pessoas de países como Alemanha, Japão, EUA ou Vietname em pacientes que não tinham viajado recentemente para a China. “O Governo chinês atribui grande importância à prevenção e controlo da pneumonia causada pelo novo coronavírus e tomou as medidas mais estritas para conter a epidemia”, sublinhou a Comissão Nacional de Saúde. O organismo, acrescenta-se o comunicado, espera que “a comunidade internacional entenda e apoie os esforços da China para prevenir e controlar a epidemia e faça esforços conjuntos com a China para conter a epidemia e manter a segurança da saúde global”. A OMS declarou emergência de saúde pública internacional o surto do novo coronavírus na China, que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e que exija resposta internacional coordenada. Esta é a sexta vez que aquela organização declara emergência de saúde pública internacional. A OMS opôs-se à restrição de viagens, apesar de o surto do novo coronavírus na China ser uma emergência de saúde pública internacional. Não obstante, o Governo italiano suspendeu todos os voos provenientes ou com destino à China depois de confirmados dois casos no país do novo coronavírus. Além da China e dos territórios chineses de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos confirmados do novo coronavírus em 19 outros países – Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia. A cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus, está isolada do mundo há mais de uma semana, como a quase totalidade dos habitantes da província de Hubei, onde vivem 56 milhões de pessoas, impedidos de deixar a região. Os Estados Unidos e o Japão retiraram parte dos seus concidadãos de Wuhan. Portugal vai igualmente repatriar cidadãos da mesma cidade chinesa, juntamente com outros países europeus. Várias companhias aéreas decidiram suspender ou reduzir os seus voos para a China continental face à propagação do novo coronavírus (família de vírus que pode causar pneumonia viral). A Rússia anunciou na quinta-feira a intenção de fechar 4.250 quilómetros de fronteira com a China e o Cazaquistão ordenou o encerramento das ligações em autocarro, avião e comboio com o mesmo país vizinho.
Hoje Macau China / ÁsiaWuhan | China diz ser capaz de "conter e derrotar" epidemia [dropcap]A[/dropcap] China disse hoje ser capaz de “conter e derrotar” o novo coronavírus, que causou 213 mortos e infectou 9.692 pessoas, levando a Organização Mundial da Saúde a declarar a epidemia emergência de saúde pública internacional. “A China está confiante e capaz de conter efetivamente a nova epidemia de coronavírus e, eventualmente, derrotá-la”, declarou a Comissão Nacional de Saúde num comunicado publicado poucas horas após a decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora 99% dos casos tenham sido diagnosticados na China, um comité de emergência de 15 especialistas, convocado pelo diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou o alerta internacional na tarde de quinta-feira. O alerta, descartado há uma semana, foi declarado após o aparecimento de várias infeções entre pessoas de países como Alemanha, Japão, EUA ou Vietname em pacientes que não tinham viajado recentemente para a China. “O Governo chinês atribui grande importância à prevenção e controlo da pneumonia causada pelo novo coronavírus e tomou as medidas mais estritas para conter a epidemia”, sublinhou a Comissão Nacional de Saúde. O organismo, acrescenta-se o comunicado, espera que “a comunidade internacional entenda e apoie os esforços da China para prevenir e controlar a epidemia e faça esforços conjuntos com a China para conter a epidemia e manter a segurança da saúde global”. A OMS declarou emergência de saúde pública internacional o surto do novo coronavírus na China, que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e que exija resposta internacional coordenada. Esta é a sexta vez que aquela organização declara emergência de saúde pública internacional. A OMS opôs-se à restrição de viagens, apesar de o surto do novo coronavírus na China ser uma emergência de saúde pública internacional. Não obstante, o Governo italiano suspendeu todos os voos provenientes ou com destino à China depois de confirmados dois casos no país do novo coronavírus. Além da China e dos territórios chineses de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos confirmados do novo coronavírus em 19 outros países – Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia. A cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus, está isolada do mundo há mais de uma semana, como a quase totalidade dos habitantes da província de Hubei, onde vivem 56 milhões de pessoas, impedidos de deixar a região. Os Estados Unidos e o Japão retiraram parte dos seus concidadãos de Wuhan. Portugal vai igualmente repatriar cidadãos da mesma cidade chinesa, juntamente com outros países europeus. Várias companhias aéreas decidiram suspender ou reduzir os seus voos para a China continental face à propagação do novo coronavírus (família de vírus que pode causar pneumonia viral). A Rússia anunciou na quinta-feira a intenção de fechar 4.250 quilómetros de fronteira com a China e o Cazaquistão ordenou o encerramento das ligações em autocarro, avião e comboio com o mesmo país vizinho.
Hoje Macau SociedadeEpidemia | Aeroporto de Macau cancela centenas de voos, menos 25% de passageiros [dropcap]O[/dropcap] Aeroporto Internacional de Macau (MIA) cancelou centenas de voos e recebeu menos 25% de passageiros entre 24 e 28 de janeiro, período do Ano Novo Lunar chinês, em comparação com igual período das celebrações em 2019. O primeiro caso do novo coronavírus foi tornado público em Macau a 22 de janeiro, dias antes da semana de celebrações do Ano Novo Lunar, altura em que milhares de turistas visitam a capital mundial do jogo, a maioria deles provenientes da China continental. “O Aeroporto Internacional de Macau recebeu 144.515 passageiros entre a véspera de Ano Novo Chinês de 2019 e o 4.º dia do Ano Novo (04 a 08 de fevereiro de 2019), enquanto no mesmo período de 2020, o MIA recebeu 115.676 passageiros (24 a 28 de janeiro de 2020)”, pode ler-se numa nota enviada hoje à agência Lusa. Centenas de voos de e para Macau foram cancelados, a maioria com destino e chegada para a China continental. Um total de 13 companhias cancelaram voos, alguns até 28 de março. As medidas de segurança dentro do aeroporto foram reforçadas. Quando se entra no complexo existem funcionários de saúde “com batas e máscaras a avaliarem as pessoas que entram”, explicou à Lusa fonte da aviação de Macau. É necessário ainda “preencher um formulário sobre o histórico de viagens dos últimos 14 dias” e dentro do terminal as autoridades avaliam algumas pessoas que “estão com tosse ou com ar doente”, acrescentou a mesma fonte. “Toda a gente é obrigada a ter máscara dentro do terminal e dentro dos aviões”, frisou o responsável. As chegadas de visitantes a Macau durante a chamada “semana dourada” do Ano Novo Lunar, entre 24 de janeiro e hoje, desceram 78% comparativamente a igual período de 2019, segundo os Serviços de Turismo. O número de visitantes oriundos da China (149.244) caiu 83% em relação à “semana dourada” de 2019, de acordo com os mesmos dados. Macau, que registou na semana passada o primeiro caso de infeção do novo coronavírus, tem até ao momento sete pessoas infectadas no território, todos importados. A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infectados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou quinta-feira emergência de saúde pública internacional o surto do novo coronavírus na China. Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e que exija resposta internacional coordenada. Esta é a sexta vez que a OMS declara emergência de saúde pública internacional. Além da China e dos territórios chineses de Macau e Hong Kong, há casos confirmados do novo coronavírus em 19 outros países – na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia.
Hoje Macau SociedadeEpidemia | Aeroporto de Macau cancela centenas de voos, menos 25% de passageiros [dropcap]O[/dropcap] Aeroporto Internacional de Macau (MIA) cancelou centenas de voos e recebeu menos 25% de passageiros entre 24 e 28 de janeiro, período do Ano Novo Lunar chinês, em comparação com igual período das celebrações em 2019. O primeiro caso do novo coronavírus foi tornado público em Macau a 22 de janeiro, dias antes da semana de celebrações do Ano Novo Lunar, altura em que milhares de turistas visitam a capital mundial do jogo, a maioria deles provenientes da China continental. “O Aeroporto Internacional de Macau recebeu 144.515 passageiros entre a véspera de Ano Novo Chinês de 2019 e o 4.º dia do Ano Novo (04 a 08 de fevereiro de 2019), enquanto no mesmo período de 2020, o MIA recebeu 115.676 passageiros (24 a 28 de janeiro de 2020)”, pode ler-se numa nota enviada hoje à agência Lusa. Centenas de voos de e para Macau foram cancelados, a maioria com destino e chegada para a China continental. Um total de 13 companhias cancelaram voos, alguns até 28 de março. As medidas de segurança dentro do aeroporto foram reforçadas. Quando se entra no complexo existem funcionários de saúde “com batas e máscaras a avaliarem as pessoas que entram”, explicou à Lusa fonte da aviação de Macau. É necessário ainda “preencher um formulário sobre o histórico de viagens dos últimos 14 dias” e dentro do terminal as autoridades avaliam algumas pessoas que “estão com tosse ou com ar doente”, acrescentou a mesma fonte. “Toda a gente é obrigada a ter máscara dentro do terminal e dentro dos aviões”, frisou o responsável. As chegadas de visitantes a Macau durante a chamada “semana dourada” do Ano Novo Lunar, entre 24 de janeiro e hoje, desceram 78% comparativamente a igual período de 2019, segundo os Serviços de Turismo. O número de visitantes oriundos da China (149.244) caiu 83% em relação à “semana dourada” de 2019, de acordo com os mesmos dados. Macau, que registou na semana passada o primeiro caso de infeção do novo coronavírus, tem até ao momento sete pessoas infectadas no território, todos importados. A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infectados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou quinta-feira emergência de saúde pública internacional o surto do novo coronavírus na China. Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e que exija resposta internacional coordenada. Esta é a sexta vez que a OMS declara emergência de saúde pública internacional. Além da China e dos territórios chineses de Macau e Hong Kong, há casos confirmados do novo coronavírus em 19 outros países – na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia.
Hoje Macau China / ÁsiaEpidemia | Dezassete portugueses retidos em Wuhan vão ser retirados hoje [dropcap]O[/dropcap]s 17 portugueses retidos na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus que matou já 170 pessoas e que foi colocada sob quarentena de facto, vão ser retirados hoje, disse um deles à Lusa. O avião, que vai fazer o repatriamento dos cidadãos portugueses e outros europeus desde aquela cidade, situada no centro da China, saiu ontem de manhã da base aérea n.º 11 de Beja, às 10:06. Os 17 portugueses informaram Lisboa que queriam ser retirados depois de Wuhan ter sido colocada sob quarentena, na quinta-feira passada. As autoridades chinesas interditaram as saídas e entradas da cidade. Os portugueses estão em contacto através de um grupo no Wechat, o Whatsapp chinês, tendo todos sido notificados ontem. A operação foi coordenada por vários países da União Europeia, ao abrigo do mecanismo de solidariedade europeu. Em declarações à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que a operação de repatriamento de portugueses e outros europeus residentes na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus, é muito complexa e exige discrição absoluta. “Confirmamos que os portugueses residentes em Wuhan e que pediram repatriamento para Portugal estão inscritos na operação de repatriamento que está a ser organizada a nível europeu, com a participação de Portugal, mas essa operação, para ter sucesso, precisa de ser rodeada da discrição e da prudência necessárias”, afirmou à Lusa o ministro Augusto Santos Silva. O governante explicou que a “operação é muito complexa, quer do ponto de vista logístico, quer do plano diplomático”, tendo exigido uma delicada montagem e coordenação dos países europeus. A operação “também exige coordenação com as autoridades chinesas, designadamente com as autoridades da saúde pública, cujas autorizações são indispensáveis para que a operação possa ser realizada”, adiantou. O comandante do avião que vai fazer o repatriamento de cidadãos europeus desde Wuhan revelou à Lusa que o voo vai parar em Paris, e que na sexta-feira viajará para Hanói, no Vietname, de onde partirá para a China.
Hoje Macau China / ÁsiaEpidemia | Dezassete portugueses retidos em Wuhan vão ser retirados hoje [dropcap]O[/dropcap]s 17 portugueses retidos na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus que matou já 170 pessoas e que foi colocada sob quarentena de facto, vão ser retirados hoje, disse um deles à Lusa. O avião, que vai fazer o repatriamento dos cidadãos portugueses e outros europeus desde aquela cidade, situada no centro da China, saiu ontem de manhã da base aérea n.º 11 de Beja, às 10:06. Os 17 portugueses informaram Lisboa que queriam ser retirados depois de Wuhan ter sido colocada sob quarentena, na quinta-feira passada. As autoridades chinesas interditaram as saídas e entradas da cidade. Os portugueses estão em contacto através de um grupo no Wechat, o Whatsapp chinês, tendo todos sido notificados ontem. A operação foi coordenada por vários países da União Europeia, ao abrigo do mecanismo de solidariedade europeu. Em declarações à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que a operação de repatriamento de portugueses e outros europeus residentes na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus, é muito complexa e exige discrição absoluta. “Confirmamos que os portugueses residentes em Wuhan e que pediram repatriamento para Portugal estão inscritos na operação de repatriamento que está a ser organizada a nível europeu, com a participação de Portugal, mas essa operação, para ter sucesso, precisa de ser rodeada da discrição e da prudência necessárias”, afirmou à Lusa o ministro Augusto Santos Silva. O governante explicou que a “operação é muito complexa, quer do ponto de vista logístico, quer do plano diplomático”, tendo exigido uma delicada montagem e coordenação dos países europeus. A operação “também exige coordenação com as autoridades chinesas, designadamente com as autoridades da saúde pública, cujas autorizações são indispensáveis para que a operação possa ser realizada”, adiantou. O comandante do avião que vai fazer o repatriamento de cidadãos europeus desde Wuhan revelou à Lusa que o voo vai parar em Paris, e que na sexta-feira viajará para Hanói, no Vietname, de onde partirá para a China.
Hoje Macau ReportagemEpidemia | Surto é acompanhado ao minuto no centro de emergência da UE [dropcap]N[/dropcap]o Centro de Resposta de Emergência da União Europeia (UE), em Bruxelas, os cerca de 50 técnicos da protecção civil comunitária não escondem estar “particularmente preocupados” com o coronavírus chinês e acompanham, ao minuto, a evolução do surto. Mais habituados a desastres e catástrofes naturais, como inundações ou incêndios, os especialistas do Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE, localizado no bairro europeu de Bruxelas, estão por estes dias a lutar contra o desconhecido: um vírus respiratório sem origem definida que já chegou a países da UE como França, Alemanha e Finlândia e matou centenas de pessoas em todo o mundo (ainda nenhum europeu). Numa sala com mais jornalistas curiosos do que técnicos – já que alguns já foram destacados para Paris, outro grande centro da operação da UE para o coronavírus, ou estão a trabalhar noutros horários –, salta à vista o ar de preocupação das autoridades europeias. Ali, a informação é acompanhada em tempo real por quatro ecrãs gigantes que mostram, de forma gráfica, a evolução do surto, bem como por televisões sintonizadas nos canais noticiosos. “Aqui no Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE acompanhamos crises humanitárias e situações de protecção civil em todo o mundo. Este é um centro que está operacional a todas as horas, 24 horas por dia toda a semana, e temos sempre aqui gente”, explica aos jornalistas o porta-voz da Comissão Europeia para a gestão de crises, Balazs Ujvari, numa visita àquele espaço. E admite: “De momento, estamos particularmente preocupados com a situação na China por causa do coronavírus”. São, ao todo, quase 50 os funcionários daquele departamento do executivo comunitário, encarregues por gerir a resposta dada a nível da UE às diferentes crises ou catástrofes, e também por agregar informação de proteção civil facultada pelos todos os Estados-membros. “Acompanhamos a situação de forma muito próxima, nomeadamente nesta sala”, assegura Balazs Ujvari. Por estes dias, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE promove reuniões diárias por videoconferência com representantes dos Estados-membros, de forma a estar atualizado sobre a evolução do surto em cada um deles e a par das medidas que cada país está a adotar. É também a este centro que cabe coordenar a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, instrumento que na terça-feira foi ativado a pedido de França e que levou a Comissão Europeia a apoiar – nomeadamente financeiramente, até 75% de co-financiamento – operações relacionadas com o coronavírus. “Neste caso particular, o mecanismo é usado para o repatriamento de cidadãos da UE da cidade de Wuhan”, adianta Balazs Ujvari aos jornalistas, ressalvando que em causa está uma “operação extremamente complicada e difícil de organizar operacionalmente”. Mas garante: “Estamos avançados nas preparações”. Ontem saiu um avião da cidade portuguesa de Beja que foi fretado pelo Governo francês para realizar uma destas acções de repatriamento de, pelo menos, 133 cidadãos de 16 Estados-membros da UE, incluindo 17 portugueses, disse à agência Lusa fonte comunitária. A mesma fonte explicou que o avião está agora em Paris, onde foi buscar equipa médica e, “na sexta-feira ou sábado”, partirá para a cidade chinesa de Wuhan. Não se sabe, para já, quando e em que aeroporto de França irá este avião aterrar quando regressar da China, visto que as autoridades francesas ainda estão a estudar as opções, mas certo é que os cidadãos repatriados têm de assinar uma declaração em que se comprometem a ficar de quarentena quando voltam à UE. Também é certo que só os cidadãos saudáveis e sem sintomas vão poder viajar, sendo dada prioridade para viajar aos grupos mais vulneráveis, como famílias com crianças e idosos. O mesmo procedimento será adoptado para o primeiro avião que saiu na madrugada de ontem, pelas 04:45, de Paris, com destino para Wuhan. Trata-se de um avião militar francês que vai repatriar 250 cidadãos franceses em Wuhan. Ao todo, cerca de 600 cidadãos da UE já pediram para deixar a China devido ao coronavírus. Fontes europeias adiantaram à Lusa que as autoridades chinesas estão a colocar alguns entraves à movimentação de pessoas e à aterragem destes aviões. Por essa razão, a diplomacia comunitária escreveu à homóloga chinesa pedindo que olhe para esta questão “do ponto de vista humanitário e não migratório”, adiantaram as fontes europeias à Lusa. O epicentro da epidemia do novo coronavírus está localizado na cidade de Wuhan, na República Popular da China, país onde já há 170 mortos sendo que mais de 7.700 pessoas se encontram infetadas. Além da China e dos territórios chineses de Macau e Hong Kong, há pelos menos 50 casos confirmados do novo coronavírus em 18 outros países – na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia.
Hoje Macau ReportagemEpidemia | Surto é acompanhado ao minuto no centro de emergência da UE [dropcap]N[/dropcap]o Centro de Resposta de Emergência da União Europeia (UE), em Bruxelas, os cerca de 50 técnicos da protecção civil comunitária não escondem estar “particularmente preocupados” com o coronavírus chinês e acompanham, ao minuto, a evolução do surto. Mais habituados a desastres e catástrofes naturais, como inundações ou incêndios, os especialistas do Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE, localizado no bairro europeu de Bruxelas, estão por estes dias a lutar contra o desconhecido: um vírus respiratório sem origem definida que já chegou a países da UE como França, Alemanha e Finlândia e matou centenas de pessoas em todo o mundo (ainda nenhum europeu). Numa sala com mais jornalistas curiosos do que técnicos – já que alguns já foram destacados para Paris, outro grande centro da operação da UE para o coronavírus, ou estão a trabalhar noutros horários –, salta à vista o ar de preocupação das autoridades europeias. Ali, a informação é acompanhada em tempo real por quatro ecrãs gigantes que mostram, de forma gráfica, a evolução do surto, bem como por televisões sintonizadas nos canais noticiosos. “Aqui no Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE acompanhamos crises humanitárias e situações de protecção civil em todo o mundo. Este é um centro que está operacional a todas as horas, 24 horas por dia toda a semana, e temos sempre aqui gente”, explica aos jornalistas o porta-voz da Comissão Europeia para a gestão de crises, Balazs Ujvari, numa visita àquele espaço. E admite: “De momento, estamos particularmente preocupados com a situação na China por causa do coronavírus”. São, ao todo, quase 50 os funcionários daquele departamento do executivo comunitário, encarregues por gerir a resposta dada a nível da UE às diferentes crises ou catástrofes, e também por agregar informação de proteção civil facultada pelos todos os Estados-membros. “Acompanhamos a situação de forma muito próxima, nomeadamente nesta sala”, assegura Balazs Ujvari. Por estes dias, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE promove reuniões diárias por videoconferência com representantes dos Estados-membros, de forma a estar atualizado sobre a evolução do surto em cada um deles e a par das medidas que cada país está a adotar. É também a este centro que cabe coordenar a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, instrumento que na terça-feira foi ativado a pedido de França e que levou a Comissão Europeia a apoiar – nomeadamente financeiramente, até 75% de co-financiamento – operações relacionadas com o coronavírus. “Neste caso particular, o mecanismo é usado para o repatriamento de cidadãos da UE da cidade de Wuhan”, adianta Balazs Ujvari aos jornalistas, ressalvando que em causa está uma “operação extremamente complicada e difícil de organizar operacionalmente”. Mas garante: “Estamos avançados nas preparações”. Ontem saiu um avião da cidade portuguesa de Beja que foi fretado pelo Governo francês para realizar uma destas acções de repatriamento de, pelo menos, 133 cidadãos de 16 Estados-membros da UE, incluindo 17 portugueses, disse à agência Lusa fonte comunitária. A mesma fonte explicou que o avião está agora em Paris, onde foi buscar equipa médica e, “na sexta-feira ou sábado”, partirá para a cidade chinesa de Wuhan. Não se sabe, para já, quando e em que aeroporto de França irá este avião aterrar quando regressar da China, visto que as autoridades francesas ainda estão a estudar as opções, mas certo é que os cidadãos repatriados têm de assinar uma declaração em que se comprometem a ficar de quarentena quando voltam à UE. Também é certo que só os cidadãos saudáveis e sem sintomas vão poder viajar, sendo dada prioridade para viajar aos grupos mais vulneráveis, como famílias com crianças e idosos. O mesmo procedimento será adoptado para o primeiro avião que saiu na madrugada de ontem, pelas 04:45, de Paris, com destino para Wuhan. Trata-se de um avião militar francês que vai repatriar 250 cidadãos franceses em Wuhan. Ao todo, cerca de 600 cidadãos da UE já pediram para deixar a China devido ao coronavírus. Fontes europeias adiantaram à Lusa que as autoridades chinesas estão a colocar alguns entraves à movimentação de pessoas e à aterragem destes aviões. Por essa razão, a diplomacia comunitária escreveu à homóloga chinesa pedindo que olhe para esta questão “do ponto de vista humanitário e não migratório”, adiantaram as fontes europeias à Lusa. O epicentro da epidemia do novo coronavírus está localizado na cidade de Wuhan, na República Popular da China, país onde já há 170 mortos sendo que mais de 7.700 pessoas se encontram infetadas. Além da China e dos territórios chineses de Macau e Hong Kong, há pelos menos 50 casos confirmados do novo coronavírus em 18 outros países – na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia.
Hoje Macau China / Ásia MancheteEpidemia de Wuhan | OMS declara emergência de saúde pública internacional [dropcap]A[/dropcap] Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou ontem emergência de saúde pública internacional o surto do novo coranavírus na China. Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adopção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Para a declarar, a OMS considera três critérios: uma situação extraordinária, de risco de rápida expansão para outros países e de resposta internacional coordenada. A decisão é conhecida depois de o Comité de Emergência da OMS se ter reunido ontem novamente, depois de há uma semana ter considerado prematura a emergência internacional. O surto do coronavírus na China infectou no país 7.736 pessoas e matou 170, de acordo com o mais recente balanço ontem divulgado pela OMS. Outros 82 casos de infecção foram reportados por 18 países da Ásia, Europa, Médio Oriente, América do Norte e Oceânia, sete dos quais assintomáticos. O surto foi detectado em Dezembro na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China. Esta é a sexta vez que a OMS declara emergência de saúde pública internacional. Apesar desta decisão, a OMS opôs-se à restrição de viagens. “A OMS não recomenda a restrição de viagens, trocas comerciais e movimentos [de pessoas] e opõe-se mesmo a todas as restrições de viagens”, afirmou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa, na sede da organização, em Genebra, Suíça. Justificando a declaração de emergência de saúde pública internacional, hoje decidida pela organização, o diretor-geral da OMS disse que a “grande preocupação é a possibilidade de o vírus se propagar a países onde os sistemas de saúde são mais frágeis”. “Não se trata de um voto de desconfiança em relação à China”, frisou Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado pela agência noticiosa AFP. Várias companhias aéreas decidiram suspender ou reduzir os seus voos para a China continental face à propagação do novo coronavírus (família de vírus que pode causar pneumonia viral). A Rússia anunciou ontem a intenção de fechar 4.250 quilómetros de fronteira com a China e o Cazaquistão ordenou o encerramento das ligações em autocarro, avião e comboio com o mesmo país vizinho.
Hoje Macau China / Ásia MancheteEpidemia de Wuhan | OMS declara emergência de saúde pública internacional [dropcap]A[/dropcap] Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou ontem emergência de saúde pública internacional o surto do novo coranavírus na China. Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adopção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Para a declarar, a OMS considera três critérios: uma situação extraordinária, de risco de rápida expansão para outros países e de resposta internacional coordenada. A decisão é conhecida depois de o Comité de Emergência da OMS se ter reunido ontem novamente, depois de há uma semana ter considerado prematura a emergência internacional. O surto do coronavírus na China infectou no país 7.736 pessoas e matou 170, de acordo com o mais recente balanço ontem divulgado pela OMS. Outros 82 casos de infecção foram reportados por 18 países da Ásia, Europa, Médio Oriente, América do Norte e Oceânia, sete dos quais assintomáticos. O surto foi detectado em Dezembro na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China. Esta é a sexta vez que a OMS declara emergência de saúde pública internacional. Apesar desta decisão, a OMS opôs-se à restrição de viagens. “A OMS não recomenda a restrição de viagens, trocas comerciais e movimentos [de pessoas] e opõe-se mesmo a todas as restrições de viagens”, afirmou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa, na sede da organização, em Genebra, Suíça. Justificando a declaração de emergência de saúde pública internacional, hoje decidida pela organização, o diretor-geral da OMS disse que a “grande preocupação é a possibilidade de o vírus se propagar a países onde os sistemas de saúde são mais frágeis”. “Não se trata de um voto de desconfiança em relação à China”, frisou Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado pela agência noticiosa AFP. Várias companhias aéreas decidiram suspender ou reduzir os seus voos para a China continental face à propagação do novo coronavírus (família de vírus que pode causar pneumonia viral). A Rússia anunciou ontem a intenção de fechar 4.250 quilómetros de fronteira com a China e o Cazaquistão ordenou o encerramento das ligações em autocarro, avião e comboio com o mesmo país vizinho.
Hoje Macau SociedadeEpidemia | Reinício das aulas em Macau adiado para data a definir [dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau decidiu ontem que o reinício das aulas no território vai ser adiado novamente e a data será anunciada uma semana antes da reabertura das instituições de ensino superior e não superior. Na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, o representante da direcção dos Serviços de Educação e Juventude indicou que esta medida inclui “várias instituições de ensino superior e não superior (ensinos secundário, primário e infantil)” e o recomeço de actividades nos “centros de apoio pedagógico complementar particulares e nas instituições de educação contínua”. Sem adiantar uma data, Kong Ngai acrescentou que durante a suspensão as escolas “devem usar meios à distância” para trabalhar e acompanhar os alunos. O mesmo responsável adiantou que os alunos da China em instituições do ensino superior em Macau e os alunos transfronteiriços “não precisam de se deslocar a Macau” e “devem ficar em casa, até ao recomeço das aulas”. As escolas “devem cooperar” com o Governo de Macau e evitar a aglomeração de pessoas e diminuir o risco de propagação do coronavírus. O director dos Serviços de Saúde de Macau, Lei Chin Ion, sublinhou que “a situação é uma grande incógnita” e é difícil adiantar quando as aulas ou as atividades sociais normais serão retomadas. O primeiro adiamento do recomeço das aulas foi anunciado pelas autoridades de Macau em 24 de janeiro. Nessa altura, a direcção dos Serviços de Educação e Juventude tinha indicado a data de 10 de fevereiro para o regresso às escolas, admitindo já então um novo adiamento. Por outro lado, as autoridades sanitárias de Macau afirmaram que os mais recentes casos de coronavírus em Zhuhai são de pessoas que estiveram no território, estando a ser verificados os percursos desses doentes. O chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença acrescentou que os casos registados em Zhuhai, cidade chinesa adjacente a Macau, são comunicados às autoridades do território. Os doentes mais recentes estiveram em Macau e as autoridades estão a “verificar o percurso dessas pessoas” no território, indicou Lam Chong.