Covid-19 | Macau anuncia mais um caso de infecção e eleva total para 38

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram mais um caso de contágio da covid-19, elevando o número de infectados para 38 desde o início do surto do novo coronavírus.

Trata-se de um homem, residente de Macau, de 44 anos, que no dia 18 de Março chegou a Hong Kong vindo do Reino Unido, entrando no território através do transporte institucionalizado para apoio aos residentes, informou em comunicado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

“No dia 21 de março foram recolhidas amostras de saliva do doente e no dia 22 de março a amostra de zaragatoa nasofaríngea foi negativa para teste de novo tipo de coronavírus”, detalharam.

Só que do domingo as autoridades realizaram um novo teste e “os resultados foram positivos para a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, confirmando a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus”, apontaram.

Após Macau ter estado 40 dias sem identificar qualquer infecção, nas últimas duas semanas foram identificados 28 novos casos, todos importados.

Em Fevereiro, Macau registou uma primeira vaga de 10 casos da covid-19, já todos com alta hospitalar. Após a deteção de novos casos, as autoridades reforçaram as medidas de controlo e restrições fronteiriças, assim como a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias imposta a praticamente todos aqueles que entrem no território.

30 Mar 2020

Por debaixo da porta

[dropcap]N[/dropcap]o fim de semana recebi, por debaixo da porta, uma carta da gerência do hotel. “Agradecemos a sua colaboração e estamos a fazer o que podemos para tornar a sua estadia o melhor possível”. Gostava de poder agradecer pessoalmente o gesto. Os gestos todos de quem está a tentar tornar melhor a existência, não minha, mas nossa.

“Bom dia vizinha” cumprimenta-me diariamente o Faustino. No quarto ao lado, tem visto “O Atirador” e fala-me do quotidiano. Reviu o “Ébola”, “mas agora é pior”. Recorda estes tempos que temos vivido. Recordamos juntos.

A Dona Adelina falou-me do choro das hienas que se tinha perdido na memória e que agora volta a situar ali, num tempo de infância por terras de África. Gosto de ouvir as suas histórias. Dentro, tem uma vida delas.

O Sr. Virgílio hoje está mais bem-disposto. Tem estado um bocadinho cansado. O telefone que nos une aqui dentro tem mais do que uma linha. Tem muitas. Cruzam-nos as existências e confortam-nos os receios.

Vi “The Legend of 1900”, recomendado pelo Mário. Tornattore conta a história de um homem que nasceu num navio cruzeiro onde cabia a vida toda. O mundo lá fora era demasiado infinito e assustador.

Quando saí de Lisboa, um dos funcionários do aeroporto perguntou-me para onde ia. “Vou voar para Hong Kong” respondi. “Isso é longe. Boa sorte”. “Protejam-se por aqui”, acrescentei. “Vou aproveitar para estar mais com a minha filha. Tem 4 anos. Agora só posso pensar nisso. Já recebi a carta de despedimento e tenho trabalho até ao final do mês” disse-me a sorrir, a tentar disfarçar a angústia que se avizinhava. Calei-me. Recordo a situação e olho lá para fora. Um mundo parado, num silêncio assustador.

Outros mundos

Há um ano atravessava a pé a pequena estrada entre Mae Sai, nas montanhas verdes do norte da Tailândia, e Tachilek, pequena cidade fronteiriça da Birmânia e de todo um outro mundo. Uma fronteira que esteve anos fechada. Agora está outra vez. Voltei a ver o posto de emigração birmanês. As paredes azuis claras com muitas falhas na pintura. As janelas abertas para afugentar o calor com alguma corrente de ar. As cadeiras eram brancas, de plástico, e o computador, sem ninguém que lhe soubesse mexer estava coberto para estar protegido. Recordei a espera por uma agente da emigração enquanto admirava o altar que misturava Budas e Ganeshas, todos com flores. O agente chegou. Leu o papel que tinha nas mãos e carimbou-me o passaporte.

Um dia, levo a Sara comigo, e vamos ver Bagan de balão. De manhã cedo, que é mais fresco. Depois vamos pedalar as aldeias que abraçam o lago Inle e no final de um dia, cansadas e felizes, pomos as bicicletas numa canoa que nos vai levar a comer um caril de amendoins ou de folhas de tamarindo.

Os meus pais seguem religiosamente os exercícios da Rita e sentem-se bem, apesar do corpo estalar. “É bom sinal”, digo, contente. Já o meu irmão, na sua sala airosa em Lisboa, trabalha mais que o normal, para ajudar o mundo a comunicar.

A Sónia mandou-me um poema, a Fátima fez o jantar comigo e o Pedro continua a sair de bicicleta para espantar os males. Tenho saudades. A Carla encontrou lugar para o quadro que tinha guardado. Mandou-me uma fotografia e entrei em casa dela. A Vera precisa de descansar e a Cristina também.

Até amanhã
Macau, 29 de Março de 2020

30 Mar 2020

DSAL | Garantida compensação por acidente no Galaxy Hotel

[dropcap]N[/dropcap]o seguimento do acidente de trabalho que ocorreu na semana passada num estaleiro do Galaxy Hotel no Cotai, que causou a morte de três trabalhadores, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) reuniu com representantes das diferentes empresas envolvidas.

O organismo comunicou que o pedido de retoma das obras não será autorizado sem alterações às condições de segurança e a apresentação de um relatório sobre o acidente. De acordo com a nota, os responsáveis do estaleiro, em conjunto com a empresa intermediária e a associação de agência de emprego vão prestar apoio aos familiares das vítimas que perderam a vida, “nomeadamente no adiantamento da compensação por acidente de trabalho e no tratamento dos restos mortais”.

A DSAL emitiu orientações a 11 associações do sector da construção para tomarem medidas de prevenção e vai organizar uma formação sobre a segurança nos trabalhos em altura aos profissionais do estaleiro onde ocorreu o acidente.

30 Mar 2020

Macau Legend | David Chow substituído por Melinda Chan na posição de CEO

[dropcap]D[/dropcap]avid Chow foi substituído pela esposa Melinda Chan na posição de CEO da empresa Macau Legend, que gere a Doca dos Pescadores.

A informação foi divulgada em comunicado na passada sexta-feira, e que tem conta de perdas da empresa na ordem de 190 milhões de dólares de Hong Kong no ano passado, em comparação com ganhos de 1.966 milhões de 2018.

Melinda Chan está nos quadros da empresa desde Outubro de 2017, depois de ter perdido o cargo de deputado na Assembleia Legislativa, onde cumpriu dois mandatos. Segundo a informação disponibilizada, vai auferir de um salário mensal de 187 mil patacas por mês, além de outros bónus e subsídios.

Quanto a David Chow, fica como co-presidente da direcção, mas passa a ter outras prioridades como a “definição das políticas” do grupo. Continua ainda a ser membro da direcção.

Outra das alterações anunciada na direcção da empresa foi a reforma da mãe de David Chow, Lam Fong Ngo, conhecida na indústria como “Madam Lam”. Após 40 décadas, e agora com 96 anos, Lam destacou-se quando trabalhou com Stanley Ho na Sociedade de Turismo e Diversões de Macau. Em 2014, fez parte da lista de multimilionários da Forbes com fortuna avaliada em mil milhões de patacas. Confessa admiradora da arte da ópera chinesa, em 2008 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultural.

30 Mar 2020

Cultura | Novas medidas incluem isenção de rendas

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) vai lançar um pacote de medidas destinado aos grupos culturais e artísticos de Macau afectados pela covid-19, que incluem, entre outras, a isenção do pagamento de rendas dos espaços do IC entre Abril de 2020 e Março de 2021.

Além disso, segundo uma nota do IC divulgada no passado sábado, está também prevista a abertura o Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais Nº2, para actuações dramáticas, a reabertura de duas salas de ensaio no Centro Cultural de Macau (CCM) durante o próximo mês e a transmissão gravada ou ao vivo de produções locais finaciadas.

Foi ainda garantido o reembolso total para os espectáculos cancelados. O objectivo das novas medidas, segundo o IC, passa por “oferecer os recursos necessários para as produções (…) locais e apoiar as indústrias relevantes e os trabalhadores freelancer”. O IC anunciou ainda o cancelamento do espectáculo “Hush!! Concerto na Praia”.

30 Mar 2020

Ensino | Deputado Mak Soi Kun quer medidas para compensar falta de aulas

[dropcap]O[/dropcap] deputado Mak Soi Kun quer saber que medidas vão ser adoptadas pelo Governo para garantir que os padrões de ensino não são afectados pelo facto de não ter havido aulas presenciais, devido à pandemia da covid-19.

Segundo o legislador, o facto de não poderem ter aulas presenciais afecta os padrões de ensino em disciplinas como a química, devido à ausência de experiências, ou a educação física, onde é necessário fazer exercícios.

Porém, para Mak estas falhas devem ser compensadas com aulas. Por isso questionou o Executivo sobre os planos para estas compensações. Finalmente, o deputado questionou se vai haver matérias relacionadas com protecção ambiental e sensibilização para a protecção colectiva e individual de saúde.

30 Mar 2020

Covid-19 | Criado fundo de 10 mil milhões

[dropcap]C[/dropcap]om o objectivo de combater o novo tipo de coronavírus, o Governo vai criar um fundo de apoio adicional no valor de 10 mil milhões de patacas. A medida é destinada especificamente a residentes de Macau, empresas e estabelecimentos comerciais que, devido ao impacto da situação epidémica, “enfrentem dificuldades de sobrevivência ou de exploração dos seus negócios”, pode ler-se numa nota publicada ontem pelo Executivo.

Segundo o Governo, a nova ronda de medidas irá permitir “um apoio mais rápido e mais forte nos trabalhos de prevenção e combate à epidemia, em termos financeiros” e surge no seguimento das novas medidas fronteiriças anunciadas nos últimos dias, tanto pelo Governo de Hong Kong, como pela província de Guangdong.

“Como a situação fora do país continua a ser de propagação epidémica e no sentido de evitar o aumento de casos importados do exterior, a Região Administrativa Especial de Hong Kong e a província de Guangdong tomaram, nos últimos dias, novas medidas de controlo de entradas e saídas, que afectarão ainda mais a economia de Macau”, pode ler-se no comunicado.

A nova ronda de medidas de apoio serão anunciadas no decorrer da semana. Recorde-se que anteriormente, o Governo já tinha adoptado uma série de medidas no valor de 40 mil milhões de patacas que visaram sobretudo a redução e isenção de impostos, apoios à concessão de empréstimos e incentivos ao consumo.

29 Mar 2020

Covid-19 | Embaixada portuguesa na China numa “corrida” para assegurar equipamento médico

[dropcap]O[/dropcap] embaixador português em Pequim admitiu estar numa “corrida contra o tempo” para garantir equipamento médico vital na luta contra a epidemia do novo coronavírus, numa altura de forte aumento da procura a nível mundial.

“Queremos lutar pelos nossos cidadãos e ter a capacidade de cumprir com a nossa obrigação. O problema é que o mundo está cá todo”, afirmou à agência Lusa José Augusto Duarte, à margem de um encontro comemorativo da doação de quase quatro milhões de euros em equipamento médico pela EDP e pela sua acionista chinesa, a estatal China Three Gorges (CTG), ao Ministério da Saúde português.

A EDP e a CTG entregaram esta manhã na embaixada portuguesa em Pequim 50 ventiladores, 200 monitores médicos e outros equipamentos, que serão agora enviados para Portugal. Lembrando que o montante oferecido “não é brincadeira”, Augusto Duarte revelou que a CTG foi a primeira empresa do país asiático a oferecer ajuda às autoridades portuguesas.

A oferta surge numa altura em que os ‘stocks’ mundiais se têm mostrado insuficientes para a elevada procura, à medida que a doença se alastra por todo o mundo, fazendo mais de 31 mil mortos e paralisando países inteiros.

A crise de saúde pública, que começou em Wuhan, no centro da China, alastrou-se, entretanto, à Europa e aos Estados Unidos, resultando numa escassez global de ventiladores ou máscaras cirúrgicas.

“Se hesitássemos cinco segundos a fechar o contrato, estes ventiladores não estariam aqui”, admitiu Zhang Dingming, vice-presidente executivo da CTG, durante a cerimónia.

A pandemia da covid-19 está também a expor as consequências da centralização das cadeias de produção globais na China, primeiro ao paralisar a indústria eletrónica ou de automóveis, devido ao encerramento de fábricas, portos e cidades inteiras no país asiático, e a seguir a demonstrar a incapacidade dos países ocidentais de se auto-abastecerem com equipamento médico crucial, à medida que a doença de alastrou além-fronteiras.

Depois de dois anos marcados pela guerra comercial e tecnológica entre Washington e Pequim, analistas prevêem que a crise de saúde acelere a dissociação entre as cadeias de distribuição globais.

José Augusto Duarte admitiu “não ter a menor dúvida de que há muita coisa que está a ser questionada e debatida”, mas ressalvou que a “meio de uma crise, não é a melhor altura para se tomarem decisões”, porque “temos tendência para ver só a parte negativa”.

“Nesta altura estamos a ver um aspeto que consideramos menos positivo, que é a concentração num país desta capacidade produtiva de determinados aparelhos que fazem falta, mas também que foi esse processo que permitiu ter produtos mais baratos e a criação de outros tipos de emprego em outras partes do mundo”, resumiu.

A televisão estatal chinesa CGTN compareceu no encontro na embaixada. As autoridades e entidades chinesas têm realizado doações de equipamento médico, quase sempre acompanhadas de cerimónias mediatizadas pelos órgãos oficiais de Pequim.

Esta semana, Josep Borrell, alto representante da União Europeia para a Política Externa fez um alerta contra a “política de generosidade” da China, que identificou como uma “luta por influência” e uma “batalha global pelo domínio da narrativa”.

“Na batalha das narrativas, temos visto também tentativas de desacreditar a União Europeia e alguns casos em que europeus foram estigmatizados como se fossem todos portadores do vírus”, disse.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000. Dos casos de infecção, pelo menos 134.700 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.439 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.300 mortes. A China anunciou hoje 45 novos casos, dos quais 44 oriundos do exterior, e mais cinco mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 119 mortes, mais 19 do que na véspera (+19%), e registaram-se 5.962 casos de infecções confirmadas, mais 792 casos em relação a sábado (+15,3%).

29 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com 119 mortes e mais de 5.900 infectados

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista hoje 119 mortes associadas à covid-19, mais 19 do que no sábado, e 5.962 infectados (mais 792), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados actualizados até às 24:00 de sábado, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (61), seguida das regiões do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, com 28 cada, e do Algarve, que hoje regista dois mortos. Relativamente a sábado, em que se registavam 100 mortes, hoje observou-se um aumento de 19%. De acordo com dados da DGS, há 5.962 casos confirmados, mais 792 (um aumento de 15,3%) face a sábado.

Das 100 mortes registadas, 70 tinham mais de 80 anos, 27 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 15 entre os 60 e os 69 anos e cinco entre os 50 e os 59 anos. Pela primeira vez o boletim regista mortos na faixa etária dos 40 aos 49 anos (duas mulheres).

Os dados da DGS, que se referem a 75% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é a cidade que regista o maior número de casos de infecção pelo coronavírus SARSCov2 (594), seguida do Porto (317 casos), Vila Nova de Gaia (351), Maia (296), Matosinhos (294), Gondomar (242) e Braga (208). Desde o dia 1 de Janeiro, registaram-se 38.042 casos suspeitos, dos quais 5.508 aguardam resultado laboratorial.

O boletim epidemiológico indica também que há 26.572 casos em que o resultado dos testes foi negativo e que 43 doentes recuperaram. Das 5.962 pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (5.476) está a recuperar em casa, 486 (mais 68, +16,2%) estão internadas, 138 (mais 49, +55%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

A região Norte continua a registar o maior número de infecções, totalizando 3.550, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.478 casos, da região Centro (709), do Algarve (108) e do Alentejo, que hoje apresenta 41 casos. Há ainda 33 pessoas infectadas com covid-19 nos Açores, 43 na Madeira.

A DGS regista ainda 17.785 contactos em vigilância pelas autoridades (menos 2.142). A faixa etária mais afectada é a dos 40 aos 49 anos (1.146), seguida dos 50 aos 59 anos (1.084), dos 30 aos 39 anos (902) e dos 60 aos 69 anos (850).

Há ainda 64 casos de crianças com idades até aos nove anos, 138 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e 588 com idades entre os 20 e os 29 anos. Os dados indicam também que há 611 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 579 com mais de 80 anos.

Segundo o relatório da DGS, 124 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 93 de França, 41 do Reino Unido, 28 de Itália, 24 da Suíça, 21 dos Emirados Árabes Unidos, 13 de Andorra, 10 do Brasil, oito Países Baixos, sete da Alemanha, seis da Bélgica, cinco da Argentina, cinco dos EUA, quatro da Áustria, quatro em Cabo Verde e quatro no Canadá.

O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia e outros três de Israel e dois casos do Egito, dois da Irlanda e outros dois da Jamaica. Foram ainda importados um caso da Áustria/Alemanha, Austrália, Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Luxemburgo, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Tailândia, Venezuela e Ucrânia.

Segundo a DGS, 62% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 52% febre, 35% dores musculares, 29% cefaleias, 24% fraqueza generalizada e 20% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 73% dos casos.

Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 2 de Março e que está em estado de emergência até quinta-feira, entrou já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), activada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

29 Mar 2020

Covid-19 | Espanha regista novo recorde com 838 mortos num só dia

[dropcap]E[/dropcap]spanha registou, nas últimas 24 horas, 838 mortos com o novo coronavírus, voltando a aumentar o número de falecidos num só dia e elevando o balanço total para 6.528, de acordo com a última atualização das autoridades sanitárias. Os números do Ministério da Saúde espanhol revelam ainda um aumento de 6.549 no número de infectados, menos do que os 8.189 novos casos anunciados no sábado.

Desde o início da pandemia, o país registou um total de 78.797 casos de covid-19, dos quais 6.528 morreram e 14.709 tiveram alta e são considerados como curados. Na totalidade do país estão ou estiveram hospitalizadas 43.397 pessoas e dessas 4.907 estão ou já estiveram em unidades de cuidados intensivos.

A região com mais casos positivos de covid-19 é a de Madrid, com 22.677 infectados e 3.082 mortos, seguida pela da Catalunha (15.026 e 1.226) e a do País Basco (5.740 e 265), mas há registos de mais falecidos com a pandemia em Castela-Mancha (539) e Castela e Leão (380).

O governo espanhol aprova hoje, num Conselho de Ministros extraordinário, a paralisação de todas as atividades económicas “não essenciais”, medidas que entrarão em vigor a partir desta segunda-feira e até 09 de abril, o último dia de trabalho antes do fim de semana de Páscoa.

A decisão do Governo endurece as medidas já tomadas no quadro do “estado de emergência” que até agora permitiam que, aqueles que não estavam em teletrabalho, podiam deslocar-se até ao seu local de trabalho.

De acordo com o anúncio feito no sábado pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, pretende-se reduzir ainda mais a mobilidade e o risco de infeção, assim como tentar evitar o colapso nas unidades de cuidados intensivos, quando o pico de contágio chegar.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000. Dos casos de infecção, pelo menos 130.600 são considerados curados.

O continente europeu, com mais de 351 mil infectados e mais de 21 mil mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.023 mortos em 92.472 casos registados até sábado.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infectados (mais de 121 mil). A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.439 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.300 mortes. A China anunciou hoje 45 novos casos, dos quais 44 oriundos do exterior, e mais cinco mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Os países mais afectados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.640 mortes reportadas (38.309 casos), a França, com 2.314 mortes (37.575 casos) e os Estados Unidos com 2.010 mortes. Na Alemanha existem mais de 50 mil pessoas infectadas e registaram-se 389 vítimas mortais. O número de mortes causadas pela covid-19 em África subiu para 117 com os casos acumulados a ultrapassarem os 3.900 em 46 países, segundo a mais recente atualização das estatísticas sobre a pandemia.

29 Mar 2020

Covid-19 | Díli quase parada, mesmo sem restrições de circulação no estado de emergência

[dropcap]A[/dropcap] população de Díli parece ter ido mais longe do que as próprias restrições do Governo relativas ao estado de emergência e hoje deixou a cidade praticamente deserta, com cada vez menos gente nas ruas e mais lojas fechadas.

Durante toda a semana esta tendência foi crescendo, com responsáveis nos municípios a reportarem a chegada de muitas famílias provenientes da capital, num movimento que ecoa tempos passados de outros medos.

Quando a situação se agrava – seja no passado pela segurança, como agora pelo medo à covid-19 -, a reação de muitos é abandonar a capital e seguir para o interior do país, um refúgio para muitos, especialmente os que vivem em Díli em situações mais precárias.

Esse sinal viu-se ao longo da semana nas zonas das ‘microlets’ e ‘biscotas’ – os transportes públicos mais usados – nas saídas para sul, leste e oeste da capital, mas até começou pelas ‘angunas’, os camiões amarelos carregados de arroz a sair para outras cidades.

Muitos dos habitantes da capital timorense, incluindo funcionários públicos, optaram por sair das ruas mesmo antes do início do estado de emergência, que começou hoje, e sem que fossem conhecidas as medidas restritivas.

Muitas lojas fecharam, tanto de comerciantes timorenses como de comerciantes chineses e de outros estrangeiros, vários ministérios reportaram menos funcionários – o Governo começou a dispensar funcionários não essenciais – e outros habitantes da cidade simplesmente fecharam-se em casa ou saíram da cidade.

As escolas e as universidades estão fechadas – e assim vão continuar – e todos os momentos de culto passam a ser não presenciais, mesmo os da Páscoa, algo que também ajudou a reduzir a presença de cidadãos nas ruas.

Daí que, hoje, a cidade tenha sido pautada pelo movimento reduzido de pessoas e viaturas, especialmente durante a tarde, com ruas desertas, especialmente as outrora movimentadas zonas comerciais, Colmera e Audian.

Mais reduzida é igualmente a presença de vendedores ambulantes, quer os miúdos que transportam a fruta pendurada em paus de bambu, quer alguns vendedores nos mercados, um pouco por toda a cidade.

O Governo não aprovou restrições à circulação nem restrições comerciais, mas as opções para os cidadãos ficam agora mais reduzidas, sendo suspensos todos os transportes públicos, tanto em terra como marítimos, deixando assim praticamente isoladas as populações do enclave de Oecusse e da ilha de Ataúro.

O transporte de bens e serviços está permitido, mas os navios não podem transportar passageiros. O efeito total das medidas, apesar das menores restrições do que era esperado, só se notarão na segunda-feira, quando os serviços voltarem a funcionar e as lojas a abrir.

Vários proprietários de empresas ouvidos pela Lusa dizem ter já recebido telefonemas de empregados a dizer que não iam trabalhar.

29 Mar 2020

Taiwan oferece-se para acolher jornalistas norte-americanos expulsos pela China

[dropcap]O[/dropcap]s jornalistas norte-americanos expulsos pela China serão “bem-vindos em Taiwan”, garantiu Joseph Wu, ministro dos Negócios Estrangeiros desta ilha, descrita pelas autoridades locais como “um refúgio para a liberdade de expressão” na Ásia.

“Gostaria de vos saudar e dar as boas-vindas a Taiwan, um farol de liberdade e democracia”, escreveu Wu na rede social Twitter, acrescentando que os jornalistas norte-americanos serão acolhidos em Taiwan “com sorrisos e braços abertos”.

Pequim decretou, no início de março, a expulsão de 13 jornalistas do New York Times, Washington Post e Wall Street, em mais uma escalada no clima de tensão com os Estados Unidos da América.

As autoridades chinesas avisaram ainda que os jornalistas expulsos não teriam autorização para trabalhar em Hong Kong, apesar de o território ter autonomia em matéria de emigração.

29 Mar 2020

Covid-19 | Portugueses em Macau arrecadam mais de 440 mil patacas para ajudar Portugal

[dropcap]O[/dropcap] movimento solidário de Macau já conseguiu mais de 440 mil patacas para compra de material médico destinado a Portugal para combater a covid-19, disse hoje à Lusa o presidente do BNU. Carlos Álvares indicou que o montante actual é de 440,327 mil patacas.

A angariação de fundos estende-se até 5 de Abril e foi anunciada na terça-feira por um movimento solidário que junta duas dezenas de entidades e personalidades de Macau. O objectivo é, em cerca de 12 dias, recolher fundos para adquirir equipamento de proteção para os profissionais de saúde em Portugal e material que garanta mais testes para despistar a covid-19.

As entidades criaram uma conta no Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau, com o número 9016556516, sob o nome COVID19 – Portugal Conta Solidariedade.

Entre as várias entidades do território promotoras do movimento conta-se a Casa de Portugal, a Santa da Casa da Misericórdia, a Associação dos Médicos de Língua Portuguesa de Macau e a Associação de Imprensa em Língua Portuguesa e Inglesa, entre outras.

Na apresentação do movimento, a conselheira das comunidades portuguesas em Macau, Rita Santos, sublinhou à Lusa a importância de se conseguir mobilizar a comunidade, sem esquecer o desafio que representa a aquisição do material na China, bem como a logística de envio para Portugal.

O movimento solidário conta com o apoio institucional do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e do Banco Nacional Ultramarino (BNU).

Em Portugal registam-se 100 mortos e 5.170 infectados, de acordo com a Direcção-Geral da Saúde. Dos infectados, 418 estão internados, 89 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

29 Mar 2020

Covid-19 | Com mais de 9.500 infectados, Coreia do Sul impõe quarentena a todos os que chegam ao país

[dropcap]O[/dropcap] governo da Coreia do Sul anunciou hoje que todas as pessoas que chegarem ao país a partir da próxima quarta-feira terão de ficar em quarentena por duas semanas, para evitar a expansão da covid-19.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, numa altura em que as autoridades registaram um aumento no número de pessoas que chegam à Coreia do Sul de outros países e que já estão infetadas com o novo coronavírus, que provoca a covid-19.

Segundo os dados mais recentes, a Coreia do Sul registou até agora 9.583 casos de pessoas infectadas pelo vírus, 105 das quais nas últimas 24 horas. Desses novos casos, 41 eram estrangeiros, incluindo 23 da Europa e 14 da América, informou hoje o Centro de Prevenção de Doenças Infecciosas (KCDC) da Coreia.

O primeiro-ministro da Coreia do Sul indicou, em declarações a agência local Yonhap, que a quarentena deverá ser observada por todos os visitantes, independentemente da sua nacionalidade e país de origem, e que, caso não possuam um endereço local, permanecerão em instalações oficiais, com as despesas cobertas por quem chega ao país.

Os turistas europeus já precisavam de cumprir uma quarentena de duas semanas após a chegada à Coreia do Sul, com ou sem sintomas, e os que chegavam dos Estados Unidos tinham de se isolar voluntariamente em casa pelo mesmo período.

“O governo reforçou as medidas de quarentena para aqueles que vêm da Europa e dos Estados Unidos, mas, dada a velocidade com que o vírus se está a espalhar globalmente, precisamos de medidas adicionais”, acrescentou Chung.

29 Mar 2020

Morreu Mécia de Sena, escritora e guardiã do “para sempre” que a ligou ao escritor português Jorge de Sena

[dropcap]A[/dropcap] escritora portuguesa Mécia de Sena, viúva do escritor Jorge de Sena e organizadora da sua obra, morreu este sábado, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América, aos 100 anos, disse à agência Lusa fonte da família.

“Mécia de Sena, a viúva de Jorge de Sena, faleceu esta manhã, 28 de março, em Los Angeles, Califórnia. A família pede a amigos e conhecidos que respeitem a sua privacidade, neste triste momento”, lê-se na mensagem de um dos seus filhos.

Nascida em Leça da Palmeira, em 16 de março de 1920, Mécia de Freitas Lopes Sena era filha do músico e compositor Armando Leça, investigador do “Cancioneiro Musical Popular Português”, e irmã do professor, crítico e historiador Óscar Lopes (1917-2013). Formada em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, detentora do curso do Conservatório de Música do Porto, foi professora, primeiro, e, depois do casamento, em 1949, “colaboradora literária” de Jorge de Sena, e “à altura dele”.

A opinião é do próprio escritor, para quem, “sem o [seu] apoio, não teria sido possível realizar talvez metade do que realizou, quer como autor, quer como professor”, recordou Rui Silvino de Freitas Lopes, na sua crónica familiar, citada pela investigadora Maria Otília Pereira Lage, na obra “Mécia de Sena e a escrita epistolar com Jorge de Sena: Para a história da cultura portuguesa contemporânea”.

As cartas e a escrita de natureza diarística marcam a produção literária de Mécia de Sena, nomeadamente a obra inédita “Flashes”, que Otília Pereira Lage evoca como exemplo de literatura intimista e de expressão “micro-textual”, predominantemente sob “a forma de um diálogo continuado [com Jorge de Sena], que a morte deixara em suspenso”.

A investigadora destaca igualmente “a modernidade” da produção literária de Mécia de Sena, estabelecendo “uma relação possível com a prática de escrita de diários de outros autores”, como Miguel Torga.

“Uma mulher ímpar, corajosamente à altura dos imensos desafios de uma vida intensa, que atravessa as mudanças sociais, políticas e culturais de grande parte do século XX, quer em Portugal, quer no seu longo exílio no Brasil [1959-1965] e nos Estados Unidos da América”, onde se fixou com o marido, após o golpe militar de 1964, que deu origem a 20 anos de ditadura brasileira.

Mécia de Sena casou-se com Jorge de Sena quando este era um engenheiro civil da Junta Autónoma de Estradas (1948-1959). Partiu com ele para o exílio, quando a ditadura do Estado Novo os cercou. Fixaram-se no Brasil, onde o escritor ensinou Literatura, e de onde partiu para a Universidade do Wisconsin, em Madison, nos Estados Unidos, antes de se fixar em Santa Barbara, Califórnia, onde foi catedrático de Literatura Comparada.

A morte precoce de Jorge de Sena, em 1978, aos 59 anos, abriu “um terceiro período na vida de Mécia de Sena”, deixando-lhe em mãos “uma quantidade monumental de projetos não realizados [do escritor], toneladas (…) de manuscritos, propósitos de livros de prosa e versos, correspondência”, segundo Rui Silvino de Freitas Lopes.

A partir de então, Mécia de Sena assumiu a organização, documentação e edição do espólio literário do autor de “Sinais de Fogo”, assim como a promoção e revelação da sua obra, da sua real dimensão, com a preocupação de concretizar “todos os sonhos que eram os do marido”, segundo o irmão da escritora.

Todos os títulos surgidos desde então, tiveram Mécia de Sena na origem. “A obra dele é imensa”, disse a escritora numa carta dirigida em 1991 ao jornal Público, na qual confessava fazer “esforços inauditos para que [seu] marido [fosse] honestamente publicado”.

“Isto tudo que nos Rodeia”, volume editado pela Imprensa Nacional, em 1982, revelou as cartas de amor de ambos. E inaugurou também um segmento determinante na obra de Jorge de Sena, a escrita epistolar, que atravessou grande parte do século e se cruzou com figuras do meio literário português como Sophia de Mello Breyner Andresen, João Gaspar Simões, José Régio, Vergílio Ferreira, Eduardo Lourenço, José-Augusto França, Delfim Santos e António Ramos Rosa.

“Jorge de Sena: bio-bibliografia”, em codição com Isabel de Sena, “Correspondência Jorge de Sena e Mécia de Sena ‘Vita Nuova'” são outros volumes em que o diálogo de ambos se cruza. Mas foi no primeiro, nesse que dimensionava “isto tudo que nos rodeia”, que Mécia de Sena viria a revelar o seu primeiro encontro com o escritor.

“Entre os vários rapazes com quem dancei, houve um que fora totalmente desconhecido. À despedida, perguntara-me o meu nome. Meses depois, cruzámo-nos numa conferência (…). Passados outros meses, encontrámo-nos num recital (…). Disse-me que também escrevia poemas (…). O nosso conhecimento mútuo a bem dizer nem se iniciara e iria fazer-se através de correspondência que se lhe seguiu”.

A rejeição do “caminho mais fácil” entre ambos, “deu lugar a uma confiança e uma identificação que dificilmente poderão ter paralelo”, escreveu então Mécia de Sena. “Não sem agruras e com algumas duras provas, ambas resistiram durante quase 30 anos, afinal o nosso ‘para sempre’ dignamente cumprido”.

29 Mar 2020

Covid-19 | Macau anuncia mais dois casos importados de Portugal. Já há 37 infectados

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram hoje mais dois casos importados de contágio da covid-19 provenientes de Portugal, elevando o número de infectados no território para 37 desde o início do surto do novo coronavírus. Trata-se um português de 32 anos de idade, residente de Macau, noivo do 11.º caso confirmado no território, que esteve a visitar a família no Porto com a sua noiva sul-coreana, regressando a Macau no dia 14 de Março.

“Como este indivíduo tinha sido considerado como um caso do contacto próximo esteve desde o dia 16 de março em observação médica no Centro Clínico de Saúde Pública”, informou em comunicado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Após vários testes negativos, o português realizou hoje um de teste do ácido nucleico e revelou positivo, “confirmando a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus”, acrescentaram as autoridades.

Já o segundo agora anunciado trata-se de um residente de Macau, de 21 anos de idade, que voltou para Macau também vindo de Portugal.

“Chegou a Macau na madrugada do dia 15 de Março, foi sujeito à observação domiciliária conforme as medidas em vigor na altura”, informou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Após a realização de vários exames, hoje “foram realizados novos testes de zaragatoa nasofaríngea e os resultados foram positivos para a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus”. Em cerca de 24 horas o território registou quatro novos casos, todos importados.

Após Macau ter estado 40 dias sem identificar qualquer infecção, nos últimos 13 dias foram identificados 27 novos casos, todos importados.

Em Fevereiro, Macau registou uma primeira vaga de 10 casos da covid-19, já todos com alta hospitalar. Após a deteção de novos casos, as autoridades reforçaram as medidas de controlo e restrições fronteiriças, assim como a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias imposta a praticamente todos aqueles que entrem no território.

29 Mar 2020

Macau conta já com 34 casos de infecção com covid-19

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram esta sexta-feira mais um caso de contágio da covid-19, elevando o número de infectados para 34 desde o início do surto do novo coronavírus. Trata-se de um homem, residente de Macau, de 43 anos, que esteve em Manila desde novembro de 2019, informou em comunicado o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

No dia 18 de março, o residente de Macau, acompanhado pelos dois filhos, apanhou o voo CX902 (Assento 14A, business class) da Cathay Pacific Airways com a partida de Manila (Filipinas) e destino Hong Kong”. O homem e os filhos foram, de seguida, transportados da antiga colónia britânica para Macau através do serviço de transporte institucionalizado pelas autoridades do território.

“De acordo com as medidas em vigor naquele momento, foram encaminhados para isolamento domiciliário por um período de 14 dias pelos inspetores dos Serviços de Saúde no posto fronteiriço”, acrescentaram as autoridades.

Esta sexta-feira o homem testou positivo, “confirmando-se pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus”, detalharam. Após Macau ter estado 40 dias sem identificar qualquer infecção, nos últimos 12 dias foram identificados 24 novos casos, todos importados.

Em Fevereiro, Macau registou uma primeira vaga de 10 casos da covid-19, já todos com alta hospitalar. Após a deteção de novos casos, as autoridades reforçaram as medidas de controlo e restrições fronteiriças, assim como a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias imposta a praticamente todos aqueles que entrem no território.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil. Dos casos de infecção, pelo menos 112.200 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 292 mil infectados e quase 16 mil mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até quinta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.858, entre 64.059 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são desde quinta-feira o que tem maior número de infectados (mais de 85 mil).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.340 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.292 mortes. A China anunciou quinta-feira 55 novos casos, quase todos oriundos do exterior, e mais cinco mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Os países mais afectados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.378 mortes reportadas (32.332 casos), a França, com 1.696 mortes (29.155 casos), e os Estados Unidos, com 1.178 mortes.

O número de mortes em África subiu hoje para 85, com os casos acumulados a ultrapassarem os 3.200 em 46 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia.

Vários países adoptaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

28 Mar 2020

Alen Tagus ao vivo em estúdio

Alen Tagus ao vivo no Studio Canoa

[dropcap]S[/dropcap]im, de um lado Sines do outro Paris, uma linha pelo meio. Charlie Mancini encontrou Pamela Hute online e com o despertar da curiosidade, por empatia no gosto mútuo pela composição musical, estabeleceu a ligação e começou a enviar-lhe ficheiros sonoros com composições suas, elaboradas nas teclas do seu piano. A luzinha acendeu do outro lado e desse primeiro embate, Pam resolve colocar a sua técnica apurada e a voz, misturando os fios para a eternidade do que à partida seria um encontro efémero, na verdadeira glória da partilha electrónica.

Assim nasceram os Alen Tagus, nome que não é preciso descodificar. A conexão prosseguiu durante meses a fio, numa ligação criativa vivida apenas à distância. Os temas começaram a sair do forno como pãezinhos quentes e de repente tinham um álbum nas mãos para apresentar ao mundo, “Paris, Sines”. Em Portugal, passaram pelas rádios e novos brilhos se acenderam. O passo seguinte seria, finalmente, o encontro cara-a-cara e a formação física de uma banda. De novo de cá e de lá surgiram os outros elementos: Eva Tribolles, no baixo; Miguel Sousa Moreira, nas guitarras; e Pedro Sousa Moreira, na bateria. A simbiose para um equilíbrio perfeito.

A estreia deu-se no Festival Termómetro, um concurso musical que decorreu no último Outono/Inverno. Com datas marcadas para os primeiros concertos em Portugal e com uma residência artística agendada para Sines, deu-se o isolamento forçado pela pandemia mundial do vírus que deixa todos em casa. Sem a possibilidade da digressão prevista, o forno voltou a ter a sua chama e novos temas surgem com regularidade. O sabor é distinto, como uma iguaria da cuisine française elaborada no Alentejo.

ALEN TAGUS

Projecto franco-português, imaginado entre Sines e Paris, Alen Tagus criam uma indie-pop introspectiva influenciada pelos sons dos anos 70. O primeiro single questiona a evolução do amor e da amizade nas relações humanas e revela uma composição sensível e elegante. Nascida da inesperada associação entre o músico português Charlie Mancini – pianista e compositor de filmes – e a artista francesa Pamela Hute – melodista e roqueira no coração – Alen Tagus exploram bases musicais incomuns.

Alen Tagus

PAMELA HUTE, CHARLIE MANCINI, EVA TRIBOLLES, MIGUEL SOUSA MOREIRA, PEDRO SOUSA MOREIRA

27 Mar 2020

Covid-19 | Air Asia suspende voos

[dropcap]A[/dropcap] Air Asia, a maior linha aérea de baixo custo do continente asiático vai suspender temporariamente a maioria das ligações devido às restrições impostas pelos governos da região para conter a pandemia de covid-19, anunciou hoje a companhia.

A Air Asia, com sede na Malásia e filiais na Tailândia, Indonésia, Filipinas e Índia vai “submeter a maior parte da frota a uma hibernação temporária” por períodos que vão depender das restrições impostas em cada um dos países em que tem instaladas filiais, informa em comunicado.

Deste modo, a Air Asia Malayia suspende todos os voos internacionais e domésticos entre hoje e o dia 21 de abril, assim como a Air Asia Philippines que vai manter em terra a frota até ao dia 14 de abril, um prazo que coincide com a quarentena imposta à ilha de Luzon e outras regiões das Filipinas.

A Air Asia India manterá o mesmo procedimento. A Air Asia Thailan suspende todos os voos internacionais até ao dia 25 de abril e a Air Asia Indonesia vai reduzir significativamente as operações internacionais e as ligações domésticas.

Ainda não foi esclarecida a situação laboral dos trabalhadores da companhia face às novas circunstâncias. A companhia tem cerca de 20 mil funcionários e uma frota de 243 aviões. Em 2019, a Air Asia transportou 83,5 milhões de passageiros.

“Todos os passageiros afetados estão a ser notificados por correio eletrónico e SMS”, assinala um comunicado da Air Asia que acrescenta que as reservas podem vir a ser convertidas em créditos para uso em viagens futuras.

27 Mar 2020

Macau Solidário | 105 mil patacas em menos de 48 horas

[dropcap]A[/dropcap] comunidade portuguesa em Macau já arrecadou 105 mil patacas em menos de 48 horas para comprar material médico para Portugal associado ao combate do surto da covid-19. O valor foi avançado à agência Lusa pelo presidente do Banco Nacional Ultramarino (BNU), Carlos Álvares.

O dinheiro angariado, num tão curto espaço de tempo, “é animador”, disse a presidente da Casa de Portugal em Macau, Amélia António, uma das entidades que pertence ao movimento solidário que se propõe recolher fundos para adquirir equipamento de protecção para os profissionais de saúde em Portugal e material, que garanta mais testes para despistar a covid-19.

O movimento junta quase duas dezenas de entidades e personalidades e, em cerca de 12 dias quer apoiar Portugal “no esforço de guerra” face ao surto do novo coronavírus, estabelecendo como prioridade a aquisição de equipamento que proteja todos aqueles que estão na linha da frente e a capacidade nacional de detecção de casos, explicaram os seus membros.

27 Mar 2020

BNU | Presidente admite queda até 20% nos resultados de 2020

Carlos Álvares, presidente do Banco Nacional Ultramarino (BNU) admitiu ontem que os resultados para este ano podem cair entre os 10 e os 20 por cento. A revisão em alta das perdas, surge depois da situação pandémica do novo tipo de coronavírus estar a “alastrar em todo o mundo”

 

[dropcap]O[/dropcap] presidente do Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau admitiu ontem que os resultados da instituição podem cair, este ano, entre 10 e 20 por cento devido ao impacto económico da pandemia da covid-19.

“No ano passado o crescimento foi de 24 por cento, o que foi bastante interessante. Acredito que este ano os resultados do banco possam cair entre os 10 e os 20 por cento”, afirmou à Lusa, Carlos Álvares, líder da instituição que pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos.

“Inicialmente estimava não ser superior a 10 por cento”, uma previsão que teve de rever face “à gravidade (…) e ao alastrar da situação em todo o mundo”, explicou.

A margem financeira do banco tem-se comportado razoavelmente bem, semelhante ao ano passado, mas as comissões caíram e os custos aumentaram, explicou o responsável, lembrando, por exemplo, que a queda significativa na área das comissões explica-se facilmente: “há muito menos transações, não há viagens ao estrangeiro, as pessoas não utilizam os cartões”.

Por outro lado, “o banco teve um cuidado muito grande com as pessoas, com a sua equipa, e isso obviamente reflecte-se em termos de custos”, acrescentou. Um factor positivo, ainda com base nos dados de Fevereiro, é que a instituição não sentiu um aumento no crédito malparado.

Condições únicas

“O Governo (…), a associação de bancos e todos os bancos concederam períodos de carência de capital por seis meses para quem o pediu e, portanto, até à data não sentimos situações de incumprimento que levassem ao aumento de imparidades”, indicou.

A “almofada financeira em Macau” dá “condições únicas para resistir a este problema gravíssimo que alastra por todo o lado”, mas muito irá depender da “capacidade de recuperação do negócio dos casinos e com a abertura dos vistos individuais para os turistas chineses”, salientou.

Carlos Álvares sublinhou ainda que o banco tem “quotas interessantes nos casinos” e “no sector governamental”, mas não entre as micro, pequenas e médias empresas (PME), “trabalhando activamente” apenas com três mil das cerca de 40 mil que operam em Macau.

“Por outro lado, também abrimos linhas especiais para pagamento de salários e para pagamento de rendas e também para investimento [em] equipamento médico e tem havido alguma procura, mas não é uma coisa brutal”, frisou.

Ser responsável

O presidente do BNU defendeu que o Governo foi rápido a tomar medidas de apoio às empresas e população. “Se somarmos a tentativa do aumento do consumo, a protecção das PME e o aumento dos gastos públicos com obras, penso que está a tocar os diferentes pilares que fazem com que a economia ande, depois é (…) ver a dose que será necessário utilizar”, comentou.

Em relação à responsabilidade social que o chefe do Governo de Macau exigiu neste momento de crise aos grandes agentes económicos no território, as operadoras que exploram o jogo, Carlos Álvares elencou uma lista de acções promovidas pelo banco que custaram cerca de 4,5 milhões de patacas no ano passado em vários sectores da sociedade.

27 Mar 2020

Fitch estima que MGM China pode ter quebras superior a 30%

[dropcap]O[/dropcap] impacto negativo da pandemia de covid-19 está a afectar quase todos os sectores da economia, com as concessionárias a não serem excepção. Nessa linha, a agência de rating Fitch estima que a MGM China Holdings Lts deve registar quebras de receitas na ordem dos 31 por cento no final de 2020, de acordo com uma nota publicada na passada quarta-feira, citada pelo portal GGRAsia.

A Fitch considera que a operadora pode mesmo registar uma queda de 50 por cento nos resultados operacionais, ou seja, antes das deduções financeiras e fiscais, no final do ano.

Prevendo um 2020 fraco, a Fitch baxou o rating da MGM China de BB para BB-, à semelhança do que aconteceu com a sua congénere norte-americana a MGM Resorts International. Importa referir que a nota BB já é considerada por investidores como uma nota especulativa.

A agência justificou a apreciação em parte por entender que o grupo diminuiu a sua flexibilidade financeira na sequência da “severa disrupção no mercado global do jogo causado pelo surto do novo coronavírus”. Outro factor que ajudou à descida de notação é a incerteza quanto à profundidade e duração da pandemia, isto partindo do princípio que o sector do jogo irá começar a recuperar no final deste ano, ou no início de 2021.

Ainda assim, a Fitch sublinha a posição favorável de que a MGM China beneficia em termos de liquidez, com capacidade para amortecer o choque que se prevês para 2020.

Contraste anual

No mês passado a MGM China revelou que fechou o ano de 2019 com uma receita líquida de 2,9 mil milhões de dólares americanos mais 19 por cento em comparação com 2018.

Em destaque estiveram os resultados do MGM Cotai, a funcionar desde Fevereiro de 2018, responsável por uma receita de 1,326 mil milhões de dólares americanos em 2019, quase o dobro do montante arrecadado em 2018. Já o MGM Macau registou 1,578 mil milhões de dólares americanos em 2019, o que representa uma perda nas receitas homólogas. Em 2018 tinha alcançado 1,721 mil milhões de dólares.

O grupo disse ter registado no último trimestre de 2019, um aumento de 6 por cento na receita líquida, fixando-se em 727 milhões de dólares americanos.

No quarto trimestre do ano, o MGM China aumentou em 31 por cento as receitas obtidas através do jogo de massas e uma diminuição de 20 por cento nas receitas do jogo VIP, devido à “redução de 33 por cento no volume de negócios no MGM Macau”.

27 Mar 2020

A banhos

[dropcap]E[/dropcap]stou de folga. No momento em que assinalo meia quarentena cumprida, percebo-me cansada. A descrição do parto da oitava filha de Lu Shangguan e do primeiro de uma jovem mula ainda está por acabar de ler. O Mo Yan merece mais. O espanhol “Plataforma” ainda não está visto. Tentei ver “Freud”, uma ´série que ansiava por ser entusiasta do senhor ,- que com certeza teria uma explicação para o fenómeno actual da corrida ao papel higiénico – e acabei desiludida. Tenho trabalhado o que posso e feito umas coisas a mais. Ainda não tive pausas. É hoje.

Enchi a banheira e esperei ver a espuma escorrer um bocadinho para fora até fechar a água. Recordei o peso de uma outra espuma, espessa e aromática, de um banho em Istambul, e chorei os céus e a terra fechados. Um dia, se o mundo ainda rodar, vou-lhe dar três voltas. Pelo meio, vou repetir a espuma dos Hamam e fazer um pirete à espuma dos dias, com todo o respeito pelo Boris Vian.

Ainda era dia quando mergulhei. Por vezes faço-o, mas mais lá para a madrugada. É um entretém em que deposito a esperança num sono rápido. Hoje não. Vesti uma túnica chinesa e lamentei não ter uma cabaia. Ainda assim consegui ter o gosto de apertar aqueles dois botões, redondos e delicados, do lado esquerdo da gola direitinha que molda o pescoço.

Vi e segui escrupulosamente o vídeo da Rita. Anunciado como uma série de exercícios para os “velhotes”, diz ela. Pareceu-me que à semelhança da quarentena, devia ser uma rotina obrigatória para todos. Mais logo vou enviá-lo aos meus pais e amigos. Acho que que lhes vai fazer bem. A Rita faz bem às pessoas.
A Sara continua preocupada e a Marta desiludida. O João, a Luana e o Pedro contam-me histórias. A Natacha corre atrás do petiz que, felizmente alheio, não se coíbe de explorações.

Quando o telefone toca

No outro dia ligaram-me. “Boa tarde, sou da polícia e queria dizer-lhe que não pode sair do quarto”, ouvi num inglês perfeito. “Não estou a contar fazê-lo” repliquei só para não ficar calada. Seria óbvio que a viabilidade de sair era nula. Aliás, se punha a cabeça de fora para conversar com esta minha boa vizinhança, alertavam-me logo que tinha ultrapassado a linha que marca a porta e, por conseguinte, a minha fronteira. Nunca gostei de fronteiras. “Muito bem. Pode dizer-me o seu nome?”, continuou a voz, penso que para confirmar que eu sabia quem era e que correspondia ao nome no papel que imagino que teria nas mãos com a minha identificação. Respondi. “Obrigada, boa noite”, rematámos.

Hoje está nevoeiro, mas o final do dia é atropelado pelo sol.
Volto segunda-feira, já apostada numa recta final.

Bom fim-de-semana

Macau, 26 de Março de 2020

27 Mar 2020

Covid-19 | Taxista sem máscara motiva queixa

[dropcap]O[/dropcap] Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus recebeu ontem uma queixa contra um condutor de táxi que não estaria a usar máscara durante o serviço. Além desta denúncia, dirigida ao Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) foram ainda registados mais 63 casos, sobre medidas de migração, medidas de isolamento, atestado médico, medidas de migração para portadores de documentos estrangeiros, do Interior da China e TNR, exame médico e medidas de migração para residentes da RAEM.

Já na Direcção dos Serviços de Turismo (DST), foram registadas 33 queixas, com destaque para as situações relacionadas com os indivíduos em isolamento, onde consta “a má atitude dos serviços do hotel” ou dificuldades na “formas de deslocação a Hong Kong”. Das 08h00 do dia 25 de Março até às 08h00 do dia 26 de Março de 2020, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus recebeu, no total, 486 pedidos de informação.

27 Mar 2020