Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China regista 80 novos casos, incluindo 65 de contágio local A China registou 80 infectados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, 65 dos quais são contágios locais, informou hoje a Comissão de Saúde do país. Foram detectadas infeções locais nas províncias de Heilongjiang (29), Hebei (19) e Jilin (12 e três casos na cidade de Xangai e dois casos na capital, Pequim. As autoridades chinesas redobraram os esforços para conter os surtos. Várias áreas foram isoladas e estão a ser efetuados testes em massa à população, numa tentativa de refrear a curva dos casos. As autoridades estão a tentar travar o ressurgimento de surtos na véspera do período de férias do Ano Novo lunar, que decorre entre 11 e 17 de fevereiro de 2021, quando centenas de milhões chineses viajam para os locais de origem. A Comissão de Saúde da China disse que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.800. O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na passada semana, depois de quase oito meses sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635. O país somou, no total, 88.991 infetados desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaOnze mineiros resgatados com vida de uma mina de ouro na China Onze mineiros presos há duas semanas dentro de uma mina de ouro na China, devido a uma explosão, foram hoje trazidos em segurança para a superfície, informou a televisão estatal chinesa. No dia 10 de Janeiro, 22 mineiros ficaram presos numa mina na localidade Qixia, na província de Shandong, após uma explosão. A televisão estatal CCTV mostrou os trabalhadores a serem retiradosum a um na tarde de hoje, com os olhos cobertos para os proteger depois de tantos dias a viver na escuridão. Um mineiro morreu devido a um ferimento na cabeça após a explosão, que depositou grandes quantidades de escombros no poço da mina. O destino dos outros 10 mineiros que estavam no subsolo é desconhecido. As autoridades detiveram os administradores de minas por atrasarem a comunicação do acidente. O jornal China Daily disse no seu portal na internet que sete dos trabalhadores foram capazes de caminhar sem auxílio para as ambulâncias. A CCTV mostrou várias ambulâncias estacionadas ao lado de veículos de engenharia no local do acidente. O aumento da supervisão melhorou a segurança na indústria de mineração da China, que costumava ter uma média de 5.000 mortes por ano. No entanto, a grande procura de carvão e metais preciosos continua a estimular a construção de mina, e dois acidentes em Chongqing, no ano passado, mataram 39 mineiros.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Um infectado entre os passageiros do voo vindo de Tóquio Macau registou um caso importado de covid-19, o primeiro em cerca de sete meses no território, anunciaram as autoridades de saúde. A doente é uma residente de Macau, de 43 anos, que chegou ao território na quinta-feira, num voo oriundo de Tóquio, acrescentou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “A mulher está assintomática e foi encaminhada para o Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento em isolamento”, depois de ter obtido resultado positivo em “dois testes rápidos” para a covid-19, de acordo com um comunicado. As autoridades indicaram que oito pessoas que estiveram próximo da doente infetada encontram-se “sob observação médica, em isolamento”, no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane. Dois voos, oriundos de Tóquio, com um total de 109 passageiros provenientes de zonas consideradas de alto risco, chegaram na quinta-feira a Macau. Estes passageiros partiram de 14 países, incluindo: Reino Unido, Portugal, Japão, Irlanda, Países Baixos, Estados Unidos, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, França, Emirados Árabes Unidos, Espanha e Itália. Após a chegada, os residentes desembarcaram por grupos, submetidos a testes para a covid-19 e iniciaram já uma quarentena obrigatória de 21 dias, num hotel designado pelas autoridades. Durante este período de observação médica, os residentes vão realizar quatro testes de ácido nucleico, medição diária da temperatura, sem sair do quarto do hotel. No final desta quarentena, todos ficarão sujeitos a “um período adicional de pelo menos sete dias de autogestão de saúde”, indicaram as autoridades.
Hoje Macau DesportoTóquio 2020 | COI convicto de que os Jogos vão realizar-se e sem plano B O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) mostrou-se convicto de que os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão decorrer no próximo verão, garantindo que não existe um plano B para a realização da competição. “Não temos, neste momento, qualquer razão para acreditar que os Jogos Olímpicos de Tóquio não começarem em 23 de julho no estádio Olímpico de Tóquio”, afirmou Thomas Bach em entrevista à agência de notícias nipónica Kyodo. Bach garantiu que todos estão “comprometidos” com a realização dos Jogos na data prevista, afirmando que “é por isso que não existe qualquer plano B”. A cerca de seis meses do início dos Jogos, a realização da competição, adiada para o verão de 2021 devido à pandemia, volta a ser questionada devido ao aumento do número de casos e mortes por covid-19, que levou o governo de Tóquio a reinstaurar o estado de emergência. Na quarta-feira, o diretor executivo do comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 garantiu que “não está em discussão” um cancelamento da competição devido à pandemia de covid-19, admitindo a possibilidade de a realizar sem público. “A realização dos Jogos é o nosso caminho, não discutimos outro”, disse Toshiro Mutu, em entrevista à agência noticiosa francesa AFP, garantindo que o cancelamento da competição, que deverá decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, não está a ser equacionado. Na segunda-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, assegurou que o país continua comprometido em realizar os Jogos Olímpicos Tóquio2020 no verão, apesar do número crescente de casos de covid-19 no mundo. Em 08 de janeiro, o Japão decretou um novo estado de emergência, em vigor em 11 das 47 prefeituras do país, nas quais está concentrada mais de metade da população e perto de 80% dos contágios contabilizados. Devido à pandemia de covid-19, que já provocou pelo menos 2.058.226 mortos em todo o mundo, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 foram adiados para o verão de 2021.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China oferece 500 mil doses de vacina ao Paquistão A China vai oferecer 500 mil doses de uma das vacinas contra a doença covid-19 desenvolvidas naquele país ao Paquistão, anunciou o chefe da diplomacia paquistanesa, Shah Mahmood Qureshi. “O Paquistão manifesta grande apreço pelas 500 mil doses de vacina oferecidas pela China”, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, numa mensagem publicada na rede social Twitter. Já em declarações à imprensa, o ministro frisou que Pequim prometeu a Islamabad que esta primeira entrega de meio milhão de doses seria gratuita e que iria chegar ao Paquistão antes do final do corrente mês. A China também prometeu enviar ao Paquistão outra entrega, desta vez de um milhão de doses, antes do final do mês de fevereiro, acrescentou Shah Mahmood Qureshi, precisando que as autoridades paquistanesas já autorizaram o uso de emergência da vacina desenvolvida pela farmacêutica estatal chinesa Sinopharm. Desde o diagnóstico do primeiro caso da doença covid-19 no país, em fevereiro de 2020, o Paquistão totaliza 527.146 casos e mais de 11.000 vítimas mortais. Outros países asiáticos, como Filipinas, Camboja ou Myanmar (antiga Birmânia), já anunciaram doações de vacinas por parte de Pequim, uma ofensiva diplomática da China que já foi apelidada como “a diplomacia das vacinas”. Em maio de 2020, durante a reunião anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que Pequim ia oferecer dois mil milhões de dólares (cerca de 1,64 mil milhões de euros) em assistência aos países afetados pela pandemia da covid-19, sobretudo aos mais pobres. Na mesma altura, Xi Jinping disse ainda que as potenciais vacinas que a China previa desenvolver contra a doença iriam estar disponíveis “como um bem público global para que fossem acessíveis a todos os países em desenvolvimento”.
Hoje Macau China / ÁsiaParlamento Europeu lamenta acordo de investimentos com a China O Parlamento Europeu (PE) apelou esta quinta-feira à libertação “imediata e incondicional” dos activistas de Hong Kong e defendeu que a União Europeia “corre o risco” de perder a “credibilidade” ao negociar um acordo de investimentos com a China. Numa resolução aprovada com 597 votos a favor, 17 contra e 61 abstenções, os eurodeputados apelam “à libertação imediata dos representantes da oposição democrática e activistas detidos em Hong Kong durante as duas primeiras semanas de 2021, mas também de todos aqueles previamente detidos sob acusações de subversão previstas na Lei de Segurança Nacional”. Entre os indivíduos citados na resolução, o PE pede nomeadamente a libertação do activista Joshua Wong, Ivan Lam e Agnes Chow. Face à detenção dos activistas, os eurodeputados ameaçam não ratificar o acordo de investimentos negociado pela UE com a China em dezembro, referindo que, no momento da sua aprovação na assembleia, irão “examinarão cuidadosamente o acordo” e irão ter em consideração “a situação dos direitos humanos na China, incluindo em Hong Kong”. Nesse âmbito, os eurodeputados lamentam que, tanto a Comissão como o Conselho da UE, não tenham ouvido os “pedidos do PE” que instava as instituições a utilizarem o acordo sobre os investimentos com a China enquanto “instrumento de pressão para preservar o alto nível de autonomia de Hong Kong”. “Ao apressar-se a lograr este acordo sem adotar medidas concretas contra as graves violações dos direitos humanos em curso, por exemplo, em Hong Kong, na província de Xinjiang e no Tibete, a UE corre o risco de comprometer a sua credibilidade como paladino mundial dos direitos humanos”, sublinha a resolução. Os eurodeputados exortam ainda o Conselho da UE a ponderar “introduzir sanções direcionadas” contra “indivíduos em Hong Kong e na China, incluindo contra a líder de Hong Kong, Carrie Lam”. A UE e a China chegaram, em 30 de dezembro de 2020, a um “acordo de princípio” sobre investimentos, ao fim de sete anos de negociações, durante uma videoconferência entre líderes da UE e o Presidente chinês, Xi Jinping. De acordo com Bruxelas, este acordo político “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, uma vez que “a UE tem sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”. Pequim “compromete-se agora a abrir-se à UE numa série de sectores-chave” e a assegurar “um tratamento justo” às empresas europeias, de modo a que estas possam competir em condições de igualdade, referiu a Comissão. Falta agora que o texto do acordo seja finalizado pelas partes, tendo depois de ainda ser aprovado pelo Conselho (Estados-membros) e pelo Parlamento Europeu.
Hoje Macau EventosMorreu o autor francês de BD Jean Graton, criador de Michel Vaillant O autor francês de banda desenhada Jean Graton, criador da personagem Michel Vaillant, morreu esta quinta-feira aos 97 anos em Bruxelas, revelou a editora Dupuis. “Jean Graton foi o último ‘monstro sagrado’ da época de ouro da banda desenhada franco-belga”, ao lado de nomes como Franquin, Albert Uderzo e René Goscinny, lembrou a editora. Nascido em Nantes em 1923, Jean Graton conjugou duas paixões ao longo da vida – arte e desporto – vertendo-as para as pranchas da banda desenhada, ao criar em 1957 o automobilista Michel Vaillant, protagonista de uma série de histórias em quadradinhos. A editora Dupuis descreve Graton como “um verdadeiro embaixador do desporto motorizado”, cuja obra e paixão influenciaram gerações de leitores e criaram um universo que ainda hoje “brilha nas livrarias”. Graton iniciou o percurso profissional em Bruxelas em finais dos anos 1940, a desenhar caricaturas e publicidade no Le Journal des Sports. A entrada na banda desenhada deu-se na revista Spirou, tendo colaborado depois na revista Tintin, na qual, a 12 de junho de 1957, apareceu pela primeira vez Michel Vaillant. A propósito do trabalho de Graton na construção desta personagem e do universo automobilístico, no portal Lambiek, dedicado à banda desenhada, lê-se que o autor francês procurava ser rigoroso sobre este desporto e fazia bastante pesquisa, incluindo idas a corridas e encontros com pilotos. “Jean Graton participou em corridas em quase todo o mundo, fazendo amizade com os pilotos, chefes de equipa e diretores de circuito, acumulando milhares de fotos e documentos que conferem ao seu trabalho prestígio e autenticidade”, justifica a editora Dupuis. Em 1982, Jean Graton conseguiu a titularidade legal da sua obra e criou a própria editora, Studio Graton, com a participação do filho, Philippe Graton, que se tornou, entretanto, argumentista das histórias de Michel Vaillant. Jean Graton reformou-se em 2004, altura em que já tinham sido editados cerca de 70 álbuns da série com o piloto. A série, que conta com vários álbuns editados em Portugal, seria retomada em 2012, com novos desenhadores e o argumentista Philippe Graton. Entre os álbuns da série Michel Vaillant há dois com histórias ambientadas em Portugal – “Rali em Portugal” (1971) e “O homem de Lisboa” (1984) -, aos quais se junta “Um encontro em Macau” (1983). Nas primeiras presenças em publicações periódicas portuguesas, como a Cavaleiro Andante, Michel Vaillant chegou a ser designado Miguel Gusmão.
Hoje Macau SociedadeViolência Doméstica | Cecilia Ho defende natureza pública do crime Cecilia Ho indicou que seria um retrocesso a violência doméstica deixar de ser crime público para se tornar apenas semi-público. A académica, citada pelo jornal All About Macau, frisou que não é a definição do crime público que destrói a harmonia familiar, mas sim a violência. A académica defendeu que a natureza de crime público tem como objectivo promover a consciência social de tolerância zero à violência doméstica. A lei entrou em vigor há mais de quadro anos, e Cecilia Ho considera que actualmente muitas vítimas começam a ganhar coragem para pedir ajuda. Cecilia Ho apontou que o sistema para proteger as vítimas de violência doméstica precisa de melhorias, nomeadamente para assegurar às vítimas uma pensão alimentar depois de saírem da casa, sem que esse valor seja deduzido do subsídio atribuído pelo Instituto de Acção Social (IAS). Segundo o jornal Ou Mun, o IAS registou 30 casos suspeitos de violência doméstica nos primeiros três trimestres do ano passado, representando uma quebra de 13 por cento em termos anuais. Lei Lai Peng, Chefe de Departamento de Serviços Familiares e Comunitários, garante que os abrigos e as residências temporárias para as vítimas da violência doméstica são suficientes. Os abrigos têm 70 camas e as residências temporárias têm 45. A taxa de ocupação do ano passado fixou-se em cerca de 70 e 60 por cento, respectivamente.
Hoje Macau Manchete SociedadeAnalista diz que Macau tem reservas financeiras para sete anos de governação O analista do jogo David Green disse à Lusa que é pouco provável que Macau sinta pressão se a recuperação económica pós-pandémica demorar três anos porque tem reservas fiscais para aguentar sete anos de governação. Ainda que ciente da queda brutal de receitas do jogo, o motor da economia da capital mundial do jogo, o fundador da consultora especializada em regulação de jogos em Macau Newpage Consulting lembrou que o Governo de Macau soube poupar a maioria do montante arrecadado em impostos. “Embora o Governo obtenha a maior parte das suas receitas fiscais do imposto especial de jogo sobre as receitas brutas de jogo, sub-utilizou cronicamente o seu orçamento de receitas para o período 2004-2019, inclusive”, salientou, o que lhe permite ter alguma ‘folga’ num território que assinala agora um ano de crise pandémica, mas cerca de sete meses sem identificar qualquer novo caso. “Segundo os comunicados de imprensa da Autoridade Monetária, Macau tinha cerca de 72 mil milhões de dólares em reservas fiscais no final de 2019, o que equivaleria a cerca de sete anos de despesa total normalizada do Governo”, recordou. O analista explicou que a esse montante das despesas há, contudo, que retirar da equação o valor do pacote de estímulo económico extraordinário desenvolvido em resposta ao abrandamento causado pela pandemia de covid-19. Por outro lado, frisou o facto de Macau não ter dívidas e de ter ainda dinheiro das reservas financeiras a render. “O Governo não tem dívida, e as suas reservas, tendo em conta o aumento dos mercados accionistas, provavelmente obteriam pelo menos o retorno de 5,6 por cento registado em 2019”, afirmou. Ou seja, na prática, resumiu, “uma recuperação que leve outro ou mesmo dois anos civis é pouco provável que cause qualquer problema financeiro para a administração”.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Crise no comércio e restauração de portugueses em Macau agrava-se sem mercado de Hong Kong O comércio e a restauração gerida por portugueses em Macau vivem uma crise motivada pela pandemia que está a ser agravada, sobretudo, pelo desaparecimento do mercado de Hong Kong, alertaram à Lusa empresários do sector. “Os nossos clientes do Sudeste Asiático, Japão, Coreia do Sul e [Ilha] Formosa [Taiwan], que nos chegavam via Hong Kong, desapareceram. Os nossos clientes de Hong Kong também deixaram de vir. Vamos mantendo contacto com muitos deles aguardando por melhores dias”, lamentou Manuela Salema, que gere um espaço dedicado à venda de produtos portugueses na zona velha da ilha da Taipa. “Ficámos assim reduzidos aos clientes e bons amigos de Macau e, também, aos que nos vão chegando, a conta-gotas, do continente”, do interior da China, explicou a proprietária do Cool-Thingz & PortugueseSpot, agora que se assinala um ano desde que o território registou o primeiro caso de covid-19, mas há cerca de sete meses sem identificar qualquer contágio, tornando-o num dos locais mais seguros do mundo no controlo da pandemia. “O Plano de Apoio às PME [Pequenas e Médias Empresas] ajudou-nos a fazer face a alguns dos custos fixos mais pesados (…). Também foi bem-vindo o Plano Pecuniário aos Trabalhadores e o Plano Pecuniário às Empresas. Por outro lado, as duas fases do Plano de Subsídio ao Consumo, sem dúvida animou a procura”, acrescentou, numa referência às ajudas financeiras extraordinárias do Governo de Macau dirigida à população e PME face à crise causada pela pandemia. “Aguardamos com alguma ansiedade que novas medidas de apoio sejam tomadas pela Administração. A crise é grande e a sua duração, sem fim à vista, vai-se prolongando no tempo e aumentando as dificuldades”, concluiu Manuela Salema. Perto, o dono do restaurante português A Petisqueira não tem um melhor cenário para descrever. “A maioria da nossa clientela vinha de Hong Kong, entre 65 a 70%”, afirmou Eusébio Tomé. “E outros chegavam via aeroporto internacional de Hong Kong, da Coreia do Sul, Japão ou Singapura”, frisou o empresário português. Por ouro lado, parte da clientela também era oriunda da China continental, mas que tinham outros circuitos, precisou: “Iam a Hong Kong, em família, à Disney[land], por exemplo, e depois davam um salto a Macau, não é o mesmo mercado dos chineses que vêm do continente directamente para Macau e que os casinos vão buscar directamente nos autocarros para irem gastar dinheiro para os ‘resorts’”. Contas feitas a 2020, sem que descortine grandes mudanças no início deste ano, o mercado de Hong Kong ter-lhe-á roubado entre 65 a 70% dos clientes, afiançou. Em termos gerais, Hong Kong costumava ser “o principal mercado de Macau”, lembrou o analista do jogo Ben Lee. O especialista da consultora IGamix sublinhou, contudo, que “quando a China abriu os seus portões, os visitantes de Hong Kong foram substituídos” por aqueles que chegavam da China continental. Algo que, de resto, aconteceu tanto no segmento VIP [grandes apostadores] doméstico como internacional”, acrescentou. Macau, contudo, conseguiu manter alguma atractividade no segmento do não-jogo junto da outra região administrativa especial chinesa, dada a proximidade, já que fica a cerca de uma hora de ‘ferry’ ou pela nova ponte. E em especial em alguns nichos de mercado que vão da restauração ao pequeno comércio, sobretudo o mais especializado e que ofereciam produtos mais distintivos. Apesar da dificuldade de se quantificar a contribuição de receitas dos residentes de Hong Kong, só no jogo, Lee estimou que esteja algures nos 9% no período pré-covid. A crise causada pela pandemia obrigou o Governo de Macau a avançar em 2020 com um plano de ajuda e benefícios fiscais extraordinários sem precedentes dirigido à população e às pequenas e médias empresas. Macau não regista casos há cerca de sete meses, está há quase dez meses sem identificar contágios locais e sem contabilizar qualquer morte ou infeções entre profissionais de saúde.
Hoje Macau China / ÁsiaBiden | China felicita democrata pela tomada de posse e pede unidade na relação bilateral A China felicitou hoje Joe Biden pela tomada de posse como Presidente dos Estados Unidos e lembrou o seu discurso para também pedir “unidade” na relação entre os dois países. “Constatei que o Presidente Biden insistiu repetidamente no seu discurso na palavra ‘unidade’. Acho que é exatamente disso que precisamos agora na relação sino/norte-americana”, disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China aos jornalistas. A relação entre os dois países caiu ao nível mais baixo sob a Administração do ex-Presidente Donald Trump, que travou uma guerra comercial e tecnológica com o gigante asiático. Logo após a posse de Joe Biden, que ocorreu na quarta-feira em Washington, Pequim anunciou sanções contra 28 ex-funcionários do Governo cessante, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, que será proibido de entrar na China e em Hong Kong. Mas Pequim, que demorou para reconhecer a vitória do candidato democrata, diz que quer virar a página. “Eu penso que tanto a China quanto os Estados Unidos devem ter coragem e mostrar sabedoria para se entenderem mutuamente”, disse a directora do departamento de informações do ministério chinês. “É obrigação da China e dos Estados Unidos, como duas grandes nações, e também é a esperança da comunidade internacional”, declarou a porta-voz. “Se os dois lados cooperarem, os anjos benevolentes prevalecerão sobre as forças do mal na relação China-EUA”, declarou Hua, citando outra passagem do discurso de Joe Biden. A porta-voz saudou o regresso dos Estados Unidos ao acordo de Paris sobre o clima e à Organização Mundial da Saúde (OMS). A nova Administração norte-americana terá que lidar com vários assuntos relacionados à China, nomeadamente a questão dos direitos humanos, especialmente em Hong Kong e na região de Xinjiang, habitada por muçulmanos uigures. A este respeito, o secretário de Estado nomeado por Joe Biden, Antony Blinken, mostrou firmeza na terça-feira durante uma audiência no Senado. Blinken disse que compartilhava da acusação lançada por Mike Pompeo de “genocídio” perpetrada pela China contra os muçulmanos uigures. O novo secretário de Biden também admitiu que o Presidente republicano cessante “estava certo em adoptar uma postura mais firme contra a China”. Joe Biden – que sucede a Donald Trump, após ter vencido o republicano nas eleições presidenciais de 03 de novembro – prestou juramento quarta-feira, na escadaria oeste do Capitólio, numa cerimónia sob um forte dispositivo de segurança, após o violento ataque ao Congresso, na passada semana, por uma multidão de apoiantes de Donald Trump.
Hoje Macau EventosEscritor Mia Couto testa positivo à covid-19 e apela ao cumprimento de medidas de prevenção O escritor moçambicano Mia Couto apelou ao cumprimento das recomendações das autoridades de saúde face à covid-19, alertando para implicações “profundíssimas”, após testar positivo para o novo coronavírus. “Nós temos de conseguir uma resposta e direcção contrária à covid-19, ter respeito pelos outros e acatar essas instruções [de prevenção], tão simples”, dadas pelas autoridades de saúde, disse o autor à Lusa. O escritor moçambicano cumpriu ontem o 10.º dia de isolamento domiciliar, desde que foi diagnosticado positivo para o novo coronavírus, apresentando-se com sintomas leves, entre cansaço e dores musculares. Mia Couto alertou para as implicações “profundíssimas” da COVID-19 a nível social, económico e humano, além da saúde, considerando que a doença “empurra para uma situação de agonia, solidão e abandono”. “Quando me comunicaram, o medo que me assaltou foi o de um tipo de morte solitária, foi essa a construção que fiz”, contou Mia Couto. “Nós já temos vacina. Chama-se máscara, chama-se distanciamento. Portanto, temos as vacinas que serão, até daqui a alguns meses, a nossa arma principal”, declarou. Mia Couto venceu o prémio literário francês Albert Bernard 2020, pela edição francesa da trilogia “As Areias do Imperador”, publicada no ano passado com tradução de Elisabeth Monteiro Rodrigues, foi hoje anunciado pela Fundação Fernando Leite Couto. “Criado em 1993, este prémio anual, destinado a um autor cuja temática seja África, quer seja do ponto de vista da história, da ciência e da literatura, laureou pela primeira vez um escritor da África Austral. É também inédita a atribuição a um escritor de língua portuguesa”, acrescentou a nota. O escritor moçambicano, agora distinguida pela Academia Francesa de Ciências do Ultramar, já havia recebido em dezembro, na Suíça, o Prémio Jan Michalski, atribuído pela Fundação Jan Michalski, para distinguir obras da literatura mundial, publicadas em francês. A trilogia “As Areias do Imperador”, composta pelos romances “Mulheres de Cinza” (2015), “A Espada e a Azagaia” (2016) e “O Bebedor de Horizontes” (2017), centra-se na fase final do Império de Gaza, o segundo maior império do continente, no final do século XIX, dirigido por Ngungunyane (Gungunhana).
Hoje Macau InternacionalJoe Biden já é Presidente dos EUA. Discurso virado para unidade nacional e confiança na democracia Joe Biden pediu esta quarta-feira aos norte-americanos espírito de unidade e confiança na democracia, perante os difíceis desafios que o país enfrenta, no discurso inaugural do seu mandato como 46.º Presidente dos EUA. “A vontade do povo foi ouvida, e a vontade do povo foi atendida. Aprendemos novamente que a democracia é preciosa e a democracia é frágil. Nesta hora, a democracia prevaleceu”, disse Biden, acrescentando que o dia da sua tomada de posse, “é o dia da América, o dia da democracia, um dia na história e na esperança, de renovação e determinação” Biden disse que “poucos encontraram um tempo tão difícil como aquele que atravessamos”, referindo-se explicitamente à pandemia de covid-19, à violência nas ruas das cidades norte-americanas, às divisões políticas e à crise económica. “Poucas pessoas na história de nossa nação desafiaram tanto, ou acharam uma época mais desafiadora ou difícil do que a que estamos agora”, admitiu Biden. “Temos muito que fazer neste inverno de perigo e possibilidades significativas: muito para reparar, muito para restaurar, muito para curar, muito para construir e muito para ganhar”, acrescentou o novo Presidente norte-americano. Perante a ausência de Donald Trump – o Presidente republicano que terminou ontem, dia 20, o seu mandato e preferiu não estar presente para assistir à cerimónia de transição de poder – mas perante a presença dos antigos presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Bill Clinton, Biden agradeceu aos antecessores pela forma como preservaram a democracia e a relevância do cargo que agora ocupa. Uma parte relevante do seu discurso inaugural dirigiu-se aos adversários políticos, apelando ao diálogo e à compreensão, dizendo que devem procurar soluções em conjunto. “Não nos devemos olhar como adversários, mas como vizinhos”, disse Biden. “Sei que as forças que nos dividem são profundas e reais. Mas também sei que não são novas. A nossa história tem sido uma luta constante entre o ideal americano, de que todos somos criados iguais, e a dura e horrível realidade do racismo, medo e demonização que há muito nos separam”, explicou Biden. “Este é o nosso momento histórico de crise e desafio. A unidade é o caminho a seguir e devemos enfrentar esse momento como Estados Unidos da América”, acrescentou o Presidente, pedindo para que esse momento de unidade prevaleça, mesmo depois de episódios traumáticos, como o ataque ao Capitólio por apoiantes de Trump, no dia 06 de janeiro. “Aqui estamos nós, poucos dias depois que uma multidão turbulenta pensar que poderia usar a violência para silenciar a vontade do povo”, disse Biden, afirmando que ninguém pode “parar o trabalho da democracia”. “Isso não aconteceu. Nunca vai acontecer. Nem hoje, nem amanhã. Nunca. Nunca”, garantiu o Presidente, referindo-se aos poderes negativos e violentos que prometeu derrotar no seu mandato. Biden insistiu em que a “discórdia não pode ser pretexto para guerra total”, estendendo a mão aos adversários, prometendo que será o “Presidente de todos os americanos” e dizendo que se empenhará a defender os seus apoiantes como os seus adversários. O novo Presidente disse que este é o momento “para baixar a temperatura”, para acalmar ânimos políticos desavindos, perante graves desafios. “Vamos derrotar a pandemia. Mas vamos fazê-lo juntos. Temos de o fazer juntos”, prometeu Biden, recordando que a crise sanitária que se vive já matou tantos norte-americanos como a Segunda Guerra Mundial. Biden pediu mesmo uns segundos de silêncio para orar pelas vítimas mortais da pandemia, colocando o problema como prioridade da sua agenda política. Mas Biden também teve uma mensagem para o exterior dos Estados Unidos, dirigindo-se aos inimigos e aliados. “Seremos aliados de confiança. Seguros e fortes”, disse Biden, prometendo reatar alianças que possam ter sido enfraquecidas pelo seu antecessor, embora o novo Presidente não se tenha referido a nenhum caso em particular, nem tenha feito nenhuma crítica directa a Trump. Ainda assim, Biden disse acreditar que os Estados Unidos podem “voltar a ser um aliado em que se pode confiar”. Biden prometeu ainda combater as “mentiras”, dizendo que os actores políticos não as podem usar para seu benefício, prometendo “lisura” e transparência na forma como ocupará o seu lugar na Casa Branca. “Os melhores anjos sempre prevaleceram”, concluiu Biden, dizendo que a proteção da Constituição será sempre uma preocupação e prometendo que “a democracia e a esperança” não morrerão no seu mandato que ontem teve início.
Hoje Macau China / ÁsiaChina anuncia sanções contra Pompeo e outros responsáveis da administração Trump A China anunciou esta quarta-feira sanções contra cerca de 30 responsáveis do Governo do antigo Presidente dos EUA Donald Trump, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, por violação da sua “soberania”. “A China decidiu sancionar 28 pessoas que violaram gravemente a soberania” chinesa, declarou o ministério dos Negócios Estrangeiros através de um comunicado difundido quando Joe Biden era investido nas funções de Presidente dos EUA, em Washington. Para além de Pompeo, a diplomacia chinesa cita Peter Navarro, conselheiro para o comércio de Donald Trump, Robert O’Brien, um dos seus conselheiros para a segurança nacional, Alex Azar, ex-secretário da Saúde e Stephen Bannon, que também foi conselheiro do ex-Presidente dos EUA. Todas estas personalidades e os membros das suas famílias são proibidos de entrar em território chinês, incluindo Hong Kong e Macau, sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “Eles e as sociedades e instituições que lhes estão associadas também não poderão efectuar negócios com a China”, acrescentou. Na quarta-feira, a China ridicularizou as acusações de Pompeo, que se referiu a um “genocídio” em curso contra os muçulmanos uigures na região do Xinjiang (noroeste). A questão uigure constitui um dos numerosos pontos de fricção entre Pequim e Washington, a par da doença covid-19, Hong Kong ou ainda Taiwan. Um confronto que o secretário de Estado cessante elevou a um nível de nova Guerra Fria. De acordo com analistas estrangeiros, mais de um milhão de uigures estão ou foram detidos em campos de reeducação política em Xinjiang.
Hoje Macau SociedadeGoverno impõe períodos de auto-gestão de saúde após quarentena obrigatória Macau decidiu impor, a partir de hoje, períodos de auto-gestão de saúde de 14 e de sete dias, depois de cumpridas quarentenas obrigatórias de 14 ou 21 dias, respectivamente. A medida tem “em consideração a evolução epidemiológica mais atualizada”, de acordo com um comunicado do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “A partir das 00:00 do dia 21 de Janeiro de 2021, os indivíduos que entrem em Macau e sejam sujeitos a observação médica por um período de 14 dias em locais designados, conforme exigências da autoridade de saúde, passam a ser submetidos a auto-gestão de saúde por um período adicional de pelo menos 14 dias”, indicou a nota. Por outro lado, “os indivíduos que sejam sujeitos a observação médica por um período de 21 dias, em locais designados (…), passam, também, a ser submetidos a auto-gestão de saúde por um período adicional de pelo menos sete dias”, acrescentou. Um dia antes do fim do período de auto-gestão, os indivíduos terão de fazer um teste de ácido nucleico, que, sendo negativo, termina as medidas de autogestão de saúde, de acordo com a mesma nota. Durante o período de auto-gestão da saúde, o código de saúde [necessário para entrar em edifícios públicos locais], “será emitido com a cor amarela e as medidas de higiene pessoal devem ser rigorosamente respeitadas”. “Os infractores podem ser sujeitos à medida de isolamento obrigatório”, além de responsabilidade criminal. Em 21 de dezembro, Macau aumentou o período de quarentena obrigatória de 14 para 21 dias para residentes que cheguem à cidade provenientes de países e regiões fora da China continental. Os que chegam de locais identificados como de risco moderado na China continental cumprem 14 dias de quarentena obrigatória, assim como os oriundos de Taiwan. Todos os restantes indivíduos oriundos da China continental estão isentos de quarentena.
Hoje Macau EventosFRC | Evento de Ano Novo Chinês marcado para terça-feira A Fundação Rui Cunha (FRC) organiza na próxima terça-feira, dia 28, um evento sobre o Ano Novo Chinês que se avizinha, intitulado “Fai Chun – Oferta de Papéis Votivos”, em que o público poderá escolher as mensagens de boa sorte escritas em caligrafia chinesa. A actividade é gratuita e decorre entre as 10h e as 16h. Os votos de boa sorte e prosperidade têm a orientação de 28 mestres calígrafos de Macau, como Ung Choi Kun, Ng Pio (Yum Fung Chan),Yum Wing On, Yuen Wai Sang, Ho Lai Sim, entre outros, que vão estar presentes na galeria da FRC. O evento é organizado em parceria com a Associação dos Amigos de Poesia do Jardim da Flora. Fai Chun (揮 春) é uma decoração tradicional, frequentemente usada durante o Ano Novo Chinês, que marca a chegada da época primaveril, e que em português se pode traduzir por “Onda de Primavera”. As pessoas colocam os Fai Chun nas portas das suas casas para criar uma atmosfera festiva e jubilosa, já que as frases caligrafadas significam boa sorte e prosperidade. Normalmente, os Fai Chun são escritos à mão, mas as versões impressas são, hoje em dia, mais convenientes e produzidas em larga escala. Podem ser quadrados ou rectangulares e pendurados na vertical ou na horizontal, geralmente aos pares. Não existem apenas na China, mas também na Coreia, Japão e Vietname. Os Fai Chun tradicionais são de cor vermelha, com caracteres pretos ou dourados inscritos a pincel. Semelhante à cor do fogo, o vermelho foi escolhido para assustar a lendária besta feroz “Nian”, que devorou as colheitas dos aldeões, o gado e até os próprios camponeses na véspera de ano novo. Daí a tradição de proteger as casas com os melhores votos festivos para o ano que se segue. Segundo o calendário chinês, este é o ano do Búfalo de Metal e começa a 12 de Fevereiro, terminando a 31 de Janeiro de 2022. O búfalo é o segundo signo no ciclo de 12 anos do zodíaco chinês.
Hoje Macau PolíticaDeputado Lam Lon Wai associa crimes sexuais a pobreza O deputado Lam Lon Wai submeteu uma interpelação oral em que se mostra preocupado com crimes de abuso sexual no território, considerando que o poder económico da população pode ter influência neste contexto. “Provavelmente, o surgimento desses casos imorais que envolvem crianças e alunos tem a ver com o facto de a população ‘navegar mais na net’ em casa e com a mudança da situação socioeconómica após a epidemia, o que resultou na alteração emocional de algumas pessoas”, escreve o deputado. Assim, sugere que os serviços públicos se juntem a associações para cuidar de quem teve rendimentos afectados pela epidemia e conhecer a sua situação. Além disso, questionou se o Governo vai reforçar a supervisão e controlo de “informações negativas”, e sensibilizar menores que facilmente acedem a material questionável na internet. Por outro lado, o também subdirector da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários, onde houve um caso suspeito de abuso sexual por parte de um professor, quer uma análise das causas e características dos crimes sexuais mais frequentes nos últimos anos. “A fim de garantir a privacidade da vítima e evitar causar-lhe nova ofensa, o Governo vai aperfeiçoar a recolha de provas e reforçar serviços de aconselhamento e tratamento psicológico da vítima e das pessoas próximas?”, quer ainda saber. Na interpelação oral, Lam Lon Wai apontou que embora Macau já tenha educação sexual, o objectivo inicial é a auto-protecção e pedido de ajuda depois do sucedido, mas que os jovens não têm capacidade para lidar com os riscos. No seu entender, a “formação de sobrevivência” deve ser incluída na educação, para que os alunos saibam como lidar com situações de emergência e “serem capazes de fugir do perigo”.
Hoje Macau SociedadeCentral nuclear | SPU diz que incidente operacional não foi grave O Gabinete da Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong comunicou aos Serviços de Polícia Unitários (SPU) de Macau uma ocorrência na Central Nuclear de Ling Ao. O aviso às autoridades locais foi feito ontem, cinco dias depois de a situação ter sido detectada numa inspecção. Em comunicado, os SPU indicam que o incidente “não afectou o funcionamento, segurança da central, saúde do seu pessoal operacional, da população e do ambiente adjacente à central”. Dia 15 deste mês, foi detectado numa inspecção periódica ao sistema contra incêndio da fábrica de motor de gasóleo de uma unidade da central nuclear que os resultados de uma parte das amostras do líquido de espuma não satisfaziam o padrão exigido. Dois dias depois, os operadores renovaram o líquido conforme o procedimento e a qualidade voltou ao normal. Durante essas operações, a unidade manteve-se em condições de segurança. De acordo com os SPU, a Companhia de Energia Nuclear da Baía de Daya comunicou atempadamente o sucedido à entidade nacional fiscalizadora da segurança nuclear. Segundo a Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES), a ocorrência foi classificada na terça-feira como incidente operacional de nível 0, que é considerado como um desvio. “Serve essencialmente para a correcção de desvios e retorno de experiências”, explicam os SPU.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Apenas 27% dos comerciantes com melhorias em Novembro De acordo com Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho referente a Novembro de 2020, 27 por cento dos comerciantes declararam que o volume de negócios cresceu ou estabilizou em relação ao mês anterior. Contudo, o registo reflecte a melhoria de dois pontos percentuais, comparativamente com o mês de Outubro de 2020. Detalhando, segundo os dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o volume de negócio de 33 por cento dos comerciantes de joalharia e 15 por cento dos retalhistas do sector do vestuário para adultos subiram 17 e 10 pontos percentuais, respectivamente. Em sentido contrário, o volume de negócio de 67 por cento dos supermercados diminuiu 22 pontos percentuais. Quanto à restauração, o volume de negócios de 28 por cento dos proprietários entrevistados da restauração aumentou ou estabilizou, em termos anuais, tendo esta proporção descido 2 pontos percentuais, face à de Outubro.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Reserva financeira sobe para 620 mil milhões A reserva financeira de Macau subiu em Novembro de 2020 para 620 mil milhões de patacas, segundo dados divulgados ontem em Boletim Oficial. Segundo a nota, a Reserva Financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 269,2 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 184,6 mil milhões de patacas e até 163,69 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. Recorde-se que a Autoridade Monetária de Macau já indicara que os valores dos capitais da Reserva Financeira tinham atingido os 579 mil milhões de patacas em 2019 e os 597 mil milhões de patacas no primeiro semestre de 2020. De referir ainda que, no ano passado, o Governo foi obrigado a injectar dinheiro da Reserva Financeira no Orçamento para suportar a despesa extraordinária resultante do pacote de estímulos à economia, afectada pela crise causada pela pandemia do novo coronavírus, e que se traduziu num plano sem precedentes de ajuda e benefícios fiscais dirigidos à população e às pequenas e médias empresas.
Hoje Macau Manchete PolíticaCovid-19 | Faz amanhã um ano que Macau registou primeira infecção Foi a 22 de Janeiro de 2020 que Macau registou o primeiro caso de contágio de covid-19, de uma mulher oriunda de Wuhan. O Governo adoptou então medidas urgentes, muitas delas inéditas, como o fecho dos casinos. Hoje, Macau está no fim da lista dos países em termos do número de casos de covid-19 e sem óbitos Macau foi um dos primeiros territórios a identificar infectados com o novo coronavírus, mas é hoje um dos locais mais seguros do mundo, sem registar contágios há cerca de sete meses. Os dados oficiais dão força à campanha que as autoridades têm procurado passar de um território livre de covid-19: há cerca de sete meses sem registar casos, há quase dez meses sem identificar contágios locais, sem contabilizar qualquer morte ou infecções entre profissionais de saúde. De resto, é preciso olhar para o ‘ranking’ da plataforma ‘online’ Worldmeter, que reúne as estatísticas mundiais sobre a pandemia, para descobrir Macau no fundo da tabela de casos e óbitos, concorrendo com territórios como as Ilhas Salomão, Samoa, Micronésia, Vanuatu, Cidade do Vaticano e Ilhas Marshall. A 22 de Janeiro as autoridades de saúde anunciaram o primeiro caso, uma mulher natural da cidade de Wuhan, onde se crê que a pandemia teve origem. Um padrão nas diferentes vagas, em que foram identificados dois contágios locais relacionados com os casos importados: a celeridade das medidas e das restrições decididas pelas autoridades, tanto fronteiriças como dentro do território, com destaque para o inédito encerramento dos casinos. No final de Janeiro, dois dias após ter sido detectado o primeiro caso em Macau, as autoridades avançaram para a venda racionada de máscaras, cujo uso se tornou obrigatório nos transportes públicos e nos serviços públicos. A cada dez dias, cada pessoa pode adquirir dez máscaras em cerca de meia centena de farmácias convencionadas no território, a um preço reduzido: oito patacas. Reacções rápidas Logo no início de Janeiro, mal Pequim decidiu avisar o resto do mundo sobre o vírus altamente contagioso identificado em Wuhan, Macau avançou para o reforço da medição da temperatura corporal nos postos fronteiriços, com a medida a alastrar para quem quisesse entrar nos casinos, serviços públicos e, mesmo hoje, em alguns casos, simplesmente no acesso às habitações. Em Março, em entrevista à Lusa, um representante dos serviços de saúde explicou que 40 por cento dos casos tinham sido detectados precisamente através da medição da temperatura corporal, uma decisão que se pode também explicar pela experiência em outros ‘combates virais’, como foi o caso em 2009/2010, com a gripe suína. Macau fechou então escolas, estabelecimentos de diversão nocturna e espaços desportivos, remeteu os funcionários públicos para o teletrabalho e encaminhou milhares de residentes que entraram no território para hotéis onde foram obrigados a cumprir quarentena de 14 dias (entretanto alargada para 21 dias), com ‘direito’ a testes regulares de despiste à covid-19. Hoje, ainda, e apesar de Macau não registar casos há cerca de sete meses, é muito raro descobrir pessoas sem máscaras na rua, ainda que a lei não obrigue a tal. As mesmas pessoas que se isolaram em casa assim que foram anunciadas as acções de prevenção iniciais, mesmo que o Governo não tivesse determinado, mas apenas aconselhado o confinamento. O histórico no combate a outros vírus ajudou também a delinear a estratégia a seguir pelas autoridades de saúde para proteger, com sucesso, o pessoal da linha da frente. Os profissionais de saúde trabalharam por turnos de 14 dias, equipados com material de protecção individual, que incluía óculos, luvas e máscaras. E, uma vez revezados, seguiam para uma quarentena de outros tantos dias, cumprida numa residência anexa ao local onde prestaram tratamento aos primeiros infectados, num total de 46 desde o início da pandemia. À excepção da China, na prática, Macau mantém as fronteiras fechadas a todos aqueles que não possuam o estatuto de residentes, obrigando-os, ainda assim, quando regressam, a uma quarentena obrigatória de 21 dias num quarto de hotel.
Hoje Macau Grande Plano MancheteJogo | Economistas alertam para resultados abaixo das expectativas do Governo O Governo prevê que as receitas do jogo cheguem a 130 mil milhões de patacas este ano, mas os economistas Albano Martins e José Sales Marques alertam para o excesso de optimismo e para a possibilidade de os números serem bem diferentes. A desilusão pode começar já no Ano Novo Chinês, que deverá ter menos visitantes do que é esperado O economista Albano Martins considera que tudo joga contra o optimismo do Governo na previsão de receitas do jogo para 2021, apesar de ser um dos territórios mundiais mais seguros no controlo da pandemia. A tradição conservadora do Executivo na previsão das receitas do jogo no orçamento deu lugar a um invulgar optimismo, estranhou o economista, que duvida que o valor arrecadado se aproxime das projecções anunciadas para a capital mundial do jogo, que assinala agora um ano desde que registou o primeiro caso de covid-19, uma mulher natural de Wuhan, na China. “Tudo joga contra a expectativa dos 130 [mil milhões de patacas de receitas] para este ano. O montante permanece uma grande incógnita, mas acredito que seja melhor do que em 2020, que foi uma catástrofe. Mas não os 10,8 [mil milhões de patacas], a não ser que o Governo de Macau tenha informação privilegiada”, procurou resumir, em declarações à Lusa. “Nunca vi a Administração ser tão optimista, ela que é normalmente tão conservadora”, enfatizou o economista. O Governo de Macau estimou que o jogo possa render 130 mil milhões de patacas este ano, mesmo assim, metade do valor projectado inicialmente no Orçamento de 2020. “A técnica habitual nos orçamentos é subestimar receitas e maximizar despesas para não haver ‘buraco’”, explicou. Contudo, isso pressupõe que em média os casinos consigam ter receitas mensais de 10,8 mil milhões de patacas. Isto quando em Dezembro, o melhor mês em 2020 para as concessionárias da capital mundial do jogo no período pandémico, as receitas foram de 7,8 mil milhões de patacas. “A não ser que o Governo de Macau tenha informação privilegiada de Pequim, algo como um aval da China que permita perceber que ainda este ano, por exemplo, se verifique um crescimento do segmento VIP, e que pode valer mais de metade da receita”, admitiu Albano Martins, que salientou as restrições nos fluxos turísticos, com o segmento de massas a ser fortemente afetado. “É muito difícil de prever, há demasiadas variáveis, sendo uma delas o facto de a China estar bem ou mal-humorada, de poder fechar ou abrir a torneira”, em especial num período em que têm aumentado os casos, contrariando a ideia de que o país tinha a situação pandémica completamente controlada, até porque a maioria dos contágios resulta de surtos locais. Ano Novo, vida velha Também à Lusa, o economista José Luís Sales Marques defendeu que a economia deve viver em Fevereiro “um Ano Novo Chinês invernoso”. Em causa está o facto de Pequim e depois a China terem desencorajado a população a viajar por altura do Ano Novo Lunar chinês, quando tradicionalmente tem lugar a maior migração interna do planeta, e Macau regista habitualmente um crescimento significativo do fluxo turístico e enchentes nos casinos. “As recomendações (…) e o aumento dos casos na China a impressão que temos é que vamos ter um Ano Novo Chinês invernoso”, estimou Sales Marques, agora que se assinala um ano desde que o território registou o primeiro caso de covid-19, mas está há cerca de sete meses sem identificar qualquer contágio. “É muito cedo para tirar conclusões, mas a perspectiva não é muito encorajadora”, ainda que seja o “princípio do ano e se espere que, com a vacina, as previsões possam ser mais positivas”, acrescentou. Recuperação tímida Sales Marques sustentou que manda a prudência não se fazer qualquer tipo de prognóstico em relação ao comportamento da economia de Macau para 2021, sobretudo na área do jogo, que tem evidenciado uma recuperação tímida, mas com muitas variáveis difíceis de analisar. “Os dados sobre o mercado VIP não são famosos”, exemplificou. Em Dezembro, o melhor mês de 2020 durante o período da pandemia, “o peso do mercado VIP no jogo foi apenas de 26 por cento, quando normalmente é de metade”, justificou. Sales Marques admitiu a dificuldade de fazer previsões num contexto pandémico, mas defendeu que “quando o Executivo fez as projecções, obviamente que tinha elementos à sua disposição e procuraram ser razoavelmente prudentes”. O economista duvida que este ano se venham a repetir as ajudas financeiras governamentais de 2020, sem precedentes e dirigidas à população e pequenas e médias empresas. “Não existem mais dados de que venham a ser dados mais apoios. De resto, não está orçamentado pelo Governo, e existem expectativas de que a economia regresse um pouco à normalidade”, salientou. Contudo, “se alguma vez a situação piorar, é evidente que o Governo terá de tomar outra atitude, admitiu. Derrocada de visitantes No ano passado, o território perdeu 85 por cento dos visitantes em comparação com 2019, segundo dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) ontem divulgados. Em 2020 entraram 5.896.848 visitantes no território, longe dos quase 40 milhões registados no ano anterior. O período médio de permanência dos visitantes foi de 1,4 dias, mais 0,2 dias, relativamente a 2019. A esmagadora maioria dos visitantes, mais de 4,7 milhões, veio da China continental, segundo a DSEC. A China continental beneficia de excepções face às restrições fronteiriças determinadas no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus. Os últimos dados apontam para um aumento de 3,6 por cento em Dezembro, em relação aos números de Novembro, mas um decréscimo de 78,6 por cento quando comparado com o mesmo mês de 2019. Neste momento, e segundo o ‘ranking’ da plataforma ‘online’ Worldmeter, que reúne estatística mundial sobre a pandemia, Macau encontra-se no fundo da tabela em termos de casos e óbitos por covid-19, estando ao lado de territórios como Ilhas Salomão, Samoa, Micronésia, Vanuatu, Cidade do Vaticano e Ilhas Marshall. Sector VIP instável e ligeira recuperação no segundo semestre, diz Bernstein Analistas da consultora Stanford Bernstein defendem que o sector do jogo pode “recuperar no semestre de 2021 e atingir a retoma em 2022, com o regresso à normalidade no ambiente de operações e no mercado bolsista”. Em relação ao jogo VIP, as previsões apontam para alguma instabilidade este ano, cenário que se deverá prolongar até 2022. “O sector VIP vai continuar a sofrer com o escrutínio das transferências de dinheiro e as preocupações de clientes e agentes na relação com os junkets. No entanto, tal pode resultar num impacto positivo para o jogo de massas directo e premium”, com a transferência de clientes do segmento VIP, explica o comunicado da consultora citado pelo portal GGRAsia. Macau irá continuar a sofrer alguma instabilidade este ano no que diz respeito à vinda de turistas da China, uma vez que persistem “obstáculos” quanto à emissão de vistos e a necessidade de apresentação de testes à covid-19 negativos. Além disso, há também o impacto negativo da “contínua suspensão” dos vistos turísticos para excursões. “Muitos clientes de Macau estão a adiar viagens, mesmo ao nível do consumo premium, enquanto as viagens na China recuperam. Não esperamos nenhuma abertura na bolha de viagem [sem a realização de uma quarentena obrigatória] com Hong Kong até finais do primeiro trimestre, ou mesmo no segundo”, frisaram os analistas. “As restrições de viagem relacionadas com Macau não serão eliminadas até ao segundo semestre de 2021”, adiantaram os analistas da Bernstein, mas poderá haver uma “forte” melhoria nas receitas do jogo de massas e no número de visitantes assim que as opções de viagem “regressem ao normal”. Quanto ao desempenho dos casinos, a Bernstein prevê que o segmento do mercado de massa chegue 75 por cento dos valores de 2019, com o sector VIP a aproximar-se apenas dos 50 por cento. “O sector já está a atingir um melhor EBITDA [lucros antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] com os actuais níveis de receitas e a projecção da forte recuperação do sector de massas (e do segmento não jogo) deverá registar-se um aumento do crescimento dos lucros EBITDA”, lê-se.
Hoje Macau China / ÁsiaBilionário chinês Jack Ma reaparece após estar “desaparecido” quase três meses O bilionário fundador do gigante do comércio eletrónico chinês Alibaba, Jack Ma, reapareceu hoje numa reunião virtual com professores rurais após meses de incerteza sobre o seu paradeiro. No vídeo, publicado no ‘site’ do jornal Tianmu News, a sua província natal (Zhejiang), Ma cumprimenta uma centena de professores rurais do país asiático seleccionados para um prémio. “Quando a epidemia acabar, voltaremos a encontrar-nos”, afirmou. Embora o seu discurso não faça qualquer menção à sua situação, Jack Ma afirmou que durante “os últimos seis meses” – ou seja, um período que inclui o tempo em que esteve longe dos holofotes – tem participado activamente no processo de selecção de professores para o prémio que apresentou. Ma não aparecia em público desde finais de outubro de 2020 e a imprensa internacional tinha especulado sobre o seu paradeiro, chegando ao ponto de utilizar o termo “desapareceu” após o atrito que teve com o Governo chinês, que forçou a suspensão, em novembro, da Oferta Pública Inicial da sua empresa Ant Group. O grupo seria objeto da maior oferta pública de aquisição da história. Na sua última aparição pública, dias antes de se ter gorado a Oferta Pública Inicial, Ma tinha feito um discurso altamente crítico da estratégia de Pequim de minimizar os riscos no sistema financeiro e dos bancos tradicionais, que, segundo ele, ainda são geridos como “lojas de penhores”. Os rumores cresceram em novembro depois de Ma não ter participado como juiz no programa televisivo “Heróis de Negócios em África”, que fundou e no qual foi substituído por outro executivo Alibaba. Entretanto, os meios de comunicação oficiais mantiveram um silêncio coordenado durante semanas, coincidindo com as notícias de alegadas ordens de Pequim para não dar mais cobertura mediática à investigação ‘antitrust’ recentemente aberta contra o grupo. Na semana passada, fontes familiarizadas com o processo disseram à agência noticiosa espanhola Efe que Ma estava a tentar manter um “baixo perfil” e que se encontrava “bem”, enquanto chamavam “infundados” os rumores de que tinha sido preso ou que as autoridades o tinham proibido de sair do país. Ma deixou a presidência de Alibaba em 2019 – 20 anos após a sua fundação – e não exerce quaisquer cargos executivos, embora seja acionista maioritário da empresa.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China regista 103 novos casos, incluindo 88 de contágio local A Comissão Nacional de Saúde da China informou hoje que o país asiático diagnosticou 103 novos casos de covid-19 na segunda-feira, 88 dos quais são infeções locais. As infeções locais foram detectadas nas províncias de Jilin (46), Hebei (19) e Heilongjiang (16), enquanto na capital, Pequim, o número subiu para sete casos. As autoridades chinesas redobraram os seus esforços para conter os surtos nestas três províncias do nordeste, onde várias áreas foram isoladas e estão a ser efetuados testes em massa entre a população, numa tentativa de refrear a curva dos casos. As autoridades estão a tentar travar o ressurgimento de surtos na véspera do período de férias do Ano Novo lunar, que decorre entre 11 e 17 de Fevereiro de 2021, quando centenas de milhões chineses viajam para os seus locais de origem. A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 17 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infectadas activas no país se fixou em 1.473, incluindo 62 em estado grave. O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de maio, sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635. O país somou, no total, 88.557 infectados desde o início da pandemia. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.041.289 mortos resultantes de mais de 95,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.