Hoje Macau SociedadeAmamentação | Taxa subiu para 97% em 2023 A taxa de aleitamento materno aumentou de 88 por cento em 2015 para cerca de 92,7 por cento no ano passado. Esta foi uma das estatísticas realçadas pelo Governo durante a cerimónia de entrega de prémios para a promoção de aleitamento materno 2024, organizada pelos Serviços de Saúde. O evento distinguiu mais de 200 entidades públicas e privadas, e mais de 190 mães. O Director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, referiu que aleitamento materno ajuda ao crescimento e desenvolvimento dos bebés, reduz o risco de contrair doenças e incentiva a ligação emocional entre mãe e bebé. O responsável realçou que existem 367 salas de amamentação em instituições públicas e privadas em Macau. Além disso, Alvis Lo acrescentou que nos primeiros seis meses deste ano 3.053 grávidas marcaram o primeiro exame pré-natal em Macau, representando um aumento de 4,2 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado. O Governo sublinhou, porém, que estes dados incluem os exames pré-natal nos Serviços de Saúde e no Hospital Kiang Wu, “existindo uma situação de duplicação estatística”.
Hoje Macau PolíticaLei Chan U apela ao Governo para actualizar índice mínimo de subsistência Lei Chan U pretende saber se o Governo tem planos para actualizar o índice mínimo de subsistência pela primeira vez desde 2020. Este é um valor mínimo para definir as pessoas em situação de pobreza e que é igualmente utilizado para definir a distribuição de vários apoios sociais. Actualmente, considera-se que as pessoas com rendimentos inferiores a 4.350 patacas por mês estão abaixo do índice mínimo de subsistência. No entanto, há quase cinco anos que o montante não é aumentado. “O índice mínimo de subsistência não tem sido actualizado há vários anos, assim sendo, será que já estão reunidas as condições para o seu ajustamento?”, pergunta Lei Chan U, deputado dos Operários, numa interpelação escrita. O legislador defende que deveria haver uma actualização, porque nos últimos anos a vida em Macau ficou mais cara, a nível dos bens essenciais. “Nos últimos anos, a taxa de inflação tem-se mantido num nível baixo, mas o aumento significativo dos preços de alguns produtos de primeira necessidade, como os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas, exerce uma certa pressão sobre a vida da população, incluindo os grupos sociais mais carenciados”, justificou. Novo método Por outro lado, o legislador pede ao Executivo que pondere a necessidade de actualizar o meio de avaliação sobre o montante mínimo de subsistência. Segundo Lei, actualmente o Governo realiza duas avaliações por ano da adequação do índice, com base na evolução do Índice de Preços no Consumidor (IPC). No entanto, Lei teme que na altura em que os dados do IPC são obtidos a situação já possa ter mudado, por haver sempre “um atraso nos dados”. “É necessário avaliar, em tempo oportuno, se o referido mecanismo de ajustamento se coaduna com a actual situação do desenvolvimento socioeconómico”, alerta. Lei recorda também que no passado o Governo afirmou que ao longo deste ano iria ter lugar uma revisão do mecanismo, porém, até agora não se ouviram mais notícias. O deputado pede que seja feito um ponto da situação. “Qual é o ponto da situação dos trabalhos dessa revisão? Quando é que se prevê a conclusão da revisão do relatório?”, questiona.
Hoje Macau PolíticaFunção Pública | Curso inter-regional segue “espírito orientador” de Xi O Curso de Intercâmbio e Estudo para os Trabalhadores dos Serviços Públicos de Macau, Zhuhai e Hengqin, que começou no dia 29 de Junho e terminou na segunda-feira, contou com a participação de 36 trabalhadores de serviços públicos das três regiões. A formação teve como objectivo fornecer conhecimentos sobre a realidade dos serviços governamentais de Macau, Zhuhai e Hengqin e reforçar a cooperação e intercâmbio para “implementar o importante espírito orientador do Presidente Xi Jinping em relação à cooperação Guangdong-Macau no desenvolvimento da Ilha de Hengqin”. Durante cinco dias, o curso decorreu em Macau, Zhuhai e Hengqin, procurando incrementar a qualidade dos serviços governamentais de Guangdong e Macau prestados em Hengqin. O curso decorreu ao mesmo tempo que a “terceira sessão plenária do 20.º Comité Central do Partido Comunista da China, tendo os formandos aprendido as exigências dos trabalhos sobre o “aprofundamento da cooperação da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, o reforço da conexão de regras e ligação de mecanismos”, apresentadas no evento político nacional.
Hoje Macau PolíticaBanco da China | Ho Iat Seng recebeu novo presidente da sucursal local O Chefe do Executivo recebeu na segunda-feira, na Sede do Governo, o novo presidente da sucursal de Macau do Banco da China, Jia Tianbing, com quem discutiu o desenvolvimento do sector financeiro do território, “a diversificação adequada da economia de Macau, e a construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Segundo um comunicado divulgado ontem pelo Gabinete de Comunicação Social, Ho Iat Seng “espera que a sucursal de Macau do Banco da China continue a manter os princípios para ajudar na inovação e na implementação do sector financeiro de Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada, suportando o desenvolvimento adequado e diversificado de Macau e da construção da Zona de Cooperação Aprofundada, proporcionando à população de Macau um serviço financeiro de alta qualidade”. Ho Iat Seng aproveitou a oportunidade para enaltecer mais uma vez o “lançamento, pelo Governo Central, de várias medidas favoráveis a Macau”, que conduzem o território a uma “boa tendência contínua de desenvolvimento integral”. Por sua vez, Jia Tianbing “recordou que o banco se estabeleceu em Macau há cerca de 74 anos, e seguiu sempre o padrão e responsabilidades sobre os assuntos de relevo nacional, com a finalidade de concretizar o objectivo de ‘enraizar-se em Macau e servir em prol de Macau’”.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Pyongyang diz ter transferido 250 lançadores de mísseis para fronteira A Coreia do Norte anunciou ontem que transferiu 250 lançadores de mísseis de nova geração para as tropas destacadas para a fronteira com o Sul, na sequência de uma guerra de propaganda iniciada em Maio. “Uma cerimónia de transferência de 250 lançadores de mísseis tácticos de nova geração (…) para as tropas militares na fronteira” foi realizada no sábado, na capital Pyongyang, sob a direcção do líder norte-coreano, informou a agência de notícias estatal KCNA. Os dispositivos são “armas de ataque táctico actualizadas”, declarou Kim Jong-un, alegando tê-los “projectado pessoalmente”. Na quinta-feira, o Governo da Coreia do Sul ofereceu ajuda a Pyongyang, na sequência das inundações registadas no país em Julho. Mas a Coreia do Norte, que não responde aos apelos de Seul através das linhas de comunicação intercoreanas desde Abril de 2023, ignorou a oferta. Em Julho, a Coreia do Norte registou um recorde de chuvas torrenciais. No sudoeste do país, a cidade de Kaesong atingiu o nível de pluviosidade mais elevado no país em 29 anos, indicou o centro meteorológico sul-coreano. Na sexta-feira, o líder norte-coreano qualificou de “falsos rumores” as notícias publicadas nos meios de comunicação social da Coreia do Sul, de acordo com as quais 1.500 pessoas teriam morrido nas inundações no norte do país, ao longo da fronteira com a China. Kim Jong-un afirmou que ninguém morreu e cinco mil pessoas tinham sido colocadas em abrigos. As relações Norte-Sul atravessam actualmente um dos períodos de tensão mais fortes dos últimos anos. Desde o final de Maio, a Coreia do Norte lançou mais de dois mil balões transportando papéis, restos de roupa, pontas de cigarro e até estrume em direcção à Coreia do Sul. Em resposta, a Coreia do Sul suspendeu um acordo de redução de tensão de 2018 com a Coreia do Norte, retomando as transmissões por altifalante de ‘hits’ da sensação K-pop BTS, como “Butter” e “Dynamite”.
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça declara falência de subsidiárias da filial eléctrica da Evergrande A justiça da China ordenou que duas empresas controladas pela construtura chinesa Evergrande entrassem num processo de falência e reorganização, algo pedido pelos credores. Num comunicado enviado ontem à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Evergrande NEV, filial dedicada ao fabrico de veículos eléctricos, indicou que a audiência decorreu num tribunal chinês na sexta-feira e que a decisão foi favorável aos credores, poucos dias depois de terem apresentado o pedido. A empresa tinha revelado o pedido de declaração de falência das subsidiárias Evergrande New Energy Vehicle (Guangdong) e Evergrande Smart Automotive (Guangdong) a 28 de Julho. Na altura, a Evergrande NEV admitiu que o pedido poderia ter “um impacto material na produção e nas actividades operacionais da empresa e das subsidiárias afectadas”. Após o anúncio da decisão judicial, as acções da empresa chegaram ontem a cair 4,76 por cento em Hong Kong. As acções da Evergrande NEV já acumularam uma queda superior a 32 por cento até ao momento este ano. Em Junho, a empresa tinha alertado para o possível confisco de activos por parte das autoridades devido a dívidas. A Evergrande NEV admitiu que as autoridades da China exigiram, por escrito, o pagamento de cerca de 1,9 mil milhões de yuan no prazo de 15 dias, embora a empresa tenha garantido que iria recorrer da decisão. A 22 de Maio, a Evergrande NEV já tinha revelado que as autoridades chinesas exigiam a devolução deste valor, correspondente a subsídios, depois de não ter conseguido iniciar a prometida produção em massa dos seus veículos eléctricos. No final de 2023, a empresa tinha fabricado 1.700 unidades do seu primeiro veículo, o Hengchi 5, e entregue quase 1.400 unidades. Caso o recurso seja rejeitado, “o grupo ficaria exposto ao risco de ‘recuperação obrigatória’ de terrenos, edifícios e maquinaria que seriam utilizados para o reembolso de incentivos e subsídios”, o que teria um impacto significativo na situação financeira e operações da empresa. Actividade congelada No final de Maio, os administradores judiciais do grupo Evergrande alegaram ter encontrado um possível comprador para adquirir até 58,5 por cento da filial de veículos eléctricos. A Evergrande NEV foi forçada a interromper a produção na sua fábrica em Tianjin, no norte da China, devido a uma “grave escassez de fundos”. A justiça de Hong Kong ordenou no final de Janeiro a liquidação da Evergrande a favor dos credores estrangeiros, uma decisão que poderá não ser reconhecida na China continental, onde se encontra a maior parte dos activos do grupo. A Evergrande, com um passivo de cerca de 330 mil milhões de dólares, entrou em incumprimento há mais de dois anos, depois de sofrer uma crise de liquidez devido às restrições impostas por Pequim ao financiamento de promotores imobiliários com elevado nível de dívida.
Hoje Macau Eventos“Hush! | Novo festival de “Concertos na Praia” em Novembro Está agendado para os dias 9 e 10 de Novembro, na praia de Hac-Sá, em Coloane, uma nova edição do popular festival de música “Hush! Concertos na Praia”, organizado pelo Instituto Cultural (IC). Neste sentido, estão a ser aceites propostas para a apresentação de músicos, bandas e projectos criativos que se possam apresentar no festival, vendendo produtos locais ou apresentando projectos de arte. O IC declara, em comunicado, que até ao dia 15 deste mês serão aceites propostas, que visam “promover a cultura da música pop em Macau”, bem como apresentar, no que promete ser uma “maratona de música pop”, uma série de actividades relacionadas com “gastronomia criativa, recreação infantil e instalações artísticas”, sem esquecer o desporto ao ar livre. A ideia é criar um “festival de música multidisciplinar”. No que diz respeito à música, o “Hush!” apresenta quatro secções, intituladas “Hot Wave”, “Upbeat Power”, “Music Chill” e “Hush! Kids”. Para participarem no evento, as canções de bandas e músicos devem ser originais em “pelo menos metade” de todo o repertório. Por sua vez, “as canções a interpretar na categoria ‘Hush! Kids’ podem não ser originais”. Será ainda criado o “Projecto de Desenvolvimento Musical Temático”, permitindo às bandas, músicos e associações “mostrarem a sua criatividade na produção de espectáculos musicais temáticos únicos, proporcionando aos participantes uma experiência musical inédita”. O programa do “Hush!” deste ano conta ainda com o “Workshop de Música”, que tem a participação de instrutores a fim de transmitirem conhecimentos sobre a música pop. O regulamento para a participação no “Hush!” está disponível no portal online do IC ou na página “Hush Full Music” na rede social Facebook.
Hoje Macau EventosMorreu o jornalista, radialista e escritor João Paulo Guerra O jornalista João Paulo Guerra, 82 anos, morreu no domingo em Lisboa vítima de doença, disse à agência Lusa fonte próxima do também radialista e escritor. João Paulo Guerra morreu no hospital Curry Cabral, e estava doente há já algum tempo, disse a fonte, lembrando o último cargo que o jornalista exerceu – provedor do ouvinte do serviço público de rádio. Sempre conhecido por João Paulo Guerra, iniciou a carreira na rádio, mas foi também jornalista na imprensa, trabalhou para televisão e escreveu uma dezena de livros. De acordo com biografias publicadas pelas suas casas editoras, o jornalista iniciou-se profissionalmente na Rádio Renascença, passando depois para o serviço de noticiários do antigo Rádio Clube Português, onde deixou o nome associado a programas de informação e magazines, que se destacaram na viragem da década de 1960 para a seguinte, como PBX e Tempo Zip. João Paulo Guerra Baptista Coelho Vieira nasceu em Lisboa, em Abril de 1942, iniciando-se no jornalismo aos 20 anos, profissão que interrompeu quando prestou serviço militar em Moçambique. A mãe era fundadora da revista “Crónica Feminina”. Foi editor e repórter na ex-Emissora Nacional (1974) e chefe do Gabinete de Estudos e Planeamento da Direcção de Programas desta estação, na origem da Rádio Difusão Portuguesa (1974-75). Em todo o lado Correspondente em Lisboa da Rádio Nacional de Angola (1976-1977), fez parte da equipa de fundadores da Telefonia de Lisboa (1985-1987), foi editor e repórter da TSF – Rádio Jornal (1990-96) e da Central FM (1996). Na Antena 1, foi responsável pelo programa “Os Reis da Rádio” (2005-2006) e, durante mais de dez anos, a partir de 2006, pela “Revista de Imprensa”. Nos jornais, entre outros títulos, trabalhou para a Mosca, suplemento de fim de semana do Diário de Lisboa, então dirigido pelo escritor Luís Sttau Monteiro, fazendo parte da sua equipa. Trabalhou também para o vespertino A Capital e o suplemento Cena 7, o República e o Musicalíssimo. Foi ainda chefe de redação do Notícias da Amadora (1972-74), esteve na redação de O Diário (1979-79), que chefiou de 1989 a 1990, além de ter sido colaborador permanente dos jornais O Jogo, Público e do semanário O Jornal. Foi ainda editor e redactor principal do Diário Económico. Ao longo da carreira jornalística conquistou uma dezena de prémios, nomeadamente da Casa da Imprensa, o Prémio Gazeta do Clube de Jornalistas, o Prémio Nacional de Reportagem do Clube de Jornalistas do Porto, o Prémio Reportagem de Rádio do Clube Português de Imprensa.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Índice Nikkei regista segunda maior queda da história O principal índice da Bolsa de Valores de Tóquio (Nikkei) caiu 12,40 por cento, a segunda maior queda percentual da sua história, arrastado pelo fortalecimento do iene e pelos os receios de uma recessão nos EUA. O Nikkei, que agrupa os 225 títulos mais representativos do mercado, fechou com uma queda de 12,40 por cento, ou 4.451,28 pontos, para 31.458,42 pontos. O Topix, que inclui as empresas da secção principal, com maior capitalização, caiu 12,23 por cento, ou 310,45 pontos, para 2.227,15 unidades. Esta foi a maior queda percentual do Nikkei desde a “Segunda-feira Negra”, em 20 de outubro de 1987, quando desvalorizou 14,90 por cento, e também a maior queda em pontos da história. O índice atingiu 42.426,77 pontos em 11 de Julho e, depois, atingiu um recorde histórico, impulsionado pela contínua desvalorização do iene. Desde então, o benchmark selectivo acumula uma queda de 25,5 por cento e 10.765,60 pontos. A abertura em forte queda da bolsa de Tóquio segue a mesma tendência da semana passada, quando fechou (sexta-feira) com uma perda próxima dos 6 por cento, depois de acumular vários dias a cair, após a última reunião do Banco do Japão (BoJ), que aumentou as taxas. A mudança na política monetária japonesa ampliou o efeito dos receios de um abrandamento económico nos EUA, após dados de emprego que se revelaram muito piores do que o esperado e geraram especulações de um aumento no ritmo dos cortes nas taxas de juro, levando a quedas acentuadas noutros mercados asiáticos no início da semana. “Os investidores estrangeiros estão a vender acções japonesas devido a preocupações de que os Estados Unidos possam estar a caminhar para uma recessão”, disse Naka Matsuzawa, analista da corretora Nomura Securities, em declarações divulgadas pelo diário de negócios Nikkei. O especialista considerou que as motivações para esta queda são estranhas ao Japão, implicando uma procura de fundo por parte dos mercados, e que a posição a tomar deveria ser a de “esperar para ver” como evolui a principal economia mundial, especialmente em o setor da tecnologia. Perdas gerais O referido aumento da taxa do BoJ, que reduz as diferenças entre esta entidade e outras como a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu, desencadeou uma forte valorização do iene face ao euro e ao dólar, uma tendência que prejudica os grandes exportadores japoneses. “O valor no mercado de acções é decidido por vários factores, como a situação económica e as actividades empresariais, por isso evitamos comentar os movimentos diários”, disse ontem o porta-voz do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, em conferência de imprensa. Hayashi destacou, no entanto, que o Executivo japonês irá monitorizar estes movimentos e “fará um esforço para gerir a economia e as finanças japonesas”. O Mitsubishi UFJ, um dos principais bancos japoneses, foi a empresa mais negociada do dia e caiu 17,84 por cento, seguido pelas empresas do setor dos semicondutores Lasertec e Tokyo Electron, que perderam 14,26 por cento e 18,48 por cento, respectivamente. As acções da Toyota Motor baixaram 13,65 por cento, depois de terem apresentado na semana passada os seus resultados financeiros de Abril a Junho, que refletiram uma queda nas vendas, bem como uma previsão de lucro líquido para o ano em curso com uma queda próxima dos 30 por cento. Enquanto isso, o conglomerado de tecnologia e investimentos Softbank caiu 18,65 por cento e a Fast Retailing, dona da rede de roupas Uniqlo, caiu 9,59 por cento. A gigante dos videojogos Nintendo perdeu 16,53 por cento, depois de também ter apresentado os seus resultados na semana passada, enquanto a Sony perdeu 7,61 por cento e a empresa automóvel Nissan 14,48 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaCheias | Chuvas torrenciais causaram mais de 150 mortes nos últimos dois meses Deslizamentos de terras e inundações mataram mais de 150 pessoas no sul da China, nos últimos dois meses, devido às chuvas torrenciais que assolam a região. Na última catástrofe, uma inundação e um deslizamento de lama ocorridos na madrugada de sábado numa zona montanhosa da província de Sichuan causaram a morte de oito pessoas e deixaram 19 desaparecidas, segundo a imprensa estatal. A catástrofe destruiu também casas e matou pelo menos seis pessoas na aldeia de Ridi, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. Mais duas pessoas morreram e oito estão desaparecidas, depois de uma ponte entre dois túneis ter desabado e quatro veículos terem caído. A China está a meio da sua época alta de cheias, que vai de meados de Julho a meados de Agosto, e os responsáveis políticos chineses têm avisado repetidamente que o governo precisa de intensificar os preparativos para as catástrofes, à medida que o mau tempo se torna mais comum. Um relatório anual oficial sobre o clima afirmou no mês passado que os dados históricos mostram que a frequência da precipitação e do calor extremo aumentou na China, segundo a televisão estatal CCTV. Desde Junho, registaram-se várias tempestades mortais. Os dias de chuva intensa que se seguiram ao tufão Gaemi, que se transformou numa tempestade tropical depois de ter atingido a China há cerca de 10 dias, mataram pelo menos 48 pessoas na província de Hunan e deixaram outras 35 desaparecidas na semana passada. As autoridades informaram na sexta-feira que o número de mortos na sequência de uma tempestade anterior, em Julho, que destruiu uma secção de uma ponte na província de Shaanxi a meio da noite, tinha aumentado para 38 pessoas, estando outras 24 ainda desaparecidas. Pelo menos 25 carros caíram no rio.
Hoje Macau China / ÁsiaXangai | Consumo de electricidade atinge máximos históricos face a vaga de calor A procura por electricidade em Xangai, leste da China, atingiu novo recorde na sexta-feira, após medidas para garantir o abastecimento, face à vaga de calor que assola a metrópole desde o final de Julho. Segundo o operador da rede eléctrica municipal, a procura atingiu um pico de 40,3 milhões de quilowatts na sexta-feira, empurrando Xangai para o topo da classificação nacional de densidade de consumo de energia. A zona de Lujiazui, o distrito financeiro da cidade, consumiu duas vezes mais energia por quilómetro quadrado do que Manhattan, em Nova Iorque, ou Ginza, em Tóquio. Para fazer face à situação, o operador local reforçou o abastecimento com medidas como a expansão de fontes de energia externas – actualmente, 22 por cento do consumo total da cidade provém de fontes hídricas – ou a transferência de electricidade de outras províncias. A região leste da China enfrenta desde o final de Julho ondas de calor que atingiram 43,9 graus Celsius, segundo a televisão estatal CCTV, que advertiu que as altas temperaturas vão continuar nos próximos dias em mais de uma dezena de províncias, que inclui também o sul do país. Várias cidades da província de Zhejiang bateram no domingo os seus recordes históricos de temperaturas máximas, com a capital, Hangzhou, a atingir 41,9 graus Celsius. Prevê-se que as temperaturas máximas ultrapassem os 40 graus Celsius durante dez dias consecutivos, batendo o anterior recorde de oito dias, em 2013. Os especialistas atribuíram este facto a uma alta pressão subtropical mais forte do que nos outros anos, que fará com que o leste do país continue a registar temperaturas próximas ou mesmo superiores a 40 graus ao longo desta semana.
Hoje Macau China / ÁsiaNatalidade | Número de casamentos na China diminui 12,5 por cento Cerca de 3,43 milhões de casais chineses casaram-se no primeiro semestre de 2024, uma queda homóloga de 12,5 por cento, segundo dados oficiais, levando especialistas a prever que o número de casamentos em 2024 vai ser o mais baixo desde 1980. Segundo dados do Ministério dos Assuntos Civis, 3,43 milhões de casais casaram-se e 1,27 milhões divorciaram-se na China nos primeiros seis meses do ano. O número de registos de casamento durante o primeiro semestre deste ano é o mais baixo desde 2014. Citado pelo Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, o demógrafo He Yafu previu que o número anual de registos de casamento em 2024 cairá para o nível mais baixo desde 1980, quando o registo teve início. De acordo com He, as estatísticas do ministério mostram que, entre 2014 e 2023, com excepção de 2020, quando o número de registos de casamento no primeiro semestre do ano foi inferior ao do segundo semestre devido à pandemia da covid-19, o número de registos de casamento no primeiro semestre do ano foi superior ao do segundo semestre em todos os outros anos. A razão subjacente a este fenómeno é o Ano Novo Lunar chinês, o feriado de uma semana normalmente celebrado em Janeiro ou Fevereiro, durante o qual muitos casais aproveitam para se casarem. Este costume levou He a calcular que o número total estimado de registos de casamento para 2024 será de cerca de 6,6 milhões de casais, o que seria ainda mais baixo do que os 6,83 milhões de 2022 e estabeleceria um novo mínimo histórico desde 1980, quando 7,2 milhões de casais se casaram. Reforma exigida Do ponto de vista das estatísticas anuais, o número de registos de casamento a nível nacional atingiu um máximo histórico de 13,46 milhões, em 2013, e começou a diminuir desde 2014. O número caiu para menos de 10 milhões, em 2019, e diminuiu ainda mais para 6,83 milhões, em 2022, apesar de ter recuperado para 7,68 milhões, em 2023. De acordo com He, as razões para o declínio no número de registos de casamento desde 2014 incluem um declínio na população jovem, desequilíbrio de género, com mais homens do que mulheres entre a população jovem, adiamento da idade do primeiro casamento, custos elevados para casar e mudança de atitudes em relação ao casamento. No 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, em 2022, o partido sublinhou que o país precisa de um sistema que “aumente as taxas de natalidade e reduza os custos da gravidez, do parto, da escolaridade e da educação dos filhos”.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Novo recorde com 717 mil entradas e saídas no sábado No passado sábado, Macau bateu mais um recorde com 717.197 entradas e saídas nos postos fronteiriços, o número mais elevado de que há registo. Os dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública mostram ainda que 54 por cento das travessias se realizaram através do posto fronteiriço das Portas do Cerco. Também no sábado, Macau ultrapassou a fasquia dos 20 milhões de turistas que entraram no território desde o início de 2024, um registo só atingido no ano passado já em Outubro. Feitas as contas, entraram em Macau 93 mil turistas numa média diária, o que representa um aumento de 36 por cento face ao mesmo período do ano transacto, e uma recuperação para quase 83 por cento dos níveis verificados em 2019. Em Julho, Macau foi visitado por mais de 3 milhões de turistas, fluxo que se reflectiu numa média de ocupação hoteleira superior a 90 por cento. Segundo as estimativas do Governo, Macau deverá acolher até ao final deste ano cerca de 33 milhões de turistas, incluindo 2 milhões de visitantes estrangeiros.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Mais 814 empresas em três meses Entre Abril e Junho, o território ganhou 814 sociedades comerciais, de acordo com os números publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No segundo trimestre de 2024 constituíram-se 1.179 sociedades, ao mesmo tempo que foram dissolvidas outras 365 sociedades. A diferença entre os dois números resulta num saldo positivo de 814 novas empresas. Entre as 1.179 sociedades constituídas, 374 tinham como ramo de actividade o comércio por grosso e a retalho e 345 os serviços prestados às empresas. O capital social das sociedades constituídas totalizou 154 milhões de patacas, o que não deixou de ser um decréscimo de 24,2 por cento face ao primeiro trimestre do ano. Segundo a DSEC, a diferença justifica-se com o facto de entre Abril e Junho terem sido criadas menos sociedades com capitais sociais elevados em comparação com o período entre Janeiro e Março. O capital social das sociedades constituídas com origem em Macau foi de 94 milhões de patacas e o originário do Interior fixou-se em 50 milhões de patacas, representando 61,0 por cento e 32,7 por cento do total, respectivamente. O capital social proveniente de Hong Kong fixou-se em 8 milhões de patacas. Em relação à primeira metade do ano, registou-se um saldo positivo de 1.703 empresas, com a criação de 2.296 sociedades e a dissolução de 593 empresas.
Hoje Macau China / ÁsiaMeteorologia | China registou mês de Julho mais quente desde 1961 A temperatura média na China em Julho foi a mais alta registada nesse mês desde 1961, informou sexta-feira o Centro Meteorológico do país asiático. Durante o sétimo mês do ano, a temperatura média no país atingiu 23,2 graus Celsius, 1,1 acima do que a temperatura em anos considerados normais, disse o director-adjunto da instituição, Jia Xialong, citado pelo jornal oficial China Daily. “Em Julho, a China enfrentou uma combinação de chuvas extremas e temperaturas extremamente elevadas em todo o país”, afirmou Jia, num evento em Pequim. O sul da China sofreu uma vaga de calor generalizada e prolongada, com várias regiões a registarem temperaturas elevadas contínuas durante mais de 20 dias. Um total de 59 estações meteorológicas nacionais registou temperaturas máximas diárias que bateram ou igualaram os recordes de sempre. No mês passado, foram batidos recordes de calor em todo o mundo, tendo 22 de Julho sido o dia mais quente de que há registo na Terra, com uma temperatura média diária global de 17,15°C. O aumento súbito da temperatura média diária entre 21 e 22 de Julho deveu-se principalmente a temperaturas significativamente mais elevadas do que o normal no hemisfério norte, particularmente na América do Norte e na Europa, bem como na maior parte da Antártida, explicou o especialista. De acordo com as previsões do Centro, as temperaturas na maior parte da China continuarão a ser mais elevadas do que o habitual em Agosto: são esperadas duas ondas de calor significativas na primeira quinzena de Agosto, devendo as temperaturas elevadas diminuir no final do mês. Em Julho, a forte precipitação causou a morte de mais de 30 pessoas e centenas de milhares de desalojados no centro da China.
Hoje Macau PolíticaGoverno prevê diminuição de licenças de porte de arma com nova lei As autoridades de Macau admitiram na sexta-feira que o número de licenças de porte de arma no território “vai diminuir” após entrada em vigor de nova lei de controlo de armas. Actualmente, 724 pessoas possuem licença em Macau, número que o Governo acredita que “vai diminuir com a implementação da lei”, afirmou o comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública Ng Kam Wa. Os portadores com licença em Macau são “agentes policiais, outros agentes de serviços públicos e outras individualidades da sociedade”, resumiu o responsável durante uma conferência de imprensa em que foi apresentado o projecto de regulamentação do regime jurídico do controlo de armas e coisas conexas. Este regulamento estabelece, entre outras regras, “os termos em que é realizada a comprovação da capacidade de manejo de armas e dispositivos e da capacidade física e psicológica dos interessados”. Impõe, além disso, “a realização de entrevista pessoal aquando do pedido de licença”. Tudo em ordem Durante a apresentação, o porta-voz do Conselho Executivo, André Cheong Weng Chon, disse ainda que este regulamento vem definir os requisitos e condições para “a instalação e operação de estabelecimentos de actividades comerciais e industriais” de armas. Na apresentação do regime jurídico do controlo de armas e coisas conexas, na Assembleia Legislativa, em 2023, o Governo afirmou que, desde a transição de Macau para a China, a segurança e ordem públicas mantiveram-se estáveis, com as autoridades a garantirem “plenamente a segurança da população”. Daí, reduziu-se “significativamente a necessidade de os particulares deterem armas de defesa pessoal”. Esta lei e o regulamento administrativo apresentado na sexta-feira entram em vigor em 31 de Agosto.
Hoje Macau EventosFotografia | Luís Godinho é o novo vencedor do concurso da “Somos!” Um erro informático levou a “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” a seleccionar por engano imagens para a mais recente edição do concurso de fotografia, que consagrou José Carvalho como o grande vencedor. Porém, face à nova avaliação, o fotógrafo Luís Godinho é agora o grande vencedor A “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” anunciou ontem os novos vencedores do concurso de fotografia “Somos – Imagens da Lusofonia”, que na sua quinta edição teve como tema “Em cada rosto, um legado colectivo”. A associação teve de analisar novamente as imagens submetidas que, devido a um erro informático, foram admitidas a concurso, apesar de não cumprirem os critérios requeridos, nomeadamente quanto à data em que foram captadas. Assim, ao invés de José Carvalho, que erradamente foi considerado vencedor, a “Somos!” anunciou ontem que Luís Godinho é o devido vencedor do concurso, que decorreu entre os dias 20 de Maio e 10 de Julho. Segundo um comunicado da “Somos!”, Luís Godinho ganhou com um retrato tirado em São Tomé e Princípe, tendo sido escolhidas também as imagens de Bruno Pedro e Jorge Bacelar, com fotografias tiradas, respectivamente, em Cabo Delgado, região de Moçambique; e em Estarreja, Portugal. Na mesma nota, descreve-se que o júri atribuiu o novo primeiro lugar à imagem do fotógrafo português Luís Godinho, intitulada “São Tomé e Príncipe”, que pretende “demonstrar a alegria sentida pelas crianças desse pequeno país, que tem uma população jovem cada vez mais instruída”. Assim, o retrato “é de uma menina que, depois de ter chegado da escola e ajudado a sua mãe nas tarefas diárias, se deita a relaxar à sombra, numa antiga roça em São Tomé, num contraste de luz e sombra que dá dimensão ao seu estado de espírito”. Segundo o júri, Luís Godinho conseguiu “aliar destreza técnica e boa composição nesta fotografia que, assim, lhe garante o primeiro prémio do concurso no valor de dez mil patacas”. O segundo prémio, no valor cinco mil patacas, foi conquistado pelo português Bruno Pedro, autor da fotografia “Paz em Cabo Delgado”, que é o retrato de uma menina a sorrir no coração do bairro mais antigo de Pemba (Paquitequete), na província moçambicana de Cabo Delgado, que tem sido fustigada por ataques terroristas desde Outubro de 2017. Houve uma fuga em massa da população daquela região, na sequência dos ataques armados atribuídos ao Daesh, e o retrato desta menina é um símbolo de resistência e de esperança, que atesta a capacidade humana de readaptação, de perseverança, que nos recorda que é possível encontrar alegria mesmo nas circunstâncias mais cruéis e difíceis, sendo a inocência plasmada no seu rosto profundamente comovente. Já o português Jorge Bacelar, recebeu o terceiro prémio, no valor de 3.500 patacas, com a fotografia “Momento de descanso”, que nos dá conta do legado de Manuel Pires Tavares, também conhecido por “Manel Espeta”, um agricultor que vive sozinho em Salreu, uma freguesia de Estarreja, Portugal. O retrato de perfil mostra o agricultor, sentado ao lado de uma das suas vacas de raça marinhoa (raça autóctone portuguesa) com os seus cães ao colo, que acabam por ser a sua companhia e alegria da casa. Manel herdou a paixão pela agricultura dos pais e no seu rosto estão as marcas de uma vida sempre dedicada ao campo. Outros destacados A quinta edição do concurso da “Somos!” atribuiu ainda três menções honrosas que não tiveram direito a prémios monetários, mas sim certificados. Trata-se de João Galamba, de Portugal, com a imagem intitulada “Festas de Santo Estevão”, uma tradição transmontana; Milton Ostetto, do Brasil, com “As marcas do mar” sobre a tradição da pesca artesanal em Florianópolis; e Raphael Alves, também do Brasil, com “O barqueiro” que retrata a seca mais intensa da história da Bacia Amazónica. Uma vez que o concurso fotográfico da “Somos!” celebra cinco anos de existência, a associação irá organizar uma exposição, a 27 de Setembro, a ter lugar no Albergue da Santa Casa da Misericórdia, pelas 18h30, com as melhores imagens submetidas a concurso, cerca de 40. Pretende-se apresentar as melhores fotografias “pela sua relevância ou valor para o tema do concurso fotográfico e para o propósito da Somos – ACLP de projectar a dimensão cultural da Lusofonia, assim como o papel de Macau enquanto plataforma que une a China e os países ou regiões de língua portuguesa”. Será também lançado um catálogo “que reúne as melhores fotografias das edições do concurso realizadas até este ano” e que irá conter “imagens que capturam a essência e a diversidade do mundo lusófono, revelando a conexão humana e cultural que une Macau e os países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], servindo este catálogo de registo e de suporte para memória futura, no âmbito destas relações”, lê-se na mesma nota.
Hoje Macau China / ÁsiaVárias províncias chinesas reduzem vagas para professores face a queda da natalidade Várias províncias da China estão a reduzir o número de vagas para professores, face à acelerada queda no número de crianças em idade escolar nos últimos anos, que ilustra os crescentes desafios demográficos do país. Na província de Jiangxi, sudeste da China, as autoridades informaram que o número de novos postos de trabalho para professores do ensino pré-escolar, primário e secundário será reduzido este ano em 54,7 por cento, para 4.968, ou seja, menos de um terço do número de vagas abertas há dois anos. Na província vizinha de Hubei, o recrutamento de professores diminuiu um quinto durante o mesmo período. A queda deve-se ao abrupto declínio do número de crianças em idade escolar, uma vez que a China está a atravessar um período de fertilidade “ultrabaixa”, com menos de 1,4 nascimentos por mulher. O Centro de Investigação sobre População e Desenvolvimento da China estima que a taxa de fertilidade total desceu para 1,09, em 2022. Quando comparado a 2016, quando o país pôs fim à política de ‘filho único’, o número de nascimentos caiu de 17,86 milhões para 9,02 milhões, no ano passado – uma queda superior a 50 por cento. Nas estimativas globais publicadas em Julho, a ONU prevê que a população da China desça dos actuais 1,4 mil milhões para 639 milhões, até ao final deste século, uma queda mais acentuada do que os 766,7 milhões previstos há apenas dois anos. A ONU prevê que, em 2050, 31 por cento dos chineses terão 65 anos ou mais. Em 2100, essa percentagem será de 46 por cento, aproximando-se de metade da população. Jardins sem crianças Citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, o Departamento de Educação de Jiangxi reconheceu o desafio numa resposta oficial a sugestões sobre a reforma do sistema de ensino, no final de Junho. “A baixa taxa de fecundidade tornar-se-á um dos principais riscos para o desenvolvimento demográfico do país”, vincou. Segundo as autoridades de Jiangxi, a percentagem de crianças entre os 0 e os 15 anos de idade na população da província diminuiu nos últimos quatro anos, com uma queda de 480.900, no ano passado – a maior desde 2020. Os recursos educativos devem ser reestruturados em resposta à diminuição da taxa de fertilidade, afirmou o organismo governamental, referindo o encerramento de um quinto das escolas nas zonas rurais da província com menos de 100 alunos. Em 2023, uma situação semelhante na província de Hunan, no centro da China, levou as autoridades educativas a anunciar que não seriam construídos novos jardins-de-infância nas zonas rurais. O número de crianças nos jardins-de-infância de Hunan diminuiu 14,79 por cento, para 319.400, em 2023, em comparação com o ano anterior. Em todo o país foram encerrados cerca de 15.000 jardins-de-infância, em 2023, já que o número de matrículas caiu 5,3 milhões, em comparação com 2022, segundo dados do governo.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim promete “zero restrições” ao investimento estrangeiro no sector industrial A China vai levantar as restrições ao investimento estrangeiro no seu sector industrial, como parte das políticas de abertura de Pequim, afirmou na sexta-feira um responsável do Governo chinês, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. A China vai “tomar novas medidas” para facilitar o acesso ao seu mercado e melhorar o ambiente de negócios para as empresas estrangeiras, disse Zhu Bing, director-geral do departamento de gestão do investimento estrangeiro do Ministério do Comércio, em conferência de imprensa. O responsável afirmou que o conjunto de indústrias que promovem o investimento estrangeiro será alargado e que serão feitos progressos na “abertura ordenada” de sectores específicos como as telecomunicações, a Internet, a educação, a cultura e a saúde. Para o efeito, serão revistas as regulações, com o objectivo de dar maior apoio ao investimento a longo prazo e de alta qualidade nos mercados de capitais do país asiático. Zhu assegurou que a China continua a ser um destino atractivo para o capital estrangeiro e que mantém “intactas” as suas vantagens, entre as quais destacou especificamente as bases económicas “sólidas”, o seu “vasto” mercado, os fornecimentos industriais de alta qualidade e o “talento excepcional” disponível no seu mercado de trabalho. Gigante ultrapassado No primeiro semestre do ano, o investimento directo estrangeiro na China caiu 29,1 por cento em relação ao ano anterior, para 498,91 mil milhões de yuan, segundo os dados oficiais, embora os responsáveis citados pela imprensa local afirmem que se trata apenas de uma descida “temporária”. De acordo com um relatório recente citado pelo diário de Hong Kong South China Morning Post, em 2023, as seis principais economias do Sudeste Asiático ultrapassaram a China em termos de investimento directo estrangeiro: 206 mil milhões de dólares contra 43 mil milhões. Além disso, estes países atraíram mais 37 por cento de investimento directo estrangeiro entre 2018 e 2022, contra 10 por cento da China, segundo a mesma fonte. Este facto deve-se à estratégia de diversificação seguida por muitas empresas e à redução da competitividade da China devido ao aumento dos custos e ao impacto das taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos e outros países sobre importações oriundas da China.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Xi pede a empresários que contribuam para modernização do país Num raro discurso dirigido ao sector empresarial da antiga colónia britânica, Xi Jinping apelou ao rejuvenescimento nacional e à manutenção do “estatuto distintivo e das vantagens” que distinguem a região administrativa especial chinesa do resto do país O Presidente chinês exortou na sexta-feira os empresários de Hong Kong a “contribuírem significativamente” para a modernização da China, numa carta dirigida aos líderes empresariais do território descendentes de chineses oriundos da cidade de Ningbo. Na carta, citada pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP), Xi expressou gratidão a estes empresários pelo “apoio contínuo à cidade natal e ao país”, incluindo na “criação de empresas e escolas” e exortou-os a aproveitarem os “respectivos pontos fortes e a participarem activamente na reforma e abertura do país”. Na carta, Xi salientou que, durante muitos anos, os empresários de Hong Kong descendentes de Ningbo, cidade portuária situada no leste da China, mantiveram uma “afinidade com a pátria” e um espírito patriótico “transmitido de geração em geração”. O líder chinês elogiou igualmente o empenho na inovação, no empreendedorismo, na filantropia e na educação. Xi sublinhou também a importância de Hong Kong manter o “estatuto distintivo e as vantagens” que distinguem a região administrativa especial chinesa do resto do país. O líder chinês afirmou que a construção de um país forte e o rejuvenescimento através da modernização requerem “a unidade e o trabalho conjunto” da população. “Espero que continuem a basear-se nos vossos respectivos pontos fortes, a integrar-se proactivamente na reforma e na abertura da China, a dar novos contributos para a modernização da China e a contribuir para a realização do sonho chinês de um grande rejuvenescimento nacional”, escreveu. Declarações incomuns O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, afirmou que a carta “incutiu uma firme confiança não só nos empresários acima mencionados, mas também nos empresários de Hong Kong em diferentes partes do país, para que continuem a aproveitar a sua força para contribuir para a China”. O líder de Hong Kong comprometeu-se ainda a unir as forças empresariais e civis para “se integrarem no desenvolvimento da nação, contribuindo para um país mais forte e para o seu rejuvenescimento”. A carta de Xi surge numa altura em que o futuro de Hong Kong como centro financeiro mundial tem sido posto em causa nos últimos anos, devido a factores como o impacto da pandemia da covid-19 na região semiautónoma e as mudanças levadas a cabo na sequência da lei de segurança nacional imposta por Pequim após as manifestações e distúrbios em 2019. Estas são raras declarações do Presidente chinês. A última vez que Xi escreveu a líderes empresariais individuais foi há uma década, quando respondeu a 30 empresários da província de Fujian, no sudeste do país, para assinalar o 30.º aniversário do apelo dos líderes locais à descentralização dos negócios, indicou o SCMP.
Hoje Macau SociedadeZona Norte | Áreas de lazer vão ser reordenadas Foto: Gonçalo Lobo Pinheiro O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) está a planear reordenar as zonas de lazer no Bairro da Ilha Verde e no Bairro Tamagnini Barbosa, indicou o presidente do conselho de administração do organismo, José Tavares, em resposta a uma interpelação escrita do deputado Ngan Iek Hang. As zonas de lazer que serão intervencionadas estão localizadas na Rua Central de T’oi Sán, Bairro Social de Tamagnini Barbosa, Rua da Missão de Fátima, Rua de Lei Pou Ch’ôn, Estrada Marginal da Ilha Verde, Rua Marginal do Canal das Hortas ao lado das Cáritas, Rua da Fábrica e a recém-construída zona de lazer na Praça dos Lótus. O IAM indicou que pretende “através de um planeamento integral da disposição de diversos espaços de lazer no bairro da Ilha Verde e no Bairro Tamagnini Barbosa, satisfazer as necessidades dos cidadãos da Zona Norte em relação a espaços para o seu lazer”. Além disso, os campos desportivos dos dois bairros da zona norte “serão adicionadas telas de sombra e instalações de água potável conforme as condições”. Em relação às obras de optimização da Zona de Lazer da Rua Central de T’oi Sán, José Tavares avançou que os procedimentos para o concurso público arrancam no terceiro trimestre deste ano, “enquanto as restantes zonas de lazer serão objecto de concurso de forma faseada após a conclusão da concepção”.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Depósitos bancários de residentes registam quebra No passado mês de Junho, o valor dos depósitos bancários dos residentes reduziu de 0,6 por cento em comparação com o mês anterior, caindo para 730,5 mil milhões de patacas, de acordo com dados divulgados pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). No pólo oposto, os depósitos de não-residentes cresceram 4 por cento, para 343,6 mil milhões de patacas. Quanto aos depósitos do sector público na actividade bancária cifraram-se nos 203,3 mil milhões de patacas, um crescimento de 1 por cento. O total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 0,8 por cento quando comparado com o mês anterior, atingindo 1.277,4 mil milhões de patacas. Entre este valor, 43,3 por cento dos depósitos foram em dólares de Hong Kong, 26,5 por cento em dólares americanos, 19,5 por cento em patacas e 9 por cento em yuan. No mesmo período, os empréstimos internos ao sector privado decresceram 0,5 por cento, face a Maio, para 532,2 mil milhões de patacas.
Hoje Macau PolíticaAmbiente | Lam Lon Wai quer mais separação de lixo Lam Lon Wai defende que apesar de haver uma elevada consciência da sociedade sobre reciclagem, que na altura de separar os resíduos ainda há muito trabalho para fazer. O deputado pretende assim que o Governo explique os planos para alterar os comportamentos no território. O assunto é abordado através de uma interpelação escrita, em que o deputado também pede explicações sobre o facto de a separação do lixo continuar baixa, apesar da população estar ciente da necessidade. “Nos últimos anos, os estudos sobre os conhecimentos da população de Macau sobre a protecção ambiental revelaram aumentos ao nível da consciencialização, da responsabilidade e do grau de satisfação com o ambiente. No entanto, ainda se regista uma baixa taxa de execução nos trabalhos de separação e reciclagem dos resíduos, o que demonstra a necessidade de reforçar a educação e a sensibilização”, aponta. “O Governo tem realizado muitos trabalhos no que respeita à recolha selectiva de resíduos, então, como vai, no âmbito das grandes políticas de protecção ambiental, reforçar a educação dos residentes dos bairros comunitários?”, questiona. Na interpelação, o deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau quer igualmente saber se existem planos para criar nas escolas “instalações para praticar a protecção ambiental sistemática”.
Hoje Macau PolíticaAmbiente | Governo vai rever metas de redução de resíduos Confrontado com o cenário provável de falhar a meta de redução dos resíduos sólidos gerados no território, o Governo admite a necessidade rever as metas, num futuro plano. Foi desta forma que a Direcção de Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), através do subdirector Ip Kuong Lam, respondeu ao deputado Lei Chan U sobre a grande probabilidade da meta traçada em 2017 ficar longe de ser cumprida. A resposta foca também a necessidade de ter em conta a realidade económica de Macau e o papel assumido pelos diferentes sectores da sociedade. Ip explicou que a DSPA vai “rever os resultados da implementação do ‘Planeamento de Gestão de Resíduos Sólidos de Macau (2017-2026)’, para a elaboração das metas de redução de resíduos da próxima fase”. Além disso, indicou que o Governo irá “ponderar, de forma global, as tendências do desenvolvimento socioeconómico e tecnológico, especialmente o grau de participação dos diversos sectores na redução e recolha de resíduos” para “definir uma estratégia de redução de resíduos que corresponda à realidade social”. De acordo com o Planeamento de Gestão de Resíduos Sólidos de Macau, até 2026 o volume médio de resíduos urbanos produzidos diariamente per capita seria reduzido em 30 por cento de 2,11 quilos para 1,48 quilos. No entanto, o deputado Lei Chan U recorreu aos números oficiais do “Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2023”, para indicar que no ano passado, face a 2022, houve um aumento de 14,1 por cento no número de resíduos per capita para 2,02 quilos. “Na realidade, olhando para os 10 anos entre 2014 e 2023, o volume de resíduos sólidos urbanos descartados per capita de Macau tem vindo a aumentar e, mesmo durante os três anos de epidemia, o volume de resíduos sólidos urbanos descartados per capita não foi reduzido para 1,48 quilos”, indicou o deputado.