Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China quer vacinar 40% da população até Junho Especialistas em saúde chineses dizem que a China está atrasada na implementação da vacinação contra o novo coronavírus porque tem a doença amplamente sob controlo, mas que planeia vacinar 40% da população até Junho. O líder do grupo de especialistas vinculados à Comissão Nacional de Saúde, Zhong Nanshan, disse que o país distribuiu 52,52 milhões de doses de vacinas para a covid-19 até 28 de Fevereiro. Zhong fez o comentário durante um fórum ‘online’ entre especialistas médicos norte-americanos e chineses, patrocinado pelo Instituto Brookings e pela Universidade Tsinghua. Trata-se da primeira meta que a China estabelece publicamente, desde que começou a sua campanha de imunização em massa para grupos de risco, em meados de Dezembro. A China inoculou apenas 3,56% da sua população, de 1,4 mil milhões de pessoas, até à data, de acordo com Zhong. Em primeiro lugar no mundo está Israel, que vacinou mais de 90% da sua população. Os EUA vacinaram cerca de 22%. Especialistas em saúde chineses dizem que o país tem fornecimento suficiente para a sua população, embora se tenha comprometido a exportar cerca de 500 milhões de doses, sobretudo para os países em desenvolvimento. “O ritmo atual de vacinação é muito baixo, porque o surto está sob controlo na China, mas acho que a capacidade é suficiente”, disse Zhang Wenhong, especialista em doenças infecciosas que também participou no fórum. A China aprovou quatro vacinas, todas desenvolvidas por farmacêuticas chinesas. Estas farmacêuticas asseguraram que podem fabricar 2,6 mil milhões de doses, até ao final deste ano. Ainda assim, vacinar toda a população da China constitui um desafio. Mesmo com uma taxa de vacinação de 10 milhões de pessoas por dia, seria preciso cerca de sete meses para vacinar 70% da população do país, observou Zhang. Todos os especialistas reconheceram também a complexa tarefa de vacinar a população mundial. “A procura vai ultrapassar a oferta durante muitos meses ou anos, a menos que se acelere a manufactura”, disse Tom Frieden, ex-diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA. Eles também alertaram contra a expectativa de um rápido retorno ao normal. O chefe do Centro de Controlo de Doenças da China, Gao Fu, previu que a vida pode recuperar “alguma normalidade” no verão do próximo ano. Gao, junto com Zhong e outros especialistas em saúde chineses, pediu mais cooperação entre os EUA e a China. Gao pediu especificamente aos EUA e à China que cooperem através da COVAX, uma iniciativa das Nações Unidas para distribuir vacinas de forma mais justa em todo o mundo em desenvolvimento. “Vamos trabalhar juntos”, apelou.
Hoje Macau SociedadeHengqin | Quota para carros de Macau duplica A partir de 15 Março, a quota para veículos de Macau a circular na Ilha da Montanha vai subir para 10 mil, face aos actuais 5 mil. O anúncio foi feito ontem pelo Gabinete de Comunicação Social e a medida resultou de negociações entre a RAEM e as autoridades de Zhuhai. O comunicado não explica quanto vai o Governo de Macau pagar às autoridades de Zhuhai pelo aumento da quota. A medida aplica-se a residentes de Macau com 18 anos, e permite registar dois condutores por veículo, desde que tenham uma carta de condução emitida pelas autoridades do Interior da China. A implementação não é automática e está limitada a 300 quotas a cada 30 dias.
Hoje Macau SociedadeServiços de Saúde | Alvis Lo novo director a partir de 1 de Abril Alvis Lo, médico que faz parte da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, vai ser o novo director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), noticiou ontem a TDM Rádio Macau. Desta forma, Alvis Lo substitui Lei Chin Ion, que está no cargo desde 2008. Alvis Lo é médico pneumologista e deverá assumir as novas funções a 1 de Abril. No passado dia 25 de Janeiro, aquando da entrega das medalhas de mérito pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, Lei Chin Ion deixou no ar a possibilidade de não continuar no cargo. “Independentemente de ser ou não o fim da comissão de serviço, estou muito orgulhoso de ser um dos membros dos Serviços de Saúde que lutou contra a pandemia. Não interessa se estamos a falar do pessoal da linha da frente ou da retaguarda. Trabalhámos arduamente e de forma diligente para combater esta pandemia e estamos muito orgulhosos disso”, disse. Lei Chin Ion viu ser-lhe atribuída a medalha de Mérito Altruístico.
Hoje Macau SociedadeMAWA | Associação denuncia veneno nas ruas que mata animais A Associação de Macau pelo Bem-Estar Animal (MAWA, na sigla em inglês), a par do café Catfree, denunciaram o surgimento de um pó branco nos últimos dias nas ruas de Macau, perto de edifícios industriais, que pode envenenar cães e gatos. Os denunciantes revelaram que pelo menos um gato terá morrido por alegadamente ter ingerido o pó. Ainda de acordo com a MAWA, apesar das autoridades terem sido alertadas para o problema e terem procedido à limpeza, momentos depois a mesma substância terá voltado a surgir nas ruas. Além da ameaça para os animais, a MAWA mostrou-se preocupada com a possibilidade de a próxima vítima poder ser uma criança. Também o deputado Sulu Sou reagiu ao incidente e apelou às autoridades para investigarem este caso.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Centenas protestam contra acusações a activistas pró-democracia Centenas de manifestantes protestaram ontem contra a acusação de 47 ex-legisladores e activistas pró-democracia por “subversão”, no dia em que estes compareceram no tribunal de Kowloon ocidental, em Hong Kong. Os manifestantes gritaram “Libertem os presos políticos” e “De pé por Hong Kong”, com alguns a fazerem a saudação com três dedos, símbolo de resistência em vários países asiáticos. O conselheiro local, Kwan Chun-sang, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que passou a noite na rua, em frente ao tribunal, para garantir um lugar na sala de audiência. “Quero mostrar o meu apoio aos militantes pró-democracia”, disse. Os 47 activistas são acusados de conspirar com o intuito de subverter a lei da segurança nacional por participarem em primárias eleitorais não oficiais para as legislativas do território. Os ex-legisladores e activistas já tinham sido presos em Janeiro, mas foram entretanto libertados. Os réus incluem 39 homens e oito mulheres com idades entre 23 e 64 anos, segundo a polícia. Representantes consulares de vários países europeus, da União Europeia e dos Estados Unidos também estiveram na fila para tentar entrar na sala de audiências.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Correspondentes estrangeiros com piores condições de trabalho As condições de trabalho da imprensa estrangeira na China “deterioraram-se consideravelmente”, em 2020, segundo o Clube de Correspondentes Estrangeiros no país asiático, após a expulsão de 18 jornalistas e o aumento da pressão exercida pelas autoridades. “Pelo terceiro ano consecutivo, nenhum correspondente declarou que as suas condições de trabalho melhoraram”, apontou o Clube de Correspondentes Estrangeiros na China (CCEC) no seu relatório anual. A China expulsou, em 2020, pelo menos 18 jornalistas estrangeiros que trabalhavam para os jornais norte-americanos New York Times, Wall Street Journal e Washington Post. Tratou-se da “maior expulsão de jornalistas estrangeiros desde os dias do massacre de Tiananmen, há mais de 30 anos”, segundo o Clube. A China deixou também de atribuir novas credenciais de imprensa aos correspondentes de órgãos norte-americanos. A validade das credenciais de imprensa de pelo menos 13 correspondentes foi reduzida para seis meses ou menos. O documento, essencial para os jornalistas trabalharem no país, costuma ser válido por um ano. BBC, Globe and Mail, Le Monde ou Voice of America foram alguns dos órgãos afectados. Outro tipo de pressão, dirigida a funcionários chineses de órgãos internacionais, “aumentou” também, no último ano, com ameaças de não renovação das autorizações de trabalho. Lusa
Hoje Macau China / ÁsiaDireitos humanos | Pequim vai publicar relatório que visa Estados Unidos O Conselho de Estado chinês promete divulgar, “num futuro próximo”, um documento sobre a situação dos direitos humanos nos EUA em 2020 e que revela a forma “incompetente” como os norte-americanos geriram a pandemia da covid-19, sem esquecer “a desordem da democracia” no país ou a discriminação racial de que sofrem as minorias O departamento de comunicação do Conselho de Estado chinês vai publicar, “num futuro próximo” um relatório sobre alegadas violações de direitos humanos ocorridas nos EUA em 2020, foi anunciado esta segunda-feira. Segundo a agência Xinhua, o documento, com cerca de 15 mil caracteres chineses tem como título “O relatório das violações dos direitos humanos nos EUA em 2020” e apresenta detalhes sobre “a incompetência dos EUA” na gestão da pandemia da covid-19, “a desordem da democracia que desencadeou o caos político” ou ainda a “discriminação racial de que sofrem as minorias”. O relatório promete ainda apresentar mais detalhes sobre “a agitação social que ameaça a segurança pública”, o aumento da “polarização entre ricos e pobres que agrava a desigualdade social” e o “atropelo dos EUA nas regras internacionais”, o que levou a “desastres humanitários”. “O grande agitador” Relativamente à pandemia, o relatório promete explicitar “a desordem das instituições democráticas americanas que levou ao caos político, o que levou a uma divisão na sociedade”, escreve a Xinhua. É também referido um sistema político com “dinheiro contaminado” que levou à “supressão da opinião pública”, transformando eleições num “espectáculo de um homem só” da classe rica, numa referência ao ex-Presidente Donald Trump. Além disso, o relatório do Conselho de Estado aponta que “a confiança da população no sistema democrático americano caiu para o mais baixo nível dos últimos 20 anos”. Sobre a discriminação, o Conselho de Estado chinês denota que as minorias étnicas nos EUA “sofrem de uma sistemática discriminação racial e que têm estado numa situação difícil”. O relatório dá ainda conta de que as infecções por covid-19 atingiram três vezes mais os afro-americanos do que as pessoas de cor branca, além de que “morreram duas vezes mais”. A Xinhua escreve também que o documento aborda a questão “do comércio de armas e o facto de os incidentes com armas terem registado um número recorde nos EUA, onde a confiança na ordem social diminuiu”. Focando-se no aumento do desemprego devido à pandemia, o Conselho de Estado chinês conclui que a América “está a tornar-se no grande agitador da segurança global e da estabilidade”.
Hoje Macau EventosCinema | Cloee Zhao é a primeira mulher asiática a ganhar um Globo de Ouro O filme “Nomadland – Sobreviver na América” deu, pela primeira vez, um Globo de Ouro nos EUA a uma mulher oriunda do continente asiático. Cloee Zhao, nascida na China mas a viver nos EUA há muitos anos, levou o galardão para casa. Cloee Zhao tornou-se também na primeira mulher a conquistar esta distinção desde Barbara Streisand, em 1984 A realizadora Chloe Zhao, nascida na China, tornou-se ontem na primeira mulher de origem asiática a obter um Globo de Ouro, nos EUA, pela realização do filme “Nomadland – Sobreviver na América”, que obteve igualmente o prémio para melhor drama. Zhao é além disso a primeira mulher a conquistar o prémio desde Barbara Streisand, com “Yentl”, em 1984, numa categoria em que apenas estas duas mulheres receberam aquela distinção. Cloee Zhao nasceu em Pequim em 1982 mas foi criada em Inglaterra e Nova Iorque. Actualmente vive na Califórnia, EUA. O seu filme de estreia foi “Songs My Brothers Taught Me”, lançado em 2015, seguindo-se “Rider”, lançado em 2018 e premiado em Cannes. Em ambos, Cloee Zhao reinventou os célebres westerns norte-americanos. Numa entrevista ao The Guardian, a realizadora declarou que tanto a América como a China são a sua “casa”. “Tenho família lá [na China] e foi onde nasci. Espero pelo dia em que possa ter dupla nacionalidade, porque a China não permite isso actualmente. Não posso esperar pelo dia em que possa ser cidadã de ambas as minhas casas”, acrescentou. A 78ª edição dos Globos de Ouro, prémios de cinema e televisão da Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood, distinguiram também Chadwick Boseman a título póstumo, como melhor actor dramático, numa cerimónia em que a Netflix foi a grande vencedora. O actor, que morreu em 2020, aos 43 anos, foi premiado pelo seu papel no filme “Ma Rainey: a mãe do blues”, de George C. Wolfe. “The Crown” arrecada 4 Globos A plataforma de streaming Netflix, que contava com 42 nomeações, venceu a maioria dos prémios para televisão, com a série “The Crown”, que contava com seis nomeações, a obter quatro globos de ouro, incluindo o prémio para melhor série de drama. A série, que reconstitui a vida da família real britânica, recebeu ainda prémios para os actores Josh O’Connor (no papel de príncipe Charles), Emma Corrin (princesa Diana) e Gillian Anderson (Margaret Thatcher). A popular série “Gambito de Dama” venceu na categoria de melhor minissérie, tendo a protagonista, Anya Taylor-Joy, obtido também o prémio de melhor actriz. O filme “Mank”, de David Fincher, que liderava as nomeações na área do cinema, foi o grande perdedor da noite, não tendo conquistado qualquer prémio. “Mank” estava indicado em seis categorias, incluindo as de Melhor Drama, Realização, Argumento (para Jack Fincher, pai do realizador), e Actor em Drama, para Gary Oldman. O filme “Os 7 de Chicago”, de Aaron Sorkin, também exibido pela Netflix, obteve o Globo de Ouro na categoria de melhor argumento. Sasha Baron Cohen, que estava nomeado na categoria de melhor actor dramático pela participação no filme de Sorkin, acabaria por vencer o prémio como actor de comédia ou musical, por “Borat 2”. “Minari” melhor filme estrangeiro O prémio de melhor actriz num filme dramático foi para a cantora Andra Day, por “The United States vs Billie Holiday”, com a britânica Rosamund Pike a vencer na categoria de comédia ou musical por “I Care a Lot”. Jodie Foster obteve o prémio na categoria de melhor atriz secundária, pelo papel no filme “The Mauritanian”. Daniel Kaluuya conquistou o Globo de Ouro para melhor actor secundário pelo filme “Judas and the Black Messiah”. O Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro foi para “Minari”, de Lee Isaac Chung, batendo “Another round”, de Thomas Vinterberg, “Uma vida à sua frente”, de Edoardo Ponti, protagonizado por Sophia Loren, “La llorona”, de Michael Chaves, e “Deux”, de Filippo Meneghetti. A cerimónia realizou-se dias depois de uma investigação do jornal Los Angeles Times ter questionado a relevância e a credibilidade da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA, na sigla inglesa) na indústria cinematográfica nos Estados Unidos. O jornal traçou uma imagem de actuação duvidosa, proteccionista dos seus membros e desligada da realidade, revelando que há membros da associação a receberem remunerações avultadas, cuja proveniência não é transparente, e nem todos são efectivamente jornalistas. Este ano, a associação foi amplamente criticada por ter excluído das nomeações dos Globos de Ouro várias produções que são potenciais candidatos aos Óscares, como “Da 5 Bloods – Irmãos de armas”, de Spike Lee, “Judas and the Black Messiah”, de Shaka King, e “Ma Rainey: A mãe do blues”, de George C. Wolfe.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Taxa de ocupação com quebra de 12,8 por cento Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, em Janeiro, a taxa de ocupação média dos quartos de hotel foi de 40,3 por cento, menos 12,8 por cento face a Dezembro do ano passado. A quebra, em termos anuais, foi de 40,7 por cento. Em Janeiro estavam a funcionar 120 hotéis e pensões, menos duas face a Dezembro, com 36 mil quartos de hotel, menos 6,1 por cento. Foram hospedadas 447 mil pessoas, menos 58,6 por cento em termos anuais. Deste bolo, os visitantes do interior da China foram 373 mil, representando 83,5 por cento do total. Pelo contrário, o número de hóspedes locais foi de 49 mil, mais 0,7 por cento. Em Janeiro não se registou nenhum visitante em excursões chegadas a Macau do exterior, sendo que o número de visitantes em excursões locais foi de 1.100. Já o número de residentes de Macau que viajaram para o exterior com recurso a serviços de agências de viagens correspondeu a 7.900, destes 7.600 deslocaram-se ao Interior da China (96,2 por cento do total).
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Vacinação arranca nas Filipinas apesar de dificuldades no abastecimento A campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou hoje nas Filipinas, um dos países mais afetados pela pandemia no sudeste da Ásia, apesar das dificuldades de fornecimento. Com mais de 576.000 casos e 12.318 mortes desde o início da pandemia, as Filipinas são o segundo país mais afectado no sudeste da Ásia, depois da Indonésia. O país enfrenta igualmente uma grave crise económica, devido ao confinamento prolongado, que o Presidente, Rodrigo Duterte, prometeu aliviar, quando houver um número substancial de pessoas vacinadas. “A nossa economia está realmente em baixo, por isso quanto mais depressa a vacinação for feita, melhor”, disse Duterte, durante uma conferência de imprensa transmitida pela televisão, no domingo, segundo a agência de notícias Associated Press (AP). Os primeiros a serem vacinados incluem membros do Governo, profissionais de saúde, militares e agentes da polícia, em seis hospitais da capital, em Manila. O país recebeu no domingo 600 mil doses de vacinas do laboratório Sinovac, doadas pela China. Além destas, as Filipinas encomendaram mais 25 milhões de doses do laboratório chinês, ainda sem data prevista de entrega. A chegada ao país das primeiras 525.600 doses da vacina da AstraZeneca, inicialmente prevista para hoje, foi adiada uma semana, informou o secretário da Saúde, Francisco Duque III. A doação da China representa uma pequena fração do total de 148 milhões de doses que o Governo tem estado a negociar para vacinar a população, de 70 milhões de pessoas. O Presidente foi alvo de críticas pelo atraso no início da vacinação, mas Duterte acusou os países mais ricos de açambarcarem grandes quantidades, prejudicando o acesso às vacinas dos países mais pobres. Além dos problemas de fornecimento, o país enfrenta o ceticismo da população em relação à vacina chinesa, com menos eficácia, quando comparada com outras disponíveis. O responsável governamental pela aquisição de vacinas, Carlito Galvez Jr, foi hoje vacinado para dar o exemplo, no Hospital Geral de Manila. “Não devemos esperar pela dita melhor vacina. Não há uma vacina melhor, porque as melhores vacinas são as efectivas e eficientes que chegam cedo”, disse.
Hoje Macau DesportoCampeão chinês de futebol interrompe actividade O Jiangsu FC, actual campeão chinês de futebol, anunciou este domingo ter suspendido as actividades em todas as equipas, devido aos graves problemas económicos no grupo Suning, que detém o clube. Em comunicado publicado na rede social Weibo, a equipa confirmou não ser capaz de cumprir as regras para fazer a inscrição na liga chinesa de futebol, cujo prazo terminou este domingo, assim como na Liga dos Campeões asiática, devido a “factores incontroláveis”. O Jiangsu FC refere que tentou nos últimos seis meses encontrar um novo dono, que tomasse conta do clube e da dívida, que originou atraso no pagamento dos salários aos jogadores durante a última temporada. Todas as equipas do clube, incluindo a feminina e os escalões jovens, são afectados por esta suspensão da actividade do Jiangsu FC, que continua em busca de um comprador. Caso não surjam ofertas para a compra ou ajuda governamental, o grupo Suning teria de ceder o clube de forma gratuita caso algum interessado assumisse a dívida ou fechar o Jiangsu FC. Nas últimas semanas, o grupo Suning, que tem uma participação maioritária no Inter de Milão, tem sido notícia pelos graves problemas económicos que o afectam.
Hoje Macau China / ÁsiaANP | Analisado relatório de trabalho do comité permanente que será discutido em Março Legisladores chineses realizaram discussões em grupo no sábado para deliberar sobre o relatório de trabalho do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), a principal órgão da China. O relatório de trabalho será submetido à assembleia anual em Março para deliberação. Li Zhanshu, presidente do Comité Permanente do ANP, participou da deliberação, que também contou com a presença de membros do Comité Permanente do ANP e membros dos comités especiais do ANP. Os participantes concordaram que, desde a sessão anual anterior do ANP em maio de 2020, “o Comité Permanente alinhou o seu trabalho com o trabalho geral do Partido e do estado, cumpriu escrupulosamente o dever prescrito pela Constituição e pelas leis e fez novos progressos em vários aspectos de seu trabalho”. O comité permanente promoveu a implementação da Constituição salvaguardando a autoridade da Constituição e melhorando as leis relacionadas, de acordo com as discussões do grupo. Os participantes observaram que o comité permanente acelerou a legislação em áreas-chave, com importantes avanços, como saúde pública, segurança nacional, protecção ambiental e governação social. “Ao exercer eficazmente o seu poder de fiscalização, a comissão promoveu o trabalho do governo, da Comissão Nacional de Fiscalização, do Supremo Tribunal Popular e da Suprema Procuradoria Popular”, afirmaram. O comité também facilitou o cumprimento das metas de desenvolvimento económico e social estabelecidas para o período do 13º Plano Quinquenal do país (2016-2020) e auxiliou na elaboração do 14º Plano Quinquenal (2021-2025), de acordo com o grupo discussões. Os membros do Comité Permanente do ANP endossaram o relatório de trabalho e concordaram em submetê-lo à próxima sessão anual do ANP para deliberação. Os presentes propuseram sugestões para modificar o relatório de trabalho e melhorar o trabalho dos congressos populares.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Vigilância digital, alarmes e comités de bairro contra o vírus Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa Em Pequim, cidade com 23 milhões de habitantes e 35 casos de covid-19 na altura, Judith Teunissen desafiou as probabilidades ao cruzar-se com um taxista infectado, experimentando prontamente a eficácia da máquina chinesa em suprimir o coronavírus. “Dois dias depois de ter apanhado o táxi, estava no supermercado quando recebi uma chamada”, conta a holandesa à agência Lusa. Do outro lado, um funcionário do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da China (CDC, na sigla em inglês) foi directo ao assunto: “Apanhou um táxi na quinta-feira, certo? Vamos agora buscá-la de ambulância. Onde está?”. Judith pensou tratar-se de uma “brincadeira”. “O funcionário falava extremamente rápido e continuava a repetir que era do CDC”, descreve. “Eu nem sabia o que significa CDC”, conta a holandesa. O episódio remonta a 10 de Janeiro, quando a capital chinesa enfrentava um surto que somava então 35 infectados activos, depois de quase meio ano sem casos. As autoridades de saúde ordenaram que Teunissen fizesse quarentena, por um período de 21 dias, num centro designado fora da cidade. Com a ajuda da embaixada da Holanda em Pequim, no entanto, a holandesa conseguiu acordar que a quarentena fosse feita em casa. Como condição, um alarme foi instalado no apartamento, para alertar as autoridades caso a porta se abrisse. “No espaço de seis horas instalaram o alarme e tive que assinar um documento a prometer que não sairia de casa”, conta. Durante a primeira semana, Teunissen foi testada quatro vezes para a covid-19. O comité do bairro onde mora ficou encarregado de levar comida e compras de supermercado e de recolher o lixo. Desde Março passado, quando o Partido Comunista Chinês declarou vitória sobre a doença, as autoridades têm actuado rapidamente para impedir que novos surtos se alastrem, colocando sob quarentena bairros ou cidades inteiras, enquanto testam massivamente a população local, assim que os primeiros casos são diagnosticados. O relato de Judith Teunissen ilustra a eficácia do sistema chinês em lidar com a doença, mas também o seu lado mais sombrio. O vírus foi mantido sob controle, mas apenas devido ao poder do regime de ditar mudanças colossais, enquanto dispõe de um amplo aparelho de vigilância. Praticamente todas as pessoas que vivem na China são hoje obrigadas a usar um aplicativo no telemóvel que regista em detalhe onde o usuário esteve. O aplicativo é exigido à entrada de edifícios de escritórios, centros comerciais ou supermercados. Comités de Prevenção da Epidemia foram oficialmente criados em todos os bairros, ilustrando a mobilização nacional, depois de o Presidente chinês, Xi Jinping, ter designado o combate ao vírus como uma “guerra popular”. O sucesso permitiu ao Partido Comunista validar o seu governo de partido único, apesar de os estágios iniciais do surto, na cidade de Wuhan, centro da China, revelarem que as autoridades foram lentas a agir. No final de dezembro de 2019, já vários médicos em Wuhan alertavam para os perigos de uma nova doença desconhecida mas, segundo relatos veiculados pelos media na altura, a polícia deteve oito deles para os “educar” sobre os perigos associados a espalhar rumores. Mas assim que a liderança do Partido Comunista se mobilizou, fê-lo com resolução. O anúncio do bloqueio de Wuhan, em 23 de Janeiro, surgiu a meio da noite, sem aviso ou debate público. Durante a primeira semana confinada, Judith Teunissen fez exercício físico e viu documentários. Na segunda, começou a pensar na vida. Mas à terceira, a holandesa já tinha pensado em tudo o que havia para pensar. “Estava já a repetir pensamentos”, lembra. “É muito deprimente”, descreve. “É como se não houvesse mais nada. Só o vazio”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-EU | Mais cooperação do que competição, diz o Ministério do Comércio O Ministério do Comércio chinês enfatizou que a China e a União Europeia (UE) são parceiros e não rivais, e que a cooperação entre os dois lados é muito maior do que qualquer concorrência. “A China deseja trabalhar junto com a UE para salvaguardar e desenvolver um sistema comercial multilateral”, disse o ministério por meio de um comunicado à imprensa em resposta a um documento de política comercial divulgado pela Comissão Europeia em 18 de Fevereiro. “A China aprecia o facto de que a UE continuará a defender o multilateralismo e uma ordem internacional baseada em regras, apoiar políticas comerciais que caracterizem abertura e engajamento e dar importância às relações económicas e comerciais com a China como sempre, conforme declarado no documento”, diz o comunicado. No entanto, deve ser apontado que a afirmação da UE de que a China segue “um modelo capitalista de estado distinto”, que “apresenta desafios crescentes para o sistema de governação económica global estabelecido”, “não é verdade”, disse o ministério. “Também é infundado dizer que um dos principais motores da crise que a Organização Mundial do Comércio (OMC) enfrenta é que a adesão da China à organização não levou à sua transformação numa economia de mercado. A China rejeita firmemente tais afirmações e acusações”, sublinhou o ministério. “A China tem construído uma economia de mercado socialista de forma abrangente, permitindo que o mercado desempenhe um papel decisivo na alocação de recursos e desempenhando plenamente o papel do governo. A história mostra que o sistema de governação económica do país contribui com a sabedoria chinesa para a governação económica global”, lê-se no comunicado à imprensa. O ministério disse ainda que a China foi sempre um participante activo, um firme apoiante, com importantes contribuições para a OMC. Para a China, “as raízes da crise actual da OMC são o unilateralismo e o protecionismo. Num momento em que a OMC enfrenta sérios desafios, a China e a UE devem trabalhar juntas para salvaguardar a autoridade e representatividade do sistema de comércio multilateral e fortalecer a solidariedade e aumentar a confiança entre os membros da OMC”, concluiu o ministério. De acordo com o documento, a UE adotará restrições mais rígidas na selecção de investimentos estrangeiros, controlo de exportações, compras públicas e subsídios estrangeiros. Por seu lado, a China “espera que a UE aumente a transparência das suas políticas, mantenha a equidade, a justiça e a não discriminação e evite impedir o comércio e os investimentos internacionais normais”, respondeu o ministério, acrescentando que “diferentes sistemas sociais e modelos económicos não devem impedir as duas partes de agirem com uma cooperação mutuamente benéfica”. A China está pronta para trabalhar com a UE para fortalecer o diálogo, aprofundar a cooperação e lidar adequadamente com as diferenças para impulsionar o desenvolvimento estável e de longo prazo das relações económicas e comerciais China-UE. Por outro lado, espera que a UE continue a aderir ao livre comércio e ao multilateralismo, trabalhar com a China para se opor ao unilateralismo e ao protecionismo e facilitar a recuperação da economia mundial o mais rápido possível, lê-se ainda no comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaMacron pede a Xi Jinping equilíbrio na relação económica O Presidente de França, Emmanuel Macron, pediu ao homólogo chinês, Xi Jinping, que equilibre a relação económica entre o país asiático e a União Europeia (UE), face a uma balança comercial muito favorável a Pequim. Macron e Xi falaram na quinta-feira, segundo nota divulgada sexta-feira pela presidência francesa. Os dois líderes abordaram ainda a distribuição de vacinas, testes e tratamentos médicos contra a covid-19 nos países pobres, e o combate às alterações climáticas. Macron sublinhou, na sequência do acordo de investimento entre a UE e a China, a importância de um “reequilíbrio” na cooperação económica bilateral, “visando criar condições para uma concorrência leal e melhorar a reciprocidade no acesso ao mercado”, lê-se no comunicado. Os dois líderes sinalizaram o apoio à iniciativa multilateral ACT-A, para apoiar os países africanos na pandemia, e Macron exortou a China a dar uma contribuição, especialmente com vacinas. O líder francês exortou Pequim a apoiar a moratória da dívida dos países africanos, no âmbito de uma iniciativa do G20, e antes da cimeira que se realiza em Maio, em Paris, sobre esta questão. Pequim foi alvo de críticas pela sua política de concessão de empréstimos a países em desenvolvimento, por meio de bancos chineses, para a realização de grandes projectos de infraestrutura, que também são construídos por empresas chinesas, mas que deixam os países beneficiários fortemente endividados. Macron parabenizou ainda Xi pelos novos objetivos que a China estabeleceu para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e descarbonizar a economia, segundo o comunicado.
Hoje Macau SociedadeInvestigadores da Universidade de Macau monitorizam Ponte do Delta A Universidade de Macau (UM) está a participar em dois projectos associados à manutenção inteligente, reparo e operação da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A primeira travessia da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau deu-se em Outubro de 2018. O Programa de Desenvolvimento e Investigação Chave Nacional é focado no uso de tecnologia inteligente na operação e manutenção da ponte, enquanto o da Província de Guangdong procura de formas de monitorização e controlo em situação de emergência. A UM comunicou que os programas foram oficialmente lançados no ano passado, e se realizam em conjunto com parceiros na China continental e em Hong Kong. A professora Hannah Zhou, que lidera a equipa da UM, defendeu a importância de monitorizar diferentes áreas da infraestrutura, uma vez que a estrutura da ponte pode ser afectada por vários factores. “O foco actual da equipa da UM é no túnel imerso da ponte e as suas partes fracas de conexão com as ilhas artificiais. O túnel é composto por 33 segmentos, cujas juntas são mais susceptíveis a deformação”, explica a nota da UM. Os investigadores da entidade de ensino superior estão a desenvolver diferentes sensores, alguns feitos de fibra ótica que consegue transmitir dados e medir factores como mudanças na temperatura e pressão. “Estes dados reflectem o quanto a estrutura é deformada sob pressão”, indicou Zhou, citada na nota. Além disso, a equipa está a desenhar uma rede de sensores para serem instalados nos pontos de contacto do túnel com as duas ilhas artificiais da ponte.
Hoje Macau SociedadeCondomínios | IH recebeu duas dúzias de queixas sobre empresas de administração Desde que a Lei da Actividade Comercial de Administração de Condomínios entrou em vigor, em Agosto de 2017, até ao final de Janeiro deste ano, o Instituto da Habitação (IH) recebeu 20 queixas contra empresas de administração de condomínios. A informação foi avançada pelo presidente do IH em resposta a uma interpelação escrita do deputado Leong Sun Iok. Na base das queixas estiveram motivos como a “saída irracional da empresa de administração” ou a falta de afixação da conta e orçamento do edifício. “Todos os casos foram resolvidos e foi assegurada a transferência do poder de administração para evitar conflitos relacionados com a administração de edifícios”, respondeu Arnaldo Santos, presidente do IH. No mesmo período, o organismo emitiu 297 licenças ou licenças provisórias a sociedades comerciais para prestação de serviços de administração em mais de 700 edifícios. Além disso, o IH passou certidões às administrações de 504 torres de edifícios, com mais de 56 por cento a obterem apoio financeiro para fazerem reuniões das assembleias gerais dos condomínios, no âmbito do Plano de Apoio Financeiro para a Administração de Edifícios. O relatório de estudo sobre a “situação da administração dos edifícios de mais de sete pisos na península de Macau” foi concluído e está a ser analisado pelo IH.
Hoje Macau Manchete PolíticaMNE | Ho Iat Seng discute patriotismo e segurança com novo comissário Os assuntos externos de Macau e o reforço da consciência dos residentes no amor à pátria e ao território dominaram o encontro do Chefe do Executivo com o novo comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês na região. Liu Xianfa prometeu firmeza na prevenção de intervenção de forças externas O novo comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês na região. Liu Xianfa, teve a primeira reunião com o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng na sexta-feira. Acabado de chegar, Liu Xianfa fez notar a “imagem marcante” de Macau, que considera “uma cidade próspera, ordenada, pacífica e bela”. No encontro, na sexta-feira, Ho Iat Seng apresentou “os resultados faseados da prevenção e do controlo da epidemia em Macau, a orientação de desenvolvimento da diversificação económica adequada no futuro e ainda a programação dos trabalhos para elaboração do segundo plano quinquenal de desenvolvimento da RAEM, de acordo com um comunicado do Gabinete de Comunicação Social. Liu Xianfa, de 57 anos, chegou a Macau na quarta-feira para assumir o cargo em substituição de Shen Beili, que cessou funções em Julho passado, indicou a mesma nota. O mesmo responsável adiantou que o seu trabalho será “em prol da defesa da soberania, segurança e interesses nacionais de desenvolvimento, prevenindo com toda a firmeza a intervenção de forças externas” e para “implementar o poder de governação do Governo Central”. Ao mesmo tempo, indicou que o Comissariado vai procurar apoiar “ainda mais” o intercâmbio e cooperação da RAEM com o exterior para aumentar “a capacidade de influência internacional de Macau”, que deve tomar “a iniciativa de promover a realização” de convenções e eventos internacionais “de grande relevância”. O Comissariado vai, em conjunto com o Executivo, “aprofundar o sentido de pertença e de orgulho nacional da população em relação ao país, particularmente da nova geração”, disse. Além disso, Liu Xianfa afirmou que “irá pôr em prática a diplomacia de ‘para o povo’ e ‘pelo povo’, prestando serviços consulares de excelência aos compatriotas de Macau. Seguros de vida Ho Iat Seng lembrou que Macau sempre teve “a boa tradição de amor à pátria” e ao território, tradição que reforçada com a entrada em funcionamento da Base da Educação do Amor pela Pátria e por Macau para Jovens em Dezembro. Por outro lado, sublinhou que a segurança do país “é um ponto essencial na acção governativa” deste ano. Desde a transição em Dezembro de 1999 e sob o apoio do Governo Central e do interior da China, “os esforços conjuntos dos anteriores Chefes do Executivo e Governos, bem como das demais personalidades, permitiu criar um exemplo de sucesso na implementação do princípio ‘Um País, Dois Sistemas'”, afirmou Liu. Por outro lado, o responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês destacou que Ho Iat Seng “liderou o Governo” na aplicação de “estratégias precisas” no combate à covid-19, o que permitiu registar zero casos mortais, zero casos de contaminação comunitária e zero casos de contaminação entre o pessoal de saúde. “De igual modo, possibilitou uma organização ordenada da recuperação do movimento económico e social”, salientou.
Hoje Macau Grande Plano MancheteDireito de reunião e manifestação | Afinal, que lugar cabe aos não residentes? Podem ou não os trabalhadores não residentes manifestar-se? O secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, remete a sua posição para as declarações da PSP, que afasta esse direito aos não residentes, falando em “diferentes interpretações da lei”. Deputados revelam as suas posições e recordam a primeira discussão sobre esta questão, em 1993. Duas líderes de associações que representam TNR defendem mais direitos no território O golpe de estado do Myanmar, ocorrido a 1 de Fevereiro, fez com que, de forma indirecta, se tenha levantado a questão se os trabalhadores não residentes (TNR) têm ou não direito a manifestar-se no território. Isto porque um TNR se dirigiu a uma esquadra de polícia para se informar sobre os passos a adoptar para se manifestar sobre aquilo que está a acontecer no seu país. Foi-lhe dito que não tinha esse direito. “Como são não residentes, quando fazem assembleias e reuniões, podem não estar protegidos por esta lei. Os nossos agentes explicaram-lhe que as provisões da Lei 2/93/M sobre a reunião e manifestação apenas mencionam os direitos dos residentes de Macau – não é para os não residentes. Explicámos-lhe o que está na lei”, disse, à TDM Rádio Macau, Kim Ka Kit, porta-voz do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Na sexta-feira, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, remeteu a sua posição para esta explicação do CPSP. “Não tenho nada a comentar ou a acrescentar. É um incidente na aplicação da lei e de interpretação da lei na área policial. Relativamente a este aspeto a autoridade policial tem uma interpretação e deu o seu parecer. Devem ler a autoridade policial para compreenderem o que se pretende, e a Lei Básica é muito clara”, frisou. A Lei Básica põe em pé de igualdade residentes e não residentes quanto ao direito de reunião ou de manifestação, mas o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, já veio dizer que esse direito não é absoluto. “De facto, o artigo 43.º da Lei Básica afirma o princípio de que às pessoas não residentes mas que se encontrem na RAEM, devem ser reconhecidos os direitos e deveres fundamentais previstos para os residentes de Macau, todavia, esse reconhecimento é apenas um princípio geral, não absoluto”, afirmou, também à TDM Rádio Macau. André Cheong acredita que podem haver várias interpretações deste diploma. “As pessoas podem ter uma interpretação diferente da lei. Li o parecer e a posição das autoridades. Os interessados podem ter uma percepção diferente e há outras vias para reclamar ou impugnar uma decisão, como é a via judicial.” O que dizem os deputados Na última sexta-feira, à margem do almoço de ano novo chinês da Assembleia Legislativa (AL), alguns deputados revelaram o que pensam sobre esta matéria. O consenso parece não existir. “Nunca houve nenhuma proposta sobre se a lei deve ou não incluir os não residentes. Ainda temos de reflectir e ganhar mais conhecimentos para poder dar uma opinião”, disse Ho Ion Sang. Para Au Kam San, a posição do CPSP “distorce o sentido da lei”. “O artigo 43 da Lei Básica prevê expressamente que as pessoas não sejam residentes de Macau podem exercer o seu direito. Portanto, não há a interpretação de que os não residentes não têm direito de reunião e manifestação”, acrescentou. Para Vong Hin Fai, deputado nomeado e advogado, defende que este direito cabe apenas aos portadores de BIR. “Como o secretário disse há pouco, de acordo com a Lei Básica apenas os residentes têm direito de manifestação e eu, pessoalmente, concordo. A minha interpretação literal da lei diz que neste ponto são os residentes que têm esse direito, por isso se uma pessoa for não residente não têm esse direito. Esta é a minha interpretação pessoal e não comento a interpretação de outros colegas”, disse. Pelo contrário, José Pereira Coutinho defende que os TNR têm o direito de ir para a rua. “A Lei Básica permite que os não residentes gozem dos mesmos direitos dos residentes locais. Não concordo com o secretário para a Segurança.” “Para mim não há dúvidas de que eles gozam do direito de reunião e manifestação. [Os TNR] são residentes locais mas têm uma denominação diferente”, acrescentou. Uma lei “atrasada” Para o deputado Sulu Sou coloca-se a necessidade de rever a lei do direito de reunião e manifestação, que já sofreu duas revisões, em 2008 e 2018, mas nunca relativamente aos conceitos de residente e não residente. “Talvez seja necessário rever a lei para cumprir a Lei Básica e as convenções internacionais assinadas por Macau. Parece-me a solução que a polícia deveria adoptar em vez de proibir manifestações e negar direitos aos não residentes.” Uma das convenções em causa é o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos das Nações Unidas. Sulu Sou lembrou que “segundo as convenções internacionais, as autoridades não podem restringir ou proibir a liberdade de manifestação, muito menos com base na cor da pele ou da nacionalidade”. “A nossa lei de reunião e manifestação é atrasada e não permite que se cumpram os requisitos da Lei Básica e das convenções internacionais. Acredito que em 21 anos houve não residentes que participaram em manifestações. Porque é que nunca houve problemas até agora?”, questionou. Chan Wa Keong, também advogado, também lembrou que o artigo 43 da Lei Básica prevê que “as pessoas que não sejam residentes de Macau, mas se encontrem na Região Administrativa Especial de Macau, gozam, em conformidade com a lei, dos direitos e liberdades dos residentes de Macau, previstos neste capítulo”. “A lei do direito de reunião e manifestação regula os direitos dos residentes mas não regula as obrigações e direitos dos que não são residentes de Macau. Não podemos dizer que não há estes direitos, mas esta lei não tem”, frisou. Para o deputado, “a Lei Básica só regula as obrigações e os direitos de alguns residentes de Macau, mas como se devem executar é conforme a lei. Não devemos subestimar as palavras ‘de acordo com a lei’, que se refere às leis implementadas em Macau”. Sobre uma eventual revisão, Chan Wa Keong acredita ser necessário “um consenso colectivo da sociedade”. “Acho que não há urgência para discutir este assunto”, adiantou. Por sua vez, Zheng Anting referiu apenas que “cada país ou região tem as suas exigências, e as pessoas têm o direito de as apresentar”. “Mas é preciso cumprir as leis das regiões onde estão e, por exemplo, em Macau é preciso fazer um pedido para uma manifestação ou reunião para poderem apresentar as suas exigências”, rematou. A posição dos TNR Ouvida pelo HM, Jassy Santos, presidente da União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau, disse que os TNR precisam que a sua voz seja ouvida. “É suposto deixarem-nos (protestar). Como é que vão saber qual é a nossa situação se não deixarem? Não é justo. Também estamos a contribuir para Macau.” Jassy Santos considera que não permitir que os TNR se manifestem “é discriminação”, e espera que as autoridades mudem de opinião. Erik Lestari, defensora dos direitos dos trabalhadores migrantes, observou que “Macau não é como Hong Kong”, onde os trabalhadores migrantes podem protestar pelos seus direitos, apontando dificuldades à própria legalização das organizações. “Ao longo dos 16 anos que estou em Macau, os direitos dos trabalhadores migrantes não foram tratados com justiça”, indicou. Erik Lestari entende que é importante os TNR terem direito a protestar, nomeadamente para mostrar ao mundo caso as políticas do Governo – seja o de Macau ou de outro local – não forem boas para os cidadãos. Ouvido pela TDM Rádio Macau, o jurista António Katchi foi uma das vozes que contestou a posição do CPSP e do secretário para a Segurança, falando de uma “interpretação completamente errada da lei”. Para Katchi, apenas os turistas não têm direito a manifestar-se em Macau. Além de se tratar de uma interpretação errada, “nem sequer corresponde à interpretação da polícia nestes 20 ou 21 anos que decorreram desde a transferência de soberania”, concluiu. Debate na AL da proposta de lei da reunião e manifestação mostra vontade do legislador Estávamos a 23 de Março de 1993 e a Assembleia Legislativa (AL) tinha Anabela Ritchie como presidente. O hemiciclo discutia a proposta de lei relativa ao direito de reunião e de manifestação em lugares públicos, que entraria em vigor em Maio desse ano e que revogou um decreto-lei datado de 1974. No debate para a votação do diploma na generalidade, Anabela Ritchie deixou claro que se tratava de um diploma feito para todos os que residiam no território. Segundo um extracto do diário da AL do dia 23 de Março de 1993, a que o HM teve acesso, a então presidente do hemiciclo citou uma resolução da Assembleia da República que estendia a Macau o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas. “É nesta base que eu entendo a apresentação da proposta de lei que pretende regular o exercício de direitos fundamentais e pessoais dos habitantes de Macau”, disse. Também o deputado Ng Kuok Cheong defendeu, no mesmo debate, que a proposta de lei deveria ser aprovada o mais depressa possível “de modo que a população possa usufruir do direito concedido pela Constituição”. Na última sexta-feira, o deputado lembrou que, à época, “a discussão [sobre residentes e não residentes] nunca se colocou, e depois da transição já houve alterações à lei mas, que me lembre, nunca se discutiu este assunto”. Ng Kuok Cheong diz que “ambos os lados têm a sua justificação”. “A Lei Básica torna muito claro que os direitos constantes no 3º capítulo incluem residentes e não residentes. Temos de explicar que qualquer lei tem de incluir os residentes e não-residentes, mesmo quando só inclui os residentes. Para mim todas as pessoas devem ter esse direito fundamental, mas o Governo adopta uma questão técnica para não lhes reconhecer esse direito”, frisou. Um contexto “diferente” André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, recorda que “o contexto legislativo é muito diferente, pelo que as pessoas podem ter uma interpretação diferente”. “Em 1993 ainda não tinha sido implementada a Lei Básica, pelo que diferentes académicos e peritos podem ter diferentes pontos de vista sobre se o termo de residente abrange os não residentes.” O secretário acrescentou que o CPSP “nunca tentou esquivar-se da questão e tomou a iniciativa de esclarecer a sua interpretação”. José Pereira Coutinho destacou o facto de nunca ter sido necessário “discutir a diferença entre residentes e não residentes porque está plasmado na lei dos anos 90”. “Os TNR são residentes porque têm o direito a residir em Macau. Por isso ninguém levantou problemas sobre essa questão”, adiantou. Au Kam San recorda que “antes da transferência [de soberania] pessoas não residentes organizaram manifestações contra a colonização de certos países. Nessa altura os não residentes podiam exercer esse direito, mas tinham de seguir certos procedimentos, como a notificação prévia [às autoridades]”. “Só porque a lei não especifica a situação dos não residentes não acredito que haja uma zona cinzenta, porque a Lei Básica regula os direitos dos residentes e diz que outras pessoas em Macau podem gozar dos direitos legalmente previstos”, disse o deputado.
Hoje Macau EventosPokémon comemora 25 anos em alta com ajuda da pandemia O vídeojogo Pokémon, uma das franquias globais mais bem sucedidas, assinalou este sábado 25 anos da estreia no Japão, agora reforçado pela pandemia da covid-19 que tem impulsionado o entretenimento digital. Neste mesmo dia, em 1996, os títulos originais da franquia, “Pokémon Red” e “Pokémon Green”, foram lançados no Japão para o não menos revolucionário Game Boy da Nintendo, no qual o jogador desempenhava o papel de um rapaz que sonha apanhar todos os “Pocket Monsters”, ou na abreviatura, pokémon. Um quarto de século mais tarde, esses títulos e 150 criaturas evoluíram, em formato e género, para a publicação de dezenas de jogos que venderam mais de 368 milhões de cópias, com mais de 800 pokémon para descobrir, catalogar e reproduzir. Mais de 22 mil milhões de cartões colecionáveis distribuídos em 77 países ou uma série animada com mais de mil episódios em 23 épocas, licenciada em 176 países, são outros marcos importantes. Há cinco anos, a chegada aos telemóveis do Pokémon GO, com mais de mil milhões de ‘downloads’, acabou por transformar um fenómeno já global, que soube adaptar-se a novos públicos e também cativar a maioria dos adultos, pelo menos até à chegada da pandemia da covid-19. “Vamos continuar a oferecer novas e inovadoras formas de experimentar o mundo do Pokémon durante os próximos 25 anos”, disse o diretor de marketing Peter Murphy da divisão internacional da The Pokémon Company, a empresa criada especificamente para gerir a franquia multimilionária, à agência de notícias espanhola EFE por ocasião do aniversário. Para 2022, a empresa anunciou o lançamento de um novo jogo Nintendo Switch, “Pokémon Legends: Arceus”, no qual os jogadores terão de construir a primeira base de dados Pokémon (Pokédex) para uma das regiões da série, Sinnoh, apresentado pela primeira vez em 2006. Estes títulos foram completamente refeitos em “Pokémon Shiny Diamond” e “Pokémon Shimmering Pearl” e serão lançados no final deste ano. O anúncio foi feito numa das habituais apresentações de vídeo da empresa, cuja emissão coincidiu com as 00:00 no Japão, na sexta-feira. As comemorações do 25.º aniversário viraram-se para o formato digital e uma série de actuações musicais, no âmbito do projecto P25 Music, que decorrerá durante um ano e começará nas próximas horas com um concerto gratuito do ‘rapper’ norte-americano Post Malone. A iniciativa é patrocinada pela cantora norte-americana Katy Perry, fã da franquia. “Pokémon tem sido uma constante na minha vida, desde jogar os jogos de vídeo originais no meu Game Boy até trocar cartões Pokémon TCG durante o recreio para aventuras de apanhar Pokémon na rua com Pokémon GO”, disse a artista.
Hoje Macau SociedadeJogo | Melco Resorts anuncia prejuízos de 1,26 mil milhões de dólares A operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment, com quatro casinos em Macau, anunciou hoje prejuízos em 2020 de 1,26 mil milhões de dólares. Uma queda significativa, se comparado com o lucro de 373,2 milhões de dólares em 2019, quando registara uma subida de 9,7% em relação a 2018. O presidente da empresa, Lawrence Ho, justificou o resultado negativo com o impacto da pandemia de covid-19 e consequentes restrições nas viagens, que afastaram os turistas da capital mundial do jogo. Ho garantiu que o grupo, que detém ainda casinos nas Filipinas e no Chipre, iria continuar a investir em Macau e Europa, bem como num possível posicionamento no Japão, que procura desenvolver o mercado do jogo. No último trimestre de 2020, a Melco registou um prejuízo de 199,7 milhões de dólares, quando em 2019 contabilizara um lucro de 68,1 milhões de dólares. Ainda assim, a operadora subiu 66% em relação ao terceiro trimestre, quando apresentou um prejuízo de 331,6 milhões de dólares. Os casinos em Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas, uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior, em que registaram 292,4 mil milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina avisa EUA: É “impossível” dissociar as economias A China avisou ontem os Estados Unidos de que é “impossível” forçar a desassociação das economias dos dois países, numa reacção à decisão do Governo norte-americano de revisar a estratégia de Washington no abastecimento em sectores-chave. “É impossível pressionar por uma dissociação das indústrias ou usar o poder político para forçar mudanças nas leis económicas”, apontou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Zhao Lijian. Na quarta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que os Estados Unidos “devem garantir que a escassez de produção, interrupções comerciais, desastres naturais ou acções de rivais e adversários estrangeiros não voltam a deixar a América numa posição vulnerável”. O objectivo de Washington é não depender da produção e importação de bens produzidos por “rivais estrangeiros”, numa referência à China. O Presidente norte-americano, Joe Biden, deve assinar um decreto na quarta-feira que estabelece 100 dias para apresentar um relatório detalhado sobre a reavaliação das cadeias estratégicas para o país. “A China espera que os Estados Unidos cumpram as regras do livre comércio e protejam a estabilidade e confiabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais”, respondeu o porta-voz chinês, acrescentando que não deve ser esquecido que “os interesses de todos os países estão profundamente interligados”. “A China opõe-se a quaisquer acusações infundadas ou estigmatização das suas actividades económicas e comerciais”, apontou. Na quarta-feira, o novo ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, disse que está à “espera e disposto a trabalhar” com os Estados Unidos para “fortalecer o comércio” bilateral, mas ressaltou que vai ser preciso “lidar com as discrepâncias” nesta matéria. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, também pediu aos EUA esta semana que removam as taxas alfandegárias impostas aos produtos chineses e levantem as sanções às empresas e instituições chinesas, visando melhorar as relações, que se deterioraram rapidamente durante a presidência de Donald Trump. Embora Biden tenha prometido uma abordagem diferente, o seu Governo parece inclinado em manter a pressão sobre o país asiático.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Duas novas vacinas com eficácia de 65% e 72% Duas farmacêuticas chinesas, a estatal Sinopharm e a privada CanSino, anunciaram ontem a conclusão do desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, que apresentam eficácia de 72% e 65%, respectivamente. O Instituto de Wuhan de Produtos Biológicos, subsidiária da Sinopharm, anunciou que já submeteu à Administração Nacional de Produtos Médicos chinesa o pedido de aprovação da sua nova vacina, com uma eficácia de 72.51% contra o novo coronavírus. A China desenvolveu e está a usar na sua campanha de vacinação interna duas vacinas contra a covid-19, através da Sinopharm em Pequim e da Sinovac, cuja vacina CoronaVac está a ser utilizada internamente e em países como o Brasil. Os resultados da CoronaVac em ensaios clínicos no estrangeiro foram díspares, atingindo os 91% de eficácia na Turquia, mas apenas 50,6% num estudo de maiores dimensões no Brasil. Ambas as vacinas Sinopharm foram elaboradas com o método tradicional de vírus desactivados, e não com a nova biotecnologia utilizada por empresas como a Pfizer e Moderna, que alcançaram eficácia superior a 90%. Também a CanSino anunciou que as autoridades chinesas já estão a avaliar a sua nova vacina, que em ensaios clínicos demonstrou uma eficácia de 65.28%, com uma só dose, utilizando uma tecnologia semelhante às da AstraZeneca e Johnson & Johnson. Desenvolvida em colaboração com a Academia de Ciências Médicas Militares, instituto dirigido pelo Exército de Libertação do Povo chinês, a vacina da CanSino já foi aprovada para uso de emergência no estrangeiro, nomeadamente no México e Paquistão. A transparência do desenvolvimento de vacinas pela China tem sido questionada noutros países, nomeadamente na França, onde o presidente Emmanuel Macron disse este mês não haver “absolutamente nenhuma informação” sobre os imunizantes, que não são tão fiáveis como os ocidentais. Não obstante, alguns países da União Europeia têm considerado comprar vacinas chinesas, dada a incapacidade de fabricantes europeus ou norte-americanos suprirem as necessidades, e a Hungria tornou-se no primeiro Estado-membro a imunizar os seus cidadãos com a vacina do laboratório Sinopharm. “Estamos a começar a vacinação com lotes chineses [da vacina do laboratório Sinopharm]”, disse o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, numa breve mensagem publicada na rede social Facebook. As primeiras 550.000 doses chegaram da China em meados de fevereiro, num total de cinco milhões, o suficiente para vacinar um quarto da população de 9,8 milhões. A China espera aumentar a produção das suas vacinas para 2.000 milhões de doses este ano, e 4.000 milhões até 2022, um plano ambicioso que visa converter o país no maior fornecedor das nações em desenvolvimento. Citado pela imprensa local, o presidente da Associação da Indústria das Vacinas da China, Feng Duojia, estimou que os 4.000 milhões de doses vão cobrir até 40% da procura global. A China já distribuiu doses das suas vacinas em 22 países em desenvolvimento e prestou assistência a 53, número que continuará a crescer, à medida que Pequim fechar mais acordos com países africanos, segundo dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
Hoje Macau SociedadeUniversidade Cidade de Macau | Jun Liu é o novo reitor Jun Liu toma posse como reitor da Universidade Cidade de Macau na segunda-feira, de acordo com um comunicado da instituição de ensino superior. O novo líder da universidade tem mais de quatro décadas de experiência em educação linguística, doutorou-se na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos em 1996. No currículo tem cargos como vice-presidente e vice-reitor para os assuntos globais, reitor de programas e serviços académicos internacionais, director do China Center. Foi também professor de linguística na Universidade Stony Brook, em Nova Iorque, antes de vir para Macau. Jun Liu tem publicado extensivamente na área da metodologia de ensino de línguas, sociolinguística, desenvolvimento curricular e comunicação intercultural.