Hoje Macau China / Ásia MancheteCovid-19 | Taiwan aligeira restrições à entrada de estrangeiros e escalas no aeroporto Taiwan vai começar a levantar algumas restrições à entrada de visitantes estrangeiros a partir de 1 de março, permitindo igualmente a escala de passageiros em trânsito no aeroporto internacional, anunciaram as autoridades. O Centro Central de Comando da Epidemia de Taiwan informou que os visitantes que desejem deslocar-se à ilha em viagens de negócios podem solicitar uma autorização especial nos escritórios de representação do território no estrangeiro, segundo a agência Associated Press (AP). Para isso, terão de apresentar resultado negativo ao teste de coronavírus, realizado até três dias antes da viagem, devendo ser novamente testados após cumprirem duas semanas de quarentena obrigatória. Os viajantes de uma lista de países e regiões classificados como de baixo ou médio risco em termos de infeções de covid-19 podem requerer períodos de quarentena reduzidos, entre cinco a sete dias. Estes incluem Macau, Nova Zelândia, Austrália, Singapura, Vietname e Camboja. As alterações das restrições sanitárias na ilha também vão permitir aos estrangeiros em trânsito fazer escala no aeroporto internacional de Taiwan. A notícia tem impacto em Macau, já que Taiwan era um dos raros locais em que era permitido fazer escala em voos internacionais, até à interdição, em 01 de janeiro. Ao abrigo das novas regras, os viajantes estrangeiros em trânsito podem passar até oito horas no aeroporto internacional de Taiwan para fazer escala, segundo o jornal Taipei Times, devendo igualmente apresentar teste com resultado negativo realizado nas 72 horas anteriores. As novas regras vão igualmente facilitar a visita de cidadãos chineses em determinadas circunstâncias, incluindo por razões humanitárias, e permitir o regresso de estudantes da China a instituições de ensino superior em Taiwan.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente declara êxito da China na erradicação da pobreza extrema O Presidente da China, Xi Jinping, declarou ontem oficialmente que o país concluiu a “árdua tarefa” de erradicar a pobreza extrema, apontando que 98,99 milhões de pessoas saíram daquela condição nos últimos oito anos. “Hoje, declaramos solenemente o sucesso completo na luta contra a pobreza no país”, disse Xi, numa cerimónia no Grande Palácio do Povo, em Pequim, perante milhares de membros do Partido Comunista Chinês (PCC). O presidente destacou que os “problemas regionais da pobreza foram resolvidos”, pelo que a China encerrou a sua “árdua tarefa de erradicar a pobreza extrema, gerando outro milagre incrível”. O governante também indicou que 832 vilas e 128.000 cidades foram retiradas da lista de locais empobrecidos, segundo os “padrões actuais”. Xi ressaltou que a meta foi alcançada em 2021, o ano do centenário da fundação do PCC. Desde que a China lançou o programa de reforma e abertura, no final dos anos 1970, quase 800 milhões de pessoas saíram da pobreza, contribuindo assim para cerca de 70% na redução da pobreza extrema em todo o mundo, durante aquele período. Em 2012, a China estabeleceu como meta erradicar a pobreza extrema até 2020, dez anos antes da data estabelecida pelas Nações Unidas para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Residentes rurais idosos receberam doações em dinheiro e o Governo lançou esquemas para fomentar a criação de emprego para quem dependia da agricultura de subsistência, incluindo através da formação de cooperativas agrícolas ou da abertura de fábricas. O investimento em infra-estruturas e habitação permitiu também tirar do isolamento comunidades inteiras. Segundo Xi Jinping, a erradicação da pobreza extrema foi possível com uma “abordagem realista e pragmática” e graças às “vantagens políticas do sistema socialista, que pode reunir os recursos necessários para concretizar grandes tarefas”. A China investiu o equivalente a cerca de 202.000 milhões de euros, nos últimos oito anos, no combate à pobreza, disse Xi. Cerca de três milhões de funcionários do PCC foram enviados para as áreas rurais para trabalharem na campanha de erradicação da pobreza extrema. Em 2019, a China fixou o limiar de extrema pobreza em 4.000 yuans por ano, o que representa 1,3 dólares por dia. O Banco Mundial fixa o limiar em 1,5 euros.
Hoje Macau EventosObras completas de Mário Soares publicadas este trimestre pela Imprensa Nacional O primeiro volume das Obras Completas do ex-Presidente da República Mário Soares vai ser publicado até ao final do primeiro trimestre deste ano, pela Imprensa Nacional (IN), disse à agência Lusa fonte da editora. O projecto da publicação das Obras Completas de Mário Soares (1924-2017) foi anunciado pela IN em 2019, sob coordenação de José Manuel dos Santos, antigo assessor do Presidente, e com a colaboração de personalidades próximas do ex-líder socialista, afirmou na ocasião o director editorial da IN, Duarte Azinheira, que explicou tratar-se de um “projecto muito ambicioso e complicado do ponto de vista editorial”, porque, ao contrário do que acontece com outros autores, “os títulos não estão fixados”. “Há um enorme arquivo e foi necessário ter uma equipa a investigar”, disse Azinheira, em Janeiro de 2019, referindo que essa equipa estava “a ajudar a fixar o plano de publicações”, um trabalho que vai continuar a fazer “nos próximos anos”. Segundo essas declarações de Azinheira, a colecção abre com “As Ideias Políticas e Sociais de Teófilo Braga”, trabalho que tem por base a dissertação de licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas que Soares apresentou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A edição, fac-similada, constituirá o volume número zero – porque é “uma espécie de aperitivo” -, e vai reproduzir o exemplar oferecido a António Sérgio, com todas as anotações que este fez à margem. A este título, seguir-se-á o primeiro de “Correspondência Cultural”, já fruto do trabalho dos investigadores, que irá mostrar como o antigo Presidente se correspondia com “toda a gente”, nomeadamente o poeta Herberto Helder (1930-2015). Outras edições A IN também conta publicar este ano o teatro completo de Natália Correia (1923-1993), em dois volumes, que serão incluídos na colecção “Biblioteca de Autores Portugueses”. O projecto da edição do Teatro Completo de Natália Correia, que inclui peças como “O Encoberto” ou “A Pécora”, tinha já sido anunciado no ano passado e foi adiado devido a “constrangimentos vários”, justificou à agência Lusa fonte da IN. O plano de edições deste ano da IN inclui ainda uma biografia de João Ludovice (1673-1752), arquitecto de origem alemã naturalizado português, que projectou o Palácio e Convento de Mafra (1717- 1730), ao serviço do rei João V. A biografia é de autoria de José Monterroso Teixeira, da Universidade Autónoma. Outro dos destaques do plano editorial para este ano é a publicação da “Divina Comédia”, de Dante Alighieri, numa tradução de Jorge Vaz de Carvalho, que vai fazer parte da colecção “Itálica”, coordenada por António Mega Ferreira. Este título é publicado no âmbito do 7.º centenário da morte do poeta italiano.
Hoje Macau SociedadeTaiwan recusa residência a junket Charles Leung O Governo de Taiwan recusou o pedido de imigração de Charles Leung, junket em Macau e realizador de filmes em Hong Kong, nos quais participaram actores como Jet Li, Chow Yun Fatm Andy Lau ou Stephen Chow. O fundador da China Star foi ligado em 1992, por uma subcomissão do Senado dos Estados Unidos, a actividades da tríade Sun Yee On. Na decisão anunciada publicamente pela Agência Nacional de Imigração de Taiwan não consta a justificação que levou a que o pedido de Charles Leung fosse negado. Porém, a lei que permite a imigração de residentes de Hong Kong e Macau para Taiwan inclui vários motivos para recusar os pedidos, que vão da documentação incompleta até à “ameaça aos interesses nacionais”. A notícia do pedido de imigração tinha sido revelada em Dezembro do ano passado, e tinha sido feita com base nas ligações familiares, uma vez que a mulher de Charles Leung, Tiffany Chen, nasceu em Taiwan. No entanto, o pedido gerou controvérsia entre a população da Formosa, uma vez que Leung expressou publicamente o apoio à Lei da Segurança de Hong Kong. Também o filho de Leung, Jacky, viu um pedido semelhante recusado e, segundo o jornal Taiwan News, tal poderá dever-se ao facto de integrar uma associações que faz parte da Liga da Juventude Comunista da China. Quando o pedido foi noticiado pela primeira, o porta-voz dos Conselho para os Assuntos do Interior do Governo de Taiwan, Chiu Chui Cheng, confirmou que Charles Leung se encontrava na Formosa desde Dezembro, com um visto turístico. A autorização de permanência tinha um prazo de três meses e poderia ser renovada mais uma vez por igual período.
Hoje Macau SociedadeComércio | Importações de países lusófonos subiu 451,5 por cento O valor de mercadorias importadas pelos países lusófonos a Macau subiu 451,5 por cento em Janeiro, em relação ao mês homólogo do ano anterior, enquanto o das exportações caiu 9,5 por cento, foi ontem anunciado. Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), divulgados ontem, as importações de mercadorias aos países de língua portuguesa atingiram o valor de 62 milhões de patacas, menos 9,5 por cento que em Janeiro de 2020. Já as exportações para países lusófonos representaram 160 mil patacas, um crescimento ainda assim de 451,5 por cento, em termos anuais. Em Janeiro, o valor total de mercadorias exportado por Macau atingiu 1,42 mil milhões de patacas, um aumento de 29,9 por cento, face ao mesmo mês de 2020. Em relação à importação de mercadorias, a DSEC indicou que Macau importou em Janeiro 10,69 mil milhões de patacas, que representam uma subida de 28,5 por cento, em termos anuais. Em 2020, o défice da balança comercial de Macau atingiu os 81,75 mil milhões de patacas, crescendo 4,42 mil milhões de patacas em relação a 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente chinês declara êxito da China na erradicação da pobreza extrema O Presidente da China, Xi Jinping, declarou hoje oficialmente que o país concluiu a “árdua tarefa” de erradicar a pobreza extrema, apontando que 98,99 milhões de pessoas saíram daquela condição nos últimos oito anos. “Hoje, declaramos solenemente o sucesso completo na luta contra a pobreza no país”, disse Xi, numa cerimónia no Grande Palácio do Povo, em Pequim, perante milhares de membros do Partido Comunista Chinês (PCC). O presidente destacou que os “problemas regionais da pobreza foram resolvidos”, pelo que a China encerrou a sua “árdua tarefa de erradicar a pobreza extrema, gerando outro milagre incrível”. O governante também indicou que 832 vilas e 128.000 cidades foram retiradas da lista de locais empobrecidos, segundo os “padrões atuais”. Xi ressaltou que a meta foi alcançada em 2021, o ano do centenário da fundação do PCC. Desde que a China lançou o programa de reforma e abertura, no final dos anos 1970, quase 800 milhões de pessoas saíram da pobreza, contribuindo assim para cerca de 70% na redução da pobreza extrema em todo o mundo, durante aquele período. Em 2012, a China estabeleceu como meta erradicar a pobreza extrema até 2020, dez anos antes da data estabelecida pelas Nações Unidas para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Residentes rurais idosos receberam doações em dinheiro e o Governo lançou esquemas para fomentar a criação de emprego para quem dependia da agricultura de subsistência, incluindo através da formação de cooperativas agrícolas ou da abertura de fábricas. O investimento em infra-estruturas e habitação permitiu também tirar do isolamento comunidades inteiras. Segundo Xi Jinping, a erradicação da pobreza extrema foi possível com uma “abordagem realista e pragmática” e graças às “vantagens políticas do sistema socialista, que pode reunir os recursos necessários para concretizar grandes tarefas”. A China investiu o equivalente a cerca de 202.000 milhões de euros, nos últimos oito anos, no combate à pobreza, disse Xi. Cerca de três milhões de funcionários do PCC foram enviados para as áreas rurais para trabalharem na campanha de erradicação da pobreza extrema. Em 2019, a China fixou o limiar de extrema pobreza em 4.000 yuans por ano, o que representa 1,3 dólares por dia. O Banco Mundial fixa o limiar em 1,5 euros.
Hoje Macau China / ÁsiaONG diz que Coreia do Norte aprisiona há décadas prisioneiros de guerra sul-coreanos Uma organização dos direitos humanos da Coreia do Sul denunciou ontem que o regime de Pyongyang usa, há décadas, prisioneiros de guerra sul-coreanos e respectivos descendentes em “trabalhos forçados” numa rede de minas de carvão. Segundo um relatório da Aliança de Cidadãos para os Direitos Humanos na Coreia do Norte (NKHR, na sigla em inglês), com sede em Seul, dezenas de milhares de prisioneiros de guerra sul-coreanos nunca foram libertados por Pyongyang após a Guerra da Coreia (1950-1953). Esses prisioneiros foram enviados para as minas de carvão em condições semelhantes à escravidão e os filhos e netos “herdaram esse destino brutal”, refere o documento. Na Coreia do Norte, existe o chamado sistema ‘songbun’, que classifica os cidadãos de acordo com suas origens sociais e políticas. A lealdade absoluta às autoridades é um fator crucial e aqueles cujos ancestrais colaboraram com o inimigo japonês ou foram capitalistas estão na base da escala. “Este sistema ‘songbun’ foi passado para os filhos e netos dos prisioneiros de guerra, que continuam a trabalhar nas minas de carvão, chumbo, zinco, magnesite e outras”, denuncia a NKHR. “Estão proibidos de mudar de residência e de trabalho ou frequentar o ensino superior”, acrescenta-se no documento. Pyongyang invadiu a Coreia do Sul em 1950, até ao armistício, centenas de milhares de soldados dos dois lados foram feitos prisioneiros na chamada Zona Desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês). Nos termos da Convenção de Genebra (em vigor desde 1949), os Estados não podem manter um prisioneiro de guerra após o fim do conflito, mas a Coreia do Norte apenas autorizou o regresso de 8.343 sul-coreanos. Em 2014, um relatório das Nações Unidos estimou em pelo menos 50.000 o total de prisioneiros de guerra mantidos na Coreia do Norte após o final do conflito, estando vivos, na altura, cerca de 500. Em declarações à agência noticiosa France-Presse (AFP), a autora do relatório, Joanna Hosaniak, indicou que o “calvário” dos detidos foi “ignorado” pelas autoridades de Seul e nem sequer foram alvo de discussão nas cinco cimeiras inter-coreanas. “Não há informações nem interesse” por este caso na Coreia do Sul, lamentou Hosaniak. A Coreia do Norte, por seu lado, afirma respeitar os direitos humanos e garantiu ter devolvido todos os prisioneiros de guerra.
Hoje Macau China / ÁsiaChina diz que programa nuclear do Irão está num “ponto crítico” A China considera que o programa nuclear do Irão está num “ponto crítico” e defende que suspender as sanções ao país é a chave para quebrar o impasse. “A questão nuclear iraniana está num ponto crítico, que oferece oportunidades e desafios”, disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, em conferência de imprensa. “Sempre acreditámos que o retorno dos EUA ao acordo e o levantamento das sanções contra o Irão são as chaves para quebrar o impasse”, acrescentou. O Irão começou, na terça-feira, a restringir oficialmente as inspeções internacionais das suas instalações nucleares, numa tentativa de pressionar os países europeus e os Estados Unidos a suspenderem as sanções que paralisaram a economia do país e a restaurar o acordo nuclear de 2015. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China é parte do acordo. Pequim mantém relações diplomáticas e estreitos laços económicos com Teerão. O país asiático opõe-se às sanções unilaterais aplicadas pelos EUA. Pequim trabalhou com a Alemanha, França, Reino Unido e Rússia para manter o acordo, após a decisão do ex-presidente Donald Trump de retirar os EUA em 2018. O novo governo do presidente Joe Biden já disse querer reverter a decisão.
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça chinesa obriga homem a indemnizar ex-mulher pelos trabalhos domésticos A justiça chinesa obrigou um homem a indemnizar a ex-mulher num valor de 50 mil yuan como “compensação” pelas tarefas domésticas realizadas durante o casamento. Segundo o Código Civil da China, que entrou em vigor este ano, os cônjuges que se divorciam têm, pela primeira vez, o direito de reclamar indemnização caso tenham assumido mais responsabilidades domésticas. A dona de casa, identificada como Wang, contou num tribunal de Pequim que durante o seu casamento cuidou “do filho e das tarefas domésticas”, enquanto o “marido se absteve” dessas funções. A esposa exigiu assim o pagamento de uma compensação financeira, de acordo com um relatório do tribunal, publicado em 04 de fevereiro. O tribunal decidiu que a mulher tinha assumido mais tarefas domésticas e exigiu que o ex-marido pagasse 50 mil yuans como compensação. Wang, que reclamou 160.000 yuans, recorreu da decisão, segundo a imprensa local. Devido a leis mais liberais e à crescente independência financeira das mulheres, os divórcios explodiram na China nas últimas duas décadas. A situação preocupa o Governo, que quer impulsionar a natalidade, que está em queda acelerada. No ano passado houve menos 15% de nascimentos do que no ano anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Militares apostam na diploma enquanto manifestações prosseguem O ministro dos Negócios Estrangeiros de Myanmar, designado pela junta militar, deslocou-se esta quarta-feira a Banguecoque para conversações com as potências regionais, que tentam um acordo para terminar com os protestos após o golpe militar no país asiático. Estas conversações surgem num momento em que o balanço da repressão das manifestações aumentou para cinco mortos, com uma organização de socorro local a anunciar a morte de um manifestante sob detenção. O ministro Wunna Maung Lwin reuniu-se com os seus homólogos da Tailândia e Indonésia no primeiro encontro conhecido entre um membro da junta e representantes de Governos estrangeiros. Há várias semanas que o exército birmanês é alvo de condenações internacionais pelo derrube da chefe do Governo civil Aung San Suu Kyi num golpe militar em 1 de Fevereiro. A junta militar enfrenta manifestações diárias maciças e um movimento de desobediência civil que abrange todos os sectores da sociedade de Myanmar. A ministra dos Negócios Estrangeiros indonésia, Retno Marsudi, manifestou a sua preocupação pela segurança e bem-estar da população birmanesa, ao considerar necessário um “processo de transição democrática inclusivo”. “Pedimos a todas as partes que demonstrem contenção e não recorram à violência, para evitar vítimas e efusões de sangue”, declarou aos jornalistas em Jacarta. Nas duas últimas semanas, Marsudi evocou a crise em Myanmar no decurso de visitas ao Bornéu e Singapura, e durante contactos telefónicos com outros homólogos da Ásia do Sudeste. A ministra tinha manifestado a intenção de se deslocar a Naypyidaw, capital administrativa de Myanmar, para transmitir pessoalmente a posição da Indonésia e de outros países, mas disse que a vista foi adiada. Centenas de manifestantes voltaram a concentrar-se esta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, defronte da embaixada da Indonésia no centro de Rangum, a maior cidade do país. No protesto, exprimiram o seu descontentamento pelo diálogo mantido entre o país vizinho e a junta – oficialmente designada Conselho de Administração do Estado –, e exibiram cartazes com a frase “Parem de negociar com eles”, e “Indonésia, não apoies o ditador”, indicou a agência noticiosa AFP. Nas últimas três semanas, os generais birmaneses não cessaram de intensificar o recurso à força para enfraquecer a mobilização a favor do regresso do Governo civil, com milhares de pessoas a descerem às ruas em desfiles diários. O número de mortes desde o golpe de Estado subiu para cinco após a morte de um homem de 20 anos que foi detido e estava ferido numa perna após uma manifestação no passado fim de semana em Mandalay, a segunda maior cidade do país. As manifestações prosseguiram hoje por todo o país, desde Rangum – onde grupos étnicos minoritários com os seus trajes tradicionais desfilaram com as suas insígnias – até Mandalay, onde os manifestantes surgiram montados em elefantes, onde foi colocada a frase “Abaixo a ditadura militar”. Desde a sua detenção na manhã de 01 de fevereiro que Aung San Suu Kyi não é vista em público. A laureada com o prémio Nobel da Paz, 75 anos, mantida em local secreto desde a sua prisão, foi indiciada por motivos não políticos, devido supostamente a ter importado “ilegalmente” intercomunicadores e violado uma lei sobre a gestão das catástrofes naturais. Uma primeira comparência em tribunal está agendada para 1 de Março.
Hoje Macau SociedadeNovos aterros | CPU aprova mais cinco projectos para a Zona A O Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) concluiu a discussão de cinco plantas de projectos para a zona A dos novos aterros, relacionados com a construção de parques de estacionamento, instalações públicas e sociais. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, foram recolhidas apenas cinco opiniões no período de consulta pública. Os projectos serão desenvolvidos em cinco terrenos e terão uma área compreendida entre 11 mil e 18 mil metros quadrados. O edifício mais alto terá a altura máxima de 115 metros. Os membros do CPU debateram também uma planta de condições urbanísticas na zona do Pátio do Mungo, situado perto do centro histórico. O terreno tem 489 metros quadrados e, segundo parecer do Instituto Cultural, sugere-se a preservação da fachada do edifício e do telhado. Leong Wai Man, vice-presidente do IC, adiantou que, apesar do Pátio do Mungo não estar incluído numa zona de protecção do património, é necessária uma preservação dado o seu valor histórico, por ser um lugar de casas chinesas centenárias. A responsável adiantou que a preservação completa do local será difícil, tendo em conta o regulamento contra incêndios em vigor.
Hoje Macau SociedadeGalaxy Macau | Centro de convenções pode abrir na segunda metade do ano O Centro Internacional de Convenções do Galaxy Macau pode abrir faseadamente a partir da segunda metade deste ano, de acordo com o director da Galaxy Entertainment Group Joey Pather, responsável pelo sector MICE, de conferências e exposições. Num evento da Câmara de Comércio França – Macau, Pather adiantou que a abertura será gradual e que o processo vai depender da resposta do mercado, num contexto de recuperação do mercado de turismo da crise provocada pela pandemia. “Temos recebido solicitações, mas ainda não decidimos qual o sector que vai abrir primeiro. Ainda estamos na fase de licenciamento e de testes”, referiu Pather, citado pelo portal GGRAsia. O centro de convenções vai ter uma área de 40 mil metros quadrados.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim opõe-se a tentativas para a “independência de Taiwan” Ma Xiaoguang, porta-voz do Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, expressou nesta quarta-feira uma oposição “resoluta a qualquer tentativa que procure a independência de Taiwan”, incluindo torná-la conveniente para as forças separatistas por meio das chamadas “emendas constitucionais”. Ma fez estes comentários ao responder a uma pergunta sobre o plano do corpo legislativo da ilha para iniciar as chamadas “emendas constitucionais”. “As actividades separatistas relativas à independência de Taiwan prejudicam severamente o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito e representam ameaças à paz e à estabilidade entre os dois lados”, disse Ma. “Prejudicando gravemente os interesses comuns dos compatriotas de ambos os lados do Estreito e os interesses fundamentais da nação chinesa, tais actividades enfrentarão contramedidas resolutas do continente”, acrescentou Ma. Ainda segundo Ma Xiaoguang, os compatriotas de Taiwan na parte continental da China sentiram-se “em casa” durante a Festa da Primavera, já que a região fez grandes esforços para resolver problemas práticos e garantiu-lhes um feriado próspero. Uma vez que mais compatriotas e empresas da ilha chinesa celebravam a Festa da Primavera no continente, devido à COVID-19, particularmente às políticas de prevenção da epidemia da autoridade do Partido Democrático Progressista, os departamentos dos assuntos de Taiwan em todo o país foram requisitados para organizarem actividades especiais no sentido de garantir que eles tivessem um festival feliz, lembrou o oficial. “Isso significa que as pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan compartilham o mesmo sangue e estão realmente conectadas, o que serve como o ímpeto interno para que as relações continuem a avançar”, concluiu Ma.
Hoje Macau SociedadeFronteiras | Residentes estrangeiros poderão pedir visto para a China Os residentes estrangeiros em Macau vão poder, a partir da próxima segunda-feira, obter vistos para entrar na China continental, anunciou o gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. “Tendo em conta a última situação de prevenção e controlo da pandemia da covid-19 na RAEM e as necessidades de intercâmbio cultural e desenvolvimento económico, em 1 de Março de 2021 o gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na RAEM começará gradualmente a aceitar os pedidos de visto da China continental para residentes estrangeiros” naquele território, de acordo com um comunicado publicado no ‘site’ da entidade, na terça-feira. Na nota, é ainda indicado que a decisão abrange residentes estrangeiros permanentes e não permanentes no território. Os pedidos passaram a ser admitidos desde ontem, através do formulário electrónico disponível no site reservado aos requerimentos de visto para a China (COVA, na sigla em inglês) do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O Governo Central suspendeu em 28 de Março de 2020 a entrada de cidadãos estrangeiros na China, incluindo com visto ou autorização de residência, tal como a política de isenção de visto de 144 horas adoptada pela província chinesa de Guangdong para grupos de turistas estrangeiros oriundos de Hong Kong e de Macau, como medida de prevenção contra a propagação do novo coronavírus.
Hoje Macau PolíticaAssociação Poder do Povo pede nova ronda de cartão de consumo A associação Poder do Povo entregou uma carta ao Chefe do Executivo, a pedir ao governo que atribua antecipadamente o cheque pecuniário e lance uma nova ronda do cartão de consumo, com o valor de seis mil patacas para cada residente. A exigência foi deixada ontem de manhã e Wu Shaohong, vice-presidente da associação, justificou que a passagem do ano novo chinês mostrou que os efeitos económicos da pandemia estão para ficar e que o volume dos visitantes não está a subir de forma esperada, o que fez com que muitas pessoas perdessem o emprego e houvesse vários encerramentos de lojas. “Por isso, pedimos [estas medidas] para aliviar a dificuldade da população,” avançou. Na carta entregue ao Executivo, além dos apoios pecuniários, foi ainda exigida a construção de mais habitação pública para satisfazer a procura interna. Porém, o ritmo do processo de construção foi criticado: “Macau foi elogiada pelo líder do país como a cidade pragmática, mas não consegue satisfazer as existência básicas de uma vida segura, envergonhando o princípio Um País, Dois Sistema,” é criticado no comunicado.
Hoje Macau PolíticaWong Kit Cheng sugere flexibilidade para vacinar A deputada Wong Kit Cheng defende que as empresas devem permitir aos empregados participar durante o horário do trabalho ser vacinado contra a covid-19. Segundo o jornal Ou Mun, Wong Kit Cheng mostrou-se preocupada com o facto dos residentes marcarem a vacinação para o horário do meio-dia ou ao Sábado, porque precisam de cumprir o horário de trabalho. Assim Wong indicou que haveria uma maior eficácia na velocidade da vacinação se os residentes pudessem evitar as horas mais ocupadas da vacinação. A deputada exemplificou ainda com a Associação Geral das Mulheres, a que pertence, que permitiu que os trabalhadores gozem de duas horas para que os empregados possam escolher um horário e deslocar-se ao local da vacinação. Por outro lado, a legisladora elogiou o governo por ter feito boas alterações ao programa de vacinação a partir do momento que foi aberto ao público em geral. Neste capítulo Wong sublinhou que o horário da vacinação foi alargado até às 20:30, o que no seu entender merece ser reconhecido.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong vai gastar 120 mil milhões de dólares em apoios O Governo de Hong Kong vai gastar 120 mil milhões de dólares de Hong Kong em apoios a empresas e residentes afectados pela pandemia de covid-19, anunciaram as autoridades. As medidas, que incluem benefícios fiscais, empréstimos para desempregados e vales de consumo, destinam-se a estabilizar a economia, anunciou hoje o ministro das Finanças de Hong Kong, Paul Chan, segundo a agência de notícias Associated Press (AP). O ministro prevê que a economia do território cresça entre 3,5% a 5,5% este ano, após a contração de 6,1% em 2020. O orçamento para 2021 “visa aliviar as dificuldades e pressões causadas pela recessão económica e a epidemia”, disse Chan. Os desempregados vão poder obter empréstimos até 80.000 dólares de Hong Kong, num programa isento de pagamentos durante o primeiro ano, com juros de 1%. As medidas foram anunciadas depois de as autoridades terem informado, na semana passada, que a taxa de desemprego na antiga colónia britânica atingiu os 7% entre Novembro de 2020 e Janeiro deste ano, a mais elevada desde Abril de 2004. Serão também emitidos vales de compras no valor de 5.000 dólares de Hong Kong para estimular o consumo dos residentes, anunciou o ministro, além de benefícios fiscais para empresas e indivíduos. Chan disse que o défice fiscal de Hong Kong está num nível recorde, depois de o Executivo ter gasto no ano passado 300 mil milhões de dólares de Hong Kong em medidas de apoio para combater os efeitos económicos da pandemia, incluindo subsídios aos residentes e empresas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Restrições ameaçam ajuda humanitária na Coreia do Norte, diz ONU As medidas de restrição impostas por Pyongyang para conter a pandemia de covid-19 poderão obrigar o Programa Alimentar Mundial (PAM) a suspender as suas operações na Coreia do Norte, onde grassa a malnutrição, alertou a organização. O país sofre há muito de uma grave escassez alimentar e as sanções internacionais impostas para pressionar o regime norte-coreano a renunciar ao programa nuclear contribuem para agravar o problema. O programa de ajuda humanitária do PAM é de longe o maior na Coreia do Norte, fornecendo todos os meses, segundo a sua página eletrónica, ajuda alimentar especial a um milhão de grávidas, mães em aleitamento e crianças. A ajuda humanitária à Coreia do Norte, já complexa devido às sanções económicas, enfrenta um desafio suplementar devido às restrições anti-covid impostas por Pyongyang. A Coreia do Norte foi, no final de Janeiro do ano passado, o primeiro país do mundo a fechar as suas fronteiras para se proteger do novo coronavírus, que surgira na vizinha China. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.466.453 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. No entanto, a Coreia do Norte continua a dizer que não registou qualquer caso, o que os especialistas questionam. A ONU estima que mais de 40% da população norte-coreana sofra de malnutrição.
Hoje Macau China / ÁsiaPrincípio “Patriotas a governar Hong Kong” debatido em Pequim Um simpósio sobre a melhoria da estrutura institucional de “um país, dois sistemas” e implementação do princípio fundamental de “patriotas a governar Hong Kong” concluiu que são necessárias medidas que o implementem. Para que “um país, dois sistemas” possa ser realizado Para garantir a implementação constante e sustentada de “um país, dois sistemas”, o princípio de “patriotas a governar Hong Kong” deve ser sempre respeitado, disse Xia Baolong, vice-presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e chefe do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, que fez um discurso no simpósio. Elogiando “um país, dois sistemas” como o melhor arranjo institucional para manter a prosperidade e estabilidade de longo prazo de Hong Kong, Xia prometeu “sforços inabaláveis” na implementação das políticas de “um país, dois sistemas”, “o povo de Hong Kong a governar Hong Kong “e um alto grau de autonomia. Para Xia, “patriotas a governar Hong Kong” é a essência do princípio “um país, dois sistemas”. O princípio significa, explicou, que, após o seu retorno à pátria, Hong Kong deve ser governado por patriotas e que o poder da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK ) deve estar nas mãos de patriotas. Xia alertou ainda para o risco de agitadores anti-China, elementos da “independência de Hong Kong” e outros separatistas radicais entrarem na arquiteCtura de governação da RAEHK por meio de eleições. Por isso, pediu acções imediatas para melhorar os sistemas relacionados com o exercício do poder na RAEHK, especialmente o sistema eleitoral, de modo que o princípio “patriotas a governar Hong Kong” possa ser implementado com eficácia. “Os membros dos órgãos executivo, legislativo e judiciário da RAEHK e os principais oficiais dos seus principais órgãos estatutários devem ser patriotas genuínos”, afirmou. Especialistas e académicos presentes no simpósio disseram que o actual sistema eleitoral de Hong Kong não pode fornecer uma garantia institucional forte para a implementação abrangente do princípio de “patriotas a governar Hong Kong” e que medidas imediatas são necessárias para preencher as lacunas. O simpósio foi organizado pela Associação Chinesa de Estudos de Hong Kong e Macau e contou com a presença de cerca de 200 pessoas, incluindo chefes de autoridades centrais relacionadas, funcionários relevantes, especialistas e académicos do continente, do HKSAR e da RAE de Macau. Funcionários, especialistas e académicos de Shenzhen, Hong Kong e Macau participaram do evento por meio de um link de vídeo.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Deterioração de situação política e institucional em Hong Kong limita “espaço democrático” O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou ontem que os chefes da diplomacia europeia consideram que a “situação política e institucional” em Hong Kong se tem “deteriorado”, limitando o “espaço democrático” na região. “Actualizámos a nossa avaliação sobre a situação em Hong Kong e essa avaliação é simples: do nosso ponto de vista, a situação política e institucional em Hong Kong vem-se deteriorando, pondo em risco o cumprimento do princípio ‘um país, dois sistemas’ e limitando o espaço democrático em Hong Kong”, sublinhou após a reunião dos ministros de Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE). Santos Silva sublinhou que a UE “tem de tornar clara” esta avaliação na relação com a China, mas também “apoiar todos aqueles que nas instituições de Hong Kong lutam hoje pela preservação do espaço democrático e pela preservação do sistema ‘um país, dois sistemas’”. Relação multidimensional O ministro dos Negócios Estrangeiros clarificou ainda a posição da UE relativamente ao regime chinês, qualificando-a de “relação multidimensional” e sublinhando que essa relação passa por quatro vertentes que convivem “ao mesmo tempo”. Em áreas como a da “acção climática” e a da “transição energética”, Pequim é visto como um “parceiro indispensável” pela UE por não ser “possível” cumprir os “objetivos do acordo de Paris e proceder a uma descarbonização mundial sem a cooperação da China”. No entanto, noutras áreas de cooperação, como nas “questões de saúde global”, na “luta contra o terrorismo”, ou de “desenvolvimento de infra-estruturas físicas e de conectividade”, Santos Silva considerou que Pequim é um “parceiro selectivo”. Já nas “áreas e regiões nas quais a influência europeia compete com a influência chinesa”, quer do “ponto de vista económico”, como do ponto de “vista político”, o chefe da diplomacia portuguesa sublinhou que a UE vê a China como “um competidor”. Finalmente, nas “questões institucionais”, o bloco vê ainda a China como “rival sistémico” porque “manifestamente” a concepção do “Estado de Direito, das liberdades individuais, dos direitos humanos, das instituições políticas, do papel dos ‘media’”, não só é “muito diferente”, mas também “contraditória”, entre os países da UE e a China. Acordo complexado “Portanto, é esta complexidade que nos orienta na nossa relação com a China e que faz com que nós, ao mesmo tempo, possamos negociar acordos com a China sobre a protecção das indicações geográficas de origem – para dar o exemplo de um acordo concluído – ou que estejamos a negociar com a China um acordo sobre a proteção recíproca de investimentos e, ao mesmo tempo que fazemos isso, criticamos a China pelas violações grosseiríssimas de direitos humanos que decorrem na província de Xinjiang, pelo que nos parece ser uma perseguição a uma etnia, os Uigures, ou façamos críticas ao que nos parece ser a deterioração da situação política e institucional em Hong Kong”, elucidou. Augusto Santos Silva anunciou ainda que os chefes de diplomacia europeia abordaram a questão chinesa com o novo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken – que participou na reunião por videoconferência – tendo Santos Silva destacado a “mudança na abordagem da administração norte-americana”, que vai “num sentido de maior convergência”. “O secretário de Estado disse-nos que os Estados Unidos não procuram nenhum conflito com a China, mas os Estados Unidos não estão disponíveis para abrandar a sua pressão sobre a China no que diz respeito ao cumprimento dos direitos humanos, no que diz respeito à liberdade de navegação no mar do Sul da China, e no que diz respeito a outras dimensões”, divulgou. O chefe da diplomacia europeia revelou ainda que o facto de Antony Blinken não ter falado “apenas no Partido Comunista Chinês mas na China como um país”, tornou o “debate mais simples e a convergência mais evidente”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina acelera exportação de vacinas A China espera aumentar a produção das suas vacinas para 2.000 milhões de doses, este ano, e 4.000 milhões, até 2022, um plano ambicioso que visa converter o país no maior fornecedor das nações em desenvolvimento. Citado pela imprensa local, o presidente da Associação da Indústria das Vacinas da China, Feng Duojia, estimou que os 4.000 milhões de doses vão cobrir até 40% da procura global. A China já distribuiu doses das suas vacinas em 22 países em desenvolvimento e prestou assistência a 53, número que continuará a crescer, à medida que Pequim fechar mais acordos com países africanos, segundo dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. O laboratório estatal Sinopharm já distribuiu 43 milhões de doses da sua vacina, entre as quais 34 milhões foram administradas no país asiático, cuja campanha de vacinação está reduzida, por enquanto, a inocular grupos considerados de alto risco de infeção, segundo a cadeia de televisão CCTV. As vacinas desenvolvidas pela Sinopharm e também pelas chinesas Sinovac e CanSino estão a ser utilizadas já em África, Sudeste Asiático e América Latina, enquanto na Europa só chegaram à Sérvia e à Hungria. A capacidade de produção da China e a rapidez na distribuição das vacinas têm seduzido a América Latina, onde mais de uma dezena de países já receberam ou aguardam as primeiras doses. Mais de 190.000 doses da vacina Sinovac chegam ao Uruguai esta semana, e mais de um milhão e meio vão estar disponíveis, a partir de 15 de março, informou o Presidente do país sul-americano, Luis Lacalle Pou. No México, já estão disponíveis 200.000 vacinas daquela empresa, que vão ser aplicadas, na sua totalidade, no município de Ecatepec. A República Dominicana vai receber 768 mil doses. A Colômbia acabou de receber um segundo lote, de 192 mil doses, da Sinovac, e a Bolívia aguarda a chegada de meio milhão da Sinopharm, que também acaba de ser autorizado na Argentina. Países como Brasil ou o Peru também administram vacinas chinesas. Tratam-se de vacinas “inactivadas”, o que significa que carregam uma versão geneticamente alterada do vírus que o impede de se reproduzir e desenvolver a doença, mas que gera uma resposta imunológica no organismo. A China também entregou 10 milhões de doses das suas vacinas ao mecanismo Covax, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para fornecer vacinas anti-Covid aos países em desenvolvimento. “Cerca de 27 países, a maioria deles em desenvolvimento, mostraram interesse em importar vacinas chinesas. Alguns já receberam remessas. No total, a China está a fornecer ajuda a 53 países em desenvolvimento e continuará a fazê-lo da melhor maneira possível”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin. A imprensa oficial chinesa foi mais assertiva: “As vacinas chinesas tornaram-se uma fonte confiável para muitos países no combate à pandemia. A China está a cumprir com a sua palavra de tornar as vacinas um bem público comum e distribuído de forma justa e equitativamente”, apontou, em editorial, a agência noticiosa oficial Xinhua. A campanha chinesa gerou reações na Europa. O ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Jean-Yves Le Drian, disse na semana passada que a China lançou uma “diplomacia de vacinas”, para aumentar a sua influência, especialmente nos países africanos, e alertou que “tirar fotos de vacinas em aeroportos não significa ter uma política de vacinação”. O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, destacou que a pandemia se tornou um “momento geopolítico” em que alguns países estão a distribuir doses com objetivos políticos, o que pode ter “enormes consequências para o nosso futuro”.
Hoje Macau EventosMúsica | Concertos de música clássica agendados para esta sexta-feira O Instituto Cultural (IC) promove esta sexta-feira, dia 26, dois concertos de música clássica. Um deles acontece no teatro D. Pedro V às 20h e é protagonizado pela Orquestra Chinesa de Macau. O espectáculo visa agradecer aos fãs o apoio durante o festival das lanternas e terá sopros e percussão, sendo interpretadas “várias peças festivas e alegres”, incluindo Dragão Ascendente e Tigre Pulando, Kung Fu, Garimpando Ouro, entre outras. Será também realizada no local uma actividade de Adivinhas de Lanternas, oferecendo aos fãs uma experiência única nesta ocasião festiva. Esta actividade tem início às 19h. A entrada para os dois eventos é gratuita, mediante inscrição. Também esta sexta-feira, mas no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), acontece o espectáculo “Concerto do Dia dos Namorados – Amor na Primavera” com o músico Mengla Huang no violino e Jing Huan como maestro. O programa do concerto inclui obras como “Abertura Die schöne Melusine, Op. 32”, de Felix Mendelssohn, “Concerto para Violino em Ré maior, Op. 35”, de Erich Wolfgang Korngold, e “Sinfonia n.º 1 em Si bemol maior, Op. 38 “Primavera”, de Robert Schumann. Inicialmente estava prevista a presença da violinista Mayumi Kanagawa e do maestro Christoph Poppen, mas devido à impossibilidade dos mesmos se deslocarem a Macau, devido à pandemia, a escolha recaiu sobre Jing Huan, maestro principal da Orquestra Sinfónica de Guangzhou, e Mengla Huang, vencedor do primeiro prémio no Concurso Internacional de Violino Paganini em 2002.
Hoje Macau EventosCinema | Projecto de visitas ‘cinéfilas’ guiadas em bairros antigos continua O Instituto Cultural disse à Lusa que vai prolongar até Abril as excursões sobre filmes rodados em zonas históricas de Macau, cujos guias são directores e actores, justificando a decisão com o êxito da iniciativa. Além disso, a Cinemateca Paixão vai exibir a 2 de Março um documentário sobre a história do cinema de Macau O Instituto Cultural (IC) convidou cineastas e actores locais para guiarem excursões nos bairros antigos de Macau a partir do cenário de filmagens efectuadas em diversos pontos da cidade. O IC vai prolongar a iniciativa “Visitar o Porto Interior, Taipa e Coloane seguindo os filmes” em Março e Abril, com mais 18 sessões, depois da iniciativa ter arrancado no início do ano. Pelo menos 180 pessoas participaram nas excursões, aos fins-de-semana e feriados, numa actividade inicialmente prevista para terminar este mês, de acordo com o instituto. “Através desta actividade, posso conhecer mais sobre a história das zonas de Macau e os filmes que foram realizados” na cidade, salientou um dos guias, Albert Chu Iao Ian, fundador da Associação Audio-Visual Cut, realizador e director. “Como produtores locais, estamos muito satisfeitos”, acrescentou o director, partilhando a importância do envolvimento na iniciativa: “O mais significativo é que partilhei filmes de Macau e isso permite aos participantes ter mais exposição aos filmes locais”. “No processo de exploração das rotas antes do evento, encontrámos muitos lugares que nunca tínhamos visitado antes, e eram únicos, o que nos fez perceber que Macau tem muitas coisas para oferecer (…). Há ainda muitos lugares em Macau que precisam de ser documentados por imagens”, explicou. Interpretar imagens Outro realizador de Macau, Chao Koi Wang, também participou como guia: “O mais importante é que andei muito nesta actividade e aumentei a ligação com o território”, sublinhou. Chao disse esperar que se possa estender, no futuro, as rotas da actividade para outras áreas e os cidadãos possam entrar nas zonas que habitualmente são menos percorridas na vida quotidiana. “Foi óptimo descobrir que pessoas de diferentes origens estavam interessadas em ouvir-nos falar sobre os filmes, e isso motivou-nos a introduzir mais filmes de Macau”, frisou. Os dois percursos das excursões têm lugar nas zonas antigas de Macau, Taipa e Coloane, para “promover e reforçar a participação da comunidade no desenvolvimento artístico e aumentar os elementos culturais do turismo nas antigas zonas de Macau”, segundo o IC. Também para promover o cinema em Macau, o IC anunciou na segunda-feira que produziu um documentário que irá ser exibido ao longo de cinco sessões na Cinemateca Paixão. Com o título “Interpretação das Imagens”, centra-se “na história do cinema e do sector da exibição cinematográfica de Macau”. “O documentário ‘Interpretação das Imagens’ mostra a força criativa por trás do sector cinematográfico e televisivo local e, através de entrevistas a académicos e profissionais do cinema, conta a história das vicissitudes do sector da exibição cinematográfica de Macau e apresenta a evolução dos cinemas locais ao longo do século passado”, de acordo com a mesma nota. O documentário vai ser exibido a partir de 2 de Março.
Hoje Macau SociedadeJogo | Receitas de 2020 da SJM sofreram queda de 78% A Sociedade de Jogos de Macau (SJM) fechou o ano passado com perdas de três mil milhões de dólares de Hong Kong. A empresa teve uma receita líquida dos jogos de 7,3 mil milhões de dólares de Hong Kong, o que representa uma descida de 78 por cento face a 2019. No comunicado com os resultados anuais, a SJM Holdings explica que o Grupo sofreu de forma “severa” com o impacto da pandemia de covid-19, que levou ao fecho dos casinos em Macau por 15 dias em Fevereiro, e que levou a medidas de prevenção que ainda se mantêm, como restrições fronteiriças e nos canais de transporte, bem como requerimentos de quarentena. O EBITDA ajustado do grupo, que se refere aos resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações, foi negativo em mais de dois milhões de dólares de Hong Kong, representando uma descida de 149,6 por cento comparativamente ao ano anterior. O documento aponta que os resultados da SJM representaram 14,1 por cento da receita bruta do jogo de Macau, incluindo 19,7 por cento do mercado de massas e oito por cento das receitas do jogo VIP. “Apesar de os resultados da SJM para todo o ano de 2020 reflectirem a redução severa das viagens e turismo causada pela pandemia de covid-19, estamos encorajados por ver o início da recuperação a partir do quarto trimestre”, disse Ambrose So, CEO da SJM Holdings Limited citado em comunicado. Na mesma nota, a SJM refere que a taxa de ocupação do Grand Lisboa Hotel desceu 76 por cento para 17,9 por cento. É indicado que a construção do Grand Lisboa Palace, cuja abertura foi adiada para a primeira metade deste ano, foi concluída e o projecto está a passar pelas inspecções finais das autoridades.