Hoje Macau DesportoPrimeiro caso de covid-19 identificado na Aldeia Paralímpica Um primeiro caso de covid-19 foi identificado na Aldeia Paralímpica, anunciou hoje a organização, cinco dias antes da abertura dos Jogos Paralímpicos, quando o Japão enfrenta um aumento de infeções. O doente faz parte do pessoal ligado aos Jogos e não reside no Japão, disseram os organizadores. A organização registou, até agora, 74 casos ligados aos Jogos Paralímpicos, que se realizam de 24 de agosto a 05 de setembro, principalmente entre o pessoal que vive no Japão. Seis outros casos foram assinalados por coletividades locais que acolhem equipas paralímpicas antes do início dos Jogos. Este é o primeiro caso comunicado na Aldeia Paralímpica, que abriu na terça-feira. Os organizadores dos Jogos Olímpicos, que terminaram em 08 de agosto, afirmaram que conseguiram evitar um grande surto de covid-19 no Japão, através de medidas sanitárias rigorosas, uma afirmação contestada por alguns peritos. Até à data, foram diagnosticados 546 casos ligados aos Jogos Olímpicos. O número de casos da covid-19, que tem vindo a aumentar no arquipélago, atingiu um novo máximo na quarta-feira, com quase 24 mil infeções em todo o país. Perante esta nova vaga de infeções, na terça-feira, o Governo japonês prolongou o estado de emergência, em vigor desde julho em parte do Japão, até 12 de setembro em 13 prefeituras, incluindo Tóquio.
Hoje Macau China / ÁsiaChina aguarda criação de governo afegão “aberto e representativo” para reconhecimento A China disse que está a aguardar o estabelecimento de um governo “aberto, inclusivo e amplamente representativo” no Afeganistão, antes de decidir sobre o reconhecimento das novas autoridades em Cabul. “Se vamos reconhecer um governo, temos que esperar até que o governo seja formado”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian. “Só depois chegaremos à questão do reconhecimento diplomático”, observou, em conferência de imprensa. Zhao reiterou que Pequim espera uma “transição suave”, após o retorno dos talibãs ao poder, para evitar mais violência ou um desastre humanitário. “A China vai continuar a apoiar a reconstrução pacífica do Afeganistão e a fornecer assistência ao desenvolvimento económico e social do Afeganistão, dentro da sua capacidade”, disse Zhao. O porta-voz afirmou que os talibãs devem cumprir com o seu compromisso de não dar abrigo a terroristas ou permitir que elementos estrangeiros operem no seu território, destacando o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, que Pequim culpa pelos ataques na região noroeste de Xinjiang, que compartilha uma fronteira estreita e remota com o Afeganistão. Pequim há muito pede que os EUA deixem o Afeganistão, mas condenou o que chama de retirada “apressada” das forças norte-americanas. A China procurou ter boas relações tanto com o ex-Governo afegão como com os talibãs, hospedando o principal líder político do grupo, o ‘mullah’ Abdul Ghani Baradar, durante as conversações com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, no final do mês passado.
Hoje Macau China / ÁsiaLíderes estudantis de Hong Kong detidos por “defenderem terrorismo” A polícia de Hong Kong deteve esta quarta-feira três líderes estudantis universitários, acusados de “defenderem o terrorismo”, noticiou a imprensa local. Entre os detidos estão o presidente e mais dois responsáveis do sindicato dos estudantes da Universidade de Hong Kong. Os três terão participado numa reunião, no mês passado, durante a qual foi aprovada uma moção que lamentava e “apreciava o sacrifício” de um homem que apunhalou um agente da polícia e depois se suicidou, em 01 de julho. Perante as críticas à moção, aprovada em 07 de julho, com 30 dos 32 presentes a votar a favor, o sindicato decidiu retirá-la, mas a universidade proibiu este mês o acesso ao ‘campus’ dos participantes na reunião. O presidente do sindicato estudantil, Charles Kwok Wing-ho, de 20 anos, repudiou mais tarde a moção, considerando-a como “extremamente inapropriada”, enquanto outros líderes do movimento estudantil apresentaram desculpas. De acordo com o diário South China Morning Post, a polícia considerou o ataque um “acto terrorista” de um “lobo solitário”. Em meados do mês passado, agentes das forças de segurança invadiram as instalações do sindicato de estudantes, no âmbito de uma investigação sobre se o grupo tinha defendido ou incitado o terrorismo. Ao abrigo do artigo 27.º da lei da segurança nacional de Hong Kong, que Pequim impôs ao território no ano passado, os acusados de incitar ou defender o terrorismo enfrentam uma pena de prisão entre cinco a dez anos, “se as circunstâncias da infração (…) forem de natureza grave”. A lei também prevê penas de prisão perpétua para actos de secessão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras.
Hoje Macau VozesDireito de resposta da Casa de Macau em Lisboa Face à publicação recente de um artigo de opinião no jornal “Hoje Macau”, onde são apresentadas alegações infundadas e factos que não correspondem à verdade, a Direcção da Casa de Macau em Portugal vem, por este meio, esclarecer publicamente o seguinte: 1. O imóvel sito na Av. Almirante Gago Coutinho, 142, em Lisboa, é propriedade da Fundação Casa de Macau. O referido espaço foi cedido à Casa de Macau para o desenvolvimento das suas actividades, através de um contrato de comodato a termo. 2. Muito embora o edifício reúna todas as condições e dignidade para o normal funcionamento da Casa de Macau, a Fundação Casa de Macau tem previstas obras de manutenção, nomeadamente a pintura do seu exterior, as quais não puderam ainda ser realizadas devido a contingências múltiplas, resultantes da presente Pandemia. 3. Fundada em 1966 e reconhecida pelo estado português com o estatuto de instituição de utilidade pública em 1988, a Casa de Macau tem-se pautado, ao longo dos seus 55 anos de existência, pela promoção activa da cultura macaense em Portugal. Naturalmente, face à presente crise sanitária, não tem sido possível realizar as inúmeras e habituais actividades presenciais, que serão retomadas assim que estejam garantidas as condições necessárias de segurança, para os seus associados, parceiros e visitantes. 4. A Casa de Macau é um espaço de encontro intergeracional, de reflexão e partilha, aberto a toda a comunidade macaense, não só de naturais de Macau, mas também de todos aqueles que vivem ou viveram em Macau, ou se interessam pela sua cultura e identidade. 5. As instalações da Casa de Macau estão encerradas durante o presente mês de Agosto, para férias do seu pessoal, reabrindo no dia 1 de Setembro. São todos bem vindos a visitar-nos após essa data! Por último, a Direcção da Casa de Macau gostaria de saudar e agradecer a todos os seus associados e amigos, que nos últimos dias têm manifestado publicamente o seu apoio a esta que é a sua “Casa”, assim como pela defesa daqueles que são os interesses genuínos e maiores de Macau e da sua comunidade.
Hoje Macau PolíticaLei Chan U pede medidas para reduzir acidentes na Ponte da Amizade O deputado Lei Chan U perguntou ao Governo quais as medidas que tenciona implementar para reduzir a sinistralidade na Ponte de Amizade. As questões fazem parte de uma interpelação divulgada ontem pelos serviços de assessoria do deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). No documento enviado ao Executivo, Lei reconhece que foram aplicadas várias medidas ao longo dos anos para reduzir o número de acidentes. Entre os exemplos de políticas adoptadas, o deputado sublinha os 17 radares de velocidade instalados, a sinalização luminosa e os semáforos nas intersecções, para resolver a questão das prioridades. Porém, Lei Chan U sustenta que os resultados foram escassos: “Contudo, a situação do tráfego da Ponte da Amizade não melhorou significativamente como resultado das medidas”, defendeu. Nesse sentido, quer saber que outras políticas vão ser aplicadas: “Tendo em conta as causas dos acidentes na Ponte da Amizade, que outras medidas mais focadas nas causas podem ser lançadas pelas autoridades para melhorar o ambiente de condução e garantir a segurança do pessoal?”, perguntou. Além da velocidade No que diz respeito à causa dos acidentes, Lei Chan U afirma acreditar que o problema não está na velocidade. Segundo o deputado, e citando dados oficiais do ano passado, apenas se contabilizaram 94 multas na Ponte de Amizade por excesso de velocidade, que contrastam com as 795 multas na Ponte de Sai Van e as 133 multas na Ponte do Governador Nobre Carvalho. O legislador sugere assim que se estude como principal causa o facto de os veículos não respeitarem as distâncias de segurança: “Quais são as principais causas dos acidentes na Ponte de Amizade nos últimos anos?”, pergunta. Na interpelação escrita, Lei Chan U tenta ainda saber se há ligação entre a circulação de motas e a sinistralidade e pede dados sobre o número de acidentes envolvendo com motos. A Ponte da Amizade é a única travessia que permite que motos e viaturas ligeiras e pesadas circulem nas mesmas faixas de rodagem.
Hoje Macau PolíticaFundo de Pensões | Miguel Ian afastado de chefia de departamento Miguel Ian foi afastado de forma automática do cargo de chefe de Departamento do Regime de Aposentação e Sobrevivência do Fundo de Pensões. A informação consta na versão de ontem do Boletim Oficial e é justificada com a impossibilidade de Miguel Ian desempenhar as funções por um período superior a um ano. “Para os devidos efeitos se declara que, cessou, automaticamente, a comissão de serviço de Ian Iat Chun, como chefe do Departamento do Regime de Aposentação e Sobrevivência deste Fundo, a partir de 26 de Outubro de 2019, por se encontrar impedido de exercer funções por mais de 12 meses”, lê-se na declaração. Miguel Ian encontra-se a cumprir a pena de prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Coloane, depois de o Tribunal Judicial de Base ter dado como provado a prática de sete crimes de falsificação de documento. A acusação surgiu no âmbito do processo do caso do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). Anteriormente, a secretaria para a Administração e Justiça já havia tentado afastar Miguel Ian da posição de chefe de Departamento do Regime de Aposentação e Sobrevivência do Fundo de Pensões. O Governo considerava que o funcionário devia ver a comissão de serviço terminada, uma vez que esteve mais de seis messes impossibilitado de exercer o cargo. O afastamento acabou por ser anulado no TUI devido a vícios processuais.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente chinês pede redistribuição da riqueza e regulação dos altos vencimentos O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou hoje a uma “regulação mais forte sobre os altos vencimentos”, no último sinal de que uma campanha inicialmente orientada para as gigantes tecnológicas expandiu-se para abranger objetivos sociais mais amplos. Segundo a imprensa estatal, durante uma reunião da Comissão Central para Assuntos Financeiros e Económicos do Partido Comunista Chinês (PCC), realizada na terça-feira, e presidida por Xi, o líder chinês enfatizou a necessidade de “regular rendimentos excessivamente altos e encorajar grupos e empresas com altas margens de lucro a devolverem mais à sociedade”. A comissão acrescentou que, embora o PCC tenha permitido que algumas pessoas e regiões “enriquecessem primeiro”, nas primeiras décadas após o país se abrir à economia de mercado, a prioridade agora é “prosperidade para todos”. Alguns dos empresários mais ricos da China estão sob crescente pressão desde novembro, quando a oferta pública inicial da financeira tecnológica Ant Group, fundada pelo magnata Jack Ma, foi cancelada. Teria sido a maior entrada em bolsa de sempre, mas foi cancelada depois de Ma ter criticado os reguladores financeiros do país asiático. Também a empresa de serviços de transporte partilhado Didi Chuxing foi punida pelos reguladores chineses, após ter ignorado avisos para adiar a entrada na Bolsa de Valores de Nova Iorque. O ensino de acompanhamento e preparação para os exames de acesso ao ensino superior foi outro dos setores afetado. A Comissão Central para os Assuntos Financeiros e Económicos, que geralmente se concentra em políticas macroeconómicas, fez alusão àquele último setor, afirmando que a China deve criar “condições mais inclusivas e justas para as pessoas melhorarem os seus níveis de educação”. Trata-se da primeira reunião presidida publicamente por Xi, desde o final de julho. Pequim está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do setor dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas. Os dados do consumo doméstico têm, no entanto, ficado abaixo das expectativas, tornando mais urgente combater a desigualdade na distribuição de riqueza.
Hoje Macau China / ÁsiaONG diz que mais de mil pessoas foram “assassinadas” no Myanmar pelos militares desde Fevereiro Mais de mil pessoas morreram devido à repressão exercida pelas autoridades no poder em Myanmar depois do golpe de Estado de fevereiro, disse hoje a Associação de Apoio aos Presos Políticos. “De acordo com as nossas informações, 1001 inocentes foram assassinados. O número real de vítimas pode ser muito mais elevado”, refere Tate Naing, secretário da Associação de Apoio aos Presos Políticos birmaneses através de uma mensagem divulgada na rede social Twitter. A organização não-governamental acompanha a situação dos presos políticos birmaneses desde o golpe de Estado militar, assim como recolhe informações sobre atos de violência contra os civis. As Forças Armadas justificaram a tomada do poder alegando a existência de fraude eleitoral nas eleições gerais que decorreram no país em novembro de 2020 e que deram a vitória à Liga Nacional para a Democracia. O golpe de Estado militar do passado dia 01 de fevereiro fez aumentar a instabilidade política e social no país marcada pela violência contra a população.
Hoje Macau DesportoCovid-19 | GP do Japão de Fórmula 1 cancelado pelo segundo ano consecutivo O Grande Prémio do Japão de Fórmula 1, previsto de 08 a 10 de outubro, foi cancelado, pelo segundo ano consecutivo, informou hoje a organização da maior competição automobilística mundial. “A decisão de cancelar a corrida esta temporada foi tomada pelo governo japonês, devido às complexidades existentes no país com a pandemia [da covid-19]”, disse a Fórmula 1 em comunicado, acrescentando estar a rever o calendário e que novos detalhes serão dados nas próximas semanas. A decisão do Japão cria novos constrangimentos em relação às corridas sediadas na Ásia, depois dos cancelamentos da prova na China, e também na Austrália (Oceânia). “A Fórmula 1 já provou este ano, e em 2020, que nos conseguimos adaptar e encontrar soluções para as incertezas em curso, e entusiasma-nos o nível de interesse demonstrado por vários locais para receberem os eventos”, adianta a F1. No calendário de 23 corridas, Portugal recebeu o Grande Prémio pelo segundo ano consecutivo, esta época entre 30 de abril e 02 de maio, numa corrida ganha por Lewis Hamilton. Já este ano, o governo japonês organizou os Jogos Olímpicos e prepara-se para receber os Paralímpicos, depois de ambos terem sido adiados de 2020 devido à pandemia, e as infeções pelo novo coronavírus triplicaram, embora os especialistas afirmem que a situação não tem correlação com o evento. A covid-19 provocou pelo menos 4.370.427 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,84 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Hoje Macau PolíticaZhuhai | Vong Hin Fai e Paula Lin directores do Tribunal de Arbitragem Vong Hin Fai, Paula Ling e Lao Ngai Leong foram nomeados directores do Tribunal Internacional de Arbitragem de Zhuhai. Segundo o jornal Ou Mun, o centro foi inaugurado na segunda-feira e a apresentação contou com a presença dos residentes de Macau. Antes da reforma que levou à criação do tribunal internacional, a instituição intitulava-se Comissão de Arbitragem de Zhuhai, mas, entretanto, sofreu várias alterações, inclusive legislativas, para se aproximar das práticas internacionais. Desde o início do ano, até ao primeiro dia de Agosto, a instituição lidou com 155 casos com pessoas ou empresas de Macau, que representam 71 por cento de todos os casos com partes do exterior. No discurso de inauguração, Cai Hui, vice-governador da cidade de Zhuhai, afirmou que o centro tem como objectivo afirmar-se e contribuir para a construção da zona de Cooperação Cantão-Macau, em Hengqin.
Hoje Macau SociedadeJogo | Galaxy e Sands valeram quase metade do mercado no 2º trimestre As receitas arrecadadas pela Galaxy e Sands representaram mais de 45 por cento de todo o mercado do jogo no segundo trimestre do ano, mantendo o valor dos primeiros três meses do ano. Detalhando, a Galaxy foi responsável por 20,4 por cento das receitas, fixadas em 640 milhões de dólares americanos, ao passo que a Sands amealhou 24,9 por cento da facturação, ou seja, 782 milhões de dólares americanos. De acordo com um relatório da Deutsche Bank, a Melco Resorts ficou com o terceiro lugar do pódio, tendo sido responsável por 17,9 por cento das receitas apresentadas entre Abril e Junho de 2021, que totalizaram 24,8 mil milhões de patacas. Segundo os dados citados pela Macau News Agency, segue-se a Wynn (13,7 por cento), a SJM Holdings (11,7 por cento) e a MGM China (11,3 por cento). Em termos gerais, o mercado de massas resultante das apostas em máquinas e mesas de jogo de todas as operadoras cresceu 12,5 por cento (2,3 mil milhões de dólares americanos) no segundo trimestre do ano, ao passo que o jogo VIP caiu 5,2 por cento, para 779 milhões de dólares. Recorde-se que, de acordo com os dados divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), em Julho as receitas dos casinos foram de 8,4 mil milhões de patacas, naquele que foi o segundo melhor mês do ano, depois de em Maio, os casinos terem arrecadado 10,4 mil milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | China critica retirada dos EUA mas espera trabalho conjunto A “retirada precipitada” das tropas norte-americanas do Afeganistão teve um “sério impacto negativo” sobre o país, apontou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, ressalvando estar “disposto” a dialogar com Washington para gerir a situação. O comunicado emitido pelo ministério cita uma conversa por telefone entre o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, e o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken. De acordo com o texto, Wang frisou que a China está “disposta a comunicar e dialogar com os Estados Unidos para promover uma abordagem suave na questão afegã, visando evitar nova guerra civil ou um desastre humanitário, e para que o país não se converta num viveiro e refúgio para o terrorismo”. Wang indicou que Pequim vai tentar “encorajar os afegãos a estabelecer um país aberto, de acordo com as condições nacionais, e com uma estrutura política inclusiva”. “Os factos revelam, mais uma vez, que é difícil afirmar, por meio da imposição, modelos estrangeiros em países com história, cultura e condições nacionais diferentes”, observou Wang Yi. Aquele argumento é frequentemente utilizado pela diplomacia chinesa para refutar acusações sobre o caráter totalitário do regime chinês e violações dos direitos humanos no país. “Um regime não pode durar sem o apoio do povo”, declarou o ministro chinês, acrescentando que “resolver os problemas pela força e por meios militares só aumenta os problemas”. “Devemos refletir seriamente sobre este ensinamento”, realçou. No que diz respeito às relações entre os dois países – que se deterioraram desde a presidência de Donald Trump (2017-2021) – a China acredita que o caminho certo é “encontrar uma forma de as duas grandes potências coexistirem pacificamente”. O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma declaração sucinta, na qual indicou que Blinken e Wang “falaram sobre os acontecimentos no Afeganistão, incluindo a questão da segurança” e os esforços de ambos os países para garantir a segurança dos respetivos cidadãos.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong impõe quarentenas de 21 dias para residentes oriundos de países de alto risco Hong Kong vai reforçar as restrições de entrada para viajantes oriundos dos Estados Unidos e de mais 15 países a partir de sexta-feira, prolongando as quarentenas para 21 dias. Anteriormente, os 15 países, que também incluem Espanha, França, Malásia, Tailândia e Países Baixos, eram classificados como de risco médio e os residentes tinham de cumprir apenas sete dias de quarentena, se estivessem totalmente vacinados (duas doses da vacina contra a covid-19), tivessem testado positivo para anticorpos e comprovativo de reserva de quarto em hotel para a quarentena, antes de viajarem para a cidade. Um ressurgimento de casos de covid-19 nestes países devido à variante delta levou a uma nova classificação daqueles países, que passam agora a ser de alto risco, e à adoção de medidas mais rigorosas, uma vez que se procurou “manter a barreira local contra a importação de covid-19”, de acordo com um comunicado das autoridades locais. As novas medidas surgiram depois de um residente ter regressado à região administrativa especial chinesa, proveniente dos EUA, no início deste mês, ter recebido um teste positivo para a covid-19, apesar de ter já tomado duas doses da vacina e de ter dado positivo para anticorpos. Também na sexta-feira, o período de quarentena obrigatória vai ser alargado de sete para 14 dias para viajantes oriundos da Austrália, totalmente vacinados e com um teste de anticorpos positivo. A Austrália foi agora classificado como país do grupo B, ou de risco médio, onde Portugal também se integra. Já os residentes do território oriundos da Nova Zelândia, o único país do grupo C ou de baixo risco, continuam a ter de fazer uma quarentena de sete dias, se totalmente vacinados. As autoridades de Hong Kong impuseram restrições fronteiriças rigorosas e proibiram voos de países de risco extremamente elevado, na esperança de que a ausência de casos na comunidade local permita reabrir as fronteiras com a China. Hong Kong não registava casos locais há cerca de dois meses, quando, no início deste mês, as autoridades identificaram anticorpos no sangue de um trabalhador da construção civil local, de 43 anos, sem história de viagens. O trabalhador não estava vacinado, o que indica uma infeção local antiga, de acordo com as autoridades sanitárias locais. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou 12.037 casos de covid-19 e 212 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | MNE russo mantém consultas com EUA e China sobre situação do país O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, consultou esta segunda-feira o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o seu homólogo chinês, Wang Yi, sobre a ascensão dos talibãs ao poder no Afeganistão. De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Lavrov e Blinken discutiram, numa conversa telefónica, “a situação no Afeganistão após a fuga do Presidente Ashraf Ghani do país” e “a mudança de regime de facto em curso”. Lavrov informou Blinken sobre as consultas entre a embaixada russa em Cabul e representantes de todas as forças políticas afegãs para assegurar a estabilidade, a lei e a ordem no país. Por seu lado, Blinken deu uma explicação sobre as medidas tomadas pelos EUA para a evacuação do seu pessoal da delegação diplomática e falou sobre outras questões humanitárias. Os dois diplomatas concordaram em continuar as consultas, envolvendo a China, Paquistão e outros países interessados bem como a ONU, para que se criem as condições “para um diálogo inclusivo entre afegãos”. Por sua vez, Lavrov e Wang defenderam a coordenação das posições de política externa sobre o que aconteceu no Afeganistão e “o seu impacto na região”. O enviado especial do Presidente russo Vladimir Putin para o Afeganistão, Zamir Kabulov, disse que o Presidente afegão “merece ser julgado” por ter fugido do país. “Ele não partiu (do Afeganistão), fugiu. E ele fugiu da forma mais vergonhosa. Mas o que realmente aconteceu: foi eleito de uma forma duvidosa, governou mal e terminou de uma forma vergonhosa. Ele merece ser julgado pelo povo afegão”, afirmou na televisão. Ao mesmo tempo, apelou a que não houvesse pressa em reconhecer os talibãs, uma decisão que dependerá do seu comportamento, agora que tomaram o poder. O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo informou que a situação no país está a estabilizar face à “total ausência, na prática, de resistência por parte do exército nacional, treinado pelos EUA e seus aliados”. Contudo, apelou a todas as partes para que se abstivessem de recorrer à violência e ajudassem a resolver a situação pacificamente. Depois de várias ofensivas iniciadas em Maio deste ano, na sequência do anúncio dos Estados Unidos da retirada final dos seus militares do Afeganistão, os talibãs conquistaram no domingo a última das grandes cidades que ainda não estavam sob seu poder – a capital, Cabul -, tendo hoje declarado o fim da guerra no Afeganistão e a sua vitória. O Presidente afegão, Ashraf Ghani, abandonou o país no domingo, quando os talibãs estavam às portas da capital, enquanto os líderes do movimento radical islâmico se apoderavam do palácio presidencial. A entrada das forças talibãs em Cabul pôs fim a uma campanha militar de duas décadas liderada pelos Estados Unidos e apoiada pelos seus aliados, incluindo Portugal. As forças de segurança afegãs, treinadas pelos militares estrangeiros, colapsaram antes da entrada dos talibãs na cidade de Cabul. Milhares de afegãos, em Cabul, tentam fugir do país e muitos dirigiram-se para o aeroporto internacional onde a situação é caótica. A maioria dos países no Conselho de Segurança expressou na segunda-feira a sua profunda preocupação com a violação dos direitos humanos no Afeganistão e o medo de uma eventual ascensão do terrorismo no país com a subida dos talibãs ao poder. O secretário-geral da ONU, António Guterres, que foi o primeiro a falar na reunião de emergência do órgão máximo da ONU, expressou as preocupações partilhadas por grande parte da comunidade internacional. “Temos de falar a uma só voz para defender os direitos humanos no Afeganistão”, disse Guterres, acrescentando que estava preocupado, “em particular, com relatos de crescentes violações dos direitos humanos contra mulheres e raparigas no Afeganistão que temem um regresso aos dias mais negros”. O diplomata português também apelou à comunidade internacional para que evite que o terrorismo se enraíze novamente em território afegão e informou que “em grande medida” o pessoal das Nações Unidas presente no país bem como as suas instalações “têm sido respeitados”.
Hoje Macau China / Ásia“Pai” do Sudoku morre no Japão aos 69 anos Maki Kaji, o homem que popularizou o jogo Sudoku, dando-lhe o nome japonês por que ficou conhecido, nos anos 1980, morreu aos 69 anos, anunciou a sua editora, em comunicado. “Kaji-san, conhecido como o homem que deu o nome ao Sudoku, era amado pelos amantes de ‘puzzles’ do mundo inteiro”, pode ler-se no ‘site’ da Nikoli Publishing House, que fundou. De acordo com a nota, Maki Kaji morreu no dia 10 de agosto, de cancro biliar. O conceito original do jogo, o “quadrado latino”, foi inventado na Europa do século XVIII por um matemático suíço, Leonhard Euler. A versão moderna, com uma subdivisão em nove quadrados com nove quadrículas, foi descoberta numa revista norte-americana, no início da década de 1980, por Maki Kaji, que depois a importou para o Japão. Encontrar um novo puzzle é “como encontrar um tesouro”, disse Maki à BBC, em 2007. O nome japonês Sudoku é uma contração da frase “os números devem ficar sozinhos”. O jogo espalhou-se pelo mundo quando Wayne Gould, um juiz reformado de Hong Kong, apreciador de quebra-cabeças, decidiu em 1997, depois de descobrir o Sudoku no Japão, escrever um programa de computador que gera grelhas do popular jogo. O jogador de Sudoku tem de completar uma grelha de 9 por 9 (81 quadrados) com números de 1 a 9, de tal forma que nenhum apareça duas vezes na mesma linha, coluna ou sub-quadrado.
Hoje Macau DesportoJogos Paralímpicos serão disputados à porta fechada Os Jogos Paralímpicos Tóquio2020, que começam em 24 de Agosto, serão realizados à porta fechada, à semelhança do que aconteceu com os Jogos Olímpicos, anunciaram esta segunda-feira os organizadores. Com Tóquio a ter atualmente um número recorde de novos casos positivos do novo coronavírus, os organizadores dos Jogos decidiram, a uma semana do arranque do evento, realizar as provas à porta fechada. Nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 98% das provas foram realizadas à porta fechada, com alguns adeptos a serem aceites em provas que se realizaram fora da capital. Devido à pandemia de covid-19, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 foram adiados um ano. Os Jogos Paralímpicos vão realizar-se de 24 de agosto a 05 de setembro.
Hoje Macau China / ÁsiaChuvas torrenciais no Japão causam seis mortos e danos em 4.000 habitações As chuvas torrenciais que caem no Japão há vários dias estão a manter em alerta o sudoeste do país e fizeram seis mortos, quatro desaparecidos e causaram estragos em mais de 4.000 habitações e edifícios. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitiu esta segunda-feira novos alertas para a ilha de Kyushu, no sudoeste do país, perante a possibilidade de inundações e aluimentos de terra, concretamente nos municípios de Kumamoto, Kagoshima, Saga e Nagasaki. Fortes chuvas têm caído em diversos pontos do arquipélago desde a passada sexta-feira, e as autoridades não descartam elevar o nível máximo de alerta e evacuação novamente de locais, instando os cidadãos a aumentar as precauções devido à grande probabilidade de inundações, aluimentos de terra e transbordamento de rios. A frente nebulosa provocou precipitação intensa no sudoeste, centro e leste do Japão, levando a transbordar vários rios em Quioto (oeste) e Gifu (centro) e desencadeando diversos aluimentos de terra em Kyushu (sudoeste) e Nagano (centro). Até ao momento, foram confirmados seis mortos, quatro desaparecidos e seis feridos, bem como danos em mais de 4.000 habitações e edifícios que foram atingidos pelos aluimentos de terra e as inundações, principalmente na ilha de Kyushu. Espera-se que a frente nebulosa se desloque na terça-feira para leste e norte do Japão, e a Agência Meteorológica alerta para forte precipitação que poderá continuar até sexta-feira, enquanto prosseguem as operações de resgate em busca de desaparecidos e feridos. No município central de Nagano, um deslizamento de terra na localidade de Okaya soterrou no domingo cinco pessoas, três das quais morreram, noticiou a radiotelevisão pública NHK. Na passada sexta-feira, uma avalancha de lama deixou submersas duas casas na aldeia de Unzen, em Nagasaki, causando a morte de uma mulher, cuja filha e marido continuam desaparecidos.
Hoje Macau China / ÁsiaPrevistos atrasos na recuperação da economia chinesa devido a vírus e inundações Depois da acelerada recuperação económica sentida nos últimos meses, as previsões para a segunda metade do ano são menos favoráveis. Inundações de Verão e novos surtos provocados pela variante delta do novo coronavírus são as principais razões para a provável desaceleração do crescimento da economia O crescimento da economia chinesa deve abrandar, no segundo semestre do ano, devido às enchentes de Verão e às medidas de prevenção contra o novo coronavírus, apontou ontem fonte do Governo chinês. A economia chinesa segue uma “tendência de recuperação” em relação à desaceleração induzida pela pandemia, no ano passado, mas deve enfraquecer, após um primeiro semestre relativamente forte, admitiu Fu Linghui, porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país. “A principal tendência de crescimento económico deste ano será de abrandamento após aceleração”, observou Fu, em conferência de imprensa. Fu não avançou com uma previsão de crescimento. Analistas do sector privado dizem que a segunda maior economia do mundo deve atingir um crescimento homólogo de 8 por cento, já que 2020 ficou marcado por uma desaceleração no crescimento, devido à pandemia da covid-19. As vendas a retalho em Julho subiram 8,5 por cento, face aos 12,1 por cento no mês anterior, embora o consenso dos analistas fosse de que chegaria a 11,5 por cento. “O impulso de crescimento enfraqueceu drasticamente”, observou num relatório Louis Kuijs, analista da Oxford Economics. Cheias e surtos A economia chinesa foi afectada por inundações de Verão excepcionalmente severas, que paralisaram cidades inteiras no centro do país, em Julho, resultando em centenas de mortos e pesados prejuízos. As últimas semanas ficaram também marcadas por surtos da variante delta do novo coronavírus em várias províncias do país, o que levou as autoridades a voltarem a impor medidas de confinamento e controlo sobre as viagens domésticas e negócios. “Devido à abordagem de ‘tolerância zero’ da China em relação à covid-19, futuros surtos continuarão a representar um risco significativo para as perspectivas” económicas, disse Kuijs. O Governo chinês informou anteriormente que o crescimento económico abrandou para 7,9 por cento, no segundo trimestre do ano. Entre Janeiro e Março, a economia registou um crescimento de 18,3 por cento – o número beneficia do efeito de base na comparação com o período homólogo, quando a actividade económica da China foi suspensa, devido à pandemia. Fu Linghui expressou confiança de que as perspectivas de longo prazo são positivas. “A economia vai manter uma recuperação estável”, disse o responsável, acrescentando que “a qualidade do desenvolvimento vai continuar a melhorar”.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | Pequim quer “relações amigáveis” com os talibãs no poder A República Popular da China que partilha 76 quilómetros com o Afeganistão anunciou hoje que quer manter “relações amigáveis” com os talibãs, na sequência da tomada de Cabul. Pequim “respeita o direito do povo afegão a decidir o próprio destino” disse hoje a porta voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, em conferência de imprensa. As forças talibãs tomaram no domingo a cidade de Cabul. A negociação sobre a retirada dos Estados Unidos foi estabelecida nos acordos de fevereiro de 2020 tendo a saída dos militares norte-americanos começado em maio, altura em que os talibãs lançaram uma operação militar de grande escala em todo o país. No domingo, as forças talibãs entraram em Cabul após a partida para o exílio do chefe de Estado afegão.
Hoje Macau China / Ásia MancheteAfeganistão | Avanço dos talibãs era previsível, diz ex-porta-voz da ISAF O major-general Carlos Branco, ex-porta-voz da ISAF no Afeganistão, disse à Lusa que o avanço das forças talibãs em vários pontos do país já era previsível em virtude da retirada negociada dos militares norte-americanos. “O que está a acontecer agora é um avanço militar dos talibãs que era previsível. Aliás, altas entidades militares dos Estados Unidos já tinham manifestado em diversas ocasiões que as forças de segurança afegãs não estavam em condições para confrontar de forma vitoriosa os talibãs”, disse à Lusa o major-general Carlos Branco, sublinhando que a retirada devia ter ocorrido após a primeira década do conflito. “Tudo o que está a acontecer agora, do meu ponto de vista, não é novidade. Mas, se tudo isto poderia ter sido evitado? Claro que podia se os norte-americanos, na devida altura se tivessem empenhado em promover um diálogo intra-afegão e isso não aconteceu nem foi estimulado porque os norte-americanos estavam convencidos que iriam conseguir sempre uma vitória militar”, afirmou. Na análise do ex-porta-voz da International Security Assistance Force (ISAF) a retirada dos Estados Unidos não é desorganizada e foi planeada com antecedência apesar de se terem verificado momentos de descoordenação, nomeadamente a saída de Baghran, que foi coordenada pelas forças afegãs. Por outro lado, frisa, os acordos para a retirada dos Estados Unidos foram assinados em fevereiro de 2020 e que, por isso, houve muito tempo para fazer o planeamento sendo que toda a operação decorreu segundo um plano previamente estabelecido. Tratou-se, desta forma de uma retirada das forças norte-americanas e de outros contingentes, nomeadamente, a retirada do contingente inglês que fez a passagem de testemunho com bastante antecedência. Mesmo assim, o major-general Carlos Branco refere que os Estados Unidos “jogaram sempre de forma errada” porque pretendiam uma solução militar e não uma solução política e sobre esta questão levanta dois aspetos. “Uma é a solução política entre os Estados Unidos e os talibãs que foi o que aconteceu e o que no fundo o que Washington fez foi negociar os termos de uma saída, com uma série de condições, sobretudo no que diz respeito ao comportamento dos talibãs como o de não aceitar a entrada de elementos da Al-Qaida ou de qualquer outra organização terrorista. Outra coisa foi a solução política entre os afegãos e isto foi difícil”, explica. Do ponto de vista mundial, indica que “há coisas muito mais perigosas atualmente em termos de segurança global” do que o Afeganistão mas sublinha que do ponto de vista geoestratégico é uma derrota para os Estados Unidos porque os norte-americanos pretendiam levar a cabo um plano de hegemonia global. O Afeganistão é uma porta de entrada na Ásia Central e é uma fonte inesgotável de recursos minerais: petróleo e gás natural cujos oleodutos e gasodutos são controlados na maioria dos casos pela Federação Russa. O Afeganistão – se existissem condições securitárias – seria uma possibilidade capaz de canalizar o gás e o petróleo através do Paquistão para portos no Índico e deste ponto de vista, nota, sublinhando que “é uma derrota para os Estados Unidos” porque Washington acaba por perder influência política, económica, militar e cultural na Ásia Central. “Isto não se concretizou, sobretudo do ponto de vista militar em que as bases que tinham no Tajiquistão, Uzbequistão, Quirguistão, nesta altura não as têm. A Federação Russa e a República Popular da China que viram sempre com muita apreensão a presença norte-americana naquela zona conseguiram exercer uma diplomacia de persuasão para que as ex-repúblicas soviéticas na Ásia Central não alinhassem com os Estados Unidos”, recorda.
Hoje Macau Manchete SociedadeLGBT | Casal gay de cidadãos de Taiwan e Macau casou sexta-feira Um casal homossexual composto por um cidadão de Taiwan e outro de Macau contraiu matrimónio em Taipé na sexta-feira, após vencer um processo histórico, que anulou a interdição a casamentos com estrangeiros de territórios onde o casamento ‘gay’ é ilegal. A Associação Arco-Íris de Macau destacou a importância do momento e felicitou o casal O histórico nó está dado. Na sexta-feira, um residente de Macau e um cidadão de Taiwan casaram-se, oficializando o primeiro matrimónio entre um cidadão da Formosa e um estrangeiro natural de um território onde o casamento gay não é reconhecido legalmente, depois de uma intensa batalha judicial. Recorde-se que Taiwan tornou-se em Maio de 2019 o primeiro território da Ásia a legalizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. No entanto, a lei estipula que os taiwaneses podem casar com estrangeiros do mesmo sexo, desde que sejam provenientes de um país onde o casamento homossexual é também permitido. Ting Tse-yen e o seu parceiro, Leong Chin-fai, de Macau, intentaram uma acção judicial contra esta restrição e acabaram por ganhar o processo. A excepção atribuída pelo tribunal só se aplica ao casal, sendo que outros casais estrangeiros do mesmo sexo terão que abrir processos semelhantes. “Esta é uma primeira vitória. Outros casais estrangeiros ainda não podem casar-se e nós pedimos total reconhecimento”, disse Ting, de 29 anos. “Esperamos que isto torne o Governo ciente da necessidade de igualdade”, afirmou Leong, de 33 anos. A decisão que ordena ao Governo o registo do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi proferida em Maio pelos tribunais. Dois anos de noivado A boa nova foi recebida com jubilo pela Associação Arco-Íris de Macau. Anthony Lam, que preside à associação de defesa dos direitos LGBT no território, afirmou que a notícia do matrimónio deixou todos os membros da Arco-Íris “entusiasmados e animados”. “Tanto quanto sabemos, este foi o primeiro casamento do género em Taiwan, de natureza interjurisdicional entre pessoas do mesmo sexo”, acrescentou o activista. Reconhecendo que em Macau não foram feitos progressos em direcção à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a associação salienta que o casamento é um direito e uma opção pessoal. “Cada indivíduo tem a liberdade de escolher se quer casar, e ter o direito a fazê-lo quando desejar”, refere Anthony Lam. Além de salientar o marco histórico que representa o matrimónio entre Ting e Leong, por trazer para a ribalta casos de pessoas que estão em situação semelhante, a Associação Arco-Íris de Macau desejou ao casal “uma maravilhosa vida conjunta, repleta de amor”. Importa recordar que em 2019, os dois homens solicitaram que o seu casamento fosse registado, mas o pedido foi rejeitado. “Esperámos dois anos e finalmente podemos casar-nos”, disse Ting. O casal foi co-fundador de uma associação que visa ajudar mais de 100 taiwaneses cujos parceiros vêm de países onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é legal, incluindo a China continental, o Japão, a Tailândia e o Vietname. “O casamento é um direito humano básico e é inimaginável que, por ser originário de um determinado país, o parceiro seja discriminado”, disse a advogada do casal, Victoria Hsu. A ilha está na vanguarda dos direitos dos homossexuais. Em 2019, 200.000 pessoas participaram da Marcha do Orgulho de Taipé para celebrar a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desde a entrada em vigor da lei, cerca de 6.000 casais oficializaram a sua união.
Hoje Macau VozesMantém-se o espírito científico ao rastreamento da Covid-19 Por Liu Xianfa – Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEM Actualmente uma nova onda de epidemia, causada pela mutação do novo vírus da coroa, está a espalhar-se pelo mundo. Ė precioso que a comunidade internacional urgentemente se concentre na cooperação e dê as mãos no sentido de combater a epidemia por meios científicos. Entretanto, é lamentável a recente tendência doentia de politização do rastreamento do vírus, em países individuais, se tenha tornado cada vez mais grave, inclusive encorajando o Secretariado da OMS a propor unilateralmente um plano de trabalho de rastreamento da segunda fase sem o consentimento unânime dos estados membros, prejudicando seriamente a situação geral da luta global contra a epidemia. Muitos países expressaram preocupação e oposição a isso. O rastreamento do vírus deve-se opor claramente à politização. Deve ser rastreado tanto o vírus da Covid-19 como o vírus político. Vimos que os EUA têm tentado politizar a epidemia, estigmatizar o vírus e instrumentalizar o rastreamento desde o início, ao chamar abertamente o vírus como “Vírus de Wuhan” no ano passado, à retirada escandalosa da OMS, refutando o exagero sobre a chamada “teoria da fuga a partir do laboratório” da Covid-19. A intenção dos EUA é tão clara, desde a supressão de números cientistas que defendem o espírito científico à ordenação de agências de inteligência para chegarem às chamadas conclusões de rastreamento dentro de 90 dias, até fazer pressão sobre a OMS a emitir um plano de rastreamento para a próxima fase que viola o espírito da ciência e o princípio da cooperação, que é transferir a responsabilidade da própria luta ineficaz contra a epidemia e atingir o objetivo político de desacreditar e suprimir outros países. Com o rastreamento do vírus deve-se manter o espírito científico. Ė um tópico difícil para a comunidade científica internacional explorar a origem, disseminação e evolução do vírus da Covid-19 que está a ocorrer em todo o mundo. Será mais esperançoso, através somente de pesquisas de rastreamento, totalmente orientadas por evidências científicas, em vários países e regiões ao redor do mundo, encontraremos a origem mais provável do vírus. Por um período de tempo, tem havido encontrar cada vez mais relatos de novos casos de coronavírus em vários locais ao redor do mundo no segundo semestre de 2019. Só nos EUA, há pelo menos em 5 estados que a infecção recém-encontrada por coronavírus foi anterior ao momento em que o primeiro caso confirmado foi notificado nos EUA. Uma série de estudos mostram que vestígios do vírus nos Estados Unidos, Espanha, França, Itália, Brasil e outros países apareceram antes do primeiro caso em Wuhan. Tudo isso demonstra que o rastreamento do vírus é uma questão científica complexa, que deve ser realizado em cooperação com a comunidade científica internacional com base numa perspectiva global. Com o rastreamento do vírus deve-se respeitar as conclusões e recomendações dos relatórios oficiais. A China, convidou especialistas da OMS a deslocarem-se à China por duas vezes para conduzir pesquisas conjuntas sobre rastreamento, fazendo grandes esforços para este fim, sempre tem participado na cooperação internacional de rastreamento com uma atitude aberta. Os especialistas visitaram todos os lugares que queriam ir e encontraram todas as pessoas que desejavam. Após uma visita à China com o período de 28 dias no início do ano corrente, um grupo conjunto de especialistas OMS-China, composto por 34 especialistas de vários países, emitiu um relatório de pesquisa conjunta, concluindo que “a fuga a partir de um laboratório é extremamente improvável”, apresentou sugestões importantes, tais como “pesquisa precoce de casos possíveis em todo o mundo” e “estudo sobre a possibilidade de transmissão de vírus por cadeia de frio”. Estas conclusões são tiradas por especialistas chineses e estrangeiros através dum trabalho de pesquisa séria e meticulosa, e são reconhecidas pela comunidade internacional e pela comunidade científica, as quais devem ser uma base importante para o rastreamento global na próxima fase. Já realizámos a primeira fase do rastreamento do vírus, especialmente após a conclusão clara, não deve repetir na segunda fase . Com o rastreamento do vírus deve-se ouvir a voz de justiça da comunidade internacional. O objectivo de rastreamento é esclarecer a origem do vírus e evitar que epidemias semelhantes ocorram novamente. A estigmatização pela epidemia só encontrará oposição firme da comunidade internacional. No dia 5 de Julho, 24 especialistas médicos de renome internacional emitiram uma declaração conjunta na revista médica oficial “The Lancet”, reiterando que o vírus evoluiu provavelmente na natureza, ao invés de um laboratório. Não faz muito tempo, que cerca de 70 países, incluindo Rússia, Finlândia e Portugal etc., escreveram à OMS, expressando sua aprovação dos resultados da pesquisa de rastreamento da primeira fase e se opondo à politização de rastreamento. Tom Foday, especialista britânico em relações internacionais, sublinhou que “se o mundo desejar que a OMS funcione correctamente, os EUA devem parar de torná-la como bode expiatório”. Um questionário, emitido pelo CGTN think tank, afiliado à China Central Broadcasting and Television General Station, para internautas de todo o mundo nos seis idiomas oficiais das Nações Unidas, refere-se que 83,1% dos internautas votantes apoiaram a investigação de rastreamento do vírus da OMS nos EUA. Tinha havido mais de 25 milhões de internautas que assinaram uma carta aberta solicitando uma investigação sobre o Fort Detrick Biolab nos EUA. A voz de justiça na comunidade internacional deve ser valorizada e escutada. Actualmente, a epidemia da Covid-19 ainda não foi controlada de forma eficaz a nível global, e Macau foi recentemente ameaçado por um vírus mutante do coronavírus. Em 5 de Agosto, a primeira reunião do Fórum Internacional de Cooperação para Vacina contra a Covid-19 foi realizada pela China com sucesso, a qual ajudou fortemente os países a lutarem conjuntamente contra a epidemia. Acredito firmemente que, enquanto a comunidade internacional se apoiarem e se ajudarem mutuamente, realizando cientificamente o rastreamento, avançando de forma inabalável a cooperação internacional na luta contra a epidemia e promovendo conjuntamente a construção da comunidade comum de saúde ao ser humano, seremos capazes de derrotar completamente a epidemia o mais cedo possível e, em conjunto, proteger a saúde da humanidade e um futuro brilhante!
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça | Pequim recusa protestos sobre condenações de cidadãos canadianos A China recusou ontem os protestos do Canadá contra as sentenças proferidas por tribunais chineses a cidadãos canadianos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros e a embaixada da China no Canadá acusaram Otava de fazer acusações “injustificadas e infundadas” que constituem uma “interferência grosseira na soberania judicial da China”. “Estas acusações são extremamente irracionais, extremamente absurdas e extremamente arrogantes, pelas quais expressamos a nossa grande indignação e forte condenação”, lê-se no comunicado. O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, classificou a sentença do empresário Michael Spavor como “absolutamente inaceitável e injusta”. Trudeau apontou a “falta de transparência no processo legal e um julgamento que não satisfez nem mesmo os padrões mínimos exigidos pelo Direito internacional”. “Para Spavor e [o ex diplomata canadiano] Michael Kovrig, que também foi detido arbitrariamente, a nossa principal prioridade continua a ser garantir libertação imediata”, afirmou o primeiro-ministro do Canadá. Spavor e Kovrig foram detidos logo após a prisão de Meng Wanzhou, directora financeira da Huawei, no início de Dezembro de 2018, a pedido dos Estados Unidos, onde era acusada de violar as sanções norte-americanas contra o Irão. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China negou que Spavor e Kovrig tenham sido detidos arbitrariamente e disse que os seus direitos foram “totalmente protegidos”. A porta-voz do ministério Hua Chunying acusou o Canadá de usar a “diplomacia do megafone” para reunir os seus aliados e pressionar a China. “O lado chinês exorta o lado canadiano a compreender claramente a situação actual, respeitar sinceramente a soberania judicial da China, parar de aplicar padrões duplos em questões jurídicas e parar de caluniar e atacar a China, a fim de evitar danos adicionais na relação bilateral”, lê-se na declaração emitida pela embaixada chinesa. Spavor foi condenado na quarta-feira a 11 anos de prisão por pôr em perigo a segurança nacional da China. A sentença foi dada por um tribunal em Dandong, perto da fronteira com a Coreia do Norte. O veredicto divulgou poucos detalhes sobre o caso, para além de revelar que Spavor passou informações confidenciais a Kovrig. Ambos foram mantidos em isolamento e tiveram pouco contacto com diplomatas canadianos. O Canadá e outros países enfrentam sanções comerciais e outras pressões por parte da China devido a disputas sobre os Direitos Humanos, a origem da covid-19, o estatuto de Hong Kong ou a soberania do Mar do Sul da China. Guerra tecnológica Meng, directora financeira da Huawei e filha do fundador da empresa, foi detida sob a acusação de mentir à filial em Hong Kong do banco britânico HSBC sobre possíveis negociações com o Irão, numa violação das sanções comerciais. Os advogados de Meng argumentaram que o caso tem motivação política. O juiz encarregue do seu caso provavelmente decidirá ainda este ano sobre a sua extradição. A decisão pode ser apelada posteriormente. O Governo da China acredita que a detenção de Meng faz parte dos esforços dos EUA para impedir o desenvolvimento tecnológico da China. A Huawei, fabricante de equipamentos de rede e telemóveis, está no centro da tensão EUA – China sobre a tecnologia e segurança dos sistemas de informação.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresários chineses em apresentação sobre privatizações em Angola Cerca 50 empresas e instituições financeiras chinesas participaram ontem de uma apresentação ‘online’ sobre o plano de privatizações de Angola, organizada em conjunto pela embaixada de Angola em Pequim e o Ministério das Finanças angolano. Segundo nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, o embaixador chinês em Luanda, Gong Tao, disse durante o encontro “esperar que Angola possa melhorar ainda mais o ambiente de investimento e proporcionar mais facilidades e apoio para as empresas chinesas investirem e cooperarem em Angola”. “Angola tem uma sociedade estável, condições naturais superiores, vantagens de localização óbvias e grande potencial de desenvolvimento”, frisou. O diplomata chinês garantiu que a China “está confiante” nas “perspectivas da cooperação económica e comercial” entre os dois países e que “incentiva” as suas empresas chinesas a investirem em Angola e “participarem activamente no processo de industrialização e diversificação económica” do país africano. A mesma nota cita a Ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, que disse que Angola “está aberta ao investimento estrangeiro e convida as empresas chinesas a participarem activamente no plano de privatização de activos angolanos”. A Ministra angolana frisou que Luanda adoptou reformas nos domínios “político, económico e judicial, incluindo a simplificação do processo de registo de empresas e a disponibilização de facilidades de câmbio”, visando “melhorar o ambiente de negócios e atrair mais investimento estrangeiro”. “Espero que mais investidores chineses tragam fundos e tecnologia, para ajudar no desenvolvimento económico e social de Angola”, apontou. O Programa de Privatizações (ProPriv) do Governo angolano prevê a privatização de mais de 190 empresas e/ou activos do Estado angolano até 2022 nos sectores da banca, hotelaria e turismo, finanças, seguros, agricultura, telecomunicações, indústrias, petróleos, entre outros. A Comissão Nacional Interministerial do ProPriv mantém a meta de privatizar 100 activos e/ou empresas públicas este ano, observando, no entanto, que as privatizações em bolsa poderão alargar-se até 2022, conforme anunciou recentemente o coordenador adjunto do grupo técnico do ProPriv, Patrício Vilar.