Ho Iat Seng apela ao voto nas eleições de hoje para a Assembleia Legislativa

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, apelou hoje ao voto nas eleições para o hemiciclo e pediu à população que respeitasse as medidas de combate à pandemia de covid-19. Mais de 325 mil eleitores são chamados a votar hoje nas eleições para a Assembleia Legislativa (AL).

Mais de 56 mil eleitores votaram nas primeiras quatro horas, o que se traduziu numa taxa de afluência de 17,48%. Após votar, Ho Iat Seng, que foi deputado e presidente da AL, aproveitou para sublinhar a importância daquele órgão na fiscalização do Governo.

Por outro lado, afirmou que, após serem conhecido os resultados, irá nomear deputados que possam dar voz a sectores que não fiquem representados no hemiciclo.

Apenas um português, José Pereira Coutinho, encabeça uma das listas, a Nova Esperança, que apresenta ainda em quinto lugar Lídia Lourenço. Já o arquitecto Rui Leão, presidente do Conselho Internacional dos Arquitetos de Língua Portuguesa CIALP, integra em sétimo lugar a lista Observatório Cívico, encabeçada pela deputada Agnes Lam.

Pereira Coutinho e Lídia Lourenço repetem as respetivas candidaturas, Rui Leão regressa depois de ter ficado de fora em 2017. Pereira Coutinho será o único em lugar elegível, de acordo com os resultados das últimas legislativas.

A AL, entre 2021 e 2025, será composta por 33 deputados, de entre os quais 14 deputados eleitos por sufrágio directo, 12 eleitos por sufrágio indirecto e sete outros nomeados pelo Chefe do Executivo.

12 Set 2021

ONU diz que fecho de escolas no sul da Ásia privou de educação 434 milhões de crianças

O encerramento de escolas há mais de um ano, devido à pandemia do novo coronavírus, privou de educação 434 milhões de crianças no sul da Ásia, acentuando “desigualdades alarmantes”, alerta a UNICEF num relatório publicado ontem.

Antes da pandemia, quase 60% das crianças do sul da Ásia “com idades próximas dos 10 anos” não conseguiam ler ou entender um texto básico, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância.

O encerramento prolongado das escolas nesta região desde o início da pandemia do SARS-CoV-2 “piorou uma situação que já era precária”.

“Raparigas, crianças de famílias mais desfavorecidas e crianças com deficiências têm enfrentado as maiores dificuldades em termos de ensino à distância”, declarou a agência da ONU.

Na Índia, 80% dos jovens de 14 a 18 anos entrevistados disseram que aprenderam menos do que quando frequentavam as aulas presenciais, de acordo com o relatório.

Cerca de 42% das crianças de 6 a 13 anos entrevistadas afirmaram não ter tido acesso ao ensino à distância.

Deepu Singh, um proprietário de quinta no Estado de Jharkhand, no leste da Índia, espera que as escolas reabram em breve, sobretudo por causa dos seus filhos, que não vão às aulas desde que a escola encerrou no ano passado e não têm acesso à internet.

“O futuro deles está em jogo. Quero que frequentem a escola”, disse Singh à agência de notícias AFP.

“Eu não posso fazer nada. Tenho que colocar comida na mesa. Não posso pagar um telemóvel”, disse o agricultor.

No Paquistão, 23% das crianças pequenas não têm acesso a nenhum dispositivo eletrónico para usufruir do ensino a distância, segundo o relatório, especificando que quando esse equipamento está ao alcance, apenas 24% consegue utilizar a tecnologia.

No Sri Lanka, 69% dos pais de alunos do ensino fundamental entrevistados observaram que os seus filhos aprenderam “menos” ou “muito menos”.

“Mesmo quando uma família tem acesso à tecnologia, as crianças nem sempre são capazes de a utilizar”, disse George Laryea-Adjei, diretor regional do UNICEF, num comunicado, acrescentando que, “portanto, as crianças estão a sofrer grandes atrasos em sua jornada de aprendizagem”.

A agência da ONU apelou aos professores para avaliarem o nível de aprendizagem dos seus alunos e garantir que estes se atualizem instituindo um período de “recuperação do aprendizado”.

O UNICEF também pede aos governos que dêem prioridade à vacinação dos professores e um treino específico para que possam entrar em contacto com crianças que não têm acesso à tecnologia.

Rajani KC, professor no Nepal, acredita que métodos alternativos ainda não são eficazes para garantir uma aprendizagem eficaz. “Estamos em uma situação perigosa. Se a pandemia continuar e o setor universitário perder mais anos, que tipo de recursos humanos o país se beneficiará?”, perguntou Rajani KC.

10 Set 2021

Emitido sinal 1 de tempestade tropical

A Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (DSMG) de Macau emitiu ontem o sinal 1 de tempestade tropical, devido ao ciclone Conson. Segundo a informação mais recente das autoridades, a tempestade encontrava-se a cerca de 600 quilómetros a sul/sueste do território, a mover-se a 12 quilómetros por hora.

O ciclone tropical severo Conson deverá “mover-se para oeste e atravessar o Mar do Sul da China nos próximos dias”, prevendo-se que no fim de semana se aproxime da zona adjacente da ilha de Hainan, província chinesa a sudoeste de Macau, segundo comunicado da DSMG.

O organismo informou ainda que o sinal 1 deverá continuar em vigor “durante a noite”, sendo “relativamente baixa” a probabilidade de ser emitido o sinal 3. Apesar de a possibilidade de inundações ser “baixa”, os Serviços Meteorológicos avisaram que as altas temperaturas “podem desencadear aguaceiros e trovoadas ocasionais”.

Funcionários da Direção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) e do Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia (CPTTM) visitaram ontem à tarde comerciantes nas zonas baixas do território, alertando para a importância de adotar “medidas de prevenção” contra tufões e inundações e apelando para que estejam atentos às informações divulgadas pelas autoridades, de acordo com um comunicado divulgado no portal do Governo de Macau.

Para este ano, os Serviços Meteorológicos tinham previsto a ocorrência de cinco a oito tempestades tropicais até finais de setembro.

10 Set 2021

Japão abandona organização do Mundial de clubes de 2021

O Japão retirou-se da organização do Mundial de clubes de futebol, agendado para dezembro deste ano, devido à pandemia da covid-19, anunciou ontem a federação nipónica (JFA), depois de transmitir a decisão à FIFA.

“O Campeonato do Mundo de clubes da FIFA não será realizado no Japão. Seria parte do projeto comemorativo do 100.º aniversário da JFA, mas neste momento é difícil prever como estará a situação da pandemia no final do ano. Existem várias restrições, como por exemplo a impossibilidade de ter público nos estádios, por isso foi decidido que não existem condições para a sua realização”, lê-se num comunicado do organismo.

A JFA acrescentou que a FIFA foi informada da decisão, depois de um encontro entre os dois organismos. “Sabemos que a FIFA anunciará brevemente locais alternativos para a organização da competição”, conclui o comunicado. O Mundial de clubes estava agendado para decorrer de 09 a 19 de dezembro.

10 Set 2021

Japão | Agência internacional vai controlar libertação de água da central de Fukushima

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) vai controlar a segurança da libertação no mar de água processada da central nuclear japonesa de Fukushima Daiichi, prevista para 2023, anunciou aquela agência da ONU.

A AIEA reunirá conselhos de peritos, incluindo da China e da Coreia do Sul, dois países vizinhos do Japão que criticaram a decisão de Tóquio, disse a diretora-geral adjunta da agência, Lydie Evrard, numa conferência de imprensa ‘online’.

Esta revisão “abrangente e objetiva” incluirá “várias missões e visitas técnicas nos próximos meses e anos”, acrescentou Evrard, citada pelas agências France-Presse e EFE.

Mais de um milhão de toneladas de água da chuva, de leitos subterrâneos ou injetada para arrefecer os núcleos dos reatores que derreteram após o tsunami de 2011 estão armazenadas em mil tanques no local da central, cuja capacidade está prestes a esgotar-se.

Esta água já foi tratada para retirar a maior parte das suas substâncias radioativas (radionuclídeos), mas não o trítio, que não pode ser removido com a tecnologia atual.

De acordo com o Governo japonês, a água que será lançada no mar é tão segura que até cumpriria as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS) relativas à água potável.

A decisão do Governo japonês gerou uma forte oposição da comunidade pesqueira de Fukushima (Nordeste do Japão), que teme novos danos à sua atividade, bem como protestos de países vizinhos como a Coreia do Sul e a China.

O plano do Governo do Japão foi anunciado em abril deste ano, e mereceu a aprovação da AIEA, com sede em Viena.

A AIEA “emitirá um relatório com os resultados da sua avaliação” antes do derrame e baseará a sua análise “nos mais elevados padrões de segurança”, disse Evrard numa reunião virtual com os jornalistas durante a visita preliminar, que termina na sexta-feira.

Evrard evitou comentar as queixas de Pequim e Seul e das comunidades locais em Fukushima, mas observou que a equipa de peritos internacionais que participam nos estudos incluirá especialistas chineses e sul-coreanos.

“Escutaremos diferentes preocupações e tê-las-emos em conta”, disse, enfatizando que o principal objetivo das missões da AIEA é “criar uma avaliação tão completa quanto possível da segurança” da medida.

A diretora-geral adjunta da AIEA recordou que as descargas de água no mar a partir de centrais nucleares são uma “prática frequente” de outros países.

Admitiu, no entanto, que a presença de trítio na descarga planeada e a utilização da água para arrefecer os reatores é uma particularidade no caso japonês.

O Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão disse que a AIEA irá examinar a “caracterização radiológica” da água, os processos previstos para a sua descarga no mar e o impacto sobre o ambiente e a saúde.

A China e a Coreia do Sul consideram que a água da central representará um risco para a saúde humana e o ambiente, e protestaram oficialmente junto do Governo do Japão sobre os seus planos.

O Japão vê esta libertação controlada como um passo indispensável no processo de desativação da central de Fukushima, uma região que ainda sofre as consequências devastadoras do acidente nuclear de 2011, incluindo dezenas de milhares de pessoas ainda deslocadas e o colapso da pesca e da agricultura locais.

10 Set 2021

Japão estende estado de emergência até final de Setembro

O Japão anunciou ontem o prolongamento até final de Setembro do estado de emergência devido ao coronavírus em Tóquio e 18 outras áreas, porque o sistema de saúde continua sob forte pressão, embora os contágios tenham diminuído ligeiramente.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Yoshihide Suga, que adiantou que o número de casos graves de covid-19 continua alto, sobrecarregando os hospitais.

A medida visa ainda reduzir a movimentação de pessoas face a feriados no final do mês, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

O actual estado de emergência, que deveria terminar no domingo, foi decretado inicialmente em Okinawa em Maio e foi sendo alargado e prolongado. No entanto, as medidas, sobretudo voluntárias, são cada vez mais ignoradas por uma população exausta.

No Japão o estado de emergência não implica o confinamento, pedindo-se às pessoas que reduzam as saídas, recorram se possível ao teletrabalho e evitem as concentrações.

As restrições afectam sobretudo bares e restaurantes, que não devem servir bebidas alcoólicas e fecham mais cedo.
Além de Tóquio e arredores, continuam sob o estado de emergência Hokkaido, Osaka, Aichi e Fukuoka, mas as autoridades já estudam o alívio das restrições que esperam aplicar em Novembro, quando se prevê que esteja vacinada a maioria da população.

De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, mais de 62,5 milhões de pessoas (49,4 por cento da população japonesa) já receberam as duas doses da vacina.

10 Set 2021

Universidade de Macau assina protocolo com Lisboa e Pequim para ensino do português na China

A Universidade de Lisboa, a Universidade de Macau e a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim assinaram um protocolo para a criação da Aliança Universitária para o Ensino de Língua Portuguesa na China.

A iniciativa marca “a criação oficial da Aliança, organização esta que irá apostar em elevar o nível da cooperação na área do ensino da língua portuguesa na China”, de acordo com um comunicado da Universidade de Macau (UM).

As universidades vão “desenvolver cooperação na formação de profissionais de qualidade, recrutamento estudantil e futuro emprego, investigação científica, inovação colaborativa e serviços sociais, entre outras áreas”, acrescentou.

O vice-reitor da UM, Rui Martins, sublinhou que a aliança universitária vai “desempenhar plenamente o seu papel como ponte de ligação entre a China e os países de língua portuguesa”, com o objetivo de aprofundar a cooperação no domínio do ensino do português.

A organização sem fins lucrativos foi proposta pela UM e vai procurar potenciar vantagens de cada uma das instituições “nos domínios de ensino e investigação científica de língua portuguesa, fomentando a compartilha e a produção conjunta de recursos, e promovendo uma cooperação mais aprofundada entre os membros na formação de quadros qualificados e na inovação científico-tecnológica”, indicou a mesma nota.

9 Set 2021

Activistas de Hong Kong declaram-se culpados de participarem em vigília sobre Tiananmen

Doze activistas pró-democracia de Hong Kong declararam-se hoje culpados de participarem numa vigília não autorizada para assinalar o chamado “massacre de Tiananmen”.

Os 12 foram acusados de participarem na vigília não autorizada em 04 de junho do ano passado, quando milhares de habitantes de Hong Kong acenderam velas e entoaram cânticos, apesar dos avisos da polícia de que poderiam estar a infringir a lei. Sete deles foram também acusados de incitarem outros a integrarem a iniciativa.

Devido à pandemia de covid-19, as autoridades de Hong Kong alegaram riscos para a saúde pública para proibir nos dois últimos anos as habituais vigílias que assinalavam o aniversário da repressão chinesa contra manifestantes na Praça Tiananmen em Pequim, em 1989, que resultou num número indeterminado de mortos.

Activistas e oposição ao Governo de Hong Kong criticaram a proibição, argumentando que esta faz parte de uma repressão contínua contra a dissidência no território semiautónomo chinês, após meses de protestos antigovernamentais em 2019.

Macau e Hong Kong eram os dois únicos locais na China em que se assinalava, publicamente, a data. Mas, tal como em Hong Kong, as autoridades também proibiram o evento.

Entre os activistas que se declararam culpados contam-se o advogado Albert Ho, os antigos legisladores Eddie Chu e Figo Chan, e um antigo líder da Frente Cívica de Direitos Humanos, movimento conhecido por ter promovido as maiores manifestações pró-democracia em Hong Kong.

Os 12 réus enfrentam agora uma pena que pode ir até aos cinco anos de prisão. Os activistas fazem parte de um grupo maior de detidos em 04 junho. Alguns deles, incluindo o fundador do Apple Daily, Jimmy Lai, declararam-se inocentes.

Já o activista Joshua Wong, assim como três outros, também acusados de reunião ilegal na vigília de 04 de junho do ano passado, já se tinham declarado culpados em abril deste ano, tendo sido condenados a penas de prisão entre quatro e dez meses.

9 Set 2021

Coreia do Norte assinala fundação com desfile militar de madrugada

Os meios de comunicação estatais da Coreia do Norte anunciaram hoje a realização de um desfile militar em Pyongyang, ao início da madrugada, para celebrar o 73.º aniversário da fundação do país.

O desfile, aparentemente em menor escala do que noutras ocasiões, contou com a presença do líder norte-coreano, Kim Jong-un, embora aparentemente não tenha proferido um discurso durante a celebração, de acordo com a agência noticiosa estatal KCNA e pelo jornal Rodong.

Como de costume, Kim presidiu ao evento a partir de uma varanda no extremo ocidental da praça Kim Il-sung, ladeado pelos outros quatro membros da presidência do politburo do partido único, incluindo o militar Pak Jong-chon, que foi recentemente nomeado para o poderoso órgão. Nem a KCNA, nem o Rodong publicaram fotografias de mísseis ou fizeram qualquer menção a tais armas.

A Coreia do Norte, que celebra a Fundação da República, escolheu no passado desfiles militares na capital norte-coreana para exibir novo armamento, incluindo mísseis balísticos.

Contudo, alguns analistas consideraram improvável que o regime apresentasse armamento pesado nesta ocasião, dada a curta duração do desfile, apenas uma hora, e depois de imagens de satélite não mostrarem a presença de grandes veículos militares nos ensaios da celebração.

Horas antes de os meios de comunicação social norte-coreanos terem noticiado o desfile, os serviços secretos militares da Coreia do Sul detetaram atividade, indicando que o desfile militar tinha começado em Pyongyang após a meia-noite.

“Os detalhes específicos [do desfile] estão a ser analisados em estreita cooperação entre os serviços secretos sul-coreanos e norte-americanos”, disse um porta-voz dos Chefes do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

O desfile realizou-se quando Pyongyang parece ter reativado as instalações que utiliza para produzir combustível nuclear, enquanto as conversações de desnuclearização com os Estados Unidos, que recentemente propuseram um regresso incondicional à mesa de negociações, estão suspensas desde 2019.

9 Set 2021

China doa 26 milhões de euros ao Afeganistão e alerta para infiltração de terroristas

A China anunciou que vai doar a Cabul o equivalente a 26 milhões de euros, em cereais e vacinas contra a covid-19, e alertou para o perigo de grupos terroristas que possam escapar do Afeganistão para países vizinhos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reuniu na quarta-feira com os seus homólogos de todos os países vizinhos do Afeganistão, num encontro presidido pelo chefe da diplomacia do Paquistão, Shah Mehmood Qureshi, informou hoje a agência noticiosa oficial Xinhua.

Também participaram da reunião os ministros dos Negócios Estrangeiros do Irão, Tajiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão, todos países que, junto com a China e o Paquistão, fazem fronteira com o Afeganistão.

Wang afirmou que “algumas forças terroristas internacionais com base no Afeganistão planeiam infiltrar-se em países vizinhos”.

“Pedimos aos Talibã que rompam completamente as suas relações com todas as forças extremistas. Todas as partes devem aumentar os esforços para compartilhar inteligência e controlar as fronteiras e prender imediatamente grupos terroristas que chegam do Afeganistão, de forma a garantir a estabilidade regional”, disse.

O ministro chinês também mencionou os desafios que o país da Ásia Central enfrenta e garantiu que os “países vizinhos, mais do que ninguém, querem ajudar o Afeganistão a sair do caos” e devem encorajar os Talibã a “cooperar com todos os grupos étnicos e construir uma estrutura política inclusiva”.

“Respeitando a integridade territorial e a soberania do Afeganistão”, os países vizinhos devem “exercer uma influência positiva” sobre o país, defendeu Wang Yi.

O chefe da diplomacia chinesa observou que os “Estados Unidos e os seus aliados são quem mais deve fornecer assistência humanitária ao Afeganistão”.

“Os EUA e os seus aliados têm a responsabilidade principal pelo problema dos refugiados afegãos. Eles devem fornecer a compensação necessária às nações que desejam receber refugiados”, disse.

Wang expressou a sua satisfação com as recentes declarações dos Talibã, que prometeram formar um governo, lutar contra o terrorismo e manter relações amigáveis com todos os vizinhos, mas alertou que a “chave é transformar essas palavras em ações concretas”.

A representação chinesa no encontro propôs aos vizinhos do Afeganistão várias áreas nas quais eles poderiam cooperar: combate à pandemia, gestão de refugiados, assistência humanitária e cooperação antiterrorismo e anti tráfico de droga.

Wang disse que a China trabalhará com os países da região para ajudar o Afeganistão a reconstruir a sua economia e sociedade, além de combater grupos terroristas e o comércio ilegal de drogas.

Os ministros concordaram em institucionalizar as suas futuras reuniões para continuar a cooperação nestes assuntos, de acordo com o ministro chinês.

No final de julho passado, Wang Yi recebeu uma delegação dos Talibã na cidade de Tianjin, no nordeste da China.

Segundo o comunicado divulgado então pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang disse que os Talibã são uma “força militar e política crucial” no Afeganistão e expressou esperança de que terão um “papel significativo no processo de paz”.

9 Set 2021

Pequim enaltece formação de governo no Afeganistão

O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês congratulou-se com a formação do governo dos talibãs que, segundo Pequim, vem pôr fim à anarquia vivida no país nas últimas três semanas

 

A China destacou ontem a importância da formação de um governo provisório pelos talibãs, no Afeganistão, afirmando que põe fim a “mais de três semanas de anarquia” no país da Ásia Central.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin indicou que a formação de um governo é “um passo necessário para restaurar a ordem no Afeganistão e a reconstrução após a guerra”.

Wang confiou que o “Afeganistão criará um governo aberto e inclusivo, lutará com firmeza contra o terrorismo e manterá boas relações com os seus vizinhos”.

Pequim “respeita a independência e apoia a escolha do povo afegão de acordo com a sua situação nacional”, disse.
No final de Julho passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, recebeu uma delegação de líderes dos talibãs, na cidade de Tianjin, no nordeste da China.

De acordo com o texto sobre o encontro publicado então pelo Ministério, Wang disse que os talibãs são uma “força militar e política crucial” no Afeganistão e expressou a sua esperança de que o grupo desempenhe um “papel importante no processo de paz”.

Aos seus lugares

O gabinete provisório, anunciado na terça-feira pelos talibãs, é chefiado por Mohammad Hassan Akhund, anunciou o principal porta-voz dos talibãs, mais de três semanas depois da tomada do poder pelo movimento extremista islâmico.

O co-fundador dos talibãs Abdul Ghani Baradar será o número dois do novo executivo, precisou Zabihullah Mujahid numa conferência de imprensa em Cabul.

Segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press, o ‘mullah’ Hassan Akhund chefiou o Governo dos talibãs durante os últimos anos do seu anterior regime (1996-2001) e o ‘mullah’ Baradar, que liderou as negociações com os Estados Unidos e assinou o acordo para a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, é um dos seus dois adjuntos.

9 Set 2021

Turismo | Prémios PATA distinguem DST e concessionárias

A representação da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) nos Estados Unidos e as operadoras de jogo Galaxy, Melco e MGM foram distinguidas na cerimónia de prémios de turismo, organizada pela Associação de Turismo da Ásia Pacífico (PATA, em inglês).

Os prémios foram atribuídos ontem e, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Turismo, a representação dos EUA foi premiada com o galardão mais importante, o PATA Grand Award, devido à iniciativa de marketing “Sonhar Agora e Viajar mais Tarde”.

Na mesma cerimónia, as concessionárias Melco, Galaxy e MGM foram distinguidas com os prémios PATA Gold Awards nas categorias Iniciativa em Mudanças Climáticas, Cultura e Promoção e de Promoção da Juventude, respectivamente.

9 Set 2021

Cláudia Xu nomeada vice-reitora da Universidade de Macau

Cláudia Xu Jian foi anunciada ontem como a nova vice-reitora da Universidade de Macau (UM), de acordo com um comunicado da instituição. A responsável assume o posto a partir de segunda-feira e a escolha foi justificada com a experiência de mais de 25 anos em “administração, planeamento estratégico e gestão inovadora”.

Sobre a nomeação, Cláudia Xu agradeceu a oportunidade e desejou conseguir usar “a experiência de gestão no mundo universitário, de negócios e nas ciências para contribuir para um melhor ambiente académico, de pesquisa e de trabalho”.

Por sua vez, Song Yonghua, reitor da UM, destacou as “capacidades de liderança” da nomeada e o facto de estar familiarizada com o desenvolvimento de políticas universitárias. Song mostrou ainda confiança que “Xu possa trazer um novo ímpeto e novas ideias para universidade, de forma a que a instituição atinja um nível superior”.

Segundo a informação da UM, Claudia Xu é doutorada pelo Instituto Nacional Politécnico de Toulouse. Em 2000 entrou para os quadros da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, onde assumiu como responsabilidades as áreas a transferência de tecnologia e comércio, colaborações com a indústria, gestão e licenciamento de propriedade intelectual, entre outras áreas.

A nível de experiência profissional trabalhou como especialista na área energética da consultora McKinsey e gestora do desenvolvimento de negócios na sucursal para o mercado Ásia-Pacífico da americana Bechtel.

9 Set 2021

Reaberto arranha-céus na China que oscilou por três vezes

O SEG Plaza, arranha-céus da cidade de Shenzhen, no sudeste da China, que tremeu repetidamente em maio, vai poder voltar a “funcionar normalmente”, a partir de hoje, informou o Governo local.

O SEG Plaza tremeu por, pelo menos, três vezes, entre 18 e 20 de maio, levando à evacuação do local, sem que tenham ocorrido movimentos sísmicos. As autoridades decidiram então encerrar o prédio para investigar a causa dos abalos.

A torre disposta no topo do prédio foi, entretanto, removida, após especialistas terem apontando a estrutura como causa dos tremores. Esta torre terá causado uma ressonância induzida pelo vento que se espalhou pelo edifício.

A retirada do mastro “eliminou a fonte de ressonância e melhorou a dinâmica” do edifício, explicaram os especialistas locais, que garantiram que “vibrações como as de maio não voltarão a ocorrer”.

Os especialistas destacaram ainda a dificuldade em demolir a torre, que tem 51 metros de altura e pesa 236 toneladas, e cuja remoção foi feita num período de fortes ventos e chuvas.

O SEG Plaza, edifício de escritórios concluído em 2000, tem 71 andares e está localizado numa zona pedonal com vários centros comerciais.

A densa malha de arranha-céus de Shenzhen, uma das mais prósperas cidades da Ásia, é símbolo do “milagre económico” que transformou a China nos últimos 40 anos.

A cidade serviu como laboratório à abertura da China à economia de mercado, em 1979, e soma hoje um Produto Interno Bruto (PIB) superior a Hong Kong ou Singapura, dois importantes centros financeiros asiáticos.

8 Set 2021

Comércio externo na China voltou a aumentar em Agosto

O comércio externo da China voltou a crescer em Agosto, em termos homólogos, apesar de interrupções causadas por surtos de covid-19 em várias regiões do país, segundo dados oficiais ontem divulgados.

As exportações aumentaram 25,6 por cento, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 294,3 mil milhões de dólares, acima do crescimento de 18,9 por cento, registado em Julho, revelam os dados das alfândegas da China.

As importações aumentaram 33,1 por cento, para 236 mil milhões de dólares, acima do crescimento de 28,7 por cento registado no mês anterior.

Isto ocorreu apesar das interrupções persistentes nas cadeias de produção industrial, devido à paralisação económica global do ano passado, e a um novo aumento nas infecções, nos Estados Unidos e em alguns outros mercados, que diminuíram a confiança dos consumidores.

A China desafiou as previsões de que a procura pelas exportações estabilizaria à medida que as medidas de prevenção contra a covid-19 fossem aliviadas e as indústrias de entretenimento e outros serviços fossem reabertos, permitindo aos rivais estrangeiros retornar aos mercados globais.

“As exportações e importações foram muito mais fortes do que o previsto no mês passado, mesmo com os dados apontando para alguma escassez de oferta”, disse Sheana Yue, da consultora Capital Economics, num relatório.

Os números do comércio deste ano estão distorcidos em comparação com os dados de 2020. A procura global afundou no primeiro semestre, depois de os governos fecharem fábricas e lojas para combaterem a pandemia.

Os exportadores da China retomaram a actividade depois de o Partido Comunista declarar o vírus sob controle, em Março de 2020, enquanto os seus concorrentes estrangeiros foram prejudicados por medidas de controlo durante mais tempo.

As exportações chinesas para os 27 países da União Europeia caíram 9,9 por cento, em relação ao ano anterior, para 46,2 mil milhões de dólares. As importações de produtos europeus caíram 22 por cento, para 25,3 mil milhões de dólares. O superavit comercial da China com a Europa aumentou 10,9 por cento por cento, para 20,9 mil milhões de dólares.

Registo americano

As exportações da China para os Estados Unidos aumentaram 15,5 por cento, em Agosto, em relação ao ano anterior, para 51,7 mil milhões de dólares, acelerando em relação ao crescimento de 13,4 por cento registado em Julho, e apesar da longa guerra comercial travada entre Pequim e Washington.

As importações de produtos norte-americanos aumentaram 33,3 por cento, para 14 mil milhões de dólares, acima dos ganhos de 25,5 por cento, registados no mês anterior.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que assumiu o cargo em Janeiro, não se comprometeu a reduzir as taxas impostas sobre bens oriundos da China pelo seu antecessor, Donald Trump.

O superavit comercial global da China diminuiu 1 por cento, em Agosto, em relação ao ano anterior, para 58,3 mil milhões de dólares. O superavit politicamente sensível com os Estados Unidos aumentou 10 por cento, para 37,7 mil milhões de dólares.

8 Set 2021

China exige que viajantes oriundos de Portugal façam quarentena antes de partirem

A China passou a exigir que os viajantes oriundos de Portugal cumpram uma quarentena de 21 dias antes de partirem para o país asiático, informou esta segunda-feira a embaixada chinesa em Lisboa, numa medida inédita de prevenção da covid-19.

As embaixadas da China na Bélgica, Rússia, Egito e Peru emitiram comunicados semelhantes, impondo uma quarentena no país de origem, a que se soma outra quarentena na chegada à China, de pelo menos 14 dias.

A China, à semelhança de outros países, já exigia que qualquer pessoa que viajasse do exterior cumprisse um período de quarentena à chegada, mas uma quarentena obrigatória antes de embarcar é um requisito inédito.

“Todo o pessoal de empresas com capital chinês deve ser colocado em quarentena, com 21 dias de antecedência, e fornecer certificados de quarentena carimbados pelas respetivas empresas”, lê-se no comunicado difundido no portal oficial da embaixada da China em Lisboa.

“Tripulantes que tenham desembarcado em Portugal e pretendam embarcar com destino à China devem ser colocados em quarentena, em Portugal, por pelo menos 14 dias, devendo os certificados de quarentena ser emitidos pelas companhias aéreas”, acrescenta a mesma nota.

No caso de Portugal, o único voo direto para a China, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, tem como destino a cidade chinesa de Xi’an, que exige 21 dias de quarentena a quem chega do exterior, num hotel designado pelas autoridades, e mais sete dias posteriores na respetiva residência na China.

Os passageiros devem ainda apresentar o certificado de vacinação ou o certificado de teste de antigénio negativo. Para além de um daqueles dois certificados, o passageiro deve apresentar os resultados negativos dos testes de ácido nucleico PCR e de anticorpos IgM.

A ligação entre Lisboa e Xi’an tem a frequência de um voo por semana. A Beijing Capital Airlines suspendeu também, temporariamente, o transporte de passageiros em trânsito para a China, via Lisboa, oriundos da África do Sul, Brasil, Índia, Nepal, Reino Unido, Angola, Moçambique, Itália e Espanha.

7 Set 2021

Myanmar | Autodenominado Governo de Unidade Nacional declara “guerra defensiva” contra a junta militar

O autodenominado Governo de Unidade Nacional de Myanmar (antiga Birmânia), composto por políticos e ativistas pró-democracia, declarou uma “guerra defensiva” contra a junta militar e apelou à rebelião popular.

“Hoje iniciamos uma guerra defensiva do povo contra a junta militar”, declarou o presidente interino do Governo de Unidade Nacional (NUG, na sigla em inglês) Duwa Lashi La, num vídeo enviado aos meios de comunicação social.

“Durante esta revolução popular, todos os cidadãos da Birmânia devem revoltar-se em todo o país contra a junta militar, liderada por Min Aung Hlaing”, general que lidera os militares no poder, sublinhou.

Em 01 de fevereiro deste ano, o exército birmanês tomou o poder e afastou o governo democrático, liderado ‘de facto’ pela Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

O país tem estado numa crise profunda desde o golpe militar, rejeitado por uma grande parte da sociedade birmanesa.

A comunidade internacional, como a UE, os Estados Unidos e o Reino Unido, anunciou sanções nos últimos meses contra a junta militar, cuja brutal repressão custou a vida a mais de mil pessoas.

A China e a Rússia tornaram-se os únicos pontos de apoio da junta militar e bloquearam as tentativas do Conselho de Segurança da ONU de impor um embargo de armas.

Embora a resistência à junta militar fosse inicialmente pacífica, a contestação civil é agora também armada, apesar da falta de conhecimento militar por parte da oposição.

O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido da líder deposta, Aung San Suu Kyi, venceu, como já acontecera em 2015, num escrutínio considerado legítimo pelos observadores internacionais.

A Nobel da Paz (1991) está sob custódia das autoridades birmanesas desde as primeiras horas do golpe militar, tendo sido acusada de vários crimes.

No processo que está a decorrer no tribunal da capital birmanesa, a política de 76 anos é acusada de incitação ao ódio, de uma alegada importação ilegal de aparelhos eletrónicos e de violação das normas contra a propagação da pandemia de covid-19.

Suu Kyi, que permanece detida num local desconhecido após ter passado várias semanas em prisão domiciliária, também enfrenta uma acusação por violação de informações secretas, processo que está a decorrer em outro tribunal em Rangum. Neste caso concreto, Aung San Suu Kyi pode incorrer numa pena de prisão até 14 anos.

7 Set 2021

Novo embaixador alemão na China morre aos 54 anos

O novo embaixador da Alemanha na China, que serviu anteriormente como conselheiro da chanceler alemã, Angela Merkel, morreu aos 54 anos, anunciou ontem o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão.

O ministério anunciou a “morte súbita” de Jan Hecker, num breve comunicado, emitido na madrugada de ontem. A mesma fonte não especificou a causa da morte e descartou qualquer relação com o cargo. A porta-voz adjunta do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Andrea Sasse, disse, quando questionada numa conferência de imprensa sobre a causa da morte, que “nada tem a ver com o papel que Hecker desempenhava” na embaixada.
Hecker, que se tornou embaixador, em Agosto passado, era casado e tinha três filhos, segundo a sua biografia, publicado no portal oficial do Ministério.

O embaixador chegou à China no início de Agosto e apresentou as suas credenciais no dia 24 do mesmo mês, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático.

Ex-funcionário do Ministério do Interior e juiz do Tribunal Administrativo Federal da Alemanha, começou a trabalhar na chancelaria alemã, em 2015, como chefe de uma unidade que coordena a política para os refugiados.
Hecker tornou-se conselheiro para a política externa de Merkel – um cargo influente, embora com um perfil público baixo – em 2017.

Merkel revelou, em comunicado, estar “profundamente chocada” com a morte de Jan Hecker. “Estou de luto por um estimado conselheiro de longa data, com profunda humanidade e notável experiência”, afirmou.

7 Set 2021

Clima | China e EUA conversam sobre mudanças climáticas

Xie Zhenhua e John Kerry acertaram agulhas com vista a reduzir urgentemente as emissões de dióxido de carbono e impulsionar a implementação do Acordo de Paris

 

O Enviado Especial da China para Mudanças Climáticas, Xie Zhenhua, conversou, a convite com o Enviado Presidencial Especial para o Clima dos EUA, John Kerry, em Tianjin, durante a semana, disse o Ministério da Ecologia e do Meio Ambiente na sexta-feira.

Os dois lados conduziram diálogos francos, profundos e pragmáticos e tiveram uma troca completa de opiniões sobre assuntos-chave, incluindo a seriedade e a urgência da mudança climática global, planos para conversações e cooperação bilaterais sobre mudança climática e a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Glasgow, no Reino Unido.

As duas partes compartilharam as políticas e acções sobre mudanças climáticas adoptadas pelos respectivos países. A China criou um grupo sobre o pico de carbono e neutralidade de carbono e está a trabalhar num sistema de políticas para atingir o pico das emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060, de acordo com o lado chinês.

O lado norte-americano apresentou as políticas do governo Biden para facilitar as metas do país de redução de emissões, de acordo com a pasta.

Olhar em frente

Reconhecendo a importância dos diálogos climáticos entre a China e os EUA sobre os esforços multilaterais para enfrentar a mudança climática, os dois lados discutiram os próximos passos para colocar as negociações bilaterais numa base mais institucional, concreta e pragmática, e para estabelecer certos planos e projectos de cooperação no sector ecológico e de baixo carbono estabelecendo mecanismos relevantes.

Sob o processo multilateral da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e do Acordo de Paris, as duas partes trabalharão em conjunto com outras partes para promover o sucesso da conferência de Glasgow.

As duas partes concordaram em continuar com diálogos e consultas, e agir para tratar dos assuntos climáticas, fortalecer a cooperação pragmática, impulsionar em conjunto o processo multilateral e impulsionar a implementação plena, efectiva e sustentável do Acordo de Paris.

7 Set 2021

Cerca de 30% de negócios de turismo e restauração fechou portas

Desde o início do ano que 30 por cento dos negócios virados para o turismo, como venda de lembranças ou de restauração fechou desapareceu. O número foi apresentado por Aeson Lei, presidente da Associação de Qualidade Verde Marca, durante um simpósio no domingo, para Pequenas e Médias Empresas.

De acordo com declarações prestadas ao Jornal Cheng Pou, Aeson Lei mostrou-se muito preocupado porque os encerramentos foram quase todos uma consequência de degradação da situação económica imposta pela pandemia da covid-19 e pelas restrições de circulação.

Lei explicou que também as plataformas de distribuição de comida fizeram com que a situação dos restaurantes se degradasse, através da cobrança de comissões muito elevadas.

Para o panorama “negro” contribui ainda a redução do poder de compra não só dos residentes, que é cada vez mais acentuada, mas também dos turistas, que gastam menos do que em anos anteriores. O responsável da associação explicou ainda que os alimentos que chegam a Macau, e produtos relacionados, estão mais caros, o que tem reduzido as margens de lucro praticadas.

Sobre as dificuldades acrescidas no consumo, Aeson Lei exemplificou ainda que o cartão de consumo electrónico e a distribuição de vales electrónicos tem um impacto mais limitado do que no ano passado porque “as pessoas estão mais cautelosas na forma como gastam o dinheiro”.

Mais regulação e apoio

Face à crise económica, o presidente da Associação de Qualidade Verde Marca sublinhou que são muitas as empresas a lutar pela sobrevivência e pediu que o Governo lance medidas de apoio a curto, médio e longo prazo a pensar nas Pequenas e Médias Empresas.

No que diz às margens do negócio, o principal problema apontado foram as plataformas de distribuição. De acordo com Aeson Lei, os donos dos restaurantes queixaram-se de que as comissões cobradas nas entregas são demasiado elevadas e precisam de ser controladas.

Foi ainda pedida uma regulação exigente para este tipo de plataformas, que, segundo Lei, funcionam numa situação de vácuo jurídico.

7 Set 2021

Qingmao | Moradores preocupados com impacto da Fronteira

A Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro da Ilha Verde está preocupada com a abertura da Fronteira de Qingmao. Em declarações ao jornal Ou Mun, Lei Tong Man, presidente da associação, afirmou que muitos residentes consideram que a abertura vai promover um aumento das importações paralelas.

Esta é uma prática ilegal, em que as pessoas vêm a Macau comprar produtos, para depois venderem no Interior a preços mais baixos do que aqueles que são praticados no outro lado da fronteira, uma vez que não estão sujeitos aos mesmos impostos.

Entre os factores que podem contribuir para um aumento da prática, Lei Tong Man apontou o horário de funcionamento de 24 horas, uma localização “mais escondida”, em comparação com as Portas do Cerco, e ainda a proximidade de várias unidades de distribuição de produtos conhecidos e levados para o Interior.

Face a este cenário, a Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro da Ilha Verde apela ao Governo para que melhore as acções de inspecção e que investigue qualquer sinal de uma eventual ilegalidade. Segundo Lei, é necessário actuar ainda antes de começarem a surgir sinais de mais uma “rota” de comércio ilegal.

A nova fronteira de Qingmao apenas permite a passagem de quem tem nacionalidade chinesa, ou seja, não permite a passagem de locais com passaporte português, entra em funcionamento amanhã.

7 Set 2021

CAEAL disposta a adiar eleições em caso de tufão de sinal 8

A Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) admite adiar as eleições, caso seja içado o sinal número oito de tufão. O cenário está em cima da mesa, uma vez que se formou uma tempestade tropical com o nome Conson, a leste das Filipinas.

Segundo as informações dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), “ainda existem incertezas na previsão de intensidade e trajectória”, mas não é afastada a possibilidade de afectar o território.

Perante a situação, Tong Hio Fong, presidente da CAEAL, explicou que se for necessário o acto pode ser adiado deste domingo, 12 de Setembro, para o seguinte, ou seja 19 de Setembro. “Se houver sinal oito e não pudermos fazer a eleição […] de acordo com a legislação, o dia da votação pode ser adiado para o fim-de-semana seguinte”, indicou Tong.

A CAEAL garantiu ainda que se vai manter “em comunicação” com os SMG. Se as eleições forem adiadas, o período de campanha poderá ser prolongado até sexta-feira dia 17 deste mês. “De acordo com o previsto na lei, se houver adiamento, e como a lei prevê que a campanha pode ser feita até dois dias antes do dia da eleição, vai ser estendido o período de campanha”, explicou Tong.

Simulação de voto

Ontem, os membros da CAEAL estiveram no Pavilhão Polidesportivo Tap Seac a visitar a local de voto de simulação, que permite à população vivenciar, e preparar-se, para o voto de domingo.

O “teste” permitiu aos membros da CAEAL recolherem algumas indicações, como a necessidade de manter marcas amarelas no chão, para que o distanciamento social seja respeitado nas filas de espera para votar.

O evento da CAEAL decorreu ao mesmo tempo que uma visita do Colégio Perpétuo Socorro Chan Sui Ki, com os alunos a assistirem a uma apresentação sobre o acto eleitoral, através de vídeo, e a terem a oportunidade de utilizarem as urnas de voto de simulação. Até sexta-feira, o espaço está aberto para que mais alunos possam aprender como decorrem as eleições. As visitas estão disponíveis para todos os cidadãos.

7 Set 2021

China anuncia plano para criar de zona de cooperação aprofundada Macau-Guangdong

As autoridades centrais da China anunciaram um plano geral para a construção de uma zona de cooperação aprofundada entre Macau e a província vizinha de Guangdong em Hengqin.

O plano, aprovado pelo Comité Central do Partido Comunista da China e pelo Conselho de Estado, foi tornado público no domingo, noticiou a agência de notícias Xinhua, com as autoridades a salientarem que se trata de um acordo importante para enriquecer a prática de “um país, dois sistemas” e uma importante força motriz para o desenvolvimento de Macau a longo prazo.

Hengqin (ilha da Montanha) localiza-se na parte sul da cidade de Zhuhai, na província de Guangdong.

A área total da zona de cooperação vai abranger uma área de 106 quilómetros quadrados, de acordo com o plano, no qual se define a posição estratégica da zona como uma nova plataforma para impulsionar a “diversificação económica de Macau, um novo espaço que proporciona conveniência à vida e emprego dos residentes”.

Por outro lado, destaca-se que vai permitir reforçar a Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, um projeto de Pequim para criar uma região que integra as regiões administrativas especiais de Macau, Hong Kong e nove cidades de Guangdong.

Segundo o plano, a zona de cooperação irá desenvolver novas indústrias para ajudar a promover a diversificação económica de Macau, com um foco nas áreas de investigação e tecnologia de ponta, para além da promoção da medicina tradicional chinesa, das indústrias associadas à cultura e ao turismo, do setor das convenções e exposições, bem como das finanças.

As políticas fiscais sobre o rendimento das sociedades serão alvo de incentivos e vão ser desenvolvidas medidas para atrair quadros qualificados, de Macau e do estrangeiro, sublinha-se.

A zona de cooperação será um novo lar para os residentes de Macau viverem e trabalharem, de acordo com o plano, no qual se prevê que os residentes de Macau sejam encorajados a encontrar emprego ou a criar as suas próprias empresas, com a promessa de que a conectividade das infraestruturas será também impulsionada.

Os procedimentos de declaração de mercadorias que saem e entram entre Macau e a zona de cooperação “serão ainda mais simplificados”, prevendo-se ainda a introdução de medidas “inovadoras em termos de gestão financeira transfronteiriça”, acrescentou a Xinhua.

6 Set 2021

China prevê investir 136 biliões de yuan para atingir a neutralidade carbónica em 2060

A China deverá investir 136 biliões de yuan para alcançar a neutralidade carbónica em 2060, anunciou ontem um alto responsável do Governo.

Este valor foi avançado pelo vice-presidente do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional, Zhang Shaogang, durante a Feira Internacional do Comércio e Serviços da China, segundo a televisão estatal CCTV.

Segundo Zhang, 90% das emissões nacionais de carbono são provenientes de setores-chave como a indústria, energia, construção e transportes, motivo pelo qual a China necessitará de fazer “a maior diminuição de emissões da história mundial”.

No entanto, o responsável destacou que se trata de um objetivo difícil, uma vez que “60% das tecnologias que apoiam a neutralidade carbónica ainda se encontram numa fase conceptual”, o que requer um grande investimento e apoio à investigação.

Zhang está mais otimista com as metas ambientais fixadas por Pequim, a de atingir o seu pico nas emissões de carbono antes de 2030.

Essas metas, anunciadas em setembro de 2020 pelo Presidente chinês Xi Jinping, foram recebidas com relativo entusiasmo pela comunidade internacional, já que a China é o país responsável pela maior quantidade de emissões de dióxido de carbono no mundo (27% do total global em 2017, de acordo com o Global Carbon Atlas).

Organizações ambientais como a Greenpeace pediram ao Governo chinês uma maior fiscalização dos projetos de energia a carvão – cerca de 60% da eletricidade nacional vem dessa fonte – aprovados por algumas autoridades provinciais do país.

6 Set 2021