Hoje Macau Manchete PolíticaMNE | Comissário refere Macau como exemplo de princípio enunciado por Xi Jinping O comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEM acha que a diversidade cultural de Macau pode servir de exemplo no desígnio “uma comunidade com um futuro partilhado”, um conceito político proclamado por Xi Jinping. Numa reunião com a imprensa de língua portuguesa e inglesa do território, Liu Xianfa traçou o destino de Macau no contexto dos grandes projectos nacionais Numa tarde destinada ao contacto entre o Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEM e a comunicação social em português e inglês no território, o comissário do Governo Central, Liu Xianfa, destacou o papel de Macau na concretização de destinos nacionais e globais traçados por Xi Jinping. Depois de elencar as várias conquitas históricas do Partido Comunista da China, o representante de Pequim debruçou-se sobre o papel de Macau na concretização das ideias do Presidente Xi Jinping. No seu discurso de ano novo, o líder deixou uma mensagem de esperança na ressaca de um ano marcado pela pandemia. “Depois de um ano de provações, conseguimos compreender a importância de seguir o conceito de uma comunidade com um futuro partilhado para a Humanidade.” A noção adapta-se na perfeição ao exemplo de Macau, na óptica de Liu Xianfa. Apesar de sublinhar o facto de ser um conceito jovem, o comissário fez a ligação entre a ideia e algumas resoluções das Nações Unidas. “Hoje em dia, estamos a viver ‘um momento nunca visto nos últimos 100 anos’”, afirmou, antes de enquadrar a RAEM num momento de mudança de paradigma geopolítico. Tomando a diversidade cultural de Macau como ponto de partida, o representante considera que o território materializa o conceito concebido por Xi Jinping. “Macau é um local onde as culturas chinesa e ocidental convergem, vemos diferentes religiões, culturas, raças, línguas e ideias coexistem pacificamente. Não há lutas, aqui vemos mesquitas, igrejas, templos chineses pacificamente e em harmonia. Macau é um exemplo de uma comunidade humana de futuro partilhado. Estamos a tentar contar esta história ao mundo.” O deus sol Com o objectivo de endereçar as conclusões da sexta sessão plenário do 19º Comité Central Partido Comunista da China (PCC), Liu Xianfa traçou as implicações para Macau das resoluções tomadas em Pequim. “Estamos confiantes de que Macau vai desempenhar um papel crucial na construção Zona de Cooperação Aprofundada de Hengqin e estamos muito felizes por ver que o Governo da RAEM está a fazer todos os esforços para contribuir para a implementação do projecto da Grande Baía, que é uma estratégia nacional”, afirmou Liu Xianfa. No que toca ao projecto regional, o comissário recordou que a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau supera demograficamente projectos semelhantes (como São Francisco, Nova Iorque e Tóquio) e em termos de infra-estruturas portuárias, a Grande Baía conta com 4 dos 10 mais movimentados portos do mundo. Dois em Shenzhen, um em Hong Kong e o outro em Guangzhou. O responsável enquadrou o projecto regional nas cinco grandes e prioritárias políticas nacionais do Governo Central, dando como exemplos o projecto Jing – Jin – Ji (Pequim-Tianjin-Hebei), uma área com 112 milhões de pessoas que é considerada a Zona Económica Capital, cuja ascensão em termos de importância económica a torna uma competidora da área do Delta do Rio das Pérolas. Hegemonia partidária Além do papel fundamental da RAEM no projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota’, o representante do Governo Central no território deixou claro quais os pontos basilares no designado “socialismo de características chinesas”. Em primeiro lugar, a liderança do Partido Comunista da China é essencial, um ponto central, “o partido é a maior força”, afirmou. Partindo desta acepção, Liu Xianfa adiantou que esse fundamento sublinha a necessidade de implementar correcta e totalmente o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’. “Vamos garantir a manutenção da ordem constitucional, em linha com a Constituição da República Popular da China e a Lei Básica de Macau, e reforçar a supervisão da jurisdição do Governo Central sobre Macau”, afirmou Liu Xianfa perante os directores os órgãos de comunicação social de línguas portuguesa e inglesa. Em relação às resoluções que saíram da sexta sessão plenária do Comité Central do PCC, o comissário apontou o papel nuclear de Xi Jinping na liderança do partido e do país como o “terceiro e histórico passo na adaptação do marxismo ao contexto chinês”. A voz do povo Outro foco incontornável no discurso de Liu Xianfa sobre as recentes resoluções incidiu sobre aquilo que designou como “democracia popular”. “A China desenvolveu activamente o processo completo de democracia popular, implementando uma rede extensiva e coordenada de sistemas e instituições através dos quais o povo governa o país. Estabelecemos diversos canais democráticos, bem organizados e sem impedimentos e expandimos a participação política da população de forma ordeira. Dessa forma garantimos que o exercício do poder executivo e as instituições de todos os sectores expressam completamente a vontade do povo, protegendo os seus direitos, interesses e criatividade”. Ainda neste capítulo, o comissário referiu que “os países ocidentais não têm a patente exclusiva da democracia”, e que esta “não deve ser definida e ditada pelo Ocidente”. Numa breve alusão à cimeira entre Xi Jinping e Joe Biden, Liu Xianfa relativizou o antagonismo entre as duas potências. “A mensagem final da cimeira foi a necessidade de trabalhar em conjunto. Acho que, em especial, os media se focam demasiado nas diferenças entre os dois países. Mas, na realidade, existem muitos pontos em comum entre a China e os Estados Unidos”, afirmou o responsável.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | O que se sabe e não se sabe sobre a variante Ómicron A variante Ómicron do coronavírus que causa a covid-19 tem um grande número de mutações genéticas, algumas das quais preocupantes, e dados sugerem um risco acrescido de reinfeção por comparação com outras variantes do SARS-CoV-2. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou na sexta-feira a nova variante B.1.1.529, identificada pela primeira vez na província de Gauteng, na África do Sul, como variante “de preocupação” e designou-a pelo nome Ómicron, letra do alfabeto grego. Segundo a OMS, esta estirpe, que já “migrou” para Bélgica, Israel, Hong Kong e Botsuana, tem “um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes”. Dados preliminares sugerem, de acordo com a OMS, “um risco acrescido de reinfeção” com a nova estirpe do SARS-CoV-2, por comparação com outras variantes de preocupação. Por definição, as variantes de preocupação estão associadas ao aumento da transmissibilidade ou virulência ou à diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública, dos diagnósticos, vacinas e tratamentos. Um relatório da Rede para Vigilância Genómica da África do Sul refere que a variante B.1.1.529 tem mais de 30 mutações na proteína da espícula (a “chave” que permite ao vírus entrar nas células humanas). Algumas das mutações estão ligadas à resistência a anticorpos neutralizantes e a uma melhor transmissibilidade, assinala o relatório. Contudo, ainda não se sabe com rigor se a variante é mais transmissível ou perigosa, a ponto de causar doença mais severa, morte e escapar à proteção conferida pelas vacinas contra a covid-19. O coronavírus sofre mutações à medida que se dissemina e muitas novas variantes, incluindo as que têm alterações genéticas preocupantes, desaparecem muitas vezes. Os cientistas monitorizam as sequências genéticas do SARS-CoV-2 em busca de mutações que o podem tornar mais contagioso ou mortal, mas precisam de tempo para determinar se existe uma correlação entre um certo padrão de infeções num surto e as sequências genéticas. De acordo com a OMS, recentemente as infeções “aumentaram abruptamente” na África do Sul, coincidindo com a deteção da variante B.1.1.529, e o número de casos associados a esta estirpe “parece estar a aumentar em quase todas as províncias do país”. O primeiro caso confirmado teve origem numa amostra recolhida em 09 de novembro, precisa a OMS. De acordo com a classificação da OMS, existem em circulação cinco variantes do SARS-CoV-2 de preocupação, todas designadas pelo nome de uma letra do alfabeto grego: Alpha, Beta (também detetada inicialmente na África do Sul), Gamma, Ómicron e Delta (até agora a mais contagiosa de todas). Há ainda duas variantes de interesse: Lambda e Mu. São assim classificadas por terem alterações genéticas que são “previstas ou conhecidas” por afetar as características do vírus, como a transmissibilidade, e estão identificadas por causar contágios significativos ou crescentes na comunidade ou em vários países. Sete outras variantes estão sob monitorização da OMS por apresentarem mutações genéticas suspeitas de afetar as características do SARS-CoV-2, podendo representar um risco futuro. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças desclassificou a variante Alpha por considerar que tem pouca expressão epidemiológica.
Hoje Macau China / Ásia MancheteCovid-19 | Epidemiologista diz que variante Ómicron não terá grande impacto na China O epidemiologista chinês Zhang Wenhong descartou hoje a possibilidade da variante Ómicron ter um impacto significativo no país, mas continuou a defender uma política de “tolerância zero” com o vírus. Citado pelo jornal Global Times, Zhang defendeu que esta política, conjugada com uma resposta rápida à crise na saúde, permitirá ao país lidar com qualquer variante. Esta nova variante foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade. “Se conseguimos enfrentar a variante delta, também podemos superar a Ómicron”, afirmou, numa publicação na rede social Weibo. O cientista disse ainda que a China já começou a estudar a nova variante, ressalvando que são necessárias, pelo menos, duas semanas de recolha de dados e amostras para ter conclusões mais precisas. Sem razões para alarme Cientistas britânicos relativizaram este sábado o alarme gerado pela variante Ómicron do coronavírus que causa a covid-19, admitindo que, apesar das muitas mutações genéticas que tem, as vacinas continuarão provavelmente eficazes a prevenir a doença grave. O imunologista Andrew Pollard, diretor do grupo de investigação de vacinas da Universidade de Oxford que desenvolveu a vacina da covid-19 para o laboratório AstraZeneca, disse, em declarações à televisão BBC, que muitas das mutações da variante estão presentes noutras estirpes do SARS-CoV-2 nas quais as vacinas se revelaram eficazes. “As mutações [da Ómicron] existem noutras variantes, e as vacinas conseguiram prevenir a doença grave com as [variantes] Alpha, Beta, Gamma e Delta”, afirmou o investigador do Reino Unido, onde já foi detetada a nova estirpe. Segundo o microbiologista Calum Semple, “é provável que a imunidade” conferida pelas vacinas contra a covid-19 “ainda proteja” contra a doença grave que possa vir a causar a nova variante. Semple considerou adequado que vários países tenham suspendido voos com países da África Austral para poderem “ganhar tempo” no reforço da vacinação e na avaliação dos verdadeiros efeitos da nova estirpe na saúde. Desconhece-se ainda, em rigor, se a Ómicron é mais transmissível ou perigosa, a ponto de causar doença mais severa, morte e escapar à proteção conferida pelas vacinas contra a covid-19. Na sexta-feira, em declarações à Lusa, o microbiologista João Paulo Gomes afirmou que a nova estirpe do SARS-CoV-2, detetada inicialmente na África do Sul, “é motivo de preocupação”, dado o elevado número de mutações genéticas que apresenta, em particular na proteína da espícula do vírus, que lhe permite entrar nas células humanas. Contudo, para o investigador do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, não há razão para alarme, uma vez que a existência de várias mutações relevantes não implica que a variante seja mais transmissível ou escape às vacinas. De acordo com um relatório da Rede para a Vigilância Genómica da África do Sul, a nova variante tem mais de 30 mutações na proteína da espícula. Segundo João Paulo Gomes, “muitas dessas mutações estão na zona de ligação às células e outras são mutações conhecidamente associadas à falha de ligação aos anticorpos”. “O problema desta nova linhagem é que tem muito mais mutações destas do que as outras variantes que nos preocuparam até agora”, acentuou. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou na sexta-feira a variante B.1.1.529, identificada pela primeira vez na província sul-africana de Gauteng, como variante “de preocupação” e designou-a pelo nome Ómicron, letra do alfabeto grego. De acordo com a OMS, a variante tem “um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes”, com dados preliminares a sugerirem “um risco acrescido de reinfeção” com a nova estirpe do SARS-CoV-2, por comparação com outras variantes de preocupação. Por definição da OMS, as variantes de preocupação estão associadas ao aumento da transmissibilidade ou virulência ou à diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública, dos diagnósticos, vacinas e tratamentos. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças considera que a Ómicron suscita “sérias preocupações de que possa reduzir significativamente a eficácia das vacinas e aumentar o risco de reinfeções”. Depois de África do Sul, a variante já foi detetada no Reino Unido, Alemanha, Itália, Bélgica, Hong Kong (Região Administrativa da China), Israel e Botswana. Portugal, que está a investigar casos da nova estirpe, suspende a partir de segunda-feira os voos de e para Moçambique. Desde hoje todos os passageiros provenientes de voos de Moçambique, África do Sul, Botswana, Essuatíni (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbabué ficam obrigados a cumprir uma quarentena de 14 dias após a entrada em Portugal continental. Os Estados-membros da União Europeia decidiram na sexta-feira suspender temporariamente voos de sete países da África Austral, incluindo Moçambique, para travar a propagação da Ómicron.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Detectado caso de proximidade oriundo de Hangzhou Foi detectado, em Macau, um caso de proximidade pela via secundário com uma pessoa doente com covid-19, com origem em Hangzhou. Segundo o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, o indivíduo, oriundo do interior da China, está em regime de quarentena no Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane, tendo viajado para Macau na sexta-feira. No sábado ficou hospedado num hotel na Taipa. Antes de ir para Coloane, o homem foi transportado de ambulância até ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, tendo realizado depois um teste de ácido nucleico que deu negativo. O contacto com o caso de covid-19 ocorreu dia 24, em Zhongshan, sendo que o caso de infecção foi confirmado no dia anterior em Hangzhou. Neste momento esta pessoa de contacto próximo terá de executar testes nos próximos sete dias, podendo sair da quarentena a 1 de Dezembro, caso estes sejam negativos. As pessoas que estiveram em contacto com esta pessoa, ou que tenham estado nos mesmos locais, “não têm necessidade de fazer acompanhamento especial de momento”, lê-se na nota de imprensa.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Restrições são injustas e com impacto psicológico, dizem especialistas Vários especialistas ouvidos pela agência Lusa consideram que as restrições de viagem aplicadas aos estrangeiros, devido à pandemia, são injustas e acarretam consequências do foro psicológico Especialistas locais disseram à Lusa que as restrições de viagem e a aplicação de uma das maiores quarentenas do mundo impostas em Macau são injustas para a comunidade estrangeira que reside no território, podendo causar problemas de saúde mental. Os estrangeiros são “deixados para trás” em termos das políticas de viagem das autoridades, que “apenas protegem” os direitos dos chineses a regressarem e a atravessarem a fronteira para a China, afirmou à Lusa a socióloga e professora associada da Universidade de Macau, Melody Lu. “Os estrangeiros não são tidos em conta”, criticou a socióloga com estudos especializados nos estrangeiros em Macau, acrescentando que “os expatriados também têm necessidades emocionais e têm direito a estar com os seus entes queridos”, uma vez que “também são residentes em Macau”. “É demasiado doloroso para eles não verem as suas famílias durante dois anos”, frisou, exemplificando com a comunidade portuguesa: “Isto levou a um maior sentimento de isolamento da comunidade portuguesa em Macau”. Na opinião de Melody Lu, as restrições fronteiriças não têm “bases científicas” e são “injustas” para os estrangeiros. Já a presidente da Associação de Psicologia de Macau, Mei Chan Cheng, frisou à Lusa que as medidas impostas pelo Governo podem fazer com que os expatriados se sintam impotentes e impacientes face aos constrangimentos de deslocação aos países de origem. “Alguns expatriados podem sentir-se deprimidos, ansiosos porque não podem participar em assuntos familiares […] ou assistir a eventos familiares importantes, como casamentos e funerais, etc”, sublinhou a responsável. Normalmente, por esta altura, era comum a comunidade portuguesa que reside em Macau regressar a Portugal por ocasião do Natal para passar as férias com as suas famílias. Contudo, pelo segundo Natal consecutivo, milhares de portugueses não o poderão fazer, devido à quarentena, que em alguns casos pode chegar aos 35 dias, e aos preços das viagens. Quanto mais tarde pior A psicóloga Mei Chan Cheng considerou que quanto mais longo for o período de quarentena, mais provável será a ocorrência de emoções negativas. “Estudos psicológicos descobriram que, durante a quarentena, indivíduos isolados podem sentir medo, pavor e ansiedade devido à preocupação de estarem infectados ou de poderem infectar os seus familiares (…) Algumas pessoas podem ainda sentir-se deprimidas e entediadas porque o seu trabalho ou vidas estão suspensos”, sublinhou. Por outro lado, a socióloga elogiou o “trabalho de Deus” feito pelas autoridades de Macau no início da pandemia, que chegou a ser um caso de sucesso no mundo. Contudo, as mesmas medidas arrastaram-se ao “longo de dois anos sem qualquer melhoria”. Mei Chan Cheng considera que, devido ao facto de Macau estar praticamente fechada ao mundo, e com o registo de apenas 77 casos de covid-19 desde o início da pandemia, existe o medo da estigmatização e o perigo de as pessoas esconderem a doença para evitarem ser discriminadas. A psicóloga afirmou que a população de Macau devia ser mais empática com as pessoas infectadas e aumentar os seus conhecimentos sobre a prevenção de epidemias, a fim de reduzir a estigmatização social. Fronteira fechada para oito países africanos Desde ontem que está interdita a entrada no território de pessoas oriundas de oito países africanos. As autoridades justificaram a decisão com a ameaça da variante omicron do novo coronavírus. A proibição incluiu aqueles que tenham estado na África do Sul, Botswana, Zimbabué, Namíbia, Lesoto, Suazilândia, Moçambique ou Maláui nos últimos 21 dias. A nova variante foi recentemente detectada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade. A taxa de vacinação em Macau ronda os 70 por cento.
Hoje Macau Manchete PolíticaInternet | Ho Iat Seng quer ordem na informação disponível O Chefe do Executivo afirmou ontem que “a Internet não é um sítio sem lei” e que não pode haver “liberdade sem ordem”, anunciando mudanças na cibersegurança no território. “A Internet não é um sítio sem lei e nada pode ser feito sem normas, não havendo liberdade sem ordem”, afirmou Ho Iat Seng, no China Internet Media Forum 2021. O Chefe do Governo frisou ainda que “com evolução das tecnologias digitais, diferentes formas de difusão de conteúdos na Internet já penetraram no quotidiano das pessoas, tornando-se numa fonte importante de obtenção de informação”. Por essa razão, o responsável defendeu a regulamentação e ordem da Internet, caso contrário vai inquietar e afectar a estabilidade da sociedade. “Além das possíveis irregularidades na difusão de informações pelos ‘media’ na Internet, vários órgãos governamentais ou empresas privadas em todo o mundo, incluindo Macau, sofreram ataques cibernéticos, o que fez soar o alerta da cibersegurança no território”, disse. Por essa razão, Ho Iat Seng prometeu que o Executivo dá e continuará a dar “elevada importância à questão da cibersegurança”, adoptando “medidas de resposta para garantir que a segurança da sociedade de Macau e do país não sofre eventuais ameaças”.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim inaugura área experimental para veículos autónomos O município de Pequim abriu ontem uma área experimental de cerca de 20 quilómetros quadrados para promover a circulação de veículos autónomos, que transportarão passageiros, informou a imprensa estatal. A superfície inclui, no conjunto, 100 quilómetros de extensão de estradas e ruas, no sudeste da capital. A experiência dos passageiros ao andar nestes carros é semelhante a “apanhar um autocarro”, segundo a televisão oficial CCTV. Os veículos são operados pelas empresas Pony.ai e Baidu. De acordo com Wang Shengnan, director de operações automotivas autónomas do Baidu, “colocar paragens em áreas com alto índice de acidentes” foi evitado e “a segurança dos passageiros é a prioridade”. Em “qualquer tipo de acidente” envolvendo os veículos, a empresa licenciada vai ser “responsabilizada”, disse Teng Xuebei, representante da Pony.ai, citado pela imprensa local. O director do gabinete oficial responsável pela área de testes, Jie Fei, explicou que esta zona foi escolhida pela sua “baixa densidade de tráfego”, mas os veículos autónomos devem “evitar circular nas horas de ponta da manhã e da tarde”. Os veículos devem anunciar “claramente” a sua natureza como carros de teste autónomos na sua carroçaria. Plano b Por enquanto, as empresas têm que designar um operador de segurança para se sentar ao volante e ficar atento à estrada, apesar de não conduzir, e somente quando tiverem “quilómetros de deslocamento autónomo acumulado” poderão prescindir do operador, disse Jie. Durante a fase piloto, também vai ser oferecida uma tarifa reduzida, de modo que uma viagem que custaria cerca de 30 yuans está actualmente com um preço inferior a dois yuans. Outras cidades da China, como Xangai, lançaram circuitos piloto semelhantes para esta tecnologia.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Filipinas quer dar alimentos grátis à população para vacinar 15 milhões em três dias O Presidente das Filipinas quer vacinar 15 milhões de pessoas contra a covid-19 em três dias com a ajuda do exército e polícia, e sugeriu a distribuição de alimentos gratuitos aos vacinados para convencer a população. Num discurso transmitido na terça-feira à noite do palácio presidencial de Malacañang em Manila, Rodrigo Duterte pediu às autoridades locais que utilizem “todos os recursos necessários, especialmente recursos humanos” para estes dias nacionais de vacinação entre 29 de novembro e 01 de dezembro. “Autorizo todos os governadores e presidentes de câmara. Gastar o dinheiro. Um dia, pagarei”, disse o Presidente, que incluiu a distribuição de alimentos gratuitos entre as recomendações para persuadir os mais relutantes em se vacinarem . Esta operação sem precedentes no país vai exigir a participação de 160.000 voluntários para multiplicar por sete a taxa habitual de vacinação, que mal chega a 700.000 doses por dia, e para levar as doses para áreas remotas do arquipélago. Duterte também disse que aqueles que não querem ser vacinados não devem ter acesso a restaurantes e hotéis “porque são um perigo para a saúde pública”. Com uma população de mais de 100 milhões, 33,5 milhões de filipinos receberam até agora as doses completa das vacinas, incluindo três milhões de crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Muitos filipinos estão relutantes em serem vacinados após a controvérsia de 2016 sobre uma vacina contra o dengue promovida pelo Governo, destinada a crianças, mas que mais tarde se descobriu aumentar o risco de sintomas graves em pacientes que não tinham tido a doença no passado. Depois de manter um dos confinamentos mais longos e rigorosos do mundo em Manila, as autoridades aliviaram quase todas as restrições nos últimos meses, uma vez que o número de casos diminuiu. As Filipinas são o segundo país mais afetado pelo novo coronavírus no Sudeste Asiático, depois da Indonésia, com 2,8 milhões de pessoas infetadas e 47.000 mortos.
Hoje Macau EventosPortugal e Espanha candidatam documentos da viagem de Magalhães à memória da UNESCO Portugal e Espanha apresentam até terça-feira uma candidatura conjunta de documentos singulares sobre a viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães ao Registo da Memória do Mundo da UNESCO, anunciou o Governo português. O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, durante uma conferência de imprensa que se seguiu a uma reunião da Comissão Nacional das Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação, em Lisboa. Aos jornalistas, o ministro sublinhou o trabalho realizado nos últimos dois anos para assinalar a primeira volta ao mundo (1519/1522), liderada por Fernão de Magalhães e concluída por Sebastian Elcano, apesar da covid-19, que afetou muitas das iniciativas, como a viagem do navio-escola Sagres, interrompida pela pandemia. O ministro anunciou que Portugal e Espanha apresentam a candidatura à UNESCO até final deste mês, sublinhando uma particularidade: “É apresentado um conjunto de documentos (15) – o Diário de Pigafetta [cronista desta viagem], um relato indireto por Fernando de Oliveira [português] e 13 documentos que existem nos arquivos nacionais de Portugal e Espanha e que permitem compreender, também de outros pontos de vista, o significado absolutamente inaugural da viagem de circum-navegação”. Neste registo, recordou Augusto Santos Silva, “estão inscritos documentos e conjuntos documentais portugueses, o mais conhecido dos quais é, merecidamente, a carta do achamento do Brasil (Pedro Vaz de Caminha)”. Outros bens com participação portuguesa que constam deste registo são o Tratado de Tordesilhas, a Coleção Corpo Cronológico, os Arquivos dos Dembos, o relatório da primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, o roteiro da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia e os manuscritos do Comentário do Apocalipse (Beato de Liébana) na Tradição Ibérica. Também o Codex Calixtinus da Catedral de Santiago de Compostela e outras cópias medievais do Liber Sancti Iacobi: As origens ibéricas da tradição Jacobeia na Europa, o livro de registo de vistos concedidos pelo cônsul de Portugal em Bordéus Aristides de Sousa Mendes e Chapas Sínicas – Registos Oficiais de Macau durante a Dinastia Qing (1693-1886). Augusto Santos Silva destacou a singularidade do conjunto de documentos que será apresentado a esta candidatura e que inclui, por exemplo, a carta que o rei de Espanha dirige ao rei português, procurando explicar que o facto de ter promovido e financiado uma viagem às Molucas não significava nenhuma tentativa de embaraçar ou prejudicar os interesses da coroa portuguesa”. “Esperamos que os outros 11 países percorridos pela viagem de circum-navegação se associem. Certamente que apoiarão esta candidatura”, referiu. Segundo Augusto Santos Silva, estes são os últimos tempos antes da apresentação da candidatura, que termina na terça-feira. Para trás ficou a apresentação do documento às comissões nacionais de Portugal e Espanha. O programa Memória do Mundo foi criado pela UNESCO em 1992 com o objetivo de proteger e promover o património documental mundial através da conservação e do acesso aos documentos. As celebrações deste centenário vão passar pela publicação de resultados da investigação científica em curso: “Já publicámos este ano o livro que apresenta sistematicamente os roteiros e os relatos do primeiro século de domínio do estreito de Magalhães. Magalhães descobre a passagem do Atlântico Sul ao Pacífico e no século seguinte (século XVI) os diferentes pilotos e marinheiros vão desbravando esse estreito e aprendendo a dominá-lo”, afirmou o ministro. “Os roteiros e relatos desse primeiro século de travessia do estreito de Magalhães foram objeto de investigação analítica e erudita da parte do historiador português Henrique Leitão e do investigador espanhol José María Morena”, referiu. E acrescentou: “Esse trabalho já está editado e agora editaremos um segundo que é a primeira abordagem desse primeiro século de travessias do estreito de Magalhães, mas a partir das representações cartográficas, os mapas e os roteiros que foram sendo construídos para auxiliar os navegantes a atravessar o estreito”. Prevista para os próximos dias está a publicação da “primeira tradução portuguesa, com os aparatos eruditos necessários, do texto canónico do diário de Pigafetta”, o cronista desta fantástica viagem. “Desde 1999 que dispomos de um texto fixado filologicamente a partir das várias versões que existem dos diários de Pigafetta. Esse texto ainda não está traduzido em língua portuguesa, passará a estar, mercê do trabalho de estrutura de missão e da equipa científica dirigida pelo professor Henrique Leitão”. Neste encontro com a comunicação social, o ministro destacou ainda outros projetos para o terceiro e último ano das comemorações do V centenário da viagem, como a organização da “grande exposição” Pelos Mares do Mundo, que tem uma equipa curatorial luso-espanhola e que abrirá no próximo mês de maio no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto. “Será o culminar de todo o trabalho que, no domínio das exposições, temos feito e servirá também de ensejo para a organização de uma exposição itinerante com Espanha, por terras de Portugal e de Espanha e que, de algum modo, fará a ligação entre o fecho das comemorações formais e a continuação, num e noutro país, da memória sobre esse feito extraordinário que foi a circum-navegação e o exemplo que representa para nós hoje na atualidade”. De entre as atividades realizadas em 2021, o ministro destacou o início dos oito projetos de investigação no domínio das ciências do mar e da observação, financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no valor de 2,4 milhões de euros e que estão em curso, com a apresentação dos primeiros resultados prevista para 2022. Ao nível da produção editorial, Augusto Santos Silva referiu “o universo das publicações especialmente dirigidas ao público infantojuvenil e de divulgação da viagem de circum-navegação, a importância de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano e o significado da viagem para a história portuguesa”.
Hoje Macau SociedadeMacau lança primeira carta de vinhos lusófonos recomendados O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) anunciou ontem o lançamento da primeira carta de vinhos recomendados dos países de língua portuguesa 2021. O lançamento foi feito pela Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX), que vai decorrer entre 10 e 12 do próximo mês, no território, em associação com a iniciativa “Vinhos do Mundo, Carta de Vinhos de Xangai”, indicou o IPIM, em comunicado. Além daquela carta, 20 vinhos lusófonos, representados por empresas de Macau, foram premiados na iniciativa “Vinhos do Mundo, Carta de Vinhos de Xangai”, como “Marca de excelência do ano”, “Marca de qualidade do ano” e “Marca de selecção do ano”, por um grupo de mais de dez jurados, entre críticos de vinhos internacionais, ‘sommeliers’ e comerciantes, numa “degustação e avaliação profissional”, em Xangai (norte da China), acrescentou. A cerimónia de entrega dos prémios vai decorrer durante a PLPEX, onde também se vai realizar uma degustação de vinhos lusófonos, para “criar uma plataforma de intercâmbio e cooperação para as empresas de diferentes proveniências e apresentar referências fidedignas às empresas compradoras e distribuidores profissionais”, na aquisição de vinhos de países de língua portuguesa. Com potencial O IPIM apresentou na quarta Exposição Internacional de Importação da China, entre 5 e 10 de Novembro, em Xangai, uma prova de vinhos lusófonos “para promover Macau na construção do Centro de Distribuição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa”, entre outras actividades para dar a conhecer o desenvolvimento económico e comercial dos países lusófonos, assim como sobre as áreas financeira e jurídica de Macau, com vista a prestar serviços e apoio à cooperação empresarial entre a China e os países de língua portuguesa. A 2021PLPEX, cujo objectivo é promover o intercâmbio e a cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa a nível económico, comercial e cultural e potenciar o papel de Macau como a plataforma sino-lusófona, decorre em simultâneo com a 26.ª Feira Internacional de Macau (MIF) e a Exposição de Franquia de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaDois cidadãos chineses detidos por posse de abalone condenados na África do Sul Dois homens de cidadania chinesa detidos por posse de abalone, um molusco valorizado na Ásia, no valor de cerca de 55.000 euros, foram condenados a dois anos de prisão na África do Sul, anunciaram hoje as autoridades. Os homens, de 50 e 47 anos, foram presos “por posse de 4.600 abalones, incluindo 1.098 abalones cozidos, 1.858 abalones vivos e 1.644 abalones secos” em maio de 2020, anunciou a unidade de polícia de elite da África do Sul, os Falcões. Um cidadão do Maláui, de 33 anos, que trabalhou para os traficantes foi também condenado a um ano de prisão. Por vezes chamado “trufa do mar”, o abalone é um molusco marinho apreciado por elites, particularmente na China. A pesca é regulada por quotas na África do Sul. Nos últimos 10 anos, a quantidade pescada ilegalmente quase duplicou, de acordo com a Traffic, organização não-governamental que controla o comércio de vida selvagem. A maior parte da colheita legal e ilegal do molusco pescado destina-se à Ásia, especialmente a Hong Kong, onde é popular nos restaurantes.
Hoje Macau China / ÁsiaChina assina novo acordo para reforço da colaboração militar com Rússia A Rússia e a China assinaram ontem um quadro de referência para o estreitamento dos laços militares, com Moscovo a referir-se a voos estratégicos norte-americanos cada vez mais frequentes perto das fronteiras dos dois países. O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, e o seu homólogo chinês, Wei Fenghe, “manifestaram o interesse comum em intensificar exercícios militares estratégicos e patrulhas conjuntas da Rússia e da China”, anunciou o Ministério da Defesa russo. “A China e a Rússia são parceiros estratégicos há muitos anos”, disse Shoigu e “hoje, perante crescentes perturbações geopolíticas e maior potencial de conflito em várias partes do mundo, o desenvolvimento desta interacção é especialmente relevante.” Shoigu e Wei saudaram uma série de manobras recentes que envolveram aviões de guerra e forças navais russas e chinesas, e assinaram um plano de cooperação militar para 2021-2025. Shoigu apontou voos cada vez mais frequentes de aviões estratégicos dos EUA perto das fronteiras russas, dizendo que só no último mês houve 30 missões deste tipo. Este mês, durante um exercício da força estratégica global dos EUA, “10 bombardeiros treinaram o cenário de usar armas nucleares contra a Rússia praticamente em simultâneo a partir das direcções este e oeste”, exemplificou Shoigu, acrescentando que se aproximaram até cerca de 20 quilómetros da fronteira russa. “Neste ambiente, a coordenação entre Rússia e China torna-se um factor de estabilização nos assuntos globais”, sustentou o ministro. Em conjunto Na sexta-feira, dois bombardeiros estratégicos russos Tu-95MS e dois bombardeiros estratégicos chineses H-6K fizeram uma patrulha conjunta sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental, levando a Coreia do Sul a deslocar aviões de combate. A Rússia tem procurado expandir os laços com a China, à medida que as suas relações com os EUA e aliados ocidentais se afundaram para níveis próximos dos da Guerra Fria, sobretudo depois de, em 2014, Moscovo ter avançado com a anexação da península da Crimeia, território da Ucrânia.
Hoje Macau Manchete PolíticaSegurança nacional | Governo promete rever leis e reforçar actividades patrióticas O secretário da Administração e Justiça, André Cheong, disse ontem, no hemiciclo, que o Governo vai reforçar a segurança nacional em 2022, através de leis e acções de formação nas escolas e serviços públicos. Durante o debate sectorial das Linhas de Acção Governativas (LAG) para 2022, na Assembleia Legislativa (AL), André Cheong frisou que o Governo vai apresentar a alteração à “lei relativa à defesa da segurança do Estado”, a primeira desde que este diploma entrou em vigor, em 2009. “Ao longo dos 12 anos de execução da lei relativa à defesa da segurança do Estado, a situação da segurança internacional e das regiões vizinhas tem vindo a modificar-se, pelo que as garantias do sistema jurídico do Governo da RAEM para a defesa da segurança do Estado devem também acompanhar a evolução dos tempos no sentido de salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses do desenvolvimento do Estado, de modo a prevenir e reprimir eficazmente a intervenção estrangeira e garantir efetivamente os direitos e interesses legítimos dos residentes e a prosperidade e a estabilidade da sociedade”, lê-se no documento. Reforço do patriotismo André Cheong prometeu ainda que para o ano os trabalhadores dos serviços públicos participarão em acções de formação sobre a Constituição e a Lei Básica, a lei relativa à defesa da segurança do Estado, a cultura chinesa, entre outras, com a finalidade “de aprofundar o sentido de identidade nacional dos trabalhadores dos serviços públicos e aumentar a sua capacidade na realização dos trabalhos da ação governativa”. Para 2022, o patriotismo também será reforçado nas escolas e associações através de “diversas actividades de divulgação jurídica centradas na Constituição, na Lei Básica, na lei relativa à defesa da segurança do Estado e nas leis fundamentais relacionadas com a vida quotidiana”.
Hoje Macau SociedadeCaso Dore | TUI entende que Wynn também deve pagar indemnização O Tribunal de Última Instância (TUI) entende que a operadora de jogo Wynn deve pagar, juntamente com a Dore, empresa promotora de jogo, a indemnização aos lesados de um caso de desvio de fundos de uma sala VIP ocorrido em 2015. O acórdão, ao qual a TDM Rádio Macau teve acesso, confirma a decisão do Tribunal de Segunda Instância (TSI) e condena a Wynn e Dore a pagarem um total de seis milhões de dólares de Hong Kong, mais os juros de mora, aos lesados que investiram nesta empresa. Recorde-se que o Tribunal Judicial de Base (TJB) entendeu que apenas a Dore tinha de pagar a indemnização, mas numa decisão proferida em 2018 o TSI decidiu que a Wynn também devia suportar este pagamento. O caso Dore diz respeito ao desvio de 700 milhões de dólares de Hong Kong de uma sala VIP por parte de uma funcionária da Wynn. Paulo Martins Chan, ex-director da Direcção de Promoção e Inspecção de Jogos, defendeu à Macau News Agency que esta decisão pode fazer com que as operadoras de jogo fiquem mais cautelosas quanto à exploração das salas VIP por parte dos junkets, podendo optar por explorarem, por si próprias, este segmento de jogo.
Hoje Macau EventosBiografia de Pedro José Lobo editada em inglês O Instituto Internacional de Macau (IIM) vai apresentar no próximo sábado no Salão Nobre do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), uma edição em língua inglesa da biografia de Pedro José Lobo intitulada “Everyday is Mine”. Lançada originalmente em 2020, a obra da autoria do seu neto, Marco Lobo, retrata a vida do antigo presidente do Leal Senado de Macau (1959-1964), nascido em Timor-Leste e considerado um importante empresário, político, filantropo, funcionário público, músico, dirigente associativo e dinamizador cultural. A biografia agora integrada na colecção “Suma Oriental”, pode ler-se num comunicado oficial, relata ainda o período de Pedro José Lobo enquanto chefe de Repartição Central dos Serviços Económicos, altura em que se destacou durante a Segunda Guerra Mundial, na resolução do Incidente das Portas do Cerco. A sessão de apresentação acontece pelas 18h00 e requer uma inscrição prévia por parte dos participantes.
Hoje Macau SociedadePearl Horizon | Direitos de aquisição em venda judicial Encontram-se em venda judicial dois “direitos de aquisição” de fracções no empreendimento Pearl Horizon. A informação consta do portal dos tribunais da RAEM e os direitos resultaram de contratos-promessa assinados com a Sociedade de Importação e Exportação Polytex, a 19 de Março de 2013. Segundo os dados revelados, a venda é o resultado de um pedido de execução de dívida. O direito de aquisição da fracção habitacional B35 tem um preço mínimo de 2,5 milhões de patacas. O direito para a fracção E25 tem um preço mínimo de 3,1 milhões de patacas. O empreendimento de luxo Pearl Horizon era para ser construído na Areia Preta. Contudo, a construção foi abortada, porque o Governo da RAEM recuperou o terreno, por considerar que o mesmo não foi aproveitado durante a concessão de 25 anos. A decisão, ao abrigo da nova Lei de Terras, resultou em vários lesados e vários processos em tribunal com diferentes envolvidos. Após a recuperação do terreno, o Governo decidiu utilizar a terra disponível para construir habitação económica e habitação para troca, no âmbito do futuro programa de Renovação Urbana. Os lesados do empreendimento tiveram direito de preferência na compra das fracções que vão ser construídas pela Administração, e 1.902 deles aceitaram a opção de ficar com uma casa na futura construção.
Hoje Macau PolíticaDeputados querem aumentar segurança nos centros de explicações A garantia da segurança física e psicológica é a principal preocupação dos deputados que estão a analisar a lei da actividade dos centros particulares de apoio pedagógico complementar. O objectivo foi traçado por Ella Lei, presidente da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, após a reunião de ontem. “No nosso encontro de hoje [ontem] discutimos a questão do número mínimo de alunos para que os centros estejam regulados pela lei. A proposta do Governo diz que os centros são abrangidos se tiverem pelo menos cinco alunos”, começou por destacar Ella Lei. “Mas, e os centros com menos de cinco alunos, com por exemplo três? Ficam num vazio legal e fora da regulamentação? São vários os deputados preocupados porque o essencial é garantir a segurança e a integridade física e psicológica dos alunos”, justificou. Com a proposta, espera-se também afastar dos centros os funcionários que tenham sido condenados por crimes de violência doméstica e crimes sexuais. O assunto esteve ontem em cima da mesa, mereceu grande atenção, e é visto como um dos requisitos mais importantes para que os centros possam ser licenciados para o exercício da actividade pelo Governo. O nome das coisas Ainda para assegurar o bem-estar dos alunos do ensino não-superior há mais aspectos da lei que colocam reservas aos legisladores, como a exigência de condições de iluminação e ventilação “adequadas”. Segundo os membros da comissão, a definição do diploma é demasiado geral. “Na proposta de lei consta que as instalações dos centros têm de ser adequadas ao nível da iluminação e ventilação, para assegurar a integridade dos alunos. Só que nos parece que o texto deve ser mais concreto nas exigências face a estes aspectos e ao que se entende pelas condições adequadas”, justificou. Os temas em discussão identificados nesta primeira reunião interna, que só envolveu deputados, vão ser levantados junto dos representantes do Governo, numa próxima reunião que deve ser agendada rapidamente.
Hoje Macau Manchete SociedadeVacina da Sinopharm aprovada para crianças a partir dos 3 anos O Governo aprovou a vacinação para maiores de três anos com a vacina inactivada da Sinopharm. A informação foi revelada através de um despacho do Chefe do Executivo, publicado ontem em Boletim Oficial (BO). “A vacina inactivada é aplicável às pessoas com idade igual ou superior a três anos e inferior a 60 anos e às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos com boas condições de saúde e maior risco de exposição”, pode ler-se no despacho. Por outro lado, a vacina contra a covid-19 da BioNTech, baseada no RNA mensageiro (mRNA), continua apenas aplicável a maiores de 12 anos, é dito na mesma nota. Dado que o despacho entrou ontem em vigor, os pais ou encarregados de educação das crianças incluídas no intervalo etário podem proceder de imediato à marcação da vacina. Em comunicado, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus lembra que os menores de 18 anos que pretendem administrar a vacina contra a covid-19 devem obter o consentimento dos pais ou tutores. Seguir o exemplo A decisão das autoridades de Macau, vem no seguimento do anúncio da inclusão das crianças entre os 3 e os 11 anos no lote de elegíveis para a toma da vacina, tanto no Interior da China, como em Hong Kong. Recorde-se que na sexta-feira, o Centro de Coordenação indicou que a taxa de vacinação em Macau atingiu os 70 por cento, uma percentagem que inclui pessoas inoculadas com a primeira e segunda dose, mas que “continua baixa” entre os idosos. Isto, tendo em conta que a percentagem de habitantes com as duas doses tomadas é de 58,96 por cento. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou que a taxa de vacinação mais baixa se verifica a partir dos 60 anos: 57,8 por cento entre os 60 e os 69 anos, 37,1 por cento entre os 70 e os 79 anos e 12,2 por cento no grupo de pessoas com idade igual ou superior a 80 anos. As maiores taxas de vacinação concentram-se entre os 20 e 29 anos (91,4 por cento), entre os 30 e os 39 anos (94 por cento) e entre 40 e 49 anos (97,8 por cento). Na mesma ocasião, Centro de Coordenação aproveitaram para frisar que “o risco de ocorrência de doença grave e até mortal”, nesse grupo etário, “após a infecção por covid-19 é 100 vezes maior do que o normal” e que os idosos que não foram vacinados “apresentam um risco de infecção grave e de morte nove vezes maior do que os idosos que foram vacinados.
Hoje Macau China / ÁsiaSudeste Asiático | Xi diz que China não vai procurar o domínio sobre a região Xi Jinping, numa conferência virtual com os membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático, reiterou a intenção do país de manter boas relações com todos vizinhos e de promover um clima de paz na região O Presidente chinês disse ontem que o país não procura o domínio sobre o Sudeste Asiático ou intimidar os vizinhos menores, face aos atritos provocados pelas reivindicações territoriais sobre o Mar do Sul da China. Xi Jinping fez estes comentários durante uma conferência virtual com os dez membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático, ou ASEAN, que serviu para celebrar o 30.º aniversário das relações. “A China opõe-se resolutamente ao hegemonismo e à política de poder, deseja manter relações amigáveis com os seus vizinhos e, em conjunto, cultivar uma paz duradoura na região. A China absolutamente não vai procurar hegemonia ou, menos ainda, intimidar os [países] pequenos”, disse o chefe de Estado chinês, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. A China tem procurado, repetidamente, amenizar as preocupações sobre o seu crescente poder e influência, particularmente a sua reivindicação de praticamente todo o Mar do Sul da China, que se sobrepõe às reivindicações dos membros da ASEAN como a Malásia, Vietname, Brunei ou Filipinas. O comentário de Xi surge dias depois de navios da guarda costeira chinesa terem bloqueado e usado canhões de água contra dois barcos filipinos que transportavam suprimentos para tropas, numa área disputada no Mar do Sul da China. A China quer reforçar a sua presença naquele território, por onde passam rotas marítimas cruciais, e onde existem depósitos submarinos de petróleo e gás. O país asiático construiu pistas para aviões e outras instalações militares em ilhas artificiais construídas sobre recifes de coral. Acordos na mesa A China e a ASEAN negoceiam há anos um código de conduta, para lidar com os assuntos no Mar do Sul da China, mas essas negociações tiveram pouco progresso. A China continua a ser um mercado crucial para os países do Sudeste Asiático, bem como uma fonte de investimento, e a ASEAN tem procurado evitar conflitos com Pequim. Pequim também tem fortes laços com o Camboja e o Laos, membros da ASEAN. Xi frisou que a paz é o “maior interesse comum” de todos os lados e que a China vai fazer o possível para evitar o conflito. “Devemos ser os construtores e protectores da paz regional, insistir no diálogo em vez do confronto, na parceria e alinhamento, e dar as mãos para lidar com vários factores negativos que ameaçam minar a paz”, disse Xi.
Hoje Macau China / ÁsiaReduzidas relações com Lituânia em protesto contra representação de Taiwan A China reduziu as relações diplomáticas com a Lituânia ao nível de “encarregado de negócios”, em protesto contra a abertura de uma representação de Taiwan em Vilnius, anunciou ontem o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “O Governo chinês foi forçado a reduzir as relações diplomáticas entre os dois países (…) para salvaguardar a soberania e as normas fundamentais das relações internacionais”, indicou o Ministério, em comunicado. A Lituânia mantém relações diplomáticas com a China desde 1991, pouco depois de se ter tornado independente da antiga União Soviética. Apesar de não reconhecer oficialmente a ilha, Vilnius tem estreitado, nos últimos anos, o relacionamento com Taipé. Pequim instou o país báltico a “rectificar imediatamente os seus erros” e advertiu Vilnius de que “não deve subestimar a determinação do povo chinês na defesa da sua soberania”. O Governo chinês acusou as autoridades lituanas de “ignorarem as declarações chinesas” e de “não estarem conscientes das consequências” da decisão de autorizar a abertura de um gabinete de representação de Taiwan [Taiwan Representative Office], o que “mina seriamente a soberania e a integridade territorial da China”, de acordo com o mesmo comunicado. As autoridades de Taiwan indicaram que a representação em Vilnius visa “expandir as relações com a Europa Central e Oriental, especialmente com os países bálticos, e reforçar a cooperação e o intercâmbio em vários domínios”. Lamentos lituanos Por seu lado, a Lituânia afirmou ontem lamentar a decisão da China de limitar as relações diplomáticas com Vilnius. “A Lituânia reafirma a adesão à política ‘Uma só China’, mas ao mesmo tempo tem o direito de alargar a cooperação com Taiwan”, incluindo através do estabelecimento de missões não diplomáticas, indicou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros lituano. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros lituano, Mantas Adomenas, também anunciou a abertura em Taiwan de uma representação da Lituânia, ainda antes do início do próximo ano. Taipé mantém actualmente relações diplomáticas com Guatemala, Honduras, Vaticano, Haiti, Paraguai, Nicarágua, Suazilândia, Tuvalu, Nauru, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, Belize, Ilhas Marshall e Palau.
Hoje Macau EventosExposição de Catarina Castel-Branco inaugurada na quarta-feira no Albergue SCM “Entre a Flor e a Bruma – Exposição de Catarina Castel-Branco” vai estar patente na Galeria A2 do Albergue SCM, entre quarta-feira e 12 de Dezembro. A mostra é composta por 13 trabalhos inspirados nas formas arredondadas das tradicionais janelas japonesas e no jogo de sombras e mistérios entre espaços exteriores e interiores “Entre a Flor e a Bruma – Exposição de Catarina Castel-Branco” vai estar patente ao público a partir de quarta-feira, até 12 de Dezembro, na Galeria A2 do Albergue SCM. A mostra reúne 13 trabalhos de um dos nomes maiores da gravura portuguesa, que também tem obras expostas em “Abraço na Diversidade”, no Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais N.º 1, evento enquadrado na Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa. O conceito visual que traça a linha condutora da mostra é inspirado nas tradicionais janelas redondas de habitações asiáticas, com obras que transmitem a tranquilidade e serenidade da estética oriental. Numa conversa com a artista, divulgada em comunicado pela organização da exposição, Catarina Castel-Branco revela como chegou a estas obras. “A inspiração de base foram as janelas circulares que penso fazerem parte da tradição japonesa, mas é provável serem comuns no Oriente. Pela janela vê-se o jardim com o seu rigor milimétrico, e os estores de papel e palhinha criam essa fronteira entre o espaço interior da casa, sombreado pelo estore, e o espaço aberto. Cria-se, assim, um jogo de luz entre o aberto e o fechado, entre a luz coada e a luz sem filtro, criando dois espaços, duas formas de ver.” O jogo de sombras, luz e vegetação revela o que está “Entre a Flor e a Bruma”, mas a artista sublinha que o exterior também pode ser percepcionado através de uma porta entreaberta, “aumentando o poder do seu mistério, mas às vezes parece invadir a casa e apresenta-se numa flor, dominando o interior”. Para a primeira série de obras “Entre a Flor e a Bruma”, Catarina Castel-Branco usou o imaginário contido na poesia de Wenceslau de Morais, Camilo Pessanha e Gil de Carvalho, extraindo das palavras a simbologia do jardim oriental. A artista destaca “a importância do renascimento e da ressurreição”, e que “é preciso aceitar o Inverno, para que a semente gele e renasça”. Faça você mesmo O processo criativo de Catarina Castel-Branco começa ainda antes da pintura, com o fabrico dos materiais na sua oficina. “A minha especialização foi em técnicas de impressão e o meu trabalho de pós-graduação centrou-se na mistura de técnicas, serigrafia com metal (infogravura), xilogravura com serigrafia, litografia com serigrafia. É uma das explorações que sempre me interessou”, conta a artista. Para a exposição no Albergue SCM, a artista usou papel japonês, pigmentos naturais, acrílico e serigrafia. “Não sou uma teórica, nunca fui, a minha arte sempre esteve ligada à pesquisa de novas formas de representar através da criação dos meus próprios materiais”, revela Catarina Castel-Branco. Além de fazer os seus próprios materiais, a artista entende que as suas obras foram feitas para viverem com as pessoas, para estarem integradas nos locais onde a vida acontece. “Não sinto qualquer espécie de atracção pelas obras conceptuais ou pela performance. Não é o meu caminho. Na minha última exposição, no Antiquário Miguel Arruda, já trabalhei a integração das peças nas salas, de maneira a imitar essa pertença a uma casa. Gosto da relação com a casa, com o jardim… o museu é apenas o sítio que vamos visitar. E visitar não é viver”, explica. Enquanto a artista completa quarenta anos de carreira, o Albergue SCM enquadra esta mostra, apoiada pela Fundação Macau, nas cerimónias do 22.º aniversário da fundação da RAEM.
Hoje Macau China / ÁsiaJO de Inverno de Pequim vão ter sistema para detectar vírus no ar Um grupo de especialistas chineses desenvolveu um sistema de detecção do coronavírus que activa alarmes caso o vírus seja encontrado no ar de uma sala e que vai ser usado nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim. Em conferência de imprensa, a Comissão Organizadora explicou que vai garantir a “segurança” dos Jogos Olímpicos com avanços tecnológicos, que também vão ser aplicados à desinfecção e que incluirão técnicas de nanofiltração para os sistemas de tratamento e aquecimento da água nas instalações dos Jogos. No caso do Centro Wukesong, que vai sediar as competições de hóquei no gelo, vão ser utilizados robôs para desinfectar as instalações. O objectivo de Pequim é evitar que os Jogos Olímpicos, que vão ter início no dia 4 de Fevereiro, originem um ressurgimento do vírus SARS-CoV-2 na China. O país asiático adopta uma política de tolerância zero contra a covid-19, que inclui rígidas medidas de prevenção, como testes em massa e quarentena nos bairros ou distritos onde são detetados casos da doença. Já foram registados três casos do novo coronavírus entre atletas que estão na capital chinesa para participarem no evento olímpico. Pequim vai assim tornar-se na primeira cidade a sediar os Jogos de Verão e Inverno, embora em 2022 a cidade acolha apenas os eventos no gelo, enquanto as competições na neve vão ocorrer em Yanqing e Zhangjiakou, na província de Hebei. Pouca neve A falta de neve é uma das principais preocupações: Yanqing e Zhangjiakou registam apenas cerca de 20 centímetros de neve por ano, o que tornará necessário o uso de cerca de 186.000 metros cúbicos de água para fabricá-la artificialmente. O Comité garantiu que vão ser utilizados os canhões de neve “mais eficientes” do mundo, que só funcionarão quando os sistemas meteorológicos de “alta precisão” detetarem um aumento da temperatura. Os Jogos de Pequim vão contar com cobertura de quinta geração (5G), já que muitas das entrevistas terão que ser realizadas ‘online’, porque todos os que chegam do exterior permanecerão em “bolhas” que os manterão isolados do resto da China.
Hoje Macau China / ÁsiaEvergrande | Construtora vende participação em plataforma de vídeo por 241 ME A construtora chinesa Evergrande anunciou ontem a venda da participação na plataforma de transmissão de vídeo Hengten por um valor equivalente a 241 milhões de euros, numa altura em que enfrenta uma grave crise de liquidez. Em comunicado, enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, o grupo informou que vendeu à Allied Resources Investment Holdings a posição de 18 por cento na Hengten, com um desconto de 24,3 por cento, face ao valor com que as acções encerraram no dia anterior. A Evergrande garantiu que os recursos captados com a operação “podem ajudar a amenizar os problemas de liquidez” que atravessa. A empresa soma um passivo equivalente a 260 mil milhões de euros, incluindo cerca de 30 mil milhões em dívidas que têm que ser pagas antes do final do primeiro semestre de 2022. Apesar da injecção de capital, 20 por cento do total, nos próximos cinco dias, e o restante, nos próximos dois meses, a operação representou um prejuízo de 964 milhões de euros, quando considerado o valor contabilístico que as acções transferidas possuíam no final de Junho. As acções da Evergrande caíram 2,5 por cento, enquanto as ações da Hengten, que é considerada a equivalente na China à Netflix, subiram 24,26 por cento. Danos controlados Segundo o The Wall Street Journal, o Governo chinês “quer administrar uma implosão controlada” da empresa, através da venda de alguns activos da construtora a firmas chinesas, ao mesmo tempo que limita os danos para os compradores de residências e fornecedores. Até à data, o conglomerado não teve grande sucesso nos planos de venda de activos. A empresa conseguiu apenas transferir a posição de 20 por cento no banco regional Shengjing Bank para um grupo estatal, pelo equivalente a cerca de 1,3 mil milhões de euros. Outras negociações acabaram por fracassar, como a rescisão da venda de 50,1 por cento da subsidiária de administração de imóveis, a Evergrande Property Services, à Hopson Development. Nas últimas semanas, a Evergrande esteve, por várias vezes, perto de entrar em incumprimento, mas conseguiu sempre cumprir as obrigações em cima do prazo. Determinados a limitar a especulação no sector imobiliário, os reguladores restringiram o acesso do crédito às empresas, visando reduzir os níveis de alavancagem. O imobiliário é o veículo de investimento favorito das famílias chinesas, compondo cerca de 30 por cento do produto interno bruto (PIB) chinês. Embora alguns cidadãos chineses tenham investido as poupanças em novas casas, muitos outros também compraram apartamentos como investimento nos últimos anos, sem qualquer intenção de residir ou alugar os imóveis.
Hoje Macau InternacionalUE | Mobilizados 700 mil euros em ajuda humanitária para fronteira bielorrussa-polaca A Comissão Europeia anunciou ontem a mobilização de 700 mil euros da União Europeia (UE) em ajuda humanitária para “aliviar o sofrimento” dos migrantes em situação vulnerável na fronteira bielorrussa-polaca, numa altura de forte pressão migratória. “Respondendo imediatamente a um apelo, a Comissão Europeia atribuiu 200 mil euros de financiamento humanitário ao Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho”, anuncia o executivo comunitário em comunicado, especificando que esta verba será gerida pela Cruz Vermelha bielorrussa para “fornecer a tão necessária assistência de socorro, incluindo alimentos, ‘kits’ de higiene, cobertores e ‘kits’ de primeiros socorros” aos milhares de migrantes concentrados na fronteira. Além disso, “a UE mobilizou mais 500 mil euros em financiamento humanitário e está actualmente em contacto com as organizações humanitárias parceiras para a implementação dos fundos”, acrescenta a Comissão Europeia. Citado pela nota de imprensa, o comissário europeu responsável pela Gestão de Crises, Janez Lenarčič, observa que “a UE está a apoiar os seus parceiros humanitários para ajudar a aliviar o sofrimento das pessoas presas na fronteira e em outras partes da Bielorrússia”. “Apelo ao acesso contínuo das organizações humanitárias de ambos os lados para que cheguem a este grande grupo de refugiados e migrantes para lhes prestar assistência urgente”, exorta o responsável. A Comissão Europeia adianta na informação ontem divulgada estar “pronta a fornecer financiamento humanitário adicional em resposta a necessidades humanitárias claramente definidas caso o acesso das organizações parceiras humanitárias na Bielorrússia melhore”. “Toda a ajuda humanitária da UE é baseada em princípios humanitários internacionais. A UE fornece assistência humanitária baseada nas necessidades às pessoas atingidas por catástrofes naturais e provocadas pelo homem, com particular atenção às vítimas mais vulneráveis [sendo que] a ajuda é canalizada de forma imparcial às populações afectadas, independentemente da sua raça, grupo étnico, religião, sexo, idade, nacionalidade ou filiação política”, adianta a instituição. Resposta europeia O anúncio surge depois de, na segunda-feira, o Conselho da UE ter alterado o seu regime de sanções à Bielorrússia, alargando os critérios de listagem a cooperantes do regime, para responder à instrumentalização de migrantes e aos ataques híbridos de Minsk. Com o alargamento dos critérios, as sanções da UE podem agora “visar indivíduos e entidades que organizam ou contribuem para actividades do regime de (Presidente bielorrusso, Alexander) Lukashenko, que facilitam a passagem ilegal das fronteiras externas” do bloco. Com esta alteração, a UE poderá incluir as pessoas e empresas, como companhia aéreas, que colaboram com a Bielorrússia na condução de migrantes para as fronteiras com o bloco europeu, nomeadamente a da Polónia. A decisão segue-se às conclusões do Conselho Europeu de 21 e 22 de Outubro, nas quais os líderes da UE declararam que não aceitariam qualquer tentativa de países terceiros de instrumentalizar os migrantes para fins políticos, condenaram todos os ataques híbridos nas fronteiras da UE e afirmaram que responderiam em conformidade. As sanções à Bielorrússia têm sido ampliadas progressivamente, desde Outubro de 2020, acompanhando a situação no país, depois de terem sido adoptadas em resposta às eleições presidenciais de Agosto do ano passado, que a UE considera terem sido fraudulentas e manipuladas, não reconhecendo a reeleição de Lukashenko.