Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Detectados quatro infecções assintomáticas As autoridades detectaram na segunda-feira mais quatro casos importados de covid-19. Um deles diz respeito a uma mulher, residente de Macau com 58 anos de idade, vacinada com duas doses da vacina Sinopharm, que viajou num autocarro dourado de Hong Kong na segunda-feira. À chegada ao território, a mulher apresentou um teste de despistagem à covid-19 negativo, mas testou positivo num novo teste, tendo sido encaminhada para o Centro Clínico da Saúde Pública de Alto de Coloane para isolamento médico. Devido ao facto estar a fazer tratamentos de radioterapia e quimioterapia devido a doença oncológica, não pôde ser vacinada com a terceira dose da vacina contra a covid-19. Os restantes três casos dizem respeito a residentes que viajaram de França, Singapura e Nepal, que, aquando da chegada a Macau, testaram positivo à covid-19 e foram, por isso, classificados como casos importados de infecção assintomática. Foi ainda detectado um caso de uma residente que testou positivo à covid-19 quando chegou da Austrália. No entanto, por se tratar de recaída não foi incluído nas estatísticas. Até à data foram registados em Macau um total de 82 casos confirmados de covid-19 e 54 casos de infecção assintomática.
Hoje Macau SociedadeQuarentena | Autoridades decretam novas medidas Os Serviços de Saúde (SSM) implementaram novas medidas para quem cumpre quarentena obrigatória em hotéis designados. Desta forma, as pessoas em isolamento “não devem abrir a porta do quarto e caso seja necessário abrir a porta, devem usar máscara KN95 ou máscara equivalente conforme necessário”. Deve ainda ser assegurado que “o equipamento de extração de ar da casa de banho esteja ligado”, além de serem adoptadas “outras medidas correspondentes”. Além disso, os funcionários dos hotéis devem passar “a informar, por telefone, as pessoas em quarentena, e se encontram no mesmo andar do hotel, sobre as horas a que devem abrir a porta do quarto para levantarem refeições”. Desta forma, “evita-se colocar em risco pessoas com risco similar e com datas próximas da chegada a Macau que se encontram no mesmo andar do hotel”. Além disso, foi criado um mecanismo de notificação entre os SSM e a Direcção dos Serviços de Turismo no caso de pessoas em quarentena manifestarem sintomas ligeiros, mas não tenham pedido assistência. Com este mecanismo, “serão providenciados, no mesmo dia ou no dia seguinte, testes de ácido nucleico, para detectar precocemente e acompanhamento das pessoas com sintomas ligeiros”.
Hoje Macau PolíticaFunção Pública | Coutinho quer impedir reformas compulsivas Pereira Coutinho quer que o Governo não obrigue funcionários públicos a reformarem-se compulsivamente quando chegam aos 65 anos. O pedido faz parte de uma interpelação escrita divulgada ontem pelo deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), e tem por base várias queixas de funcionários. O legislador considera que o Governo não sabe valorizar a experiência dos trabalhadores com mais anos. “O actual regime não permite que as pessoas com mais de 65 anos continuem a trabalhar, e isto implica uma grande perda para o Governo e para a sociedade, pois a experiência destes trabalhadores podia ser partilhada e aproveitada para preparar os jovens funcionários públicos”, afirmou. Além disso, Pereira Coutinho está preocupado com o sector privado, e que saber o que vai ser feito para que os empregados das concessionárias com mais de 60 anos não sejam forçados a uma situação semelhante.
Hoje Macau China / ÁsiaChina diz que a sua posição sobre o conflito na Ucrânia é “imparcial” A China disse hoje que a sua posição sobre o conflito na Ucrânia é “completamente objetiva, imparcial e construtiva” e acusou os Estados Unidos de espalharem “desinformação” sobre a possibilidade de Pequim prestar apoio militar a Moscovo. Pequim recusou-se a criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia, ou mesmo referir-se ao conflito como uma “guerra”. Os comentários do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian foram feitos depois de delegações de alto nível dos Estados Unidos e da China se terem reunido, em Roma, para abordar a posição da China, entre outras questões. O embaixador da União Europeia em Pequim, Nicolas Chapuis, pediu hoje também que a China apoie a Ucrânia. “Não pode haver a chamada neutralidade”, disse. Em conferência de imprensa, Zhao disse que os “EUA criaram e espalharam desinformação”, acrescentando: “Isso não revela apenas falta de ética, mas é também imoral e irresponsável”. “O que os EUA deviam fazer é refletir profundamente sobre o papel que desempenharam no desenvolvimento e evolução da crise na Ucrânia, e fazer algo prático para aliviar a tensão”, apontou. A China tem mantido uma posição ambígua em relação à Ucrânia. Por um lado, defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas – um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema. Durante um encontro em Roma, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos Jake Sullivan procurou que Pequim definisse com clareza a sua posição, e alertou a delegação chinesa, novamente, que a assistência à Rússia – incluindo ajudar o país a evitar sanções impostas pelos EUA e os aliados ocidentais – terá um preço a pagar. O Kremlin negou relatos de que solicitou equipamento militar à China para uso na guerra. Zhao repetiu as afirmações de que a China está “profundamente entristecida” com a “situação”. O país está “comprometido” em promover negociações de paz, apontou. “A posição e as declarações da China sobre a questão da Ucrânia são completamente objetivas, imparciais e construtivas”, realçou. Zhao também disse que um terceiro lote de ajuda humanitária enviado pela China para a Ucrânia chegou à Polónia na segunda-feira. Chapuis instou a China a apoiar a Ucrânia e a “ajudar a Europa a parar a guerra”. “Pedimos a todos os nossos amigos chineses que identifiquem o agressor e apoiem a vítima”, disse o embaixador, durante uma mesa redonda organizada pelo Centro para a China e a Globalização, um ‘think tank’ com sede em Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul envia equipamento militar não letal e material médico para a Ucrânia A Coreia do Sul vai enviar equipamento militar não letal, como capacetes e cobertores à prova de bala, e material médico para a Ucrânia, anunciou hoje o Governo. O carregamento, avaliado em cerca de mil milhões de won (733 mil euros), consiste em conjuntos de primeiros socorros, rações alimentares militares prontas a comer e tendas, disso o porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Boo Seung-chan, em conferência de imprensa. Os pormenores da remessa “ainda estão em discussão”, acrescentou Boo, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Na semana passada, o mesmo porta-voz tinha afirmado que o Ministério da Defesa acredita existirem “limites para o fornecimento de armas letais” à Ucrânia, numa aparente rejeição do pedido de fornecimento de armas feito por Kiev à comunidade internacional. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou ajuda humanitária e militar, incluindo armas, para tentar repelir a invasão do exército russo, iniciada há quase três semanas. Os meios de comunicação sul-coreanos noticiaram que Kiev terá pedido a Seul mísseis antitanque, espingardas, coletes à prova de bala e o fornecimento de informações militares obtidas por satélite. O Governo sul-coreano, que se juntou à UE e ao G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido] na imposição de sanções económicas à Rússia, comprometeu-se até agora a enviar cerca de nove milhões de euros em ajuda humanitária para a Ucrânia. No mês passado, o embaixador ucraniano em Seul, Dmytro Ponomarenko, também pediu ajuda a Seul para reforçar a cibersegurança no seu país. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Hoje Macau China / Ásia MancheteUcrânia | Negociações com Rússia fazem pausa e Moscovo nega pedido de ajuda à China As negociações entre a Ucrânia e a Rússia serão retomadas hoje, após uma “pausa técnica” na ronda de ontem, enquanto Moscovo não responde a uma proposta de mediação do Vaticano e desmente ter pedido ajuda à China. “Estamos a fazer uma pausa técnica nas negociações até amanhã [terça-feira]” para permitir “trabalho adicional dos subgrupos de trabalho e a clarificação” de alguns termos, declarou Mykhaïlo Podoliak, negociador e conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na rede social Twitter. Zelensky tinha classificado como “negociações difíceis” a quarta ronda de conversações entre a Ucrânia e a Rússia, que decorreu por videoconferência, acrescentando que procurará garantir uma “paz honesta, com garantias de segurança”. Também ontem, o secretário de Estado do Vaticano disse que a instituição está a fazer tudo para mediar o conflito na Ucrânia e que transmitiu essa oferta ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, de quem não recebeu resposta. Numa entrevista no domingo ao canal de informação da Mediaset, “Tgcom”, e ontem divulgada pelos meios de comunicação do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin explicou “que a oferta da Santa Sé para mediar foi pessoalmente discutida nos últimos dias com Lavrov”, em conversas telefónicas. Entretanto, a Rússia negou ter pedido ajuda militar e económica à China para invadir a Ucrânia e ultrapassar as sanções que lhe têm sido impostas pelos países ocidentais. O jornal The New York Times (NYT) noticiou no domingo, citando fontes não identificadas, que a Rússia pediu à China que fornecesse equipamentos militares para a guerra na Ucrânia e ajuda económica para ajudar a superar as sanções internacionais. Em sintonia com Moscovo, a China acusou ontem os Estados Unidos de “desinformação”, negando o pedido de ajuda da Rússia, difundido pelos ‘media’ ocidentais. “É completamente falso, é pura desinformação. A China declarou clara e consistentemente a sua posição sobre a crise na Ucrânia. Desempenhamos um papel construtivo e avaliamos a situação de forma imparcial e independente”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, em conferência de imprensa. Foi neste clima de acusações que diplomatas dos Estados Unidos e da China iniciaram ontem as negociações em Roma, Itália. O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, reuniu com Yang Jiechi, o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês para questões diplomáticas. Não se conhece, para já, o teor das conversações, mas é possível que Sullivan tenha alertado Yang para os primeiros sinais do impacto económico da aliança de Pequim com Moscovo. As empresas chinesas registaram ontem o seu pior dia na bolsa de valores de Hong Kong desde a crise financeira global de 2008, à medida que a aproximação de Pequim a Moscovo e renovados riscos regulatórios provocaram o pânico. O Hang Seng China Enterprises Index, índice composto por empresas da China continental, fechou a cair 7,2%, a maior queda desde novembro de 2008. O Hang Sang Tech Index, que junta os grupos tecnológicos, caiu 11% – a pior queda desde que o índice foi lançado, em julho de 2020. Na vertente das sanções, os Estados-membros da União Europeia chegaram a um acordo sobre o alargamento da lista de oligarcas russos sancionados como represália pela agressão militar da Rússia à Ucrânia, que contempla a inclusão do multimilionário Roman Abramovich, revelaram fontes diplomáticas. A decisão, que se enquadra do quarto pacote de sanções da UE contra Moscovo, anunciado na passada sexta-feira pela Comissão Europeia, terá que ser adoptada formalmente e deverá contemplar a inclusão na lista de sanções de mais 15 indivíduos e nove entidades, adiantaram as mesmas fontes. Entre sanções e bloqueios, o Instagram, da gigante tecnológica norte-americana Meta, deixou hoje de estar acessível na Rússia, cujo governo acusou a rede social de espalhar apelos à violência contra os russos devido à invasão da Ucrânia. De acordo com a agência de notícias France-Presse, não é possível atualizar a aplicação do Instagram para telemóveis, nem aceder à página da rede social na Internet. Na frente de combate, os militares russos disseram que admitem o lançamento de ataques para assumir o controlo total das principais cidades ucranianas, algumas das quais já estão cercadas. “O Ministério da Defesa, embora assegurando a máxima segurança para a população civil, não exclui a possibilidade de assumir o controlo total das grandes cidades, que hoje estão praticamente cercadas”, disse a diplomacia russa. A Ucrânia acusou, entretanto, o exército da Rússia de ter cortado novamente o fornecimento de energia à central nuclear de Chernobyl, localizada a norte de Kiev e sob controlo dos russos desde os primeiros dias da guerra. As autoridades ucranianas disseram no domingo que haviam restaurado o fornecimento de energia à antiga central nuclear, que garantiria a segurança dos resíduos radioativos armazenados no local. No outro lado da barricada, os separatistas pró-russos responsabilizaram as forças ucranianas pela morte de 23 pessoas na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, que dizem ter sido atingidas por fragmentos de um míssil intercetado pela sua defesa aérea. A defesa territorial de Donetesk publicou fotografias na aplicação de mensagens Telegram em que se veem corpos ensanguentados numa rua do centro da cidade industrial. Para compensar os prejuízos da guerra provocada por Moscovo, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, propôs que os bens do Estado e dos oligarcas russos congelados no Ocidente sejam definitivamente confiscados e destinados a um fundo para a reconstrução da Ucrânia. “O cruel agressor que atacou um país deve pagar o preço mais elevado que possamos impor-lhe em democracia e no âmbito da coexistência pacífica das nações”, defendeu Morawiecki, após uma reunião com a primeira-ministra lituana, Ingrida Simonyte, e o chefe do Governo ucraniano, Denys Chmygal. No balanço de vítimas, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) anunciou que a guerra na Ucrânia já matou pelo menos 636 civis, incluindo 46 crianças, e feriu 1.125, entre os quais 62 menores, até ao final do dia de domingo. O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) informou que mais de 4,8 milhões de ucranianos fugiram das suas casas desde que a Rússia invadiu o país, a 24 de fevereiro, tendo 2,8 milhões deixado o país. Dos quase três milhões de refugiados ucranianos, 60% (1,7 milhões) foram para a Polónia, 255.000 chegaram à Hungria, 204.000 à Eslováquia, 131.000 à Rússia, 106.000 à Moldova, 84.000 à Roménia e 1.200 à Bielorrússia, de acordo com a informação atualizada diariamente pelo ACNUR.
Hoje Macau China / ÁsiaBruxelas teme consequências económicas de novas medidas de confinamento na China O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, disse ontem que se as medidas de confinamento impostas em várias cidades da China se prolongarem, devido a surtos de covid-19, haverá consequências económicas na Europa, que se somarão ao impacto da guerra na Ucrânia. “Se for para durar, terá repercussões”, alertou em entrevista à rádio France Inter, referindo-se aos confinamentos que foram decretados em áreas urbanas chave para a produção de componentes estratégicos de exportação, como semicondutores. Breton destacou as fortes restrições que as autoridades chinesas estão a impor na província de Guangdong, que faz fronteira com Macau, e que concentra a indústria de eletrónica do país. Também na cidade de Changchun, no nordeste, e em Xangai, a “capital” económica do país asiático, vários bairros foram confinados. A população local foi aconselhada a não deixar as cidades, exceto por motivos essenciais. Desde o início do mês, a China passou de 119 para 3.122 casos diários. O comissário europeu salientou que, na situação atual, só contando com o impacto da guerra na Ucrânia, a economia europeia pode perder um ponto percentual de crescimento e a inflação subirá. Mas ressalvou que a incerteza é grande e é “muito difícil” fazer previsões. “Teremos de ser bastante flexíveis” na gestão da situação, afirmou. O comissário disse que é “melhor que as taxas [de juro] não subam demasiado”, apesar de que em 2022 ainda haverá uma inflação “muito importante”.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresas chinesas afundam em bolsa face a aproximação de Pequim a Moscovo As empresas chinesas registaram ontem o seu pior dia na bolsa de valores de Hong Kong desde a crise financeira global de 2008, à medida que a aproximação de Pequim a Moscovo e renovados riscos regulatórios provocaram o pânico. O Hang Seng China Enterprises Index, índice composto por empresas da China continental, fechou a cair 7,2%, a maior queda desde novembro de 2008. O Hang Sang Tech Index, que junta os grupos tecnológicos, caiu 11% – a pior queda desde que o índice foi lançado, em julho de 2020. As fortes quedas ocorreram depois de vários órgãos de imprensa norte-americanos terem informado que a Rússia pediu à China assistência militar para a guerra na Ucrânia. Pequim negou aquela informação, mas os investidores temem que a aproximação de Pequim a Vladimir Putin possa originar uma reação global contra as empresas chinesas, e até mesmo sanções. O sentimento foi agravado por várias medidas de confinamento nas cidades chinesas de Shenzhen, Xangai ou Changchun, devido a surtos de covid-19. Há ainda o risco de empresas chinesas serem excluídas das praças financeiras dos EUA, à medida que os reguladores norte-americanos aumentam o escrutínio sobre a contabilidade de empresas estrangeiras. Na sexta-feira, o Golden Dragon Index, índice que reúne empresas chinesas listadas nas bolsas norte-americanas, caiu 10%, pelo segundo dia consecutivo. Na semana passada, o índice caiu 18% – o declínio mais acentuado desde pelo menos 2001. O índice de referência CSI 300 da China fechou a cair 3,1% hoje. A cotação da moeda chinesa, o yuan, também caiu para o seu nível mais baixo no espaço de um mês.
Hoje Macau SociedadeSMG | Sismo de magnitude 4.1 sentido em Macau Um sismo de intensidade 4.1 na escala modificada de Mercalli foi sentido ontem em Macau por volta das 2h30 da madrugada. De acordo com os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), o epicentro do abalo foi registado na latitude norte 22.51 e longitude leste 115.04, a cerca de 156 km leste-nordeste de Macau, localizado Área do mar de Huizhou, em Cantão. Segundo a TDM- Rádio Macau, houve pelo menos cinco pessoas a sentir o sismo em Macau que entraram em contacto com os SMG para relatar sobre o incidente. Já em Hong Kong, localizado a 92 km do epicentro, foram recebidos 8.000 relatos. Em ambos os territórios não há vítimas ou danos de maior a registar. A Escala de Mercalli tem 12 níveis, cuja intensidade é classificada conforme o nível dos danos em edifícios e efeitos sobre as pessoas provocados pelo abalo sísmico. Segundo a escala, o nível 4 dita que a “maior parte das pessoas que estavam dentro da casa e algumas pessoas estavam ao ar livre, podem sentir a vibração”, estruturas erguidas “vibram ligeiramente” e “janelas, portas e pratos chocalham”. Desde 1983, foram registados 43 sismos de magnitude 3,0 ou superior num raio de 200 km de Macau. O último sismo sentido, registado, foi um sismo de magnitude de 2,2 que ocorreu a 22 de Abril de 2020 nas águas a leste de Zhuhai, Guangdong, a cerca de 21 km a sudoeste de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Especialistas insistem na política de zero casos apesar de novos surtos Apesar do agravamento da situação, com o país a atravessar a maior crise pandémica desde o aparecimento do novo coronavírus, cientistas dizem não ser ainda o momento de alterar a estratégia O epidemiologista chinês Zhang Wenhong afirmou ontem que “não é o momento” para debater a política de tolerância zero à covid-19 da China, numa altura em que o país enfrenta o maior surto da doença, desde 2020. Numa mensagem difundida através da rede social Weibo, Zhang explicou que o país asiático deve “aproveitar este período como uma oportunidade para desenhar estratégias anti-pandemia mais sábias, completas e sustentáveis”. Zhang admitiu que a China atravessa o momento “mais difícil” desde que a pandemia eclodiu, no início de 2020. Desde o início do mês, o país passou de 119 para 3.122 casos diários. Apesar da extensão dos surtos, o epidemiologista salientou que a “virulência do coronavírus diminuiu”, acrescentando que as “pessoas com imunidade normal e que receberam uma dose de reforço não terão problemas”. Zhang assegurou que se a China – que mantém as suas fronteiras praticamente fechadas a estrangeiros não residentes há dois anos, e exige uma quarentena mínima de 14 dias para quem entra no território – se abrisse aos estrangeiros, “aumentaria o número de casos num período muito curto e o sistema médico nacional ficaria sobrecarregado”, causando “danos irreparáveis” à sociedade. Wang Guangfa, especialista no sistema respiratório que foi um dos primeiros a visitar Wuhan, durante o primeiro surto de covid-19, em Janeiro de 2020, explicou este fim de semana que a variante Ómicron, já dominante no país asiático, significa que há mais casos assintomáticos, “tornando difícil detectar os infectados a tempo”. Wang, citado pelo jornal oficial Global Times, acrescentou que a proporção relativamente baixa de vacinados entre os idosos “ainda é um dos maiores problemas”. O especialista disse ter esperança de que o número de casos “se reduza significativamente em duas semanas” e previu que o país volte aos zero casos no espaço de 28 dias. A seu tempo Cidades como Shenzhen e Changchun estão actualmente sob confinamento parcial ou total, devido ao aumento do número de infeções entre a sua população. Nas últimas semanas, algumas vozes na China sugeriram um possível ajuste à estratégia de zero casos de covid-19, que envolve, além dos confinamentos, restrições nas viagens internas e testes em massa sempre que um caso é detetado. O epidemiologista Zeng Guang, ex-chefe do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, afirmou recentemente que as “restrições não durarão para sempre” e que a China “vai apresentar o seu roteiro para coexistir com o vírus na altura apropriada”.
Hoje Macau EventosExposição de Denis Murrell a partir de hoje na Fundação Rui Cunha A galeria da Fundação Rui Cunha (FRC) recebe a partir de hoje, às 18h30, a exposição “The Tai Heng Paintings”, do pintor australiano Denis Murrell, composta por 11 novas obras que vão estar patentes até 19 de Março. O pintor radicado em Macau regressa à galeria da FRC com “11 pinturas abstractas de grande dimensão e porte”. Segundo o próprio, “passaram-se dez anos desde que não pintava grandes telas, porque não tinha espaço para fazê-lo”. A FRC escreve que o projecto foi “possível com o apoio da sua amiga e agente Suzanne Watkinson, que disponibilizou uma fracção do Edifício Tai Heng – na zona dos Lagos Sai Wan da península de Macau – para ser usado como estúdio, de onde o pintor avista uma grande parte da cidade e onde revelou ter-se inspirado para criar as suas obras mais recente”. Os quadros que vão estar patentes a partir desta tarde resultam da “experiência contínua de quase 33 anos com técnicas de pintura abstracta, a partir de materiais e suportes diversos”. Passar conhecimento Além da criação artística, Denis Murrell tem dedicado o seu tempo a ensinar alunos locais as técnicas que aplica nas suas obras, nomeadamente através do uso da tinta acrílica, pigmentos naturais à base de água, tinta da China e papel absorvente sobre tela. Denis Murrell nasceu nos arredores de Melbourne, Austrália, a 2 de Março de 1947. Durante 14 anos foi professor de Inglês na Papua Nova Guiné e depois na Austrália, antes de se mudar para Macau em Fevereiro de 1989. Por cá desenvolveu uma carreira artística reconhecida e premiada, que viria a culminar numa extensiva exposição sobre a sua obra, realizada em Novembro de 2012 no Museu de Arte de Macau, que reuniu muitos trabalhos que Denis Murrell doara ao longo dos anos àquela instituição. Entretanto, em paralelo com a exposição “The Tai Heng Paintings”, o pintor irá realizar uma visita guiada e comentada, onde falará do seu trabalho e responderá às questões dos visitantes no próximo sábado, 17h na Galeria da FRC, antes do encerramento da mostra.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Empréstimos cresceram 40% em Janeiro Os novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos de Macau cresceram 40,4 por cento em Janeiro deste ano, em comparação com o mês anterior, atingindo um total de 3,5 mil milhões de patacas. Dados revelados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM) indicam que entre os novos empréstimos para habitação no mês em análise, 99,3 por cento foram contraídos por residentes, segmento que cresceu 41,5 por cento para um total de 3,48 mil milhões de patacas. O segmento de não residentes contraiu 34,6 por cento para 24,5 milhões de patacas. Durante o período entre Novembro do ano passado e Janeiro de 2022, o número médio mensal de novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados atingiu 3,1 mil milhões de patacas, o que representou um aumento de 14,6 por cento em relação ao período entre Outubro e Dezembro de 2021. Em relação aos empréstimos em que foram dadas como garantia fracções autónomas em edifícios em construção, a AMCM indicou que os bancos aprovaram em Janeiro um total de 756,9 milhões de patacas em empréstimos, o que representou uma subida de 90,1 por cento em relação ao mês anterior. A subida é ainda maior na comparação com o período homólogo de 2021, quando este tipo de empréstimo para a habitação cresceu 134,6 por cento. O caso muda de figura no segmento de empréstimos comerciais para actividades imobiliárias, com a AMCM a dar conta de uma quebra de 70,6 por cento entre Janeiro e o mês anterior, para um total de 3,23 mil milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeComércio | Sector perdeu mil empregos no fim de 2021 O emprego no comércio por grosso e a retalho registou, no último trimestre do ano passado, uma quebra de 1,7 por cento face ao período homólogo. A informação foi revelada ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em comunicado. O comércio por grosso e a retalho empregava no final do ano passado 62.624 trabalhadores, o que significa que se perderam mais de 1.000 empregos face ao final de 2020, quando estavam empregadas cerca de 61.560 pessoas no sector. Apesar da redução de trabalhadores, a estatística indica que os salários cresceram 3,9 por cento face a Dezembro de 2020, para cerca de 13.980 patacas por mês. O sector mais afectado pela destruição de emprego foram as “actividades de segurança”. No final do ano passado, esta actividade empregava 13.028 funcionários, menos 3,6 por cento do que no final de 2020, quando o número de empregados era 12.559. No total, os dados da DSEC, permitem calcular que foram destruídos 469 postos de trabalho. No sentido contrário, os salários conheceram um crescimento de 2,2 por cento, para 13.580 patacas por mês. No pólo oposto, o número de empregados no sector das actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos teve um crescimento de 1,7 por cento para 956 trabalhadores. Porém, neste sector, houve os ordenados diminuíram 3,6 por cento. “Os trabalhadores a tempo inteiro tiveram uma remuneração média de 18.020 patacas em Dezembro de 2021, equivalendo a uma descida de 3,6 por cento, em termos anuais”, informou a DSEC.
Hoje Macau Grande BaíaAlta Tecnologia | Centro de Zhuhai sobe dois lugares nos ranking nacional Zona Nacional de Desenvolvimento Industrial de Alta Tecnologia de Zhuhai subiu ao 17.º lugar do ranking, entre as 157 avaliadas pelo Centro Nacional de Desenvolvimento da Indústria de Alta Tecnologia A Zona Nacional de Desenvolvimento Industrial de Alta Tecnologia de Zhuhai subiu ao 17.º lugar do ranking das das Zonas Nacionais Hi-Tech, de acordo com o ranking de 2021 do desenvolvimento tecnológico nacional. O ranking é elaborado pelo Centro de Desenvolvimento da Indústria de Alta Tecnologia da Tocha, um instituto estatal criado em 1988, com o objectivo de promover o desenvolvimento das tecnologias de ponta no Interior. A designação “tocha” está relacionado com o logótipo do instituto que remete para um tocha, que ilumina o caminho do desenvolvimento. A avaliação anual incidiu em 157 zonas nacionais de alta tecnologia em termos de capacidade de inovação, actividade empresarial, optimização estrutural, cadeias de valor industrial, desenvolvimento verde, abertura e inovação, bem como competitividade global. A zona de Zhuhai alcançou o 15.º lugar em termos da capacidade de inovação e actividade empreendedora; 20.º em optimização estrutural e cadeias de valor industrial; 27.º em desenvolvimento verde e abertura e inovação, e 15.º em qualidade global e inovação sustentável. Ainda no ano passado, e numa altura em que a contabilidade ainda não está totalmente fechada, prevê-se que as receitas operacionais na Zona de Alta Tecnologia de Zhuhai aumentem 8 por cento em relação ao ano anterior para 345 mil milhões de yuan, enquanto o PIB do seu parque principal em Tangjiawan deve aumentar 9,7 por cento para 30,62 mil milhões de yuan. Mais valor acrescentado As boas notícias, segundo os dados oficiais, estendem-se ao valor acrescentado, que subiu 20,9 por cento para 12,1 mil milhões de yuan, enquanto que o seu investimento em activos fixos subiu 10,5 por cento para 27,6 mil milhões de yuan. Além disso, o rácio da despesa local em I&D no PIB da zona deverá atingir 8 por cento. Em relação ao ano passado, a zona emitiu 4.016 patentes, um aumento de 15,5 por cento. Ao mesmo tempo, o número de patentes de invenção válidas cresceu 25,4 por cento para 3.671. A zona acolheu 103 empresas de alta tecnologia em 2021, aumentando o número total para 1.136, o que representa 55 por cento do total da Zhuhai. O número total de instituições provinciais de I&D cresceu para 17, com quatro recém-chegadas. Após serem conhecidos os resultados, as autoridades de Zhuhai destacaram os fundos especiais criados por empresas como a Huawei, JaFron Biomedical e o Instituto de Zhuhai de Tecnologia Avançada. Estes fundos serviram para a impulsionar o desenvolvimento local e resultaram em 200 milhões de yuan, só na primeira fase.
Hoje Macau Grande BaíaCovid-19 | Jiangmen arregimenta esforços para ajudar Hong Kong a lidar com surto Depois da mais recente vaga de covid-19 que afectou Hong Kong, a cidade de Jiangmen envolveu-se numa campanha para recolher material e donativos A cidade de Jiangmen mobilizou-se para promover várias acções de recolha de donativos de material de combate à covid-19. Depois do número de casos ter começado a subir em Hong Kong, em Fevereiro, a cidade do Interior mobilizou-se com organização da Frente Unida do Comité Municipal Local. No decorrer da campanha, que durou alguns dias, foram recolhidos comprimidos da marca Liahuan Qingwen, que as autoridades do Interior dizem minimizar os sintomas da covid-19, testes PCR, testes rápidos e máscaras. Também a empresa Jiangmen Yinxing Robot Co. fez o donativo de robots que servem para desinfectar o material individual e os quartos onde estiveram pessoas infectadas. Segundo os dados oficiais, até 19 de Fevereiro, a campanha levou à recolha de material avaliado em quase 4 milhões de yuan. “Num momento crítico para Hong Kong face ao avançar da epidemia, a Câmara do Comércio de Jiangmen e as empresas locais juntaram-se e tomaram acções concretas para ajudar Hong Kong”, pode ler-se num comunicado oficial. “Estamos ansiosos para ver Hong Kong alcançar uma vitória madrugadora sobre a pandemia e podermos assistir aos desbotar das flores da primavera”, foi acrescentado. Por sua vez, a Associação de Mulheres Empresárias de Xinhui também participou no esforço e conseguiu amealhar cerca de 380 mil yuan em material de resposta à pandemia. “Com este gesto estamos a dar o nosso pequeno compatriota para ajudar os compatriotas de Hong Kong a enfrentarem as dificuldades”, afirmou Yu Jiangying, representante da Associação de Mulheres Empresárias de Xinhui. “Esperamos que Hong Kong possa ultrapassar o novo surto tão depressa quanto possível, e que a vida das pessoas possa regressar à normalidade”, acrescentou. Ligações a Macau A campanha organizada pela Frente Unida do Comité Municipal de Zhuhai estendeu-se à RAEM, através das ligações à Associação de Jiangmen. Segundo Ian Soi Kun, presidente da associação local ligada à cidade, as pessoas de Jiangmen, Hong Kong e Macau fazem todas partes da mesma família e a situação na RAEHK “atingiu Macau e de Jiangmen no coração”. No apoio a Hong Kong através de Jiangmen, a associação com sede de Macau contou com o apoio da Associação da Amizade Ultramarina de Jiangmen-Wuyi. Esta última associação contou com a ajuda dos seus membros presentes em Hong Kong para compreender melhor as dificuldades, o material de protecção em falta e permitir direccionar os materiais recolhidos para o auxílio comum.
Hoje Macau Grande BaíaHuizhou | Valor de produção industrial superou um bilião de yuan em 2021 O Governo Municipal de Huizhou anunciou que a região ultrapassou a marca de um bilião de yuan no ano passado em termos de valor de produção industrial. Ao longo de 2022 serão realizados 193 projectos-chave ao nível da construção, num volume de investimentos de 606 mil milhões de yuan Depois de anunciarem um PIB anual de 500 mil milhões de yuan em 2021, as autoridades de Huizhou revelaram que, só em termos de valor de produção industrial, a região superou a marca de um bilião de yuan no ano passado, fazendo assim de Huizhou a quinta cidade de Guangdong a alcançar esse feito. A região está agora atrás Guangzhou, Shenzhen, Foshan e Dongguan. De acordo com um relatório citado pelo Governo Municipal de Huizhou, o total alcançado no ano passado, representa um aumento de 26 por cento (978,59 mil milhões de yuan) em relação a 2020. Segundo consta detalhado nas estatísticas do Departamento Industrial e Tecnológico de Huizhou, o investimento industrial na cidade foi de 98.305 mil milhões de yuan, representando um crescimento de mais de 50 por cento em relação ao ano anterior, colocando Huizhou no primeiro lugar nesta cifra, no Delta do Rio das Pérolas e no segundo lugar a nível provincial. “Estes impressionantes dados estatísticos são provas conclusivas de que Huizhou se tornou uma importante cidade de ligação dentro da área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, pode ler-se numa nota oficial do Governo local. Segundo as autoridades, Huizhou entrou numa fase em que a sua estrutura industrial é já “muito optimizada”, com pólos modernos, não só virados para a tecnologia de ponta, mas também para a petroquímica. Inclusivamente, a chamada “Zona Petroquímica da Baía de Daya” foi já reconhecida durante três anos consecutivos, como o parque petroquímico mais importante, entre os 30 maiores da China, tendo alcançado um valor de produção industrial de 185,89 mil milhões de yuan, um aumento de 38,3 por cento em termos anuais. No total, existem em Huizhou 26 empresas de escala nacional do ramo da petroquímica e 323 de escala provincial. Em termos tecnológicos, existem em Huizhou um total de 2.050 empresas dedicadas à alta tecnologia e 1.862 pequenas e médias empresas tecnológicas sediadas na cidade. Investir para crescer De acordo com o Governo local, sem nunca tirar a vista do desenvolvimento da região da Grande Baía, ao longo de 2022 serão realizados 193 projectos-chave ao nível da construção, num volume total de investimentos na ordem dos 606 mil milhões de yuan. Além disso, de frisar que mais de metade destes projectos (114) são destinados ao sector industrial. “É certo que, ao concentrar-se no desenvolvimento da sua economia real, aderir aos conceitos de desenvolvimento de projectos e clusters industriais, Huizhou acabará por se tornar num novo pólo de crescimento na margem oriental do Rio das Pérolas e numa região importante para o desenvolvimento de alta qualidade da região da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e uma cidade chinesa de primeira categoria e mais feliz”, sublinha o Governo Municipal de Huizhou.
Hoje Macau Grande BaíaZhaoqing | Aposta no turismo aproveita património natural e histórico No meio de uma estratégica política de industrialização, Zhaoqing também aposta no turismo. A cidade que fica no noroeste da província de Guangdong está rodeada por áreas de reserva natural e paisagens de cortar a respiração. Além disso, Zhaoqing concentra um património histórico riquíssimo, foi a primeira residência no Interior da China de Matteo Ricci A apenas 145 quilómetros de distância de Macau, onde o noroeste da província de Guangdong termina e começa Guangxi, fica Zhaoqing, uma das cidades menos prósperas financeiramente das nove da Grande Baía, mas rica em recursos naturais e história. O centro da cidade é dominado por uma das principais atracções. No fim da Praça Paifang fica o Lago da Estrela, rodeado pelos Sete Penhascos da Estrela, cenário digno de filme que ganhou o “apelido” de pequena Guilin e que é um chamariz de visitantes. Os Sete Penhascos da Estrela não são o único trunfo de eco-turismo da cidade, uma indústria prioritária em termos de acção governativa. A inclusão de Zhaoqing no âmbito da Grande Baía colocou a sua rica história e atracções naturais no centro das atenções, apesar de estar classificada como a mais pobre em termos económicos entre as outras cidades homólogas. Cerca de 70 por cento da sua área de cerca de 15.000 quilómetros quadrados são cobertos por florestas, lagos e rios, o que os torna um íman para milhões de visitantes anualmente. Para aproveitar os recursos naturais que tem em abundância, Zhaoqing fez do eco-turismo uma das cinco chamadas áreas prioritárias no âmbito do seu plano quinquenal de desenvolvimento que vai de 2016 a 2020. Porém, a sua riqueza cultural conta um pouco da história do sul da China. A cidade, que recebeu o seu nome actual durante a dinastia Song (960-1279), conta entre os seus mais ilustres residentes vultos da história chinesa, incluindo o lendário Juiz Bao e o padre jesuíta italiano Matteo Ricci. Não surpreendentemente, tornaram-se uns dos mais proeminentes argumentos para atrair turistas locais e estrangeiros. As receitas do turismo nacional e internacional cresceram 5,1 por cento em 2019 para 5 mil milhões de dólares, de acordo com dados oficiais. O Governo planeia construir mais hotéis e instalações turísticas nos próximos cinco anos para estimular a indústria, que representa na actualidade mais de 40 por cento da economia local. O objectivo das autoridades é receber 60 milhões de visitantes em 2025, contra 45,3 milhões antes da pandemia. Olhemos para os pontos turísticos de maior relevo de Zhaoqin, a começar pelos Sete Penhascos da Estrela, classificado como o principal destino da cidade pelo TripAdvisor. O complexo de cavernas calcárias ganhou o nome devido às semelhanças com as estrelas da constelação Ursa Maior. Reza a lenda que os pilares de pedra calcária representam estrelas que caíram do céu. Os sete penhascos devem a sua sobrevivência a dois militares de topo. O Marechal Ye Jianying, chefe da província de Guangdong em 1950, protegeu o património natural de empresários que tencionavam convertê-lo numa pedreira e local de mineração. Ye, que voltou a Zhaoqing várias vezes para visitar os penhascos várias, mesmo depois de ter sido transferido para Pequim, escreveu um poema para expressar o seu afecto pela área pitoresca, cuja beleza se diz ser rival do Lago Ocidental de Hangzhou, na província de Zhejiang, e de Guilin, na região autónoma de Guangxi. Tesouros do trópico Outro motivo para visitar Zhaoqing é a Montanha Dinghu e o seu lago, que se situa a cerca de 18 km a leste da cidade, uma das cadeias montanhosas mais apreciadas na província de Guangdong. Também conhecida como “a jóia verde do Trópico de Câncer”, Dinghu é cenário ideal para uns passeios na natureza, com uma flora vasta, quedas de água, pássaros e flores. Tem sido uma atracção turística muito popular desde os tempos antigos e é considerada um local sagrado para budistas. Uma visita completa ao local requer tipicamente entre cinco a seis horas. Porém, se as vistas e o ar puro da montanha se tornarem irresistíveis, é possível pernoitar perto, com um quarto de hotel a rondar 300 yuan por noite. A paisagem do Desfiladeiro Panlong é outro dos incontornáveis pontos de destaque do sector do turismo de Zhaoqing, localizado no noroeste do condado de Deqing. A área tem um longo desfiladeiro e mais de 100 quedas de água. A revista de turismo Chinese National Geography classificou o Desfiladeiro Panlong como “o lugar mais bonito da província de Guangdong” em 2005. Os visitantes podem fazer rafting ou desfrutar das fontes termais. Histórias da cidade Matteo Ricci, o jesuíta italiano que chegou a Macau no final do século XVI é uma figura de topo na introdução de cultura, ciência e religião ocidental na China e o primeiro estrangeiro a entrar na Cidade Proibida, em Pequim. Um ano depois de se fixar em Macau, Ricci escolhe Zhaoqing para estabelecer residência no Interior e por viveu durante seis anos, até ser expulso da cidade. Por lá estudou chinês e desenhou o primeiro mapa do mundo em chinês. Uma das obras que deixou na cidade foi Xianhuasi, que significa “templo flor de fada”, a primeira igreja católica na China. A estrutura foi, no entanto, destruída ao longo dos anos, com apenas uma placa no local para identificar o seu significado histórico. O legado de Matteo Ricci pode ser revisitado em museus e igrejas de Zhaoqing. Um dos vestígios arquitectónicos do passado de que os habitantes da cidade mais se orgulham é a Antiga Muralha e a Torre de Liqiaolou. Com 2.800 metros de comprimento, a Antiga Muralha foi construída na dinastia Song em 1113, e é, de longe, o monumento mais antigo da cidade. O imperador Huizong renomeou a cidade de Duanzhou para Zhaoqing em 1118, que significa “o início de bons auspícios” em chinês. Para simbolizar a nova era, o imperador também mandou construir a Torre de Liqiaolou como entrada da cidade. Outro nome indissociável do legado histórico da cidade é o Juiz Bao (999-1062), outro residente honorário de Zhaoqing. Em sua honra foi construído o Templo Bao Gong, um magistrado que se tornou uma lenda pela coragem em julgar ricos e poderosos e por ser um lutador contra a corrupção e os escândalos em chefias. Os seus 25 anos de serviço civil durante a dinastia Song incluíram três anos em Zhaoqing, e a sua extrema honestidade e rectidão como líder político e juiz foi imortalizada em muitos livros, documentários, séries de televisão e filmes. Foi construído um templo em sua honra em tempos ancestrais, mas a estrutura acabou por sucumbir. Em 2000, o Governo local construiu um novo templo com um museu. Para honrar a memória do juiz, todos os anos é celebrado, no mês de Fevereiro, o Festival de Bao Gong, um evento com uma larga variedade de espectáculos, incluindo danças do leão e apresentações de Kung Fu.
Hoje Macau Grande BaíaInvestimento | Planos para obras de 42 mil milhões de yuan Melhorias nas zonas costeiras, construção de escolas e ainda conclusão de centros de tecnologias com algumas das principais empresas chinesa. Dongguan aposta em força no ano de 2022 A cidade de Dongguan apresentou o Plano da Grandes Obras de 2022, que prevê um investimento de 42 mil milhões de yuan a ser realizado ao longo de vários anos. A principal aposta, de acordo com as informações oficiais, é a Nova Zona da Baía de Binhaiwan, que se espera que se torne num pólo mundial industrial e de tecnologia de ponta. Na área prevê que ser o futuro do desenvolvimento de Dongguan ficam 19 dos projectos apresentados, que implicam um investimento de 3,84 mil milhões de yuan. Entre estes, há a expectativa que em 11 projectos as obras fiquem concluídas no decorrer do ano e que possam começar a servir a população tão depressa quanto possível. Entre os onze projectos constam três que visam as zonas costeiras, como o plano de melhoria da zona abrangente de Sachong, junto ao rio Huangchong, a renovação do passeio costeiro entre Longchong e Miaochong e ainda a melhoria da paisagem de Miaochong e das zonas circundantes. Ao nível da intervenção nas vias de Dongguan vai haver obras na Avenida Dongwan, na Secção da Baía de Jiaochai, na Ponte da Baía de Binhai, a extensão para Sul da Avenida Humen, melhorias na Rotunda Interior (Secção Oeste), na Avenida Binhaiwan, entre outras. Educação e Tecnologia Às obras de renovação junta-se uma grande aposta na educação. Ao longo deste ano, as autoridades apostam no início das obras de construção da Escola de Línguas Estrangeiras, o que implica um orçamento total de 930 milhões yuan. As obras para o que se espera que seja uma escola com qualidade internacional começam em Junho deste ano, mas a entrada em funcionamento só deve acontecer no espaço de dois anos, em Setembro de 2024. Ainda no sector da educação, vai começar a construção da primeira fase do campus da Universidade da Grande Baía, que vai ser erigido na Ilha de Weiyuan. A construção da instituição foi divulgada como uma entidade ao nível da Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, e tem um custo de 1,67 mil milhões de yuan e uma área total de 169 mil metros quadrados. A obra inclui edifícios de ensino, laboratórios, edifícios administrativos, dormitórios, e edifícios de investigação. Ao nível da Tecnologia há igualmente várias obras a serem concluídas no que se espera que seja um investimento de 2,38 mil milhões de yuan. As obras envolvem o Centro de Fabrico Inteligente da OPPO, Sede do Terminal Vivo Smart, a primeira fase do Centro de Tecnologia Little Genius Smart, o Projecto da Indústria Fotoeléctrica da Ovation, e ainda outros cinco projectos em construção no Parque Científico de Zhengzhong.
Hoje Macau Grande BaíaCardiologia | Hospital em Zhongshan estuda efeitos de tratamento com açafrão Médicos do Hospital de Zhongshan vão começar estudos para estudar como a crocina, um extracto de açafrão, pode ajudar no tratamento da miocardite, uma doença cardíaca auto-imune. O objectivo é exportar para a Grande Baía no futuro Especialistas médicos do Hospital Zhongshan anunciaram que vão colaborar com uma empresa farmacêutica para iniciar ensaios clínicos sobre os efeitos da crocina, um extracto de açafrão, na miocardite, uma doença cardíaca auto-imune. A informação foi avançada pelo Shine, portal noticioso do Interior. Segundo a informação do portal, uma equipa de cardio-oncologia do hospital descobriu que a crocina, que é utilizada para melhorar o fornecimento de oxigénio aos doentes com miocardite, também funciona na miocardite auto-imune causada pela terapia de tratamento do cancro. “A miocardite auto-imune é uma doença de risco”, afirmou ao portal Shine o médio Ge Junbo, um dos principais cardiologistas de Zhongshan. A taxa de mortalidade dos doentes em estado grave é de 50 por cento. “Muitos doentes com cancro enfrentam o dilema do impacto da terapia de tratamento oncológico no seu coração”, explicou Ge. “Muitos doentes com cancro não são mortos pelo cancro, mas sim pelo seu coração”, justificou. Nos últimos anos, Zhongshan tem virado as atenções para os problemas cardíacos e foi aberta uma nova unidade de cardiologia para pacientes que sofrem de problemas cardíacos como resultado do tratamento oncológico. O objectivo de uma eventual investigação bem-sucedida poderá também distribuir um medicamento e tratamento e contribuir para a Grande Baía. Equilíbrio nos tratamentos Nesta unidade, os médicos tentam procurar um equilíbrio entre o tratamento do cancro, reduzindo e controlando ao mesmo tempo os efeitos cardiovasculares adversos. O Hospital Zhongshan abriu a primeira clínica cardio-oncológica multidisciplinar na China Oriental em 2018 e lançou a primeira clínica externa especial de cardio-oncologia no ano passado para servir pacientes com cancro e doenças cardiovasculares. Para aumentar a sensibilização do público para a cardio-oncologia e a protecção do coração durante o tratamento do cancro, a equipa de Ge publicou livros, mini-movies científicos e palestras para educar os pacientes e as suas famílias através de uma linguagem simples e das próprias histórias dos pacientes. O Departamento de Cardiologia do Hospital de Zhongshan faz investigação em parceria com Universidade de Fudan e é um dos mais activos a nível da pesquisa académica. O primeiro departamento deste hospital foi estabelecido em 1948 pelo legendário professor e cardiologista Tao Shouqi.
Hoje Macau Grande BaíaTecnologia | Guangzhou e Israel estabelecem cooperação A Conferência Anual de Investimento de Guangzhou serviu de mote para uma discussão entre Guangzhou e Israel com o objectivo de aprofundar a cooperação em matérias de alta tecnologia. As sessões, transmitidas em paralelo em Tel Aviv e na capital de Guangdong, contaram com a participação de representantes de empresas de biomedicina e alta tecnologia A 8ª Conferência Anual de Investimento de Guangzhou e o 1º Global Unicorn CEO Forum deram início à sua primeira sessão paralela em Tel Aviv, Israel, no final de Fevereiro. Representantes de topo de empresas de alta tecnologia e biomedicina, peritos, académicos e membros de governos participaram na sessão inaugural e partilharam pontos de sobre as melhores formas como impulsar a cooperação de alta tecnologia entre Guangzhou e Israel. O governo da capital da província de Guangdong destaca a Conferência Anual de Investimento de Guangzhou como “uma importante plataforma para mostrar as conquistas da cidade em termos de abertura e cooperação internacional”. O evento é organizado consecutivamente há 7 anos. Este ano, as sessões presenciais decorrem nos dias 29 e 30 de Março e a lista de participação inclui de cerca de 2.000 líderes empresariais, empreendedores e peritos de 38 países e regiões distribuídos por fóruns online e presenciais. À margem da conferência, realiza-se pela primeira vez o Global Unicorn CEO Forum. Apesar da conferência propriamente dita apenas arrancar no final do mês, o evento já mexe com várias iniciativas a decorrer, incluindo 9 sessões paralelas um pouco por todo o mundo, desde o fim de Fevereiro até ao arranque o evento, nomeadamente Silicon Valley, Tóquio, Macau, Singapura, Tel Aviv, Sminsk, Tashkent, Berlim e Heidelberg. Ligação ao Mediterrâneo Durante a sessão de Israel, empresários e académicos elogiaram as oportunidades de mercado proporcionadas pela cadeia industrial de Guangzhou, panorama ideal para o aprofundamento da cooperação que faça uso das capacidades de Guangzhou e dos recursos inovadores e tecnologias de ponta das empresas israelitas. O antigo ministro da Indústria, Comércio e Trabalho de Israel, Yehoshua Jacob Gleitman, enalteceu o nível de entendimento atingindo em termos de colaboração ao nível de formação, tecnologia, capital e serviços. Mais concretamente, o governante israelita destacou a criação de uma incubadora e um fundo de investimento para a indústria da biologia. Estas estruturas estão em operação na Guangzhou International Bio Island. De acordo com o director do Gabinete de Comércio Municipal de Guangzhou, o valor total das importações e exportações de Guangzhou e de Israel em 2021 foi de 752 milhões de dólares americanos, um aumento de 55,08 por cento em relação ao ano passado. Ao longo do ano passado, estabeleceram-se em Guangzhou 13 novas empresas de investimento israelitas em Guangzhou e desde Janeiro de 2022, Israel investiu em 74 empresas da cidade chinesa.
Hoje Macau SociedadePré-escolar de matriz portuguesa em Macau é visto como oportunidade por famílias chinesas A coordenadora de um jardim de infância de matriz portuguesa em Macau considera que a grande maioria das famílias chineses optam por este modo porque olham para o português como uma vantagem futura. Bárbara Maria Carmo, coordenadora do Jardim de Infância Costa Nunes, explicou à Lusa que a instituição tem cerca de dois terços de crianças chinesas no pré-escolar, porque “o conhecimento do português pode ser um valor acrescentado no futuro” “A maioria dos pais não nativos de língua portuguesa procura na nossa escola uma educação baseada numa aprendizagem mais lúdica, numa perspetiva mais criativa e com maior liberdade de expressão”, acrescentou. Para Bárbara Carmo, há muitos desafios no ensino de estudantes não nativos de língua portuguesa, mas o maior deles é a barreira linguística. “Temos muitas famílias que não falam português ou inglês, pelo que por vezes pode ser muito desafiante e temos de usar muitos recursos para nos fazer compreender”, indicou. A responsável do Costa Nunes, com 287 alunos de várias nacionalidades, notou que “as diferenças culturais também podem ser um desafio, mas a fusão de duas culturas é muito enriquecedora”. Em contraste, na Escola Primária Luso-Chinesa da Flora, apenas perto de 10% dos alunos portugueses estão inscritos nas secções bilingue e chinesa, contra mais de 90% dos alunos portugueses estão inscritos na secção portuguesa, de acordo com uma resposta escrita do estabelecimento de ensino enviada à Lusa. A escola tem 80 alunos de nacionalidade portuguesa. A Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) referiu à Lusa que para os falantes nativos de português, o estudo da língua chinesa é mais difícil ao nível da escrita e da leitura. “Ao longo dos anos, alunos de diferentes línguas maternas têm sido matriculados em escolas do setor público. A experiência mostra que os estudantes cuja língua materna não é o chinês têm mais dificuldade em aprender chinês na leitura e na escrita do que em ouvir e falar”, indicou fonte da DSEDJ. Bárbara Carmo explicou que as diferenças na cultura e nos sons das línguas são tantas que a adaptação leva muito tempo. “É muito comum que as crianças passem uma fase de silêncio e apenas alguns meses depois comecem a dizer algumas palavras em português”, sublinhou. “Podemos ver uma melhoria diariamente, porque podemos observar que as crianças compreendem as frases de comando sem necessidade de as repetir em inglês. Dia após dia, podemos ver que as crianças estão mais à vontade com a língua portuguesa e é aí que o processo começa”, acrescentou. A DSEDJ lembrou que a educação linguística não é uma tarefa imediata e requer um longo período de tempo para construir os alicerces da língua. Na mesma nota, a Escola Primária Luso-Chinesa da Flora salientou que “o interesse dos estudantes na aprendizagem, a motivação, o ambiente linguístico e o apoio familiar afetam os resultados de aprendizagem”. Além do currículo formal, a Escola Primária Luso-Chinesa da Flora também cria “um ambiente de aprendizagem de línguas e oferece uma vasta gama de atividades para ajudar os alunos a compreender a cultura chinesa, aumentar o interesse em aprender chinês e desenvolver a língua chinesa básica”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China confina 17 milhões de habitantes da cidade de Shenzhen Os 17 milhões de habitantes da cidade chinesa de Shenzhen foram colocados em confinamento após a notificação de 66 novos casos de covid-19, anunciaram ontem as autoridades locais. Aos habitantes desta cidade, que abriga as gigantes tecnológicas Huawei e Tencent, as autoridades ordenaram que permaneçam em casa para controlar um surto da variante Ómicron que, nos últimos dias, já levou ao encerramento de lojas não essenciais e restaurantes. Embora seja baixo o número de casos de covid-19 comparado com o de outros países, a China enfrenta o pior surto da doença em dois anos, no nordeste do país, que hoje aumentou as infeções para o triplo, levando as autoridades chinesas a suspender o transporte de autocarro para Xangai. A China, onde os primeiros casos de coronavírus foram detetados no final de 2019 na cidade central de Wuhan, registou um total de 4.636 mortes desde o início da pandemia, de 115.466 infeções confirmados.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Índia anuncia transferência da sua embaixada da Ucrânia para a Polónia A Índia anunciou ontem que vai transferir temporariamente a sua embaixada na Ucrânia para a Polónia devido à “rápida deterioração da situação” naquele país, na sequência da invasão militar russa. “Devido à rápida deterioração da situação de segurança na Ucrânia, incluindo ataques nas partes ocidentais do país, foi decidido que a embaixada indiana na Ucrânia se mudará temporariamente, para a Polónia”, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, em comunicado de imprensa, citado pela agência Efe. A decisão da Índia acontece horas depois de o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, participar numa reunião com vários dos seus ministros para examinar o nível de segurança na Índia, em relação à escalada do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, e um dia depois o Paquistão exigir mais explicações à Índia sobre o lançamento acidental de um míssil desarmado contra o território paquistanês. Conforme relatado pelo executivo indiano, o encontro permitiu ao primeiro-ministro indiano conhecer os últimos acontecimentos na Ucrânia, bem como mais sobre a ‘Operação Ganges’, na qual a Índia retirou cerca de 18 mil dos seus cidadãos presos na Ucrânia após a início das hostilidades. A “Operação Ganges”, que levou à retirada de nacionais em dezenas de aviões, bem como à cooperação de outros países vizinhos da Ucrânia, começou em 26 de fevereiro, dois dias após o início da guerra. Perante o avanço das tropas russas em direção à capital ucraniana, Kiev, a maioria dos países fechou as suas embaixadas ou transferiu-as temporariamente para outras cidades. A Índia tem mantido uma posição de neutralidade desde o início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia, abstendo-se de condenar a invasão perante a Assembleia da ONU. A Índia, que tem a Rússia como seu principal fornecedor de equipamentos bélicos, optou sempre por resolver as hostilidades pelo diálogo, como transmitiu Modi aos Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodímir Zelenski, em duas reunião que aconteceram esta semana.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Conselheiro da Casa Branca vai reunir-se com responsável chinês O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca foi enviado a Roma para conversações na segunda-feira com um responsável chinês, quando aumentam as preocupações com a posição de Pequim em relação à ofensiva da Rússia na Ucrânia. As conversações entre o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan e o conselheiro sénior de política externa chinesa Yang Jiechi estarão centradas “nos esforços para gerir a competição entre os dois países e discutir o impacto da guerra que a Rússia trava na Ucrânia na segurança global e regional”, disse Emily Horne, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional. A Casa Branca acusou Pequim de difundir falsas informações russas sobre alegadas instalações ucranianas de armas químicas e biológicas que seriam apoiadas pelos Estados Unidos. As autoridades norte-americanas alegam que a China tenta dar cobertura a um potencial ataque russo com armas químicas e biológicas na Ucrânia. Sullivan disse hoje no programa “Meet the Press” da NBC que quando a Rússia começa a acusar outros países de se prepararem para lançar ataques biológicos ou químicos, “é um sinal de que ela própria pode estar prestes a fazer isso”. O conselheiro da Casa Branca disse também que a China e outros países não devem ajudar Moscovo a contornar as sanções que lhe foram impostas pelos países ocidentais na sequência da invasão russa da Ucrânia. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, classificou na quarta-feira as alegações russas como “absurdas” e observou que funcionários do Governo chinês também ecoaram as “teorias da conspiração” da Rússia. “Agora que a Rússia fez essas falsas alegações, e a China aparentemente defendeu essa propaganda, todos nós devemos estar atentos a que Rússia possivelmente use armas químicas ou biológicas na Ucrânia ou crie uma operação de bandeira falsa para utilizá-las. É um padrão claro”, sustentou. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.