Hoje Macau China / ÁsiaChina proíbe diplomatas do Canadá de assistir a julgamento de magnata sino-canadiano As autoridades chinesas recusaram o acesso de diplomatas do Canadá ao julgamento do magnata sino–canadiano Xiao Jianhua, que desapareceu de Hong Kong há cinco anos, disse hoje o Governo de Otava. Xiao, fundador do Tomorrow Group, desapareceu de um hotel de Hong Kong em janeiro de 2017, numa altura em que o órgão de disciplina do Partido Comunista Chinês lançou vários processos contra quadros do Partido e empresários chineses, acusados de suborno e outras más condutas. As autoridades chinesas nunca confirmaram se Xiao foi detido ou divulgaram as acusações. O Governo do Canadá disse na segunda-feira que Xiao estava a ser julgado, mas não deu nenhuma indicação sobre o local ou as acusações. “O Canadá fez vários pedidos para comparecer ao processo de julgamento. A nossa presença foi negada pelas autoridades chinesas”, disse, em comunicado, o Governo canadiano. O desaparecimento de Xiao ocorreu também numa altura em que as autoridades chinesas intensificaram a pressão sobre suspeitos de corrupção radicados no exterior, para que voltassem ao país e fossem julgados. Isto alimentou temores de que Pequim pudesse sequestrar pessoas no exterior. A polícia chinesa estava então proibida de operar em Hong Kong, que tem um sistema legal separado do da China continental. O Governo central reforçou, entretanto, o controlo sobre Hong Kong, suscitando reclamações de que está a violar a autonomia prometida aquando da transferência da soberania do território para a China, em 1997. Em 2015, cinco pessoas ligadas a uma editora de Hong Kong que vendia livros críticos de líderes chineses desapareceram do território e reapareceram no continente. Antes do seu desaparecimento, Xiao tinha uma fortuna estimada em seis mil milhões de dólares, de acordo com o Relatório Hurun, que elabora uma lista dos mais ricos da China. Um funcionário do regulador de valores mobiliários da China disse, em fevereiro de 2017, que os chineses no exterior acusados de corrupção seriam “capturados e devolvidos” às autoridades do país.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliárias chinesas oferecem descontos em troca de melancias ou alho Imobiliárias chinesas estão a aceitar melancias, trigo ou alho, em troca de descontos para compradores, informou hoje um jornal de Hong Kong, face à contração no mercado e ao limite imposto pelas autoridades na redução dos preços. Segundo o jornal South China Morning Post, a Nanjing Seazen Holdings, empresa de construção do leste da China, oferece um desconto de 100 mil yuans em troca de cinco mil quilos de melancias. Isto significa que a construtora está a pagar cinco vezes mais pelo quilo de melancia do que o preço atual no mercado de vendas por grosso. Na cidade de Wuxi, também no leste da China, outra construtora está a aceitar pêssegos em troca de descontos até 188.888 yuans. Na província central de Henan, uma imobiliária baixou os preços em até 160 mil yuans em troca de trigo ou alho. A empresa acumulou 430 mil quilos de alho com a venda de 30 apartamentos, de acordo com o jornal. Como os governos locais puseram um limite no corte dos preços dos imóveis, visando evitar o colapso do mercado e uma crise no sistema bancário, as construtoras têm que encontrar formas criativas de fazer descontos, explicou Zhang Dawei, analista da agência imobiliária Centaline, citado pelo SCMP. O setor foi um dos mais importantes motores de crescimento da economia chinesa nas últimas décadas. No ano passado, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um teto de 70% na relação entre passivo e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, que foi agravada pelas medidas de combate à covid-19. Várias construtoras chinesas entraram em incumprimento, nos últimos meses, suscitando a desconfiança dos potenciais compradores, o que se traduziu nas primeiras quedas homólogas dos preços da habitação nova no país em vários anos. “Em algumas cidades, se a redução dos preços não for bastante significativa, não vai haver compradores. Em algumas áreas, as vendas não são satisfatórias, então os compradores estão com pouca liquidez”, disse Andy Lee, CEO da Centaline. De acordo com o SCMP, entre janeiro e maio, as vendas conjuntas das cem maiores imobiliárias do país registaram uma queda homóloga de 50%. No entanto, as autoridades de dezenas de cidades colocaram um “piso” nos preços dos imóveis, limitando os descontos que as construtoras podem fazer, para evitar uma “perturbação da ordem normal” do mercado imobiliário e do setor, cujo peso no PIB (Produto Interno Bruto) do país ronda os 30%, segundo alguns analistas. O Presidente chinês, Xi Jinping, insistiu em várias ocasiões que as casas “devem servir para habitação e não especulação”, mas a crise no imobiliário tem fortes implicações para a classe média e para a economia do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o setor imobiliário concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas – cerca de 70%, segundo diferentes estimativas. Em entrevista à agência Lusa, Michael Pettis, professor de teoria financeira na Faculdade de Gestão Guanghua, da Universidade de Pequim, vê na contração do setor imobiliário um sinal de que a China se está a afastar do modelo de crescimento assente no investimento em ativos não produtivos. “Há muito crescimento fictício na China”, notou Pettis. “O excesso de investimento em todo o tipo de projetos de construção inflaciona o crescimento da economia chinesa há vários anos”, descreveu.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong tem “dever constitucional” de promulgar nova lei de segurança, diz Chefe do Executivo O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, disse hoje que a região tem o “dever constitucional” de atualizar a legislação para acompanhar a lei de segurança nacional, imposta por Pequim em 2020 na sequência dos protestos pró-democracia. Na primeira conferência de imprensa como Chefe do Executivo da região administrativa especial, depois de tomar posse em 01 de julho, Lee disse que a situação e os níveis de segurança da região vão ser avaliados antes da nova legislação ser promulgada. “Estamos muito confiantes que conseguiremos fazê-lo bem”, afirmou. Ainda durante a conferência de imprensa de hoje, John Lee revelou que vai trabalhar para aliviar as restrições impostas aos viajantes na sequência da situação pandémica. No caso de Hong Kong, a maioria dos viajantes é obrigada a cumprir um período de observação médica de sete dias num hotel designado pelas autoridades. Aos jornalistas, Lee disse que Hong Kong é uma “cidade internacional” e que entende a importância de que permaneça aberta ao mundo. “Mas também é importante que, ao mesmo tempo, abordemos os riscos, para que possamos manter um bom equilíbrio”, referiu, acrescentando que, neste momento, o secretário para a Saúde se encontra a avaliar a situação para determinar quais as condições para aliviar as quarentenas. Os casos de covid-19 têm aumentado em Hong Kong, com mais de mil infeções por dia desde meados de junho, em comparação com pouco mais de cem no início de maio. A cidade registou na segunda-feira 1.841 novos casos. John Lee, antigo chefe de segurança da cidade, foi eleito no início de maio por uma comissão eleitoral de 1.463 membros, ao abrigo do novo sistema eleitoral, promovido pelo Governo central em 2021 para garantir que a região é governada exclusivamente por patriotas, leais ao regime chinês.
Hoje Macau PolíticaImprensa | Deputados querem população a cumprir expectativas de Xi Jinping Após o encontro de Xi Jinping com Ho Iat Seng, vários políticos do campo pró-Pequim vieram a público apelar à população para cumprir as expectativas do Presidente chinês. As opiniões foram partilhadas através dos meios de comunicação em língua chinesa. Ao jornal Ou Mun, Ma Iao Lai, representante de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN), prometeu coordenar os seus esforços com o Governo local, de forma a impulsionar a recuperação económica. Porém, o membro do clã Ma, um dos mais influentes em Macau, com vários negócios com o Governo, prometeu ainda contribuir para a diversificação da economia local. Por sua vez, José Chui Sai Peng, empresário, deputado e membro da família Chui, apelou aos jovens para apostarem na formação no sector da alta tecnologia. Segundo Chui, com estas qualificações, os jovens podem mudar-se para Hengqin, a Zona de Cooperação com a RAEM, onde podem participar no polo industrial Cantão-Shenzhen-Hong Kong-Macau. Para Si Ka Lon, deputado e representante da comunidade de Fujian, está na altura de parte dos jovens se focar no Interior, aproveitar as oportunidades da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau e integrar plenamente o desenvolvimento nacional. Segundo Si, o contexto actual permite que a RAEM tenha muitas oportunidades criadas pelas políticas do Interior. O deputado e banqueiro Ip Sio Kai destacou que o mais importante é que nos próximos tempos a população “aprenda o espírito do discurso” de Xi Jinping, e perceba que o princípio Um País, Dois Sistemas é a maior vantagem de Macau. No mesmo sentido, o deputado Cheung Kin Chung apelou à população para manter e promover “a tradição gloriosa” do amor à pátria e a Macau.
Hoje Macau SociedadeBancos | Funcionamento limitado leva a aglomeração de pessoas O funcionamento limitado dos bancos até sexta-feira, com algumas agências abertas entre as 10h e as 16h, devido à situação pandémica, levou ontem à formação de filas e aglomeração de pessoas, noticiou a TDM. Segundo um comunicado, a ideia é manter “o funcionamento limitado [da banca], de modo a prestar serviços financeiros necessários ao público”, sempre em coordenação entre a Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM), a Associação de Bancos de Macau e a Associação das Seguradoras de Macau. As seguradoras e sociedades gestoras de fundos de pensões vão manter os serviços básicos ao público, com atendimentos à distância ou por turnos. Além disso, a apresentação de novo pedido e a renovação de licença de mediadores de seguros, bem como a comunicação respeitante ao programa de desenvolvimento profissional contínuo para os mediadores de seguros continuarão a ser suspensas.
Hoje Macau SociedadeSAFP | Serviços públicos e consulado com serviços limitados A Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) anunciou que até sexta-feira, 8 de Julho, “os serviços públicos irão assegurar a prestação de serviços limitados ao público”. Para evitar a aglomeração de pessoas, o Governo sublinha a necessidade de fazer “marcação prévia online ou por telefone para o pedido de serviços”. O ofício-circular que estabeleceu o retorno do funcionamento dos serviços públicos, a meio gás, indica que os dirigentes devem ter em consideração “o estado físico dos trabalhadores (por exemplo, as grávidas) ou as necessidades dos que precisam de cuidar dos idosos familiares ou filhos menores, para fazer uma programação adequada do trabalho. Além disso, devem evitar a comparência ao serviço dos trabalhadores com código de saúde de cor amarelo”. Também o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong permanecerá encerrado para o público em geral, mantendo um serviço de piquete para tratamento de assuntos urgentes. Para tal, os cidadãos devem fazer os seus pedidos através do e-mail macau@mne.pt, número telefone 28356660 ou através de mensagem via Facebook.
Hoje Macau China / ÁsiaConstrutora chinesa Shimao falha pagamento de título no valor de mil milhões de dólares A construtora chinesa Shimao anunciou hoje que falhou o pagamento de um título, no valor equivalente a mil milhões de dólares, e de outras obrigações emitidas no exterior. Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a empresa informou que falhou o pagamento de quase 1.204 milhões de dólares, incluindo juros, sobre um título emitido na Bolsa de Valores de Singapura, com juro fixo anual de 4,75%. A Shimao assegurou que, até agora, não recebeu qualquer reclamação, e prometeu “esforçar-se para continuar a colaborar ativamente” com os credores, visando alcançar uma solução que satisfaça ambas as partes. No mesmo comunicado, a construtora indicou que “não cumpriu os principais pagamentos de algumas outras dívidas emitidas ‘offshore’” para além da obrigação referida, embora não dê detalhes. A empresa afirmou que está a negociar uma “resolução amigável” com os credores. Entre janeiro e maio, as vendas da imobiliária caíram 72%, em termos homólogos, para 34,26 mil milhões de yuans, um declínio que a empresa atribuiu a “mudanças significativas no ambiente macro para o setor imobiliário na China, a partir do segundo semestre de 2021, e ao impacto de [surtos de] covid-19”. Isto obrigou a empresa a vender ativos, para “melhorar” a liquidez do grupo, ou a renegociar as condições de algumas das suas linhas de financiamento, o que não impediu que a sua posição fosse comprometida “por incertezas do mercado, face ao refinanciamento de dívida, e a condições operacionais e de financiamento complicadas”. No ano passado, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um teto de 70% na relação entre passivo e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, que foi agravada pelas medidas de combate à covid-19. Em maio passado, a Sunac tornou-se a mais recente construtora chinesa a entrar em incumprimento. O caso mais emblemático envolve a Evergrande Group, cujo passivo ascende ao equivalente a 300 mil milhões de dólares. No mês passado, a agência de notação financeira S&P baixou também a classificação da dívida do grupo Greenland, que tem o município de Xangai como acionista, devido aos crescentes “riscos” de incumprimento. A Greenland é um dos maiores grupos imobiliários da China, com forte presença internacional, particularmente nos Estados Unidos. De acordo com a agência de notícias Bloomberg, o grupo solicitou recentemente o adiamento por um ano do pagamento de 488 milhões de dólares em juros de títulos de dívida.
Hoje Macau China / ÁsiaChina julga magnata Xiao Jianhua que desapareceu em Hong Kong em 2017 O magnata sino–canadiano Xiao Jianhua foi hoje a julgamento na China, disse o governo do Canadá, cinco anos após ter desaparecido em Hong Kong, como parte da campanha anticorrupção lançada por Pequim. O comunicado emitido por Otava informou que diplomatas canadianos estão a “acompanhar de perto este caso” e a prestar serviços não especificados à família de Xiao. A mesma nota apontou que nenhuma outra informação vai ser divulgada, devido a considerações com a privacidade dos envolvidos. Xiao, fundador do Tomorrow Group, desapareceu de um hotel de Hong Kong em janeiro de 2017, numa altura em que o órgão de disciplina do Partido Comunista Chinês lançou vários processos contra quadros do Partido e empresários chineses, acusados de suborno e outras más condutas. As autoridades nunca confirmaram se Xiao foi detido ou divulgaram as acusações. O desaparecimento de Xiao ocorreu também numa altura em que as autoridades chinesas intensificaram a pressão sobre suspeitos de corrupção radicados no exterior, para que voltassem ao país e fossem julgados. Isto alimentou temores de que Pequim pudesse sequestrar pessoas no exterior. Antes do seu desaparecimento, Xiao tinha uma fortuna estimada em seis mil milhões de dólares, de acordo com o Relatório Hurun, que elabora uma lista dos mais ricos da China. Um funcionário do regulador de valores mobiliários da China disse em fevereiro de 2017 que os chineses no exterior acusados de corrupção seriam “capturados e devolvidos” às autoridades do país.
Hoje Macau China / ÁsiaGrupo chinês Fosun acelera venda de ativos para reforçar liquidez O grupo Fosun, que detém várias empresas em Portugal, desfez-se do equivalente a dois mil milhões de euros em ativos este ano, visando reforçar a liquidez, numa altura em que enfrenta pressão no mercado obrigacionista. As vendas comunicadas à bolsa de valores de Hong Kong, onde o grupo está cotado, são o culminar de uma década de expansão agressiva além-fronteiras, que incluiu a compra, em Portugal, da seguradora Fidelidade, uma participação de quase 30% no banco Millennium BCP ou mais de 5% da REN – Redes Energéticas Nacionais, através da Fidelidade. O conglomerado soma agora uma dívida de 40 mil milhões de dólares, mas a emissão de títulos tornou-se mais cara, após várias empresas chinesas terem entrado em incumprimento, incluindo a Evergrande, a segunda maior construtora da China. No mês passado, a agência de notação financeira Moody’s colocou o ‘rating’ da Fosun, atualmente com a nota de crédito Ba3, em revisão, para possível baixa. Em comunicado, a vice-presidente da Moody’s Lina Choi disse que decisão reflete a “preocupação” da agência, de que a “crescente aversão” ao risco, entre os investidores no mercado de dívida, pressione a liquidez já de si “escassa” da Fosun, numa altura em que se aproxima a data de vencimento de obrigações emitidas nos mercados chinês e internacional. Na mesma nota, a Moody’s apontou o risco de “contágio” e a “pressão adicional sobre a liquidez” das empresas e subsidiárias do conglomerado. Questionada pela agência Lusa, a Fosun disse que, enquanto empresa cotada em bolsa, não pode comentar sobre uma possível venda de ativos detidos em Portugal, mas garante que está numa “posição sólida e saudável”, apontando uma relação dívida/capital de 54% e 96,78 mil milhões de yuans de dinheiro em caixa, entre saldos bancários e depósitos a prazo. “A [Fosun] e as suas subsidiárias estabeleceram parcerias com mais de 100 bancos chineses e estrangeiros em todo o mundo e assinaram acordos de cooperação estratégica com vários bancos internacionais e vários bancos chineses”, apontou. O grupo também anunciou em junho planos para a recompra de dois títulos emitidos no mercado internacional, com vencimento este ano, no valor conjunto de cerca de 800 milhões de dólares. Para a Moody’s, no entanto, a Fosun tem um perfil financeiro “fraco”. “A receita recorrente da empresa, principalmente dividendos de investimentos subjacentes, é inadequada para cobrir os juros e despesas operacionais”, apontaram os analistas da agência. A venda de ativos pela empresa este ano ultrapassou já os dois mil milhões de dólares, em comparação com 85 milhões de dólares (81,5 milhões de euros), em 2021, segundo dados da Dealogic, fornecedora global de conteúdo e análise para o setor financeiro. Em março, o conglomerado chegou a acordo para vender a sua divisão de moda, Lanvin Group, através de uma entrada na Bolsa de Valores de Nova Iorque, mediante uma empresa de aquisições para fins específicos (SPAC, na sigla em inglês). No mês seguinte, a empresa acordou a venda da seguradora norte-americana AmeriTrust Group Inc à Accident Fund Insurance Company of America, subsidiária integral do AF Group, com sede nos Estados Unidos. Entre os ativos vendidos este ano pelo grupo constam ainda uma posição no valor de 500 milhões de euros na Tsingtao Brewery, a principal marca de cervejas da China, 5% do grupo chinês taihe technology, no valor de 43 milhões de euros, ou 6% do capital da empresa Zhongshan, por 100 milhões de euros, de acordo com a cotação atual no mercado. A Moody’s observou que a qualidade de crédito da empresa, que afeta diretamente a sua capacidade de refinanciamento, vai provavelmente enfraquecer devido à venda de ativos, o que significa uma queda nas receitas com dividendos. Os principais ativos do grupo incluem participações em mais de 40 empresas nas áreas saúde, turismo, gestão de ativos, mineração, siderurgia e tecnologia. Entre os ativos mais sonantes constam a cadeia hoteleira Club Med e o clube inglês de futebol Wolverhampton Wanderers. Em 2021, a receita total do grupo fixou-se em 161 mil milhões de yuans e os seus ativos valiam, no conjunto, 806 mil milhões de yuans, de acordo com a empresa.
Hoje Macau China / ÁsiaDoze corpos recuperados após naufrágio no Mar do Sul da China causado por tufão Doze corpos foram recuperados depois de um navio-grua se ter afundado e partido devido a um tufão que atingiu o Mar do Sul da China durante o fim de semana, indicaram hoje as autoridades chinesas. O navio encontrava-se a 160 milhas náuticas a sudoeste de Hong Kong (Sul da China) quando foi apanhado na tempestade do Chaba, no sábado passado. De acordo com uma contagem inicial feita no fim de semana, a tragédia deixou 27 pessoas desaparecidas, sendo que já foram recuperados 12 corpos. “Segundo a última contagem de 04 de julho às 15:30 (08:30 em Lisboa), as equipas de salvamento encontraram e recuperaram 12 corpos de presumíveis vítimas”, segundo o Centro Marítimo de Busca e Salvamento de Guangdong, uma província chinesa perto de Hong Kong. “As autoridades competentes estão atualmente a intensificar o seu trabalho para identificar” os corpos, adiantou. No sábado, três dos 30 membros da tripulação a bordo do navio foram resgatados e levados para o hospital. Hoje a televisão estatal chinesa CCTV deu contra de um quarto tripulante resgatado, adiantando que o seu estado de saúde era estável. O tufão Chaba formou-se no centro do Mar do Sul da China e deslocou-se até Guangdong no sábado à tarde. O local onde se encontrava o navio registou ventos de 144 quilómetros por hora e ondas de até 10 metros de altura, afirmaram as autoridades. Um total de sete aviões, 246 navios e quase 500 barcos de pesca continuam nas operações de salvamento para encontrar as restantes pessoas desaparecidas, assegurou hoje o Centro Marítimo. As previsões das autoridades chinesas apontam para que o Chaba se desloque a uma velocidade entre 15 e 20 quilómetros por hora, na direção norte, até se dissipar na região vizinha de Guangxi, na segunda-feira. Em Macau o Chaba obrigou à emissão do sinal de alerta 8, durante 23 horas, entre a noite de sexta-feira e a noite de sábado, sem impacto significativo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina confina 1,7 milhões para conter novos surtos de covid-19 no leste A China colocou 1,7 milhões de pessoas sob confinamento na província de Anhui, no leste do país, onde cerca de 300 novos casos de covid-19 foram diagnosticados nas últimas 24 horas. O país asiático mantém uma política de tolerância zero à covid-19, que inclui o bloqueio de cidades inteiras, testes em massa e o isolamento de todos os casos positivos e contactos diretos. O surto detetado em Anhui ocorre numa altura em que a economia chinesa está a recuperar lentamente de um bloqueio de dois meses em Xangai, a “capital” económica da China. Duas cidades da daquela província, Sixian e Lingbi, anunciaram bloqueios que afetam mais de 1,7 milhões de pessoas. Os residentes só podem sair de casa para fazer o teste de ácido nucleico (PCR). A cadeia televisiva estatal CCTV transmitiu imagens de ruas vazias em Sixian, no fim de semana, com os moradores na fila para fazer o teste para o novo coronavírus. O Ministério da Saúde registou 287 novos casos em Anhui, nas últimas 24 horas, elevando o total para mais de 1.000 nos últimos dias na província. O governador da província, Wang Qingxian, instou as autoridades a “implementar testes rápidos” e a colocar em quarentena e relatar casos o mais rápido possível. A província vizinha de Jiangsu também registou 56 novos casos, em quatro cidades, nas últimas 24 horas. O número de casos permanece muito baixo na China em comparação com a grande maioria dos outros países. Mas as autoridades pretendem limitar ao máximo a circulação do vírus devido aos recursos médicos limitados em certos lugares e à taxa relativamente baixa de vacinação entre os idosos. No entanto, esta estratégia tem altos custos económicos.
Hoje Macau EventosArtes | Residente de Macau colabora em projectos na Polónia e Alemanha Cheong Kin Man, residente de Macau e antropólogo visual há muito radicado em Berlim, colaborou com a artista Marta Stanisława Sala para a concepção da mostra “O Salgueiro da Ester”, que termina no final deste mês em Cracóvia. Cheong e Marta voltam a juntar-se para uma colaboração para o Begehungen Art Festival, na Alemanha “O Salgueiro da Ester” é o nome da exposição patente em Cracóvia, na Polónia, na qual colabora Cheong Kin Man, residente de Macau radicado há muitos anos em Berlim e antropólogo visual. Para esta mostra, Cheong Kin Man colabora com a artista polaca Marta Stanisława Sala numa exposição que aborda a história de um salgueiro chorão, plantado no sítio de uma antiga sinagoga, que foi demolida durante o tempo da ditadura na Polónia, em 1973. O antigo salgueiro chorão foi cortado em 2018. A inauguração da mostra, juntamente com a plantação da nova árvore, plantada em Chrzanów, foi inaugurada este domingo. Este projecto, que integra o festival de cultura judaica polaco FestivALT, conta ainda com a colaboração de Katarzyna Sala, irmã da artista, e Robert Yerachmiel Sniderman, artista e poeta americano de origem polaca judia. Através de obras em tecido de Marta Stanisława Sala, poemas de Robert Yerachmiel Sniderman e a exibição de um filme experimental, entre outros trabalhos artísticos, pretende-se espelhar a luta contra o anti-semitismo. Cheong Kin Man colaborou na parte da fotografia e imagens, sendo o responsável por toda a representação visual e artística da parte da documentação histórica da exposição. “Recriei cerca de noventa imagens históricas e fiz uma série de fotografias das notas e dos poemas de Robert Yerachmiel Sniderman”, contou o artista. Uma ligação Cheong Kin Man permanece artisticamente ligado à artista polaca numa residência artística inserida no Begehungen Art Festival, que decorre na Alemanha, mais concretamente no estado da Saxónia. “Inspirado pela tradição cantonense de homenagear os antepassados, vamos criar juntamente uma série de ‘dinheiro dos mortos’ com motivos inspirados pela história da antiga República Democrática Alemã”, adiantou Cheong Kin Man. Este projecto será depois apresentado no festival, em Agosto.
Hoje Macau PolíticaSSM | Associação critica obstrução do trabalho de jornalistas A Associação de Jornalistas de Macau criticou os Serviços de Saúde (SSM) por “deliberadamente” obstruírem o trabalho dos repórteres que se deslocam à conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia. O comunicado foi emitido na quinta-feira, após um dos assessores ter retirado o microfone de uma jornalista a meio de uma pergunta. Momentos antes, os SSM tinham instruído os jornalistas sobre o tipo de perguntas que eram autorizados as fazer. “Em relação à mais recente conferência de imprensa sobre o trabalho de prevenção pandémica, alguns assessores dos Serviços de Saúde começaram a interromper perguntas dos jornalistas e até tiraram o microfone das mãos de uma jornalista”, pode ler-se no comunicado. “Indicaram também, antes da conferência de imprensa, que as questões dos jornalistas não devem focar casos particulares, mas antes serem gerais”, foi acrescentado. “A Associação de Jornalistas de Macau […] condena veemente esta interferência no trabalho normal dos jornalistas, e apela aos serviços para corrigirem este comportamento o mais rapidamente possível”, foi pedido. No comunicado, a associação esclarece ainda que nos últimos tempos os órgãos de comunicação social têm sido inundados pela população com perguntas sobre as políticas de prevenção da pandemia, e que as questões levantadas visam o esclarecimento público. A associação recusou ainda as declarações do director Alvis Lo que apontou que as perguntas dos jornalistas “são sobre o foro privado”.
Hoje Macau China / ÁsiaMonkeypox | China vai exigir teste a viajantes chegados do estrangeiro A China vai exigir testes à doença ‘monkeypox’, além dos exigidos para a covid-19, a todos os viajantes que cheguem ao país, noticiou no sábado o jornal oficial Diário do Povo. A Comissão de Saúde da China exigiu que várias autoridades locais fizessem testes à ‘monkeypox’ entre os chegados do estrangeiro, especialmente aqueles cujo historial de viagens inclua países com casos desta doença nos 21 dias anteriores à entrada no país asiático, indicou. As pessoas com sintomas, tais como erupções cutâneas, devem também ser “acompanhadas de perto” e quaisquer casos suspeitos devem ser comunicados às autoridades de prevenção para transferência para “instituições médicas designadas”. Quem apresentar aqueles sintomas deve fazer testes para excluir outras doenças como a varíola, a rubéola ou o sarampo. De acordo com o jornal, a Comissão também pediu a quem tenha estado em contacto com infetados com monkeypox para informar as autoridades, mesmo que não apresente quaisquer sintomas. Até agora, a China não comunicou quaisquer casos de ‘monkeypox’, que se propagou a 50 países desde o início do ano, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A maioria dos 3.413 casos confirmados este ano foram registados na Europa. O diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, afirmou na sexta-feira que quase 90% dos casos detetados globalmente, desde meados de maio, estão concentrados na Europa, onde as infeções triplicaram nas últimas duas semanas.
Hoje Macau SociedadeMacau regista duas primeiras mortes em mais de dois anos Macau registou hoje as duas primeiras mortes relacionadas com a covid-19, desde o início da pandemia há mais de dois anos, indicaram as autoridades em comunicado. Duas mulheres, de 100 e de 94 anos, doentes crónicas, foram diagnosticadas “como casos positivos de covid-19”, sem manifestarem sintomas, de acordo com a mesma nota do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. No sábado, Macau registou mais 90 casos da doença, para um total de 784 infeções, na sequência da nova vaga de covid-19, que levou o território a decretar a 19 de junho estado de prevenção imediata, a antecipar o final ano letivo e a suspender, total ou parcialmente, serviços e comércios. Desde o início do surto, os residentes de Macau têm sido obrigados a efetuar testes rápidos em casa, tendo já passado também por três testagens gerais.
Hoje Macau China / ÁsiaChina volta a suspender voo direto com Portugal após detetar casos de covid-19 entre passageiros As autoridades chinesas anunciaram hoje que vão suspender, durante duas semanas, a ligação aérea entre Portugal e China, que já estava suspensa por um mês, após detetarem casos de covid-19 a bordo. Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passará a estar suspenso a partir de 25 de julho, por um período adicional de duas semanas, após terem sido detetados cinco casos de covid-19, em 19 de junho, num voo oriundo de Lisboa. Os voos para a China estão sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. A ligação Portugal – China tem a frequência de um voo por semana. No voo anterior, realizado no dia 12 de junho, foram detetados dez casos positivos a bordo, pelo que as autoridades chinesas suspenderam a ligação pelo período de um mês, a partir de 27 de junho. No conjunto, o voo passa assim a estar suspenso por um período de seis semanas. A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho após ter estado suspensa durante mais de seis meses. As autoridades de Xi’an, a capital da província de Shaanxi, no centro da China, suspenderam a ligação com Lisboa em 25 de dezembro de 2021, numa altura em que a região enfrentava um surto de covid-19. A cidade só retomou este mês as ligações internacionais. Ao abrigo da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, a China mantém as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia. Quem chega à China tem que cumprir ainda uma quarentena de sete dias, em instalações designadas pelo Governo, e mais três em casa.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Norte sugere que vírus chegou em balões lançados na Coreia do Sul A Coreia do Norte sugeriu hoje que o surto de covid-19 começou em pessoas que tiveram contacto com balões lançados a partir da Coreia do Sul. Há anos que ativistas enviam balões através da fronteira para distribuir centenas de milhares de folhetos de propaganda críticos do líder norte-coreano Kim Jong-un. A Coreia do Norte tem criticado a liderança da Coreia do Sul por não deter os ativistas. As autoridades sanitárias mundiais dizem que o coronavírus é disseminado por pessoas em contacto próximo que inalam gotículas transportadas pelo ar, sendo mais provável que ocorra em espaços fechados e mal ventilados do que ao ar livre. Um porta-voz do Ministério da Unificação do Sul, disse aos jornalistas existir um consenso entre responsáveis de saúde sul-coreanos e peritos da Organização Mundial de Saúde: as infeções através do contacto com o coronavírus na superfície dos materiais é virtualmente impossível. Não há qualquer hipótese de os balões sul-coreanos poderem ter levado e espalhado o SARS-CoV-2 na Coreia do Norte, reiterou. Os laços entre os dois países permanecem tensos, no meio de um longo impasse na diplomacia liderada pelos Estados Unidos em convencer a Coreia do Norte a abandonar as ambições nucleares em troca de benefícios económicos e políticos. Os ‘media’ estatais norte-coreanos noticiaram que o centro de prevenção de epidemias da Coreia do Norte tinha encontrado focos de infeção na cidade de Ipho, perto da fronteira sudeste com a Coreia do Sul e que alguns residentes com sintomas de febre viajaram para Pyongyang. O centro afirmou que um soldado, de 18 anos, e uma criança, de 05, tiveram contacto com “objetos estranhos” na cidade, no início de abril, e mais tarde obtiveram resultado positivo em testes para a variante Ómicron. No que chamou “uma instrução de emergência”, o centro de prevenção de epidemias ordenou aos funcionários que “lidassem vigilantemente com objetos estranhos trazidos pelo vento e outros fenómenos climáticos e balões” ao longo da fronteira intercoreana e seguissem a proveniência. Salientou também que qualquer pessoa que encontre “objetos estranhos” deve notificar imediatamente as autoridades para que estes possam ser removidos. As campanhas de balões foram em grande parte interrompidas, depois do anterior Governo da Coreia do Sul ter aprovado uma lei que as criminalizava, e não houve ações públicas desse género no início de abril. Um ativista, que está a ser julgado por atividades passadas, lançou balões com folhetos de propaganda através da fronteira no final de abril. E enviou outros duas vezes em junho, mas trocando a carga habitual de panfletos por artigos ligados à covid-19, tais como máscaras e analgésicos. Em anteriores declarações sobre a covid-19, a Coreia do Norte também afirmou que o vírus podia propagar-se através da queda de neve ou de aves migratórias. As restrições relacionadas com a pandemia incluíam mesmo proibições rigorosas de entrada na água do mar.
Hoje Macau SociedadeChaba | SMG não descartam emitir sinal 8 A depressão tropical que evoluiu para ciclone tropical denominado “Chaba” deverá motivar a emissão do sinal número 3 até ao final da manhã de hoje, não sendo descartada a entrada em vigor do sinal 8 entre a noite de hoje e próxima madrugada. Isto, embora a possibilidade seja considerada “relativamente baixa a moderada”. “Existem variáveis na trajectória e intensidade do ‘Chaba’ (…) devido à influência e desenvolvimento de outra área de baixa pressão a leste das Filipinas. Se o ciclone tropical ‘Chaba’ adoptar uma trajectória mais para norte e mais próximo de Macau ou se intensificar perto da costa, não será descartada a hipótese de emitir um sinal de tempestade tropical mais elevado”, pode ler-se numa nota divulgada ontem à tarde pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). Até domingo, espera-se que os ventos se intensifiquem, prevendo-se a ocorrência de aguaceiros fortes e trovoadas. Entre hoje e amanhã prevê-se ainda a ocorrência de inundações no Porto Interior, entre a manhã e o meio-dia.
Hoje Macau SociedadeMP | Indícios de crime em hotel de quarentena Os indivíduos que abriram as portas dos quartos de quarentena para conversarem e beberem cerveja podem passar até seis meses na prisão, de acordo com um comunicado do Ministério Público (MP). Num caso que se tornou viral nas redes sociais, o organismo liderado pelo Procurador Ip Son Sang revela que em causa está o “crime de infracção de medida sanitária preventiva”, que pode ser punido com uma pena de prisão máxima de seis meses, ou multa de 60 dias. Afirma o MP, no comunicado, que com base nas imagens de CCTV do Hotel, os homens não só “abriram as portas dos quartos para fumarem, conversarem e passarem objectos a indivíduos” que estavam igualmente a fazer quarentena, como circularam pelos quartos do hotel. Parte destes actos foi gravada e publicada na rede social TikTok. Ao contrário do primeiro comunicado do MP, com a data de 25 e Junho, que falava de um grupo de 8 indivíduos, agora são apenas referidos quatro ocupantes do hotel. O MP diz ainda que foram aplicadas medidas de coacção aos indivíduos em questão, mas não revela as mesmas, ao contrário do que habitualmente faz nos seus comunicados. Este caso levantou grande polémica, principalmente nas redes sociais, onde as imagens circularam, por envolver turistas do Interior e haver a crença de que as sanções seriam leves.
Hoje Macau Manchete PolíticaLíderes da indústria de Macau esperam uma cooperação mais estreita com Hong Kong Os empresários de Macau acreditam que mais cooperação com Hong Kong, criando complementaridades, será benéfico para a RAEM e para a construção da Grande Baía Os líderes da indústria de Macau expressaram confiança de que a RAE de Macau e a RAE de Hong Kong podem trabalhar em estreita colaboração e integrar-se melhor na construção da área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, aproveitando as vantagens do princípio “um país, dois sistemas”, dada a proximidade das duas cidades e histórias semelhantes. Por ocasião do 25º aniversário do regresso de Hong Kong à pátria, os líderes da indústria na RAEM expressaram confiança em que as duas cidades possam trabalhar em estreita colaboração e integrar-se melhor na construção da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, aproveitando as vantagens do princípio “um país, dois sistemas”. Kevin Ho, presidente da Associação da Indústria e Comércio de Macau, afirmou que Hong Kong, um centro financeiro internacional, e Macau, que se esforça por se transformar num centro mundial de turismo e lazer, podem procurar uma cooperação e desenvolvimento complementares. “As duas RAE são ambas as janelas do nosso país para o mundo”, disse Ho. “Podem dar as mãos nas indústrias de conferências e exposições, turismo, e finanças”. Alan Ho, presidente da Associação dos Sectores de Convenções, Exposições e Turismo de Macau, espera que as indústrias de convenções e exposições em Hong Kong e Macau possam tomar a iniciativa de participar na cooperação regional e promover a cooperação na Área da Grande Baía através de convenções e exposições inter-cidades e inteligentes. “Como um importante centro de convenções e exposições na região Ásia-Pacífico, a indústria em Hong Kong desenvolveu-se rapidamente desde o seu regresso à pátria, particularmente nos sectores da joalharia, relógios e produtos de beleza”, afirmou. Nos últimos anos, cientistas e investigadores das RAE também participaram amplamente nos principais projectos científicos e tecnológicos do país. Pang Chuan, vice-presidente da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, disse que as universidades de Macau e Hong Kong têm cooperado estreitamente no intercâmbio de pessoal, cooperação científica e de investigação, intercâmbio de laboratórios e na educação conjunta de estudantes. “As universidades de Macau e Hong Kong são geralmente mais internacionais, com mais oportunidades de participar na cooperação internacional”, disse Pang Chuan. “No entanto, confrontam-se com a falta de indústrias de apoio nas RAE”. Pang sugeriu que as universidades nas RAE combinem as suas vantagens na investigação e desenvolvimento com empresas de alta tecnologia na área da Grande Baía para melhor converterem os frutos científicos e de investigação internacionais. Ma Chi Seng, membro do Comité Desportivo de Macau, elogiou as realizações desportivas de Hong Kong desde o seu regresso à pátria, observando que o governo da RAE de Hong Kong se tem dedicado à promoção de Hong Kong como cidade de eventos desportivos internacionais, oferecendo experiências com as quais Macau poderia aprender. “Os 15º Jogos Nacionais Chineses a serem co-organizados pela província de Guangdong, Hong Kong e Macau em 2025 proporcionarão uma excelente oportunidade para aumentar a participação pública no desporto nas RAE e reforçar a cooperação aprofundada entre as indústrias desportivas nos três locais”, acrescentou Ma.
Hoje Macau Grande Plano MancheteXi Jinping chega de comboio a Hong Kong e reafirma princípio “um país, dois sistemas” “Os factos provaram a força do princípio”. O futuro da cidade, integrada na Grande Baía e incluída na estratégia nacional, só poderá ser mais risonho, sublinhou o presidente. Depois de um mau período, “Hong Kong emergiu mais forte” O Presidente chinês Xi Jinping chegou a Hong Kong de comboio na tarde de ontem, quinta-feira. Xi, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, assistirá a uma reunião de celebração do 25º aniversário do regresso de Hong Kong à pátria e à cerimónia inaugural do sexto mandato do governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) a 1 de Julho. Xi e a sua esposa Peng Liyuan foram saudados pela Chefe Executiva da HKSAR Carrie Lam e pelo seu marido Lam Siu-por. Logo à chegada, o Presidente referiu que o futuro de Hong Kong será certamente mais brilhante se o princípio “um país, dois sistemas” for firmemente defendido e implementado. “Um futuro mais brilhante acenará, se formos em frente com perseverança”, disse Xi à chegada à estação ferroviária de alta velocidade de Kowloon Ocidental. Enquanto “um país, dois sistemas” for mantido inabalavelmente, Hong Kong terá certamente um futuro ainda mais brilhante e fará novas e maiores contribuições para o grande rejuvenescimento da nação chinesa, resumiu o presidente. “Os factos demonstraram a grande força de ‘um país, dois sistemas’”, não deixou de sublinhar. “Amanhã (1 de Julho) celebra-se o 25º aniversário do regresso de Hong Kong à pátria. Pessoas de todos os grupos étnicos do país juntar-se-ão aos compatriotas de Hong Kong para celebrar este alegre acontecimento. Gostaria de estender as minhas calorosas felicitações e os meus melhores votos aos compatriotas de Hong Kong”, afirmou o presidente. Tendo resistido um largo período de tempo a “uma série de testes graves e superado uma série de riscos e desafios, Hong Kong emergiu mais forte e mostrou grande vigor”, disse ainda Xi. “Os factos provaram a grande força de “um país, dois sistemas”, que garante a prosperidade e estabilidade a longo prazo de Hong Kong e assegura o bem-estar dos compatriotas de Hong Kong, concluiu Xi. Além disso, o Presidente felicitou os compatriotas de Hong Kong e expressou os seus melhores votos na ocasião que assinala o 25º aniversário do regresso de Hong Kong à pátria. O Vice-Presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política Popular Chinesa Leung Chun-ying e o novo Chefe do Executivo da RAEHK, John Lee, também participaram na cerimónia de boas-vindas. Secretário para a Segurança | Lei de Segurança Nacional produziu resultados positivos O secretário de Segurança da RAEHK, Chris Tang Ping-keung, não tem dúvidas: foram alcançados resultados positivos desde que a Lei de Segurança Nacional de Hong Kong foi aplicada em 2020, mas “a cidade tem de permanecer vigilante relativamente aos riscos de segurança nacional”. Fazendo a retrospectiva dos últimos dois anos, desde que a lei foi aprovada, Tang disse que as autoridades têm sido rigorosas na aplicação da lei e responsabilização dos infractores. Um total de 186 pessoas foram detidas por crimes de segurança nacional e 115 suspeitos foram processados, incluindo cinco empresas, revelou. Tang disse que incluem o magnata dos media Jimmy Lai Chee-ying e o Apple Daily – a publicação que ele usou para incitação – bem como ex-membros do Conselho Legislativo. Dez pessoas envolvidas em oito casos foram condenadas, com o maior infractor condenado a nove anos. O ex-comissário da polícia actua como secretário de segurança desde o ano passado e permanecerá no seu cargo actual como chefe de segurança do novo governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), que assumirá o cargo na sexta-feira. Apollonia Liu Lee Ho-kei, vice-secretária de segurança, disse que houve uma queda acentuada na violência e um declínio na interferência externa e incidentes de separatismo. O número anual de casos de incêndios criminosos diminuiu 67% e os danos criminais caíram em 28%, afirmou. Tang disse que a Lei de Segurança Nacional de Hong Kong e a melhoria do sistema eleitoral ajudaram a cidade a passar do caos para a estabilidade. No entanto, ele disse que os riscos de segurança ainda existem devido a questões geopolíticas internacionais. Um grande risco é o terrorismo local, como ataques de “lobo solitário” e fabricação e lançamento de explosivos em parques e transportes públicos, disse. “As forças estrangeiras e os seus agentes locais ainda querem minar a estabilidade de Hong Kong e da nação por vários meios, sendo que as autoridades devem permanecer em alerta máximo”, acrescentou. “Para lidar com esses riscos, a recolha de inteligência é a chave e também devemos ser muito rigorosos na aplicação da lei”, disse ele. “Se houver alguma evidência sugerindo violações da lei de segurança nacional de Hong Kong ou outras leis que ponham em risco a segurança nacional, precisamos agir”. Tang afirmou que Hong Kong deveria promulgar o Artigo 23 da Lei Básica para proibir mais categorias de crimes graves de segurança nacional, como traição, sedição e roubo de segredos de Estado, os quais não são abordados pela Lei de Segurança Nacional de Hong Kong. “Embora a pandemia de Covid-19 tenha afectado o trabalho legislativo, faremos os maiores esforços para pressionar a promulgação do Artigo 23 da Lei Básica o mais rápido possível para lidar com os riscos de segurança nacional existentes e futuros em Hong Kong”, disse ele. O Departamento de Segurança promoveu também a educação de segurança nacional entre os jovens, particularmente no Dia Nacional de Educação em Segurança, em 15 de abril, disse ele. Nas escolas, as agências deram ênfase adicional aos guias curriculares e aos elementos de segurança nacional no desenvolvimento e aprendizado dos alunos, bem como ao treinamento de professores, disse Tang. “Para os jovens que cometeram delitos, as instituições correcionais têm programas especiais para ensinar história chinesa, construir relacionamentos saudáveis com sua família e formar um sentimento de orgulho na pátria”, acrescentou. Tang disse que o princípio de “um país, dois sistemas” é a melhor configuração para Hong Kong e um garante de prosperidade de longo prazo na cidade. “A robustez do princípio ‘um país, dois sistemas’ só pode ser assegurada pela adesão a ‘um país’. Qualquer tentativa de desconsiderar essa premissa está destinada ao fracasso”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaMedidas de bloqueio ameaçam posição da China nas cadeias de fornecimento, dizem empresas A política de ‘zero casos’ de covid-19 ameaça a posição da China nas cadeias produtivas, à medida que o bloqueio de cidades e províncias gera imprevisibilidade e afeta a confiança dos investidores, alertam líderes empresariais. “Nunca se sabe o que vai acontecer a seguir”, resume Takayuki Shomura, vice-diretor-geral do grupo japonês Tailift Group, um dos maiores fabricantes de empilhadores do mundo, à agência Lusa, à margem da Cimeira de Multinacionais de Qingdao, no leste da China. Na primeira metade do ano, as vendas do grupo no país asiático caíram cerca de 50%, à medida que a altamente contagiosa variante Ómicron obrigou as autoridades chinesas a impor medidas de confinamento extremas, para salvaguardar a estratégia de ‘zero casos’, assumida como um triunfo político pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. O isolamento de Xangai, a “capital” financeira do país, e de importantes cidades industriais como Changchun e Cantão, tiveram forte impacto nos setores serviços, manufatureiro e logístico. Num painel intitulado “Reconstruir a Indústria Global e as Cadeias de Fornecimento sob Múltiplos Choques”, Zhang Yansheng, investigador no Centro de Relações Económicas Internacionais da China, disse que as atuais medidas de prevenção epidémica obrigaram os fabricantes a manter grandes reservas de componentes, o que resultou num aumento dos custos, e a recorrer a fornecedores não chineses, numa fórmula designada “China + 1”. “Tens que estar preparado para o pior cenário”, explicou à Lusa Jiang Zuolin, vice-presidente de Operações para a China do grupo Festo, multinacional alemã especializada em automação industrial. Uma das estratégias passa por trabalhar num “circuito fechado”, em que os funcionários estão interditos de sair das instalações das fábricas. “Preparamos atividades para os trabalhadores e passamos a oferecer pequeno-almoço, almoço e jantar”, descreveu Jiang. “Melhoramos também a qualidade dos dormitórios, para que as pessoas se sintam em casa”, acrescentou. A nível logístico, a empresa criou reservas de componentes e diversificou as cadeias de abastecimento. “Não podemos colocar os ovos todos na mesma cesta”, resumiu. A tolerância zero à covid-19 implica também o encerramento praticamente total das fronteiras da China. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia. Os voos estão também sujeitos à política do “circuit breaker” (‘interruptor’, em português): quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. Wu Jingkui, presidente na China do grupo espanhol Amadeus, especializado em soluções tecnológicas para viagens, disse à Lusa acreditar que a liderança do país está ciente dos danos causados pelas restrições em vigor, mas que encontrar o ponto de equilíbrio é uma “dor de cabeça”, face às circunstâncias do país. Com 1,4 mil milhões de habitantes, a China é a nação mais populosa do mundo. Um estudo da Universidade Fudan, em Xangai, publicado em maio passado, concluiu que a variante Ómicron sobrecarregaria o sistema hospitalar do país e resultaria em cerca de 1,6 milhões de mortos, caso a China modere ou reduza as medidas de prevenção, devido à baixa taxa de vacinação entre os idosos e menor eficácia das inoculações domésticas. Zhang Yansheng, que é também um dos principais assessores económicos do Governo chinês e secretário-geral do Comité Académico da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão máximo de planeamento económico da China, alertou para uma tendência de “declínio” na globalização da economia mundial, agravada por fricções geopolíticas. “O que mais nos preocupa é a formação de dois sistemas paralelos, que obrigarão os países a escolher um lado”, apontou. “O nosso desafio agora é que as multinacionais estrangeiras mantenham a confiança no mercado chinês”.
Hoje Macau China / ÁsiaMarcos Jr toma posse como Presidente das Filipinas para mandato único de seis anos Ferdinand Marcos Jr foi hoje empossado como Presidente das Filipinas para um mandato único de seis anos, depois das presidenciais de maio, sucedendo ao controverso Rodrigo Duterte como chefe de Estado. “Vocês, o povo, falaram para me dar a maior vitória eleitoral jamais vista” nas Filipinas, afirmou Marcos Jr, que obteve mais de 50% dos votos, num discurso depois de prestar juramento sobre a Constituição. Nas primeiras palavras como Presidente, renovou o apelo à unidade nacional num tom nacionalista, carregado de alusões ao período de governação do pai, o ditador Ferdinand Marcos. “Iremos longe juntos, não separados e com medo um do outro. As mudanças que vamos ver vão beneficiar todos. (…) Não estou aqui para falar do passado, mas sim do futuro. Nunca perdi a esperança na reconciliação”, concluiu Marcos. Horas antes da cerimónia, a transferência oficial de poder entre o atual e o Presidente cessante, Rodrigo Duterte, que não participou na tomada de posse, teve lugar no palácio presidencial. Marcos completa assim o regresso ao poder da famosa dinastia, 36 anos depois de uma revolução popular ter acabado com o regime do pai e forçado a família a fugir do país de helicóptero. A cerimónia contou com a presença, entre outros, da mulher do atual Presidente e quatro filhos de Imelda Marcos, a matriarca do clã que governou o arquipélago sob a sombra de Marcos pai entre 1965 e 1986, incluindo a década de violenta lei marcial declarada pelo então líder, que morreu no exílio em 1989. “Não olhemos para trás, mas para a frente”, disse o filho do ditador e novo Presidente das Filipinas num discurso de meia hora em que se dirigiu aos filipinos, principalmente em inglês e usando poucas frases em tagalog, a língua mais popular.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão permite regresso a casa em zona próxima da central nuclear de Fukushima Os residentes de algumas áreas da localidade de Okuma foram hoje autorizados a voltar a casa, em mais um regresso a uma “zona de difícil retorno”, próxima da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão. Okuma, um dos dois municípios onde está localizada a central de Fukushima, foi encerrada em março de 2011 e, embora as restrições já tivessem sido levantadas em algumas áreas mais afastadas da central, parte do terreno mantinha a designação de “difícil retorno” devido aos níveis elevados de radiação. Esta é a segunda vez que as autoridades nipónicas permitem o regresso a uma destas áreas, depois de, em meados de junho, os residentes da aldeia de Katsurao, a cerca de 35 quilómetros da central nuclear, também terem sido autorizados a voltar a casa. A decisão de hoje diz respeito a uma área de 8,6 quilómetros quadrados de Okuma, no centro do município, onde os residentes tinham autorização para passar a noite já desde dezembro, num programa de preparação para um regresso permanente em grande escala. “Vai ser necessário muito tempo até regressar ao nível anterior, mas hoje é um dia chave para Okuma”, disse o presidente da câmara da cidade, Jun Yoshida, citado pelo jornal japonês Yomiuri. Neste momento, perto de 330 quilómetros quadrados de terreno em seis localidades da província de Fukushima, incluindo Katsurao, Okuma e Futaba, ainda estão classificados como “zonas de difícil retorno”. Em 11 de março de 2011, um forte sismo desencadeou um tsunami que se abateu sobre a região. O balanço do desastre, de 18.500 mortos ou desaparecidos, foi sobretudo causado pelas ondas, que em muitas áreas eram da altura de edifícios. O desastre de Fukushima é considerado o pior acidente nuclear civil desde Chernobyl, na Ucrânia, em abril de 1986.