Hoje Macau PolíticaHo Iat Seng expressa “profundo pesar” pela morte de Shinzo Abe O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, manifestou hoje “profundo pesar” pela morte do ex-primeiro-ministro nipónico, lembrando o papel de Shinzo Abe no reforço da cooperação entre o Japão e Macau em diferentes áreas. “O Chefe do Executivo, em nome do Governo da Região Administrativa Especial de Macau e em nome pessoal, expressou o mais profundo pesar pelo falecimento do antigo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e endereçou as mais sentidas condolências à sua família”, pode ler-se num comunicado do Gabinete de Comunicação Social do Governo de Macau. “No período em que Shinzo Abe assumiu o cargo de primeiro-ministro do Japão, a cooperação entre Macau e Japão alcançou progresso nas áreas do turismo, cultura, entre outras”, acrescentou a nota, que sublinha que o território irá “manter uma cooperação estreita com o Japão e contribuir para promover a relação de cooperação amigável entre a China e o Japão”. Shinzo Abe foi baleado mortalmente na sexta-feira quando discursava num comício de rua do Partido Liberal Democrático (LDP, no poder), perto da estação ferroviária de Nara, no oeste japonês. O político ainda foi transportado para o hospital, mas já em paragem cardiorrespiratória, tendo a morte sido confirmada poucas horas depois. Tetsuya Yamagami, o suspeito do ataque, encontrava-se desempregado desde maio, quando deixou de trabalhar numa empresa industrial em Kansai, no centro-sul do país. Entre 2002 e 2005 fez parte do exército nipónico, de acordo com o Ministério da Defesa do Japão. Abe foi primeiro-ministro em 2006-2007 e, depois, de 2012 a 2020, tendo sido o chefe de Governo mais jovem do pós-guerra, aos 52 anos, o primeiro nascido depois da Segunda Guerra Mundial e o que esteve mais tempo no cargo.
Hoje Macau SociedadePandemia | Consulado de portas fechadas até sexta-feira O Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong vai continuar de portas fechadas até sexta-feira, dia 15 de Julho, “atendendo à situação pandémica e à semelhança dos serviços públicos da RAEM”. Desta forma, os utentes que já tinham marcação para tratar de documentos vão ser contactados para o reagendamento da nova data. Permanecem os serviços mínimos para “situações de urgência” relativas a documentação, devendo contactar o Consulado através dos emails disponibilizados nas redes sociais e website ou através do número de telefone 28356660.
Hoje Macau SociedadeMedicina tradicional chinesa | Mais de 600 pessoas medicadas contra a covid-19 Um total de 684 pessoas que testaram positivo à covid-19, sejam assintomáticas ou com sintomas leves, foram tratadas com medicamentos da medicina tradicional chinesa (MTC). Segundo uma nota de imprensa, desde o dia 1, data em que arrancou o plano de tratamento alternativo de covid-19 com MTC, 817 pessoas “estavam dispostas a receber” este tratamento, mas apenas 684 puderam ser medicadas. Foram distribuídas quase 1.700 caixas de Cápsulas Lianhua Qingwen Jiaonang e cerca de 140 caixas de Cápsulas Huoxiang Zhengqi Jiaonang. As autoridades apontam que “as pessoas a quem foram administrados os medicamentos da MTC têm idades compreendidas entre os 2 e os 84 anos, sendo que um certo número delas são de nacionalidade estrangeira”. Relativamente aos pedidos de consulta, quase 1300 pessoas foram vistas por mestres de MTC, sendo que “mais de 70 pessoas administraram em simultâneo os dois medicamentos da MTC acima referidos”. Este plano de tratamento conta com a participação de 72 médicos de MTC voluntários. Segundo o Centro de Coordenação de Contingência do novo tipo de coronavírus, “o tratamento da MTC tem elevada aceitação”, sendo que, após a avaliação dos médicos, “a maioria das pessoas está apta a tomar as cápsulas de Lianhua Qingwen Jiaonang”. Ainda assim, “algumas pessoas preocupam-se de que as cápsulas de Lianhua Qingwen Jiaonang sejam de ‘natureza fria’ (negativa)”, mantendo, no entanto, a toma da medicação “após o esclarecimento e orientação por médicos de MTC”.
Hoje Macau China / ÁsiaJornalista e Nobel da Paz filipina Maria Ressa enfrenta pena de prisão A jornalista filipina e prémio Nobel da Paz Maria Ressa perdeu um recurso contra uma condenação por difamação ‘online’ e pode ter de passar até seis anos na prisão, anunciou na sexta-feira o seu portal de notícias Rappler. Maria Ressa e o antigo colega Rey Santos Jr., visado no mesmo processo, “utilizarão todos os recursos legais à sua disposição”, incluindo levar o caso ao Supremo Tribunal, segundo o Rappler, citada pela agência francesa AFP. A publicação ‘online’ considerou que a decisão judicial “enfraquece a capacidade dos jornalistas de pedir contas ao Governo”. “O que está em última análise em jogo é a nossa democracia, cuja força repousa em meios de comunicação social que não sejam ameaçados pelo Estado nem intimidados por forças que procuram silenciar vozes críticas”, acrescentou. Ressa tem sido uma crítica do ex-presidente filipino, Rodrigo Duterte, e da guerra que lançou em 2006 contra a droga, com acusações de execuções extrajudiciais de traficantes e consumidores. As denúncias e críticas da jornalista desencadearam o que os defensores da liberdade de imprensa veem como uma série de acusações criminais, investigações e ataques ‘online’ contra Ressa e o Rappler. Ressa e o jornalista russo Dmitri Muratov foram galardoados com o Prémio Nobel da Paz, em outubro de 2021, pelos seus esforços para “salvaguardar a liberdade de expressão”. Antiga delegada da televisão norte-americana CNN em Jacarta, Ressa, 58 anos, enfrenta pelo menos sete processos judiciais, incluindo um por difamação ‘online’, pelo qual foi libertada sob fiança e que lhe pode valer até seis anos de prisão. Se for condenada pelos outros processos, poderá passar décadas na prisão. Duterte foi Presidente das Filipinas até 30 de junho, quando foi substituído por Ferdinand Marcos Jr., filho do antigo ditador Ferdinand Marcos, que venceu as eleições de maio. Nas mesmas eleições, Sara Duterte, filha do chefe de Estado cessante, foi escolhida como vice-presidente. Um dia antes de Duterte cessar funções, a Comissão do Mercado de Valores das Filipinas revogou o registo do Rappler, alegando violações às restrições ao investimento estrangeiro nas Filipinas, e ordenou o encerramento do portal de notícias. A decisão foi contestada judicialmente.
Hoje Macau China / ÁsiaChina avisa EUA de que “reagirá firmemente” a provocações na questão de Taiwan O general do Exército chinês Li Zuocheng alertou na sexta-feira que a “China reagirá firmemente caso seja provocada” na questão de Taiwan, durante uma conversa com o presidente do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley. Li salientou que, “em questões que dizem respeito aos principais interesses da China, incluindo Taiwan, não há espaço para compromissos ou concessões”, de acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa chinês. “Quem nos provocar vai descobrir que a China reagirá com firmeza”, disse. De acordo com Li, se os Estados Unidos “mantiverem a sua palavra de não apoiar a ‘independência de Taiwan’ ou não procurarem conflitos com a China, ambos os países poderão cooperar de formas mutuamente benéficas”. “Neste momento, ambos os Exércitos devem comportar-se de forma racional e objetiva, com uma atitude de respeito mútuo, e fortalecer ainda mais o diálogo, gerir os riscos e promover a cooperação”, disse o general chinês durante a reunião virtual. Li sublinhou que “os Estados Unidos devem respeitar os acordos já alcançados para não minarem a estabilidade no Estreito de Taiwan”. “Os militares chineses salvaguardarão firmemente a sua soberania nacional e integridade territorial”, disse. De acordo com o comunicado, os dois lados concordaram que é do seu interesse “evitar gerar conflitos e confrontos” e “manter a comunicação”. O Exército chinês realizou vários exercícios nas águas “perto da região de Taiwan” nos últimos dias, informou a imprensa local. Segundo o coronel chinês Shi Yi, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, “os atos provocativos norte-americanos na questão de Taiwan são em vão e só conseguirão perturbar a paz e aumentar a tensão regional”. “É por isso que as nossas tropas estão sempre em alerta e continuam a preparar-se e a treinar. Eles estão prontos a qualquer momento para salvaguardar a nossa segurança e soberania e impedir qualquer tentativa que leve à ‘independência de Taiwan’”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA pedem à China que condene Russia pela invasão Os Estados Unidos manifestaram no sábado à China preocupação pelo seu alinhamento com a Rússia e pediram a Pequim que condene Moscovo pela invasão da Ucrânia, anunciou o chefe da diplomacia norte-americana, Anthony Blinken. “Pequim diz que é neutra, mas eu digo-lhes que é muito difícil permanecer neutro perante tal agressão”, disse Blinken na ilha indonésia de Bali após uma reunião com o seu homólogo chinês, Wang Yi, segundo a agência espanhola EFE. Blinken e Wang estiveram reunidos durante cinco horas, um dia após o fim da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 sobre a guerra na Ucrânia e os seus efeitos na economia a nível global. A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia, quando invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro deste ano. Blinken disse que a China “continua a proteger” a Rússia “nas organizações internacionais e a fazer eco da sua propaganda”. “Este é realmente o momento em que todos precisamos de nos levantar, como fez um país do G20 após outro, para condenar a agressão e exigir, entre outras coisas, que a Rússia permita o acesso a alimentos bloqueados na Ucrânia”, disse Blinken, citado pela agência francesa AFP. A Rússia esteve representada na reunião de Bali pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov. A reunião de dois dias do G20 terminou sem uma declaração conjunta sobre o fim da guerra ou a forma de lidar com o seu impacto na segurança alimentar e energética. No entanto, Blinken disse acreditar que a Rússia saiu de Bali isolada e sozinha, referindo que a maioria dos participantes expressou oposição à guerra na Ucrânia. “Houve um forte consenso e a Rússia ficou isolada”, disse Blinken, segundo a agência norte-americana AP. Na quinta-feira, os ministros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) boicotaram o jantar de boas-vindas, em protesto contra a participação de Lavrov na reunião em Bali. A reunião realizou-se em Nusa Dua, Bali, por a Indonésia exercer atualmente a presidência do grupo das 20 economias mais desenvolvidas ou em desenvolvimento. Blinken disse que não viu em Bali qualquer sinal de cooperação por parte da Rússia e observou que Lavrov saiu mais cedo da reunião, possivelmente porque não gostava do que ouvia dos seus homólogos. “Era muito importante que ele [Lavrov] ouvisse alto e claro de todo o mundo a condenação da agressão da Rússia”, comentou. No longo encontro com Wang, Blinken disse ainda que transmitiu a “profunda preocupação” de Washington com a pressão militar de Pequim sobre Taiwan, a ilha com um governo próprio que Pequim considera parte do seu território. “Manifestei a profunda preocupação dos Estados Unidos com a retórica e atividades cada vez mais provocatórias de Pequim em relação a Taiwan e a importância vital de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”, disse Blinken. Apesar das divergências Blinken mostrou-se satisfeito com as conversações com Wang. “Posso dizer com alguma confiança que as nossas delegações consideraram as discussões de hoje úteis, francas e construtivas”, acrescentou. Além dos países do G7, participam na reunião os chefes da diplomacia de África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, Turquia e União Europeia.
Hoje Macau China / ÁsiaSri Lanka | Presidente e PM pedem demissão. EUA apelam à estabilidade Os Estados Unidos pediram hoje aos futuros dirigentes do Sri Lanka que “trabalhem rapidamente” para restaurar a estabilidade económica e serenar o descontentamento popular, depois do Presidente e do primeiro-ministro do país terem anunciado a demissão. Washington espera que os novos líderes do Governo do Sri Lanka “trabalhem rapidamente para identificar e implementar soluções que tragam estabilidade económica a longo prazo e acalmem o descontentamento popular”, disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, em Banguecoque, capital da Tailândia, onde se encontra de visita o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken. Washington também alertou os apoiantes do Governo contra ataques a manifestantes ou jornalistas, deixando ainda críticas a violência que eclodiu no sábado, quando multidões invadiram a residência presidencial. “O povo do Sri Lanka tem o direito de levantar pacificamente a voz, e exigimos uma investigação completa, a prisão e o julgamento de qualquer pessoa envolvida em qualquer incidente violento relacionado com os protestos”, referiu o porta-voz. O presidente do Parlamento do Sri Lanka, Mahinda Yapa Abeywardene, anunciou no sábado que o Presidente do país, Gotabaya Rajapaksa, o contactou para informar que se demitirá do cargo na próxima quarta-feira. Segundo fontes citadas pelos ‘media’ do país asiático, Rajapaksa informou sobre a decisão através de um contacto privado e pediu-lhe um prazo até quarta-feira para preparar a transição e concluir assuntos pendentes, indicou o diário local Daily Mirror. As principais forças políticas do Sri Lanka concordaram que será o presidente do Parlamento a assumir a chefia do Estado na sequência da demissão de Rajapaksa, de acordo com a Constituição, e durante um período de um mês até à eleição de um novo Presidente. A revolução popular que eclodiu no sábado no Sri Lanka forçou à demissão do dirigente, que anunciou a renúncia ao cargo após ceder às pressões de múltiplas frentes, desde formações políticas e associações civis, pela incapacidade em confrontar a pior crise económica da história do país. Rajapaksa acabou por ceder após meses de protestos pela falta de alimentos e combustível, e que derivaram numa crítica generalizada à sua atuação, com acusações de corrupção e nepotismo, após colocar o irmão Mahinda no cargo de primeiro-ministro, e até ser forçado a demiti-lo em maio passado sob intensa pressão popular. Ranil Wickremesinghe, um antigo rival de Rajapaksa e que sucedeu a Mahinda numa última tentativa para solucionar a crise, tinha-se demitido algumas horas antes para permitir a formação de um governo de concertação que terá como principal objetivo a convocação de novas eleições. Apesar da decisão de Wickremesinghe, um grupo de manifestantes incendiou a sua residência privada, horas depois de milhares de pessoas terem invadido as residências oficiais do Presidente e do primeiro-ministro. A tensão e o descontentamento aumentaram no país no final de março, quando as autoridades impuseram cortes de energia de mais de 13 horas, o que levou a população a sair às ruas para exigir a demissão do Governo do Sri Lanka. Desde essa altura, centenas de manifestantes instalaram-se nos arredores do edifício presidencial, em Colombo, e protestos pacíficos em todo o país multiplicaram-se, enquanto as autoridades tentam chegar a um acordo de resgate com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Hoje Macau China / Ásia MancheteChina apresenta condolências pela morte de Shinzo Abe. Japoneses começaram hoje a votar para o Senado Os japoneses começaram hoje a votar para renovar metade do Senado do país, dois dias após o assassínio do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe durante um comício da campanha eleitoral. O Partido Liberal Democtata (PLD), do qual Abe era uma das principais figuras, é dado como grande favorito nas eleições de hoje. O primeiro-ministro (PLD) denunciou o ataque “bárbaro” contra o seu antigo mentor, insistindo na importância de “defender eleições livres e justas, que são o fundamento da democracia”. “Nunca cederemos à violência”, disse. A morte a tiro de Abe, um dos políticos mais conhecidos do arquipélago, chocou o Japão e o estrangeiro, com mensagens de condolências a chegarem do mundo inteiro, incluindo a China e a Coreia do Sul, com quem o Japão tem muitas vezes relações conturbadas. O suposto autor do ataque, detido no local, confessou ter alvejado deliberadamente o ex-primeiro-ministro, explicando à polícia que estava zangado com uma organização à qual acreditava que Abe estava filiado. Alguns meios de comunicação japoneses mencionaram um grupo religioso. O homem, de 41 anos e chamado Tetsuya Yamagami, é um ex-membro da marinha japonesa e encontrava-se desempregado desde maio, quando deixou de trabalhar numa empresa industrial em Kansai, no centro-sul do país. Abe foi primeiro-ministro em 2006-2007 e, depois, de 2012 a 2020, tendo sido o chefe de Governo mais jovem do pós-guerra, aos 52 anos, o primeiro nascido depois da Segunda Guerra Mundial e o que esteve mais tempo no cargo. Suspeito confessou crime O suspeito detido pelo assassinato do antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe confessou ter cometido o crime, disse na sexta-feira um oficial da polícia da região de Nara. “O suspeito disse guardar rancor contra uma certa organização e confessou ter cometido o crime porque acreditava que o antigo primeiro-ministro Abe estava relacionado com ela”, declarou o oficial aos jornalistas, sem adiantar mais pormenores. Segundo a polícia nipónica, o suspeito é um desempregado de 41 anos, Tetsuya Yamagami, que indicou aos investigadores ter utilizado uma arma artesanal. “É o que o suspeito afirma e determinámos que [a arma utilizada] aparenta claramente ser artesanal, mas a nossa análise ainda está em curso”, afirmou um agente. China e EUA apresentam condolências O Presidente chinês, Xi Jinping, expressou no sábado as “profundas condolências” ao primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pelo assassinato do antigo líder Shinzo Abe, anunciou a emissora estatal chinesa CCTV. “Em nome do Governo e do povo chineses, e em seu nome, Xi Jinping expressou as suas profundas condolências após a morte prematura do antigo primeiro-ministro Shinzo Abe”, apontou a CCTV, acrescentando que Xi Jinping ficou “profundamente entristecido com a morte súbita” do antigo líder. Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, viaja esta segunda-feira até ao Japão para apresentar condolências pela morte do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado na sexta-feira durante um comício eleitoral, anunciaram as autoridades dos EUA. Blinken, que se encontra hoje na Tailândia, “apresentará as condolências ao povo japonês” durante reuniões com membros das autoridades nipónicas, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
Hoje Macau China / ÁsiaShinzo Abe, o líder japonês que resistiu a escândalos e bateu recordes de longevidade O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, baleado hoje na cidade de Nara, bateu recordes de longevidade na liderança do país e resistiu a numerosos escândalos políticos e financeiros que envolveram também a sua família. Abe, de 67 anos, deixara há quase dois anos o cargo de primeiro-ministro por razões de saúde. O nacionalista pragmático tinha 52 anos quando se tornou chefe de Governo pela primeira vez em 2006, o mais jovem da história do seu país no pós-guerra. Deixou a sua marca durante o segundo mandato (2012-2020) com uma política ousada de recuperação económica e uma intensa atividade diplomática. O ex-primeiro-ministro japonês chegou a pedir desculpas em 2020 no Parlamento por um escândalo relacionado ao financiamento de receções organizadas para os seus partidários, apesar da Justiça ter decidido não apresentar acusações contra Abe. Antes, a reptação de Shinzo Abe e da mulher, Akie, assim como a do então ministro das Finanças, ficaram manchados depois de os seus nomes terem sido removidos de documentos relacionados com a venda de um terreno do Estado, a um preço quase dez vezes inferior ao do mercado, a favor de uma instituição educativa privada com ligações a Abe e à mulher. No Verão de 2020, quando se tornara impopular devido à gestão da pandemia de covid-19, considerada desastrosa pela opinião pública, admitiu que sofria de uma doença inflamatória intestinal crónica, colite ulcerosa, e demitiu-se pouco tempo depois. Esta doença tinha já sido uma das razões para o fim abrupto do primeiro mandato em 2007. Shinzo Abe tornou-se conhecido a nível internacional sobretudo pela política económica, apelidada de “Abenomics”, lançada no final de 2012 e que combinava a flexibilização monetária, estímulos fiscais maciços e reformas estruturais. Conseguiu alguns êxitos, tais como um aumento significativo da taxa de participação das mulheres e dos cidadãos idosos na força de trabalho, bem como um maior recurso à imigração face à escassez de mão-de-obra. No entanto, sem reformas estruturais suficientes, a ‘Abenomics’ só produziu êxitos parciais. A sua ambição última era a de rever a Constituição pacifista japonesa de 1947, escrita pelos ocupantes norte-americanos e não mais mais alterada desde então. Tendo construído parte da sua reputação com base na posição dura sobre a Coreia do Norte, Abe também assumiu um Japão descomplexado com o passado: em particular, recusou-se a carregar o fardo do arrependimento pelos abusos do exército japonês na China e na península coreana na primeira metade do século XX. No entanto, absteve-se de visitar como primeiro-ministro o santuário Yasukuni de Tóquio, um foco do nacionalismo japonês, depois da sua visita a esse templo no final de 2013 ter indignado Pequim, Seul e Washington. As relações entre Tóquio e Seul deterioraram-se no contexto das suas disputas históricas, enquanto que as relações com Pequim, que pioraram, continuam tensas. Com o grande aliado do Japão, os Estados Unidos, Abe sempre se adaptou e tinha conseguido estabelecer laços estreitos com o ex-Presidente norte-americano Donald Trump, com quem partilhava uma paixão pelo golfe. Shinzo Abe também tentou não hostilizar o Presidente russo, Vladimir Putin. A esperança de resolver a disputa sobre as Ilhas Kuril do Sul, anexadas pela União Soviética no final da Segunda Guerra Mundial e que não mais regressaram à soberania do Japão, fracassaram. O ex-governante também tentou reforçar a presença do Japão na cena internacional, por exemplo, através da mediação entre o Irão e os EUA, promovendo o multilateralismo e aumentando os acordos de comércio livre. Para permanecer no poder, Abe beneficiou largamente da ausência de um sério rival dentro do seu partido político, o Partido Liberal Democrático (LDP, direita nacionalista), e da fraqueza da oposição, que ainda não recuperou da desastrosa passagem no poder entre 2009 e 2012. Algumas leis aprovadas por Abe, nomeadamente sobre o reforço da proteção dos segredos de Estado, a expansão das missões das Forças de Auto-Defesa Japonesas e o reforço da luta contra o terrorismo, causaram controvérsia no Japão, levando mesmo a grandes manifestações, raras no país. Por outro lado, manteve-se durante muito tempo focado na esperança de organizar os Jogos Olímpicos de Tóquio no Verão de 2020, que seria o ponto alto do seu último mandato, contrariando a maioria da opinião pública. Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabaram por ter lugar um ano mais tarde, à porta fechada. Curiosamente, o primeiro-ministro que mais tempo tinha ficado no cargo antes dele foi seu tio-avô, Eisaku Sato – entre 1964 a 1972.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-primeiro ministro japonês sem sinais de vida após ataque em comício O antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe foi hoje alvo de um ataque durante um comício na cidade de Nara, e não apresenta sinais de vida, de acordo com a emissora pública nipónica NHK, que cita fonte dos bombeiros locais. Shinzo Abe participava num comício eleitoral do Partido Liberal Democrático (PLD) para as eleições parlamentares de 10 de julho, quando foram ouvidos tiros, disse a emissora estatal NHK e a agência noticiosa Kyodo. Abe, de 67 anos, foi transportado de ambulância para um hospital perto da estação Kintetsu Yamato-Saidaiji, acrescentou o jornal Yomiuri Shimbun. Um repórter desta publicação diária disse que, após ouvir o som de um disparo, o ex-primeiro-ministro caiu no chão inconsciente. Fonte do PLD realçou à agência de noticias japonesa Jiji que o político japonês encontrava-se a sangrar do pescoço. Nem o PLD nem a polícia local confirmaram a informação quando contactados pela agência de notícias France-Presse (AFP). A emissora NHK relatou, por sua vez, que quando Shinzo Abe foi transportado para o hospital, aparentava estar em paragem cardiorrespiratória – um termo utilizado no Japão para indicar a ausência de sinais de vida, notou a AFP. Vários meios de comunicação social relataram que Abe terá sido alvejado pelas costas. A NHK relatou ainda que um homem de cerca de 40 anos foi detido e apreendida uma arma de fogo, mas não divulgou detalhes sobre o alegado suspeito. Horas mais tarde, foi anunciado que o suspeito é um desempregado de 41 anos e ex-membro da força naval do país, anunciou a polícia japonesa. Yamagami Tetsuya, originário de Nara, foi detido no local do atentado, enquanto segurava uma arma com a qual terá disparado dois tiros contra o antigo líder japonês. Segundo fontes do Ministério da Defesa japonês, o alegado agressor trabalhou no ramo naval das Forças de Auto-defesa por três anos, até 2005. Governo do Japão condena ataque O Governo japonês condenou o ataque ao antigo primeiro-ministro Shinzo Abe. “Esta barbárie não pode ser tolerada, independentemente da razão da pessoa, por isso condenamo-la fortemente e faremos o nosso melhor para ajudar”, disse o porta-voz do Governo nipónico, Hirokazu Matsuno. Matsuno não deu mais informações sobre a saúde de Abe, que os serviços de emergência disseram estar em paragem cardiorrespiratória quando foi transportado para um hospital. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, cancelou a agenda eleitoral e está a caminho de Tóquio. A ex-ministra do Interior e das Comunicações do Japão, Sanae Takaichi, também condenou o ataque, dizendo que espera que Abe esteja vivo e que “não perdoa o terrorismo político”, enquanto o ministro da defesa no tempo de Abe, Satoshi Nakanishi, disse que “o terrorismo e a violência não devem ser perdoados”. “Estamos tristes e chocados com o ataque ao antigo primeiro-ministro. Abe foi um líder notável para o Japão e um aliado inabalável dos Estados Unidos”, disse o embaixador dos EUA em Tóquio, Rahm Emanuel. Shinzo Abe esteve em funções como primeiro-ministro do Japão em 2006 durante um ano e novamente de 2012 a 2020.
Hoje Macau EventosUSJ | Conferência sobre media digitais acontece em Novembro A Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de São José acolhe, nos dias 24 e 25 de Novembro, a ARTeFACTo 2022 Macao, uma conferência focada para a área dos media digitais e criatividade ligada ao mundo informático. A instituição privada de ensino superior já está a aceitar propostas de académicos, investigadores e criativos das áreas da cultura, arte ou educação Chama-se ARTeFACTo 2022 Macao e é a próxima conferência organizada pela Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de São José (USJ). Agendada para os dias 24 e 25 de Novembro, a conferência pretende dar visibilidade a uma série de investigações e projectos na área dos media digitais e na criação de artefactos tecnológicos. Segundo uma nota de imprensa, projectos nas áreas da cultura, arte ou educação, entre outras, bem como iniciativas artísticas, podem ser submetidas para apreciação, a fim de virem a integrar o programa da conferência. O principal objectivo desta palestra é revelar outras realidades emergentes no mundo digital, bem como “promover o interesse na actual cultura dos media digitais e na sua intersecção com a arte, comunicação e tecnologia como áreas de investigação”. Pretende-se mostrar trabalhos que se foquem na conceptualização, design, processos de prática e investigação ou virados para a criatividade e para o mundo artístico. A ideia é depois mostrar a ligação que existe entre essas vertentes com uma sociedade de informação e de comunicação. Espaço comum Realizada com um modelo híbrido (presencial e online), a ARTeFACTo 2022 Macao pretende dar visibilidade aos que criam artefactos digitais e aos académicos desta área, a fim de estabelecer “um espaço comum para a discussão e troca de novas experiências”, ao mesmo tempo que se promove “uma melhor compreensão sobre as artes digitais e a cultura num espectro abrangente em termos de práticas culturais, profissionais e disciplinares”. A ARTeFACTo vai contar com um painel artístico e científico, de nível internacional, com oradores e especialistas das mais variadas disciplinas. A ideia é que, com a ARTeFACTo, se possa dar a conhecer trabalhos de investigação, instalações, vídeos ou posters de trabalhos e investigações em curso.
Hoje Macau Manchete PolíticaExclusão de pró-democratas deixou Macau sem “válvula de escape” A exclusão do campo pró-democracia das eleições parlamentares, há um ano, deixou Macau “sem válvula de escape” para a crescente insatisfação da população durante o actual surto de covid-19, afirmou Scott Chiang. Já o analista Sonny Lo caracteriza o papel da AL como “oposição leal” Faz amanhã um ano que a comissão que gere as eleições para a Assembleia Legislativa (AL) excluiu cinco listas e 21 candidatos, 15 dos quais pró-democracia, por “não defenderem a Lei Básica da RAEM” e não serem “fiéis à RAEM”. A decisão afastou o campo pró-democracia, que detinha quatro lugares na AL, deixando o parlamento com apenas duas vozes mais críticas do Governo, incluindo o português José Pereira Coutinho. “A missão de fiscalização que a Assembleia Legislativa deveria ter desapareceu por completo”, disse à Lusa Leon Ieong, professor de política na Universidade de Macau. A AL “está agora a desempenhar o papel de uma oposição leal”, contrapôs Sonny Lo Shiu-Hing. O comentador político disse à Lusa que os deputados pró-democracia “eram incisivos em identificar assuntos e políticos”, mas garantiu que “ainda é possível ouvir diferentes vozes” no parlamento. Dando como exemplo a nova lei que regula a indústria do jogo, Sonny Lo defendeu que “os deputados discutiram a proposta de forma racional e aprofundada e houve algumas críticas ao Governo”. Um dos candidatos pró-democracia excluídos, Scott Chiang Meng Hin, discorda: “A lei dos casinos foi aprovada num período relativamente curto, com pouca discussão e enormes consequências. Não vejo como é que a AL teve qualquer papel numa decisão marcante para Macau”. O activista disse à Lusa que continua a haver deputados mais críticos na AL, mas que “o ambiente mudou por completo e o trabalho deles tornou-se mais difícil”. “Os actuais deputados tendem naturalmente a ser mais cautelosos do que anteriormente nas suas acções e comentários em público, porque se forem abertamente críticos, podem arriscar uma desqualificação”, admitiu Sonny Lo. Panela de pressão Vários deputados contactados pela Lusa recusaram-se a comentar o impacto da exclusão do campo pró-democracia. A cautela é ainda mais necessária para “potenciais futuros candidatos ou candidatos desqualificados”, acrescentou Sonny Lo. Também Leon Ieong disse acreditar que alguns dos candidatos excluídos em 2021 possam competir em futuras eleições, com a “pré-condição de demonstrarem a sua lealdade”. “Segundo a mentalidade habitual da política chinesa, os termos ‘inimigo’ e ‘amigo” são relativos e alteráveis”, explicou o académico. Algo que não se irá alterar, disse Leon, é a certeza de que, “tal como no caso de Hong Kong, Macau tem agora censura política”. Além disso, realçou o académico, a ausência de uma verdadeira oposição “vai também criar dificuldades extras para o Governo receber as opiniões da sociedade”. “Os 30 anos do movimento pró-democracia em Macau foram um fracasso absoluto, mas pelo menos éramos bastante bons como uma válvula de escape para as preocupações das pessoas”, disse Scott Chiang. Uma ausência que se agudizou durante o actual surto de covid-19, acrescentou o activista. “As pessoas sentem-se muito frustradas, estão no limite da sanidade”, disse. Apesar da proibição de manifestações devido à pandemia, na semana passada houve um protesto de trabalhadores da construção civil, impedidos de regressar a casa, na cidade vizinha de Zhuhai. “É impossível parar um protesto se as pessoas estiverem suficientemente zangadas. Com o tempo, haverá outras formas de oposição. Nesse sentido, estou optimista”, disse Scott.
Hoje Macau China / ÁsiaPR filipino encerra comissão anti-corrupção no seu primeiro decreto presidencial O Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., pôs fim à comissão presidencial anticorrupção, responsável por acompanhar e investigar possíveis crimes de corrupção no Governo, no seu primeiro decreto presidencial, segundo fontes oficiais. No decreto publicado hoje, mas assinado em 30 de junho, a presidência filipina referiu que o encerramento da comissão presidencial anticorrupção (PACC) visa “atribuir corretamente os recursos públicos” e evitar “duplicação de organizações” no país. Criada em 2017 pelo ex-Presidente Rodrigo Duterte (2016-2022), a comissão tinha como objetivo coibir casos de corrupção em instituições, organizações e por funcionários públicos em altos cargos do Governo filipino e, somente entre 2019 e 2020, o órgão investigou centenas de casos e concluiu mais de 70 destes. Marcos Jr., filho do ex-ditador Ferdinand Marcos, chegou à presidência filipina em maio, após eleições polarizadas, e a sua vitória levantou dúvidas entre especialistas sobre a continuidade da política anticorrupção realizada pelo seu antecessor, já que a família Marcos enfrenta mais de 40 ações cíveis. O atual Presidente também acumula uma série de condenações por crimes fiscais e por corrupção. Neste contexto, vozes críticas ao Governo têm manifestado preocupação com o futuro da comissão presidencial de boa governação (PCGG), criada em 1986 após a queda do regime de Ferdinand Marcos, para recuperar a suposta fortuna ilícita acumulada pela família durante o seu governo (1965-1986). Até agora, a PCGG conseguiu recuperar cerca de 3,6 mil milhões de dólares ao longo dos seus 36 anos de existência, embora durante a gestão de Duterte, aliado de Marcos Jr., tenha definhado em termos de orçamento e apoio presidencial. Durante a campanha eleitoral, Marcos Jr. assegurou que não eliminaria o PCGG, mas pretendia que esta passasse a investigar não apenas os casos de corrupção na família Marcos, mas também entre “todos” os envolvidos em subornos, peculatos e outros escândalos. Ferdinand Marcos Jr. foi empossado em 30 de junho como Presidente das Filipinas para um mandato único de seis anos, depois das presidenciais de maio, sucedendo ao controverso Rodrigo Duterte como chefe de Estado. Marcos Jr. completa o regresso ao poder da famosa dinastia, 36 anos depois de uma revolução popular ter acabado com o regime do pai e forçado a família a fugir do país de helicóptero. A cerimónia contou com a presença, entre outros, da mulher do atual Presidente e quatro filhos de Imelda Marcos, a matriarca do clã que governou o arquipélago sob a sombra de Marcos (pai) entre 1965 e 1986, incluindo a década de violenta lei marcial declarada pelo então líder, que morreu no exílio em 1989.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim passa a exigir prova de vacinação para aceder a locais públicos O município de Pequim vai passar a exigir comprovativo de vacina contra a covid-19 para aceder à maioria dos locais públicos, a partir da próxima semana, informaram hoje as autoridades locais. Entre os locais referidos no comunicado, emitido pelo governo de Pequim, constam bibliotecas, museus, cinemas, galerias de arte, centros culturais, instalações desportivas e locais de entretenimento. Há cerca de dois anos que as principais cidades da China exigem a utilização de uma aplicação para aceder a locais públicos ou residenciais. O utilizador deve primeiro digitalizar o código QR, uma versão bidimensional do código de barras, colocado na entrada de todos os edifícios, assim como nos transportes públicos ou táxis. Estas ‘apps’, além de registarem todos os locais onde o usuário esteve, incluem os resultados dos testes para a covid-19 e o histórico de inoculação. A vacina não era, no entanto, um requisito para aceder aos espaços públicos, em Pequim. A decisão das autoridades surge numa altura em que a capital chinesa tenta aumentar a taxa de vacinação entre a população idosa, e evitar que surtos ativos em vários pontos do país se alastrem. A capital chinesa administrou já 62,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 entre população de cerca de 21 milhões de habitantes. Mas a baixa proporção de vacinados entre os idosos tem sido apontada pela China como uma das justificações para a manutenção da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19. Em meados de abril, quando a cidade de Xangai sofreu o surto mais grave de sempre na China, apenas cerca de 63% dos habitantes de Xangai com mais de 60 anos tinham recebido o esquema de vacinação completo. Também em Hong Kong, um surto de covid-19, provocado pela altamente contagiosa variante Ómicron, causou uma média de mais de 100 mortes por dia, na cidade de 7,4 milhões de habitantes, nos primeiros meses do ano. No início desse surto, apenas 43% dos habitantes de Hong Kong com mais de 80 anos, um dos grupos mais vulneráveis, tinham recebido pelo menos uma dose da vacina, resultando numa das mais altas taxas de mortalidade do mundo durante a pandemia. Os chineses mais velhos não sentem urgência em receber a vacina, devido aos baixos níveis de infeção no país. De acordo com as contas oficiais chinesas, desde o início da pandemia, 226.300 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus no país, entre as quais 5.226 morreram, embora o número total de pessoas infetadas exclua casos assintomáticos.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresas chinesas seguem sanções contra Rússia para evitarem danos colaterais Uma análise do Peterson Institute for International Economics (PIIE) indica que, apesar do apoio tácito prestado por Pequim a Moscovo, os exportadores chineses parecem reconhecer os riscos de violar as sanções impostas contra a Rússia pelo Ocidente. No relatório, o grupo de reflexão (think tank), com sede em Washington, apontou que as empresas chinesas temem ser alvos colaterais e perder o acesso a tecnologia, bens e moeda dos países ocidentais, caso violem a proibição de exportar bens sensíveis para a Rússia, nomeadamente componentes e alta tecnologia, como semicondutores, considerados cruciais para os esforços de guerra. Entre Janeiro e Junho, as exportações da China para a Rússia caíram 38 por cento, face ao semestre anterior. Em comparação, as vendas para a Rússia entre os países que impuseram sanções contra Moscovo – sobretudo as nações europeias e os Estados Unidos – caíram, em média, 60 por cento. A análise do PIIE indicou que o declínio das exportações chinesas para a Rússia está em linha com os dados de outros países que não impuseram sanções. Em dois casos proeminentes, a China UnionPay, o sistema de pagamento chinês, equivalente aos serviços Visa ou Mastercard, recusou-se a trabalhar com bancos russos sancionados, e a tecnológica chinesa Huawei reduziu as operações no país. Isto sucede apesar de a China recusar condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia e criticar a imposição de sanções contra Moscovo. Pequim considera a aliança com o país vizinho fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos EUA. Na semana passada, Washington puniu já cinco empresas chinesas por violarem as sanções contra a Rússia, adicionando-as à “lista negra” do Departamento de Comércio, o que interdita o acesso a alta tecnologia e componentes norte-americanos. As autoridades disseram que estas empresas continuaram a fornecer apoio à base industrial militar e de Defesa da Rússia, em operações “contrárias aos interesses de segurança nacional e de política externa dos EUA”. A disparar As compras à Rússia pela China aumentaram, no entanto, para níveis recorde. Quase 80 por cento dessas importações são petróleo e gás. A construção de um gasoduto de 962 quilómetros entre os dois países está a progredir e uma ponte fronteiriça foi inaugurada no mês passado (ver texto anexo). No entanto, as restrições impostas à Rússia no acesso a componentes e alta tecnologia têm um efeito “cumulativo”, referiu o PIIE. “A falta de um único componente pequeno pode encerrar uma linha de montagem”, descreveu o think tank, numa altura em que algumas das reservas de equipamento militar da Rússia se estão a esgotar. O PIIE considerou, porém, que, “por si só, [as sanções] não podem forçar o fim da guerra”. “Historicamente, apenas uma em cada três sanções projectadas para alcançar grandes mudanças políticas ou enfraquecer um alvo militarmente alcançam um sucesso moderado”, notou.
Hoje Macau SociedadeEstudo sugere formas para Macau atingir neutralidade de carbono em 2050 Um estudo da Universidade de Macau (UM) propôs quatro caminhos para o território atingir a neutralidade de carbono “por volta de 2050”, anunciou a instituição de ensino superior. “Por volta de 2050, as emissões locais directas de carbono provenientes da combustão de energia fóssil serão neutralizadas”, caso sejam seguidos quatro caminhos propostos no estudo, sublinhou a universidade em comunicado. “A equipa de investigação da UM prevê que a partir de 2025, as emissões locais directas de carbono de Macau irão diminuir todos os anos” se se apostar em transportes terrestres eléctricos, em transportes marítimos movidos a hidrogénio, na substituição de energia limpa local, como a energia solar, e em edifícios com baixo teor de carbono. Ao mesmo tempo, salientou, “para lidar com a grande quantidade de electricidade comprada consumida por Macau, a cidade precisa de participar activamente no comércio de electricidade verde e fornecer serviços complementares à rede eléctrica do Sul da China”. Comprar lá fora No estudo adianta-se também que, uma vez que o Governo “pode fornecer incentivos económicos para a rede eléctrica de Macau comprar electricidade verde de fontes externas, espera-se que as emissões indirectas de carbono de Macau a partir de compras externas de electricidade sejam neutralizadas antes de 2050”. Por fim, a UM sustentou que, “para a aplicação de tecnologias modernas na gestão integrada de sistemas energéticos urbanos, a Internet das coisas, grandes dados e tecnologias de inteligência artificial devem ser utilizados para alcançar o planeamento científico, operação e controlo de sistemas energéticos urbanos integrados”. A equipa de investigação, liderada pelo reitor da universidade, Yonghua Song, concluiu que “Macau tem o potencial para se afirmar como uma cidade pioneira na neutralidade de carbono na China”. O estudo foi publicado no Boletim da Academia de Ciências da China.
Hoje Macau PolíticaFundação Macau | Ho Iat Seng renova Conselho de Curadores O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng publicou ontem em Boletim Oficial a lista de “individualidades” que, a partir de 11 de Julho, farão parte do Conselho de Curadores da Fundação Macau nos próximos dois anos. Relativamente ao actual Conselho de Curadores há a registar sete novidades, que irão colmatar as saídas de Stanley Au, Susana Chou, Neto Valente, Ung Si Meng, Ma Iao Hang, Eric Yueng e Liu Chak Wan. Entre as novidades está a antiga deputada e vice-directora da Escola Ho Kong, Chan Hong, Ng Siu Lai, representante de Macau na Assembleia Popular Nacional, o ex-deputado Chan Wa Keong, Mok Chi Wai, presidente da Federação da Juventude de Macau, Ma Chi Wa, do sector empresarial, Liu Cai Seng, vice-presidente da MUST e administrador do Banco de Desenvolvimento de Macau e a advogada Cristina Neto Valente. De notar ainda que tanto o arquitecto Carlos Marreiros, como Anabela Ritchie, antiga presidente da Assembleia Legislativa, se mantêm no Conselho de Curadores da Fundação Macau. Noutro despacho publicado ontem em Boletim Oficial, Wu Zhiliang e Zhong Yi Seabra de Mascarenhas viram, respectivamente, os cargos de presidente e vice-presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau, renovados por mais um ano. Numa última nota, Ho Iat Seng renovou ainda, por mais dois anos, a nomeação de Vong Hin Fai no cargo de presidente do Conselho Fiscal da Fundação Macau e de Ho Mei Va, Sio Ng Kan e Lau Veng Lin, como membros do mesmo Conselho.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Veteranos do sector traçam possível cenário catastrófico para o resto de 2022 Com a primeira metade de 2022 a registar resultados negativos como não se via desde 2006, a perspectiva da paralisação total na luta pelos zero casos de covid-19 faz com que veteranos da indústria do jogo temam o pior para o que resta do ano. Os cenários mais optimistas dependem da abertura de Macau com Hong Kong e do controlo do surto que afecta a região É preciso recuar até 2006 para encontrar um primeiro semestre com resultados piores na indústria de jogo como os apurados na primeira metade de 2022. Os primeiros seis meses do ano geraram 26,27 mil milhões de patacas de receitas brutas, enquanto no mesmo período de 2006 o primeiro semestre terminou com 25,75 mil milhões de patacas. A cereja no topo do bolo dos maus resultados surgiu com o surto comunitário de covid-19, que ontem contabilizava um total de 1.168 casos positivos e disseminava a possibilidade de um confinamento geral do território. O presidente da Associação de Mediadores de Jogos e Entretenimento de Macau, Kwok Chi Chung, traçou ao portal GGRAsia o pior cenário possível para a indústria que alimenta a economia de Macau: um segundo semestre de 2022 que continue ao ritmo actual, ou seja, com o sector paralisado. Uma probabilidade face à continuação da aposta na política de zero casos, segundo o dirigente. Depois das esperanças de recuperação em 2021, vários surtos de covid-19 na região vizinha de Guangdong, um mercado fundamental para a economia de Macau, aprofundaram a situação de fragilidade do turismo e o negócio dos casinos. Recorde-se também que na primeira metade de 2022, a província de Guangdong, assim como outras regiões chinesas, foram afectadas pela covid-19. Desde que começou a pandemia, Guangdong tem sido o único mercado quase sem necessidade de quarentena à entrada em Macau. Ainda assim, os surtos verificados este ano colocaram em cheque épocas altas de turismo e jogo, como a semana dourada de Maio. No fundo, o timming dos surtos acabou também por penalizar Macau. “O actual surto acontece ao mesmo tempo a que assistimos ao início da recuperação em cidades como Xangai e Pequim”, acrescentou Kwok Chi Chung ao GGRAsia. Corda ao pescoço O presidente da associação que representa os promotores de jogo, uma indústria moribunda, afirma que o sector do jogo de Macau está a ser apertado de várias formas. A possível extinção do mercado VIP, para apostar exclusivamente no segmento de massas é uma estratégia que está a esbarrar nas restrições relacionadas com a pandemia, assim como na política de emissão de vistos das autoridades chinesas. “Hoje em dia, Macau é visitado diariamente por apenas algumas centenas de pessoas. Isto é muito duro para uma cidade que quer apostar exclusivamente no mercado de massas”, afirmou. O director da consultora de gestão de jogo 2NT8, e antigo executivo de casino, Alidad Tash aponta a salvação à abertura entre RAEs. “Tudo depende de quando serão levantadas as restrições e quarentenas a visitantes de Hong Kong. Se isso acontecer, consigo perspectivar um segundo semestre melhor, se no início do terceiro trimestre se verificar o aumento da procura reprimida”, afirmou ao portal de notícias da indústria do jogo. Apesar da previsão, Alidad Tash mostrou reservas e duvida que a abertura com Hong Kong aconteça em breve.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Xi’an anuncia confinamento de uma semana para conter surto A cidade de Xi’an, destino do único voo direto entre Portugal e China, vai encerrar, por uma semana, restaurantes, bares, escolas e locais religiosos, após ter diagnosticado cerca de 20 casos de covid-19, anunciaram as autoridades. Situada no centro da China, a cidade, com 13 milhões de habitantes, é conhecida pelo Exército de Terracota, enterrado com o primeiro Imperador da China. Xi’an é também o destino da única ligação aérea entre Portugal e a China, que foi entretanto suspensa, por um período total de seis semanas, após terem sido detetados casos de infeção pelo novo coronavírus em dois voos oriundos de Lisboa. A China é um dos últimos países a aplicar uma estratégia de “zero casos” de covid-19, o que implica o bloqueio de cidades inteiras, testes em massa e o isolamento em instalações designadas de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos, sempre que é detetado um surto. O país mantém também as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. Os voos para a China estão sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso sejam identificados dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. A cidade de Xi’an registou 18 casos positivos, causados pela altamente contagiosa variante Ómicron, desde sábado, segundo as autoridades locais. Um alto funcionário do governo local, Zhang Xuedong, anunciou hoje a aplicação, por um período de sete dias, de “medidas de controlo”, destinadas a evitar o “movimento de pessoas”. “Estamos numa corrida contra o tempo” e é necessário “evitar a propagação e o aumento dos casos”, sublinhou. Espaços de entretenimento como bares, cibercafés ou restaurantes irão encerrar a partir da meia-noite de quarta-feira na China, disse o governo local em comunicado. Os estabelecimentos de restauração deixam de poder receber clientes durante uma semana, mas estão autorizados a fazer entregas ao domicílio. As escolas primárias e creches vão também fechar, assim como os locais religiosos. A cidade de Xi’an foi sujeita a medidas de bloqueio altamente restritivas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, devido a um surto do novo coronavírus. O governo local foi então criticado pela gestão do confinamento, marcado por problemas de abastecimento de alimentos e outros bens básicos. As autoridades suspenderam nessa altura todos os voos internacionais, que só retomaram em junho passado. A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho, mas logo no primeiro voo foram detetados dez casos a bordo, acionando a suspensão de um mês, no âmbito da política do ‘circuit breaker’, aplicável a partir de 20 de junho. No segundo voo, realizado em 19 de junho, foram detetados cinco casos, pelo que foi aplicada nova suspensão de duas semanas.
Hoje Macau China / ÁsiaChefes das diplomacias dos Estados Unidos e da China reúnem-se esta semana O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai reunir-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, esta semana, à margem de uma conferência em Bali, informou hoje o Departamento de Estado. Os dois chefes de diplomacia, que se encontraram pela última vez em outubro, irão conversar à margem de uma reunião ministerial do G20, em pleno clima de tensão sobre várias questões, incluindo Taiwan. As conversações também ocorrerão numa altura em que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se prepara para uma reunião com seu homólogo chinês, Xi Jinping, que não viaja para o estrangeiro desde o início da pandemia da covid-19, em 2020. Blinken também deverá reunir-se com dirigentes indonésios, antes de viajar para a Tailândia, no sábado. As reuniões entre os Estados Unidos e a China, que eram frequentes, quase pararam durante a pandemia e à medida que aumentavam as tensões entre as duas maiores economias do mundo. Blinken e o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, reuniram-se, em março de 2021, no Alasca, com os seus homólogos chineses, encontro que provou a existência de profundas divergências em várias matérias, desde as relações comerciais ao destino de Taiwan. Washington e Pequim também estão em polos divergentes na resposta à guerra na Ucrânia: se os norte-americanos assumiram a liderança na resposta ocidental contra a Rússia, os chineses insistem na proximidade com o regime do Presidente Vladimir Putin, e aumentaram a compra de petróleo russo. A rivalidade com o gigante asiático é a prioridade estratégica declarada de Joe Biden, que tenta contrariar as ambições de Pequim na Ásia e no Pacífico e mais amplamente no mundo.
Hoje Macau SociedadeCâmara de Comércio Europeia | Rui Pedro Cunha eleito para a presidência Rui Pedro Cunha foi eleito presidente da Direcção da Câmara de Comércio Europeia de Macau, de acordo com um comunicado da entidade. Num mandato que se prolonga até Outubro de 2023, Cunha traça como metas cooperar com as entidades locais para promover a integração de Macau na Grande Baía. “A actual situação económica de Macau e do mundo continua a ser um desafio para as empresas locais e europeias, por isso, é mais importante do que nunca promover uma boa comunicação e uma boa compreensão com benefícios mútuos”, afirmou Rui Pedro Cunha. “A Câmara de Comércio Europeia de Macau pode assumir um papel na cooperação entre as câmaras nacionais locais, na exploração de novas oportunidades em Hengqin, e na integração da Grande Baía, que é benéfica para Macau. Estou ansioso para começar a trocar ideias e trabalhar em conjunto para conseguirmos alcançar este objectivo”, acrescentou. O novo presidente, filho do advogado Rui Cunha, vai suceder a Henry Brockman, que deixa o território. Na altura da saída deixou uma palavra de confiança para o novo presidente. “Tenho toda a confiança de que o Rui Pedro vai lidar com habilidade com todos os assuntos da Câmara do Comércio e encontrar novas formas de liderá-la de forma bem sucedida”, afirmou. Henry Brockman estava na liderança da instituição desde 2021.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Empréstimos internos a privados subiram 0,5% em Maio A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) anunciou ontem que durante o mês de Maio os empréstimos internos ao sector privado cresceram 0,5 por cento em relação ao mês anterior, atingindo 557,1 mil milhões de patacas. No que toca aos empréstimos ao exterior, foi registado no mês em apreço uma subida de 1,1 por cento, correspondendo a um total de 778,2 mil milhões de patacas. Feitas as contas a ambos os segmentos, a AMCM indica que os empréstimos ao sector privado voltaram a crescer 0,9 por cento em relação ao mês anterior, totalizando um valor de 1.335,3 mil milhões de patacas. No campo dos depósitos feitos por residentes, Maio trouxe um crescimento de 0,2 por cento em relação ao mês anterior, para um total de 654,3 mil milhões de patacas. Já os depósitos de não-residentes, decresceram 3,6 por cento, atingindo 352,7 mil milhões de patacas. Por outro lado, os depósitos do sector público na actividade bancária cresceram para 261,4 mil milhões de patacas, um crescimento de 0,2 por cento. Como resultado, o total dos depósitos da actividade bancária diminuiu 0,9 por cento quando comparado com o mês anterior, totalizando 1.268,3 mil milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina regista temperatura e níveis de precipitação mais altos das últimas décadas Desde os picos nevados do Tibete à ilha tropical de Hainan, a China está a enfrentar a pior onda de calor das últimas décadas, enquanto a precipitação registou níveis recorde em junho, segundo as autoridades. Neste mês, as províncias chinesas de Shandong, Jilin e Liaoning, no nordeste do país, registaram os níveis mensais de precipitação mais altos de sempre. A média nacional, de 112,1 milímetros, representou um aumento homólogo de 9,1%, de acordo com a Administração Meteorológica da China. A temperatura média em todo o país atingiu 21,3 graus Celsius, em junho, um aumento de 0,9 graus, em relação ao mesmo período do ano passado, e o maior desde 1961. As temperaturas e níveis de precipitação vão permanecer mais altas do que o normal, em grande parte do país, ao longo de julho, disseram as autoridades. Na província de Henan, centro da China, as cidades de Xuchang e Dengfeng atingiram os 42,1 e 41,6 graus, respetivamente, em 24 de junho. Foram os dias mais quentes alguma vez registados na região, de acordo com Maximiliano Herrera, climatologista especializado em estatísticas climáticas e condições meteorológicas extremas. A China também tem registado inundações sazonais em várias partes do país, que causaram a retirada de centenas de milhares de pessoas, particularmente no sul e centro. Os cientistas dizem que isto é fruto das mudanças climáticas e que o clima vai continuar a aquecer neste século. No Japão, as autoridades alertaram para uma maior pressão na rede elétrica e instaram os cidadãos a economizar energia. Na sexta-feira, as cidades de Tokamachi e Tsunan atingiram as temperaturas mais altas de sempre, enquanto várias outras cidades bateram recordes mensais. Parte significativa do Hemisfério Norte tem registado níveis de calor extremo, desde regiões no normalmente frio Ártico russo à América do Sul, com temperaturas e níveis de humidade excecionalmente altos.
Hoje Macau Manchete SociedadeGoverno lança regulamento que estabelece regras para concurso do jogo O Governo divulgou hoje o regulamento administrativo no qual se estabelecem as regras para o concurso do jogo em Macau, entrando em vigor esta quarta-feira. Na avaliação das propostas, o Governo vai ter em conta, entre outros fatores, “os planos de expansão dos mercados de clientes de países estrangeiros, o interesse para a RAEM dos investimentos em projetos relacionados e não relacionados com o jogo” e “as responsabilidades sociais a assumir pelas concessionárias”, indicaram as autoridades em comunicado. A próxima etapa para a atribuição de licenças passa agora pelo lançamento do concurso público, sendo criada uma comissão constituída por três elementos que vão avaliar as propostas. Macau já tinha aprovado, na Assembleia Legislativa, um novo regime jurídico para os casinos, marcado por significativas mudanças que, entre outras alterações, reforçam o controlo das autoridades sobre a indústria do jogo e as concessionárias. No regulamento agora lançado determina-se “a alteração dos requisitos relativos à proposta, dos documentos e elementos a apresentar para admissão a concurso”, assim como “disposições relativas ao conteúdo das cláusulas contratuais que o contrato de concessão deve conter e dos critérios de adjudicação”, pode ler-se na mesma nota. O documento, publicado no Boletim Oficial, “regulamenta o concurso público para a atribuição de concessões para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casino, o contrato de concessão e os requisitos de idoneidade e capacidade financeira das concorrentes e das concessionárias”.