Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | ECTAA quer vistos mais fáceis para chineses O líder da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos defendeu ontem que a União Europeia facilite a entrada a chineses, depois da China ter alargado a isenção de vistos a mais de 30 países europeus. “Continuaremos a bater à porta da Comissão Europeia para baixar o limiar para visitantes vindos de fora da Europa”, disse o presidente da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA, na sigla em inglês). Frank Oostdam falava em Macau, numa conferência de imprensa, quando questionado sobre a resposta europeia à política de isenção de vistos da China, que desde 15 de Outubro abrange Portugal. No final de Março, o embaixador chinês em Lisboa Zhao Bentang disse em entrevista à Lusa que “a China já pediu à Europa, a Portugal, que facilite a entrada a cidadãos chineses”. Mas o holandês Frank Oostdam admitiu que “o clima político não é animador” e que a actual tendência é para maiores restrições à entrada na União Europeia, dando como exemplo os Países Baixos. Oostdam falava horas antes do líder da extrema-direita dos Países Baixos, Geert Wilders, ter retirado o partido da coligação governamental, devido a um desacordo sobre a imigração, abrindo caminho a eleições antecipadas. Wilders exigia uma redução radical da migração, o reforço dos controlos fronteiriços e a rejeição de todos os requerentes de asilo. “Gostaríamos de ter o máximo de pessoas a viajar pelo mundo, tanto quanto possível, mas não estou assim tão confiante”, lamentou Frank Oostdam. “Somos muito a favor da liberdade de circulação, porque se as pessoas se conhecerem, teremos um mundo melhor”, defendeu o presidente da ECTAA. No mesmo tom Antes da conferência de imprensa, também o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) lamentou “não haver a mesma solução do ponto de vista da Europa relativamente aos turistas chineses”. “Gostaríamos muito que acontecesse, é essa a opinião da ECTAA, é essa a posição da APAVT. Os vistos fazem mal à mobilidade e a mobilidade faz bem ao mundo”, defendeu Pedro Costa Ferreira. No caso de Portugal, a isenção de visto para entrada na China vigora até 31 de Dezembro, mas Frank Oostdam demonstrou esperança que seja “prolongada por muitos anos”. “Pelo que ouvimos, a situação parece otimista. Esperemos que sim, porque a questão do visto é realmente essencial para explorar o potencial do turismo da Europa para a China”, defendeu o dirigente. “Se não tivermos [isenção de visto], o potencial está lá, mas não resultará em muito mais turistas”, alertou o neerlandês. Já a vice-presidente da ECTAA, Heli Maki-Franti, lamentou que o encerramento do espaço aéreo da Rússia tenha levado as companhias aéreas a “reduzir drasticamente” o número de voos para a China. A União Europeia fechou o espaço aéreo aos aviões russos após a invasão da Ucrânia, e Moscovo retaliou com proibições semelhantes, tornando mais longas e dispendiosas as ligações entre a Ásia e a Europa. “Muitos clientes não estão dispostos a pagar”, disse Maki-Franti. A directora dos Serviços de Turismo de Macau (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, disse que isto representa “uma clara oportunidade” para as transportadoras chinesas, “porque podem sobrevoar território russo”. O problema, respondeu Heli Maki-Franti, é que os viajantes europeus “ainda não conhecem as companhias aéreas chinesas”. “Há muito [trabalho de promoção] que estas empresas poderiam fazer no mercado europeu”, acrescentou a finlandesa.
Hoje Macau EventosFRC apresenta hoje documentário “METAMÓRṖHOSIS É hoje apresentado na Fundação Rui Cunha (FRC), a partir das 18h30, o filme-documentário “METAMÓRṖHOSIS”, realizado por António Luís Moreira, um projecto de 2024 que pela primeira vez é exibido em Macau. O evento insere-se no cartaz das comemorações “Junho, Mês de Portugal na RAEM”, a propósito da chegada do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. De acordo com a sinopse do documentário, citada numa nota da FRC, “METAMÓRṖHOSIS” é “um documentário instigante que explora a transformação das comunidades rurais através das mudanças sociais e ambientais”, sendo que “o filme acompanha as histórias de três aldeãs cujas vidas reflectem as mutações sociais mais vastas da modernidade, no cenário das ‘Aldeias de Xisto, em Portugal'”. Além disso, acrescenta-se na mesma sinopse que “no decurso da história é dado a conhecer um homem que nunca abandonou a terra onde nasceu”. “Vendo as aldeias condenadas ao despovoamento, lutou com visão e tenacidade pela emancipação colectiva das aldeias através da recuperação das tradições culturais que se desvaneciam”, pode ler-se ainda na descrição. Normas desconstruídas “METAMÓRṖHOSIS” foca-se “na desconstrução das normas sociais convencionais, destacando como as identidades pessoais e colectivas evoluem no meio de realidades mutáveis”, além de oferecer “uma análise convincente da vida rural, da memória e das tensões entre tradição e modernidade”. Este filme-documentário esteve presente em algumas competições, nacionais e internacionais, tendo sido vencedor no Luleå International Filme Festival – Suécia 2024 (Melhor Documentário de Longa-Metragem e Melhor 1ª Obra Documental), o Filmzen International Competition de Chicago – EUA 2024-2025 (Melhor Documentário e Melhor Realizador Emergente), o virtual Best Hollywood Day Short Film Festival 2025 (Melhor Filme Documentário), e o Portugal Indie Film Festival de Cascais 2025 (Melhor Documentário). O filme foi também nomeado para o Barcelona Indie Awards – Espanha 2025, foi semi-finalista no 12.º ARFF Barcelona International Film Festival – Espanha 2025, e finalista no Dallas Independent Film Festival – EUA. A película é falada em Português, com legendas em Inglês. A duração é de 79 minutos.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | China acusa EUA de quebrar acordo com medidas de “supressão extrema” Pequim acusou ontem Washington de violar um acordo alcançado em maio para reduzir temporariamente as taxas alfandegárias com medidas de “supressão extrema”, como restringir as exportações de semicondutores e anular vistos a estudantes chineses. “O consenso de Genebra foi alcançado com base no respeito mútuo e na igualdade de consultas. A China implementou-o de forma responsável e de boa-fé. No entanto, os EUA impuseram restrições unilaterais e infundadas”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lin Jian. A China, que declarou ter apresentado um protesto formal, instou Washington a “corrigir as suas acções erradas” e a “respeitar o consenso duramente conquistado”. “O uso de pressão e coerção não é a forma correcta de lidar com a China”, disse Lin. Pequim afirmou na segunda-feira, através do seu Ministério do Comércio, que desde que o pacto comercial foi selado a 12 de Maio, Washington adoptou novas medidas que “minam seriamente” os compromissos assumidos, incluindo a suspensão das vendas de ‘software’ utilizado no fabrico de semicondutores, novos controlos sobre a exportação de ‘chips’ utilizados em sistemas de inteligência artificial e a recente revogação de vistos para estudantes chineses, uma medida que a China descreveu como “discriminatória”. As tensões aumentaram nos últimos dias, com novas restrições impostas por Washington e uma queda de cerca de 20 por cento nas importações norte-americanas de produtos chineses em Abril. O Secretário do Tesouro, Scott Bessent, reconheceu, na semana passada, que as negociações estão paradas e referiu que um telefonema entre Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, poderia quebrar o impasse. O conselheiro económico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse no domingo que ainda não há uma conversa agendada entre os dois líderes, embora espere que possam falar sobre comércio na próxima semana. Pequim, no entanto, respondeu ontem que não tem “qualquer informação” sobre um possível telefonema.
Hoje Macau China / ÁsiaVistos | Pequim anuncia que vai continuar a alargar isenção A China afirmou ontem que vai continuar a alargar a sua política de isenção de vistos a mais países, destacando a recente inclusão, pela primeira vez, de países da América Latina, incluindo o Brasil. “Vamos continuar a optimizar as nossas políticas de entrada, a alargar o número de países isentos de vistos e a convidar mais amigos internacionais a experimentar os produtos, serviços e ofertas de consumo de qualidade da China”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa. Desde 01 de Junho, os cidadãos do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai podem entrar na China sem visto até 30 dias, no âmbito de uma iniciativa-piloto anunciada durante a última cimeira China – Comunidade dos Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (CELAC). Com a entrada em vigor, a 09 de Junho, da isenção de visto para os cidadãos da Arábia Saudita, Omã, Kuwait e Barém, o número de países com acesso à China com isenção de visto aumentará para 43. A política abrange também Portugal desde o ano passado. Abrir ao mundo Esta expansão reflecte o compromisso de Pequim com uma “abertura de alto nível” e com a construção de uma “economia mundial aberta”, disse Lin. O porta-voz sublinhou que as medidas de facilitação da entrada “já estão a produzir resultados concretos”: no primeiro trimestre de 2025, mais de nove milhões de estrangeiros entraram na China, um aumento de mais de 40 por cento, em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, mais de 18.000 novas empresas com investimento estrangeiro foram criadas na China entre Janeiro e Abril, um aumento homólogo de 12,1 por cento, de acordo com dados oficiais citados por Lin. Pequim acredita que estas políticas ajudarão a impulsionar o turismo, a reforçar os laços com os países parceiros e a projectar uma imagem moderna e acessível da China, após anos de restrições fronteiriças devido à pandemia da covid-19.
Hoje Macau SociedadeFronteiras | Mais de 390 mil visitaram Macau no fim-de-semana No passado fim-de-semana prolongado, devido ao feriado do Dia do Barco Dragão, entraram em Macau 390.442 visitantes, de acordo com dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), total que representou um aumento de quase 14 por cento face ao mesmo período do ano passado. Entre os dias 31 de Maio e 2 de Junho, o posto fronteiriço das Portas do Cerco voltou a ser o local de entrada de mais pessoas, com 45,5 por cento das travessias de Zhuhai para Macau, o equivalente a 177.765 turistas. Nos três dias do fim-de-semana, quase 75 mil turistas chegaram à RAEM através da fronteira da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e 62.366 entraram pelo posto fronteiriço de Hengqin. No somatório de todos os postos fronteiriços, ao longo dos três dias, o CPSP contou mais de 2.05 milhões de travessias, entre entradas e saídas. As autoridades contabilizaram o maior número de travessias de turistas para Macau no sábado e domingo, com ambos os dias a superarem a fasquia das 151 mil entradas, com o sábado a aproximar-se das 152 mil. A segunda-feira, foi o dia do fim-de-semana prolongado em que entraram mais turistas em Macau, 86.847 no total.
Hoje Macau Manchete SociedadeTNR | Mais 31.700 pessoas desde fim de ‘covid zero’ No final de Abril, havia quase 183.600 trabalhadores não-residentes no território, o que significa um aumento de 31.700 desde o fim da pandemia. A hotelaria, e a restauração são os sectores que mais recorrem a este tipo de mão-de-obra Macau empregava no final de Abril deste ano quase 183.600 trabalhadores não-residentes, um aumento de 31.700 desde o fim da política ‘zero covid’, em Janeiro de 2023, foi ontem anunciado. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, o território tinha 183.568 trabalhadores sem estatuto de residente. Este número representa um aumento de 20,9 por cento desde Janeiro de 2023, quando terminou a política de ‘covid zero’, que esteve em vigor durante cerca de três anos. Nesse mês, os trabalhadores migrantes em Macau, incluindo aqueles vindos da China continental, eram menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. Macau, que à semelhança da China seguia a política de ‘covid zero, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não-residentes, a partir de 8 de Janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições. O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde Janeiro de 2023, ganhando 17.424 trabalhadores não-residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 4.780) e dos casinos (mais 2.895). A área da hotelaria e restauração foi precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo sido despedidos mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019. A reboque do turismo A RAEM acolheu, nos primeiros quatro meses de 2025, 13 milhões de visitantes, mais 12,9 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano. A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006. Apesar da subida do número de trabalhadores não residentes, a taxa de desemprego manteve-se em 1,9 por cento no período entre Fevereiro e Abril. A economia de Macau encolheu 1,3 por cento entre Janeiro e Março, sobretudo devido à “alteração do padrão de consumo dos visitantes”, segundo a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos. Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19.
Hoje Macau SociedadeBroadway | Francis Lui aponta para possível renovação O presidente da Galaxy, Francis Lui, revelou que o grupo que lidera está a encarar a possibilidade de renovar o resort integrado Broadway no futuro, mas que, para já, a prioridade continua a ser a construção da 4.ª fase do Galaxy Macau, que terá um parque temático. Citado pelo jornal de Hong Kong Ming Pao, o líder da Galaxy comenta que um dos principais desafios que Macau enfrenta é a falta de quartos com preços abaixo de mil patacas por noite, reiterando a ideia de que o mercado está carente de, pelo menos, 10 mil quartos para orçamentos mais curtos. Recorde-se que o grupo abriu recentemente o Capella at Galaxy Macau, que oferece 36 vilas luxuosas. Francis Lui acrescentou que a lacuna no mercado faz com que os milhares de turistas que vêm do Interior da China assistir a espectáculos em Macau acabam por não pernoitar no território devido aos preços elevados da acomodação, lacuna que não poderá ser colmatada mesmo com um renovado Broadway que só oferece 300 quartos.
Hoje Macau SociedadeGripe | Casos colectivos afectam 24 crianças Os Serviços de Saúde indicaram ontem ter detectado dois casos colectivos de gripe em escolas. O primeiro caso, encontrado, na passada sexta-feira, afectou duas turmas, do pré-escolar e do 1.º ano do ensino básico, da Escola Secundária Pui Ching, na Avenida de Horta e Costa, totalizando 17 crianças infectadas. O segundo caso, foi registado na segunda-feira, numa turma do pré-escolar da Escola Secundária Ilha Verde da Associação Comercial de Macau, na Avenida do Conselheiro Borja, onde foram infectadas sete crianças. As autoridades indicaram que alguns alunos tiveram de ser submetidos a tratamentos médicos, mas que “as condições clínicas dos doentes são consideradas ligeiras, e não foram registados casos graves e internamento”. Covid-19 | Sete infectados em lar de Seac Pai Van Os Serviços de Saúde anunciaram ontem que foram notificados para um caso colectivo de infecção de covid-19 num lar para pessoas portadoras de deficiência, o Vila da Harmonia, na Avenida de Vale das Borboletas de Seac Pai Van. No total, foram diagnosticados sete utentes do lar depois de os sintomas se terem começado a manifestar no dia 27 de Maio. De acordo com as autoridades de saúde, as condições clínicas dos doentes são consideradas estáveis, não foram registados casos graves ou outras complicações. Como é usual nestas circunstâncias, foram aplicadas medidas de controlo da infecção no estabelecimento, como o reforço na desinfecção, limpeza e manutenção da ventilação de ar no interior das instalações, bem como a aplicação rigorosa das normas de isolamento para as pessoas infectadas.
Hoje Macau PolíticaEleições | Tim Wong apresentou ontem propositura de candidatura Para já, parece que as próximas eleições legislativas vão ter um novo cabeça de lista. Tim Wong, que dirige a Associação de Amizade de Macau e Myanmar e fundou a Associação da Promoção da Vida dos Cidadãos e Economia, apresentou ontem o pedido de constituição da comissão de candidatura à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL). A lista apresentada ontem, composta por residentes locais e estrangeiros de Macau, começou a ser pensada há dois anos e foi agora entregue à CAEAL o pedido de constituição de comissão, assinado por 500 residentes. Entre os assuntos que movem a candidatura, o cabeça de lista destaca como prioridade o apoio à subsistência dos grupos mais desfavorecidos, a qualidade de vida da população e a sobrevivência das pequenas e médias empresas. Apesar de Tim Wong ter partilhado nas redes sociais opiniões sobre vários tópicos, e inclusive ter entregue uma petição ao Governo a pedir a redução de trabalhadores não-residentes, a lista ainda não tem um programa político completo, mas está a ser preparado, garantiu ontem o potencial candidato em declarações à comunicação social depois de submeter o pedido de candidatura. Depois de uma carreira na Função Pública, Tim Wong voltou à universidade para fazer doutoramento e, em 2014, passou para o sector privado e dos serviços sociais. O dirigente associativo entende que, hoje em dia, não existem na Assembleia Legislativa vozes que representem os grupos vulneráveis da sociedade. Nesse aspecto, o potencial candidato a deputado mencionou as alterações às regras de atribuição dos cheques pecuniários, criticando o facto de não ter havido consulta pública, nem um período de transição para as mudanças.
Hoje Macau PolíticaTrabalho | Ella Lei quer combater idadismo A deputada Ella Lei pretende combater o idadismo, para que pessoas de meia idade possam ter mais oportunidades de emprego. Ouvida pelo Jornal do Cidadão, a deputada declarou que o Governo tem lançado diversos programas de estágio e subsídios de apoio ao emprego dos jovens, mas acredita que pessoas de meia idade, e que não estão ainda na fase da reforma, podem também gozar de apoios semelhantes. Ella Lei pede ainda uma análise aprofundada ao facto de os jovens estagiários não continuarem a trabalhar nas mesmas empresas que os acolheram, ao abrigo do programa de estágios financiado pelo Executivo. Tendo em conta a criação recente do Grupo de Trabalho para a Coordenação da Promoção ao Emprego, a deputada pede foco nos grupos de pessoas desempregadas ou que tenham dificuldades de longo prazo na busca de emprego, sobretudo jovens licenciados, pessoas de meia idade e idosos. A deputada pensa que o referido grupo precisa de analisar as razões para o desemprego a longo prazo, ainda que as estatísticas mostrem que estes desempregados têm diferentes idades. Porém, para a deputada estes dados não explicam alguns casos concretos de longas temporadas sem emprego.
Hoje Macau PolíticaEleições | Moradores entregam pedido de candidatura A União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) apresentou ontem o pedido de reconhecimento da comissão de candidatura para participar nas eleições legislativas, de acordo com o jornal Ou Mun. Como tradicionalmente acontece com os Moradores, a lista é designada como União Promotora Para o Progresso, e a mandatária é Ng Siu Lai, presidente da UGAMM. De acordo com as regras em vigor, cada comissão de candidatura precisa de ter pelo menos 300 assinaturas de residentes com capacidade eleitoral. A lista da UGAMM apresenta 500 assinaturas. Segundo o jornal Ou Mun, Ng afirmou que a lista vai está essencialmente focada nos assuntos do quotidiano, como a habitação, transportes e segurança pública. Em relação ao nome dos candidatos, a mandatária remeteu a informação para mais tarde. Ainda assim, prometeu um esforço para representar “todos os sectores da população” de Macau. Actualmente, a lista da União Promotora Para o Progresso tem dois deputados eleitos pelo sufrágio directo: Leong Hong Sai e Ngan Iek Hang. Num acto eleitoral que ficou marcado pela exclusão de vários candidatos, por motivos políticos, a lista foi a segunda mais votada em 2021 com 23.761 votos.
Hoje Macau Grande PlanoUE tem de ser “muito mais vocal” sobre Israel em Gaza A ex-comissária europeia Elisa Ferreira exigiu ontem à União Europeia que seja “muito mais vocal” sobre os limites que Israel “está a ultrapassar” na guerra contra o Hamas, defendendo uma voz articulada do bloco comunitário. “A Europa, até por causa de todo o arsenal que tem de defesa de direitos humanos, tem de ser muito mais vocal em dizer a Israel que não pode ultrapassar os limites que está a ultrapassar, e que os acordos internacionais vigentes não permitem fazer determinadas acções”, afirmou Elisa Ferreira em declarações à Lusa após uma conferência no consulado-geral de Portugal em Macau. A académica notou, porém, que os Estados-membros nunca atribuíram competências à União Europeia em matéria de defesa que lhe permitam, por exemplo, intervir com armamento em casos de invasões de países. “Dito isso, muitos países – Irlanda, Espanha – movimentaram-se muito, e eu acho que convinha haver uma voz articulada e conjunta para impedir que estejamos com uma sensação de impotência perante mortes que são absolutamente inaceitáveis no século XXI”, considerou a ex-ministra do Ambiente (1995-1999) e do Planeamento e do Ordenamento Territorial (1999-2002) nos governos de António Guterres. Elisa Ferreira sublinhou que já “houve algumas expressões dessa vontade” por parte de Lisboa e que espera “que se mantenha”. Passos para a paz No final de Maio, Eslovénia, Espanha, Irlanda e Noruega, que reconheceram o Estado palestiniano há um ano, apelaram a todos os países para fazerem o mesmo em relação à Palestina e Israel, por ser um passo necessário para a paz na região. “Lembramos que o reconhecimento é outro passo para a implementação da solução dos dois Estados e fazemos um apelo à comunidade internacional para serem dados os passos necessários para a tornar realidade, entre eles, o reconhecimento individual da Palestina e de Israel por parte dos países que ainda não o fizeram”, lê-se numa “declaração conjunta”. A retaliação de Israel ao ataque do Hamas de 07 de Outubro provocou mais de 54 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas da Faixa de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas. Elisa Ferreira quer UE a procurar novos parceiros como China A ex-comissária europeia Elisa Ferreira defendeu ontem à Lusa que a União Europeia deve repensar parcerias e procurar novos interlocutores, incluindo Pequim, para se conservar “um grande actor” no cenário internacional. “Se há uma oportunidade em cada crise, como acho que dizem os chineses, também há uma oportunidade nesta crise da liderança dos Estados Unidos, porque nos mostrou que a Europa tem de saber por onde quer ir e não perder o controlo sobre a própria agenda, e, por outro lado, tem de diversificar parceiros no exterior”, disse, em Macau, em declarações à Lusa, a ex-ministra portuguesa, após uma conferência no consulado-geral de Portugal. No actual contexto de instabilidade, a China “tem de ser um grande parceiro”, considerou a académica. “A China é uma grande potência. Acho que sempre foi latente, agora afirma-se completamente, sobretudo nas áreas de futuro, em matérias de novas tecnologias digitais e ambientais”. “Durante muito tempo, a Europa queria ser um impulsionador das novas tecnologias de energias limpas, de poupança energética, etc.; acho que a China, quando define fazer uma coisa, quando se determina, quando se organiza, acelera com uma velocidade imparável”, notou. Em Macau a convite do Instituto de Estudos Europeus, Elisa Ferreira inaugurou ontem o ciclo “Conversas no Consulado”, com a palestra “Portugal: Dos sucessos do Portugal democrático às encruzilhadas do presente”.
Hoje Macau EventosInstalações marcam presença na “Pop Mart Macao CityWalk” Acontece na próxima sexta-feira, em vários locais do centro histórico de Macau, a iniciativa “Pop Mart Macao CityWalk”, organizada pela Direcção dos Serviços de Turismo de Macau e a Pop Mart, e que visa uma interacção de instalações de “bonecos-estrela com propriedade intelectual”, que ganharam nomes como “Baby Molly”, “CRYBABY”, “DIMOO” e “LABUBU”. Assim, a ideia é permitir à população e turistas tirar muitas fotografias a estas criações locais, disponibilizando-se uma oferta distinta na área do entretenimento e turismo, destaca a DST, em comunicado. Esta iniciativa irá decorrer durante as férias de Verão, entre 6 de Junho e 21 de Setembro, num total de 108 dias, oferecendo passeios com bonecos de grandes dimensões. A primeira iniciativa decorre às 14h30 do dia 6 na Zona de Lazer da Rua do Pai Kok, na Taipa, com a apresentação da instalação do boneco “LABUBU” de grande escala, com sete metros de altura. Nos restantes dias, as personagens do “POP MART” vão estar em locais como a Calçada da Igreja de S. Lázaro, Praça de Luís de Camões, Largo de Santo Agostinho e Zona de Lazer da Rua do Pai Kok, na Taipa. Segundo a DST, “os pontos de destaque para tirar fotografias incluem, além da instalação de ‘LABUBU’, uma instalação de ‘DIMOO’ de quatro metros escondido num edifício do Património Mundial de Macau; uma instalação de ‘Baby Molly’ com um novo estilo, e que é lançada pela primeira vez; e ainda instalações divertidas de ‘CRYBABY’, apresentadas nas zonas comunitárias de Macau”, que prometem “atrair a atenção dos fãs de todo o mundo”. Base no Senado A base desta iniciativa, chamada “Pop Station”, será no Edifício Ritz, no Largo do Senado, onde está sediada a DST. Aqui vão acontecer diversas actividades conexas às instalações destes personagens, como uma zona de venda temporária de produtos ou locais para tirar fotografias, nomeadamente uma instalação de grande escala para que as pessoas possam captar imagens do “Mega Space Molly Egg Tart”, com referência ao tradicional pastel de nata. Decorrerão também campanhas de incentivo ao consumo, incluindo a campanha promocional relativa ao “Pop Mart Macao CityWalk”, com divulgação nas redes sociais.
Hoje Macau China / ÁsiaPR timorense “extremamente preocupado” com linguagem utilizada sobre China O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou ontem ter ficado “extremamente preocupado” com a linguagem usada em relação à China no Diálogo de Shangri-La, uma plataforma de debate sobre os desafios de segurança na Ásia. “Vim extremamente preocupado com a linguagem da parte de alguns países, mas, sobretudo, dos Estados Unidos com as relações com a China”, disse Ramos-Horta aos jornalistas no aeroporto internacional de Díli, após ter regressado, mais cedo do que o previsto, de Singapura, onde decorreu o encontro. “Em vez de se procurar uma linguagem mais suavizadora, de serenidade, de diálogo, o discurso do secretário de Estado da Defesa [Pete Hegseth] mencionou a China 20 vezes. Muitos países ficam desconfortáveis com isso”, salientou o chefe de Estado timorense. Durante a sua intervenção no Diálogo de Shangri-La, Pete Hegseth acusou a China de se preparar “clara e credivelmente para utilizar potencialmente a força militar para alterar o equilíbrio de poder” na região Ásia-Pacífico. Hegseth denunciou ainda o número crescente de incidentes com navios chineses no mar do Sul da China, acusando Pequim de se “apoderar ilegalmente e militarizar” ilhas e ilhéus reivindicados, nomeadamente, pelas Filipinas. A China avisou domingo os Estados Unidos que “não devem brincar com o fogo” em relação a Taiwan e acusou também os norte-americanos de transformarem a região num “barril de pólvora” ao colocarem armas no mar do Sul da China (ver pagina 10). Ainda em relação aquele assunto, José Ramos-Horta destacou que o secretário de Estado norte-americano “faz a política do seu Presidente”, mas salientou que Donald Trump “não quer guerra” e quer resolver a questão da Palestina e da Ucrânia. Na sua intervenção sábado no Diálogo de Shangri-La, o Presidente timorense alertou que as “armas se estão a espalhar demasiado depressa pelos países da Ásia-Pacífico, criando vários perigos para a região. O também prémio Nobel da Paz afirmou que Timor-Leste está a observar esta questão com “crescente preocupação” e apelou aos países para colaborarem e dialogarem sobre segurança. Viver e morrer em Gaza Nas declarações aos jornalistas, no aeroporto, Ramos-Horta disse também ter recebido o convite para participar a Conferência Internacional para a Solução dos Dois Estados no Médio Oriente, a realizar este mês em Nova Iorque. “É uma reunião muito importante para discutir os dois estados, Palestina e Israel, o ambiente não favorece nada este fórum, do que se vê, mas felicito o secretário-geral [da ONU, António Guterres] que em parceria com a Arábia Saudita e outros países decidiram fazer esta cimeira”, afirmou. O Presidente timorense disse que a razão pela qual veio mais cedo de Singapura, o seu regresso a Timor-Leste estava apenas previsto para quarta-feira, foi precisamente para realizar consultas com as autoridades timorenses para fazer um pequeno documento que articula a posição do país. Timor-Leste defende a solução de dois estados. “Uma posição que a comunidade internacional já tem há 30 ou 40 anos, com a criação de um Estado palestino que viva pacificamente com as fronteiras de 1967 e Israel, com todo o seu direito de viver também sem ameaças à sua existência, que o povo israelita possa viver em tranquilidade”, afirmou. A Conferência Internacional para a Solução dos Dois Estados no Médio Oriente (Israel e Palestina), vai decorrer entre 17 e 20 de Junho na sede da ONU, em Nova Iorque, e será co-presidida pela França e pela Arábia Saudita.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Pequim “rejeita firmemente” acusações de Washington de violação do acordo A China rejeitou ontem “firmemente” as acusações dos Estados Unidos de que violou um acordo alcançado no mês passado para reduzir os direitos aduaneiros entre as duas maiores economias do mundo. Pequim, não apenas rejeitou as acusações de Washington este fim de semana, como acusou os Estados Unidos de, nas últimas semanas, virem a “provocar constantemente novas fricções económicas e comerciais, agravando a incerteza e a instabilidade das relações económicas e comerciais bilaterais”, de acordo com um comunicado ontem divulgado pelo ministério chinês do Comércio. Washington e Pequim concordaram em baixar os respetivos direitos aduaneiros durante 90 dias para 30 por cento e 10 por cento, respectivamente, e comprometeram-se a prosseguir as discussões com vista a chegar a um acordo comercial. “Sem surpresa, a China violou totalmente o seu acordo connosco”, denunciou o Presidente Donald Trump, sem especificar quais as acções levadas a cabo por Pequim. Washington “fez acusações espúrias e acusou injustificadamente a China de violar o consenso, o que é totalmente contrário aos factos”, reagiu o ministério, acrescentando que “Pequim rejeita firmemente estas acusações injustificadas”. O ministério chinês do Comércio afirmou ainda ter sido “firme na proteção dos seus direitos e interesses e sincero na aplicação do consenso”. Washington “tem introduzido sucessivamente uma série de medidas restritivas discriminatórias contra a China”, acrescentou o comunicado, citando o controlo das exportações de chips de inteligência artificial e a revogação de vistos para estudantes chineses nos Estados Unidos. “Exortamos os Estados Unidos a encontrarem uma base comum com a China, a corrigirem imediatamente as suas acções repreensíveis e a respeitarem conjuntamente o consenso alcançado nas conversações comerciais de Genebra”, afirmou o ministério chinês do Comércio. Caso contrário, “a China continuará resolutamente a tomar medidas fortes para defender os seus direitos e interesses legítimos”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaAutomóveis | Pequim insta empresas a cessarem guerra de preços O governo chinês instou sábado as empresas automóveis a pararem com as guerras de preços que, segundo as autoridades, ameaçam a saúde e o desenvolvimento sustentável da indústria no maior mercado automóvel do mundo. O Ministério da Indústria e das Tecnologias da Informação (MIIT) advertiu que estas estratégias de concorrência “desordenadas” afectaram gravemente o funcionamento normal do sector e a sua rentabilidade, especialmente no segmento dos veículos eléctricos. “Não há vencedores numa guerra de preços, muito menos no futuro”, afirmou um porta-voz do ministério, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. O aviso surge na sequência de uma nova ronda de descontos lançada a 23 de Maio por um grande fabricante – não identificado oficialmente – e seguida por gigantes da indústria como a BYD, a Geely e a Chery. Os descontos incluíram, no caso da BYD, incentivos que reduzem o preço do seu modelo Seagull para 55.800 yuan. A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM) também lançou um apelo no sábado para acabar com as guerras de preços, afirmando que estas corroem o investimento em investigação e desenvolvimento, prejudicam a qualidade dos produtos e podem mesmo comprometer a segurança dos veículos. Em comunicado, a CAAM advertiu que esta “concorrência de tipo ‘involutivo’” – um termo utilizado na China para descrever dinâmicas autodestrutivas em sectores com elevada pressão concorrencial – gerou pânico no mercado. As autoridades anunciaram medidas para reforçar a supervisão do mercado, combater as práticas de concorrência desleal e promover um ambiente empresarial “justo e ordenado”. As acções previstas incluem inspecções de qualidade aleatórias, restrições às vendas abaixo do custo e uma maior cooperação entre as agências reguladoras. O MIIT também incentivou as empresas a melhorarem a sua capacidade de inovação, a aumentarem a qualidade dos seus produtos e serviços e a cumprirem as suas responsabilidades sociais.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China avisa EUA para “não brincarem com o fogo” A China avisou domingo os Estados Unidos para “não brincarem com o fogo” em relação a Taiwan, depois de o responsável pela Defesa norte-americano ter acusado Pequim de estar a preparar a invasão da ilha. “A questão de Taiwan é puramente interna à China. Nenhum país estrangeiro tem o direito de interferir”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês num comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE. Pequim manifestou a “firme oposição” e “profunda insatisfação” face ao que considerou ser um discurso “cheio de provocações e incitamento” de Pete Hegseth, no sábado, durante o fórum de defesa Diálogo Shangri-La, que terminou domingo em Singapura. Hegseth avisou que os militares chineses “ensaiam diariamente” uma possível invasão de Taiwan e aludiu a uma alegada intenção de o fazer antes de 2027. “Deixem-me ser claro: qualquer tentativa do Partido Comunista [chinês] de conquistar Taiwan pela força terá consequências devastadoras para o Indo-Pacífico e para o mundo. (…) A ameaça da China é real. E pode ser iminente”, afirmou. Embora nos últimos anos o ministro da Defesa chinês tenha participado no Diálogo de Shangri-La, onde deveria ter proferido domingo um discurso em que podia responder a Hegseth, Pequim decidiu não enviar Dong Jun este ano, sem explicação, e foi a diplomacia que reagiu. No comunicado, o ministério advertiu os Estados Unidos de que “não devem ter ilusões quanto à utilização da questão de Taiwan como moeda de troca para conter a China”. Anunciou também que apresentou um protesto formal a Washington. Espalhar conflitos Pequim acusou ainda a administração do Presidente Donald Trump de fomentar o confronto entre blocos e de transformar a região da Ásia-Pacífico “num barril de pólvora”. Também acusou Washington de colocar armas ofensivas no Mar do Sul da China, rico em recursos naturais, uma zona chave para o comércio mundial que Pequim reivindica na sua quase totalidade. Segundo o ministério, não há problemas de liberdade de navegação nas águas do Mar do Sul da China, onde Pequim tem disputas territoriais com países vizinhos como as Filipinas, a Malásia e o Vietname. A China “gere as suas diferenças através do diálogo e em conformidade com a lei”, acrescentou o Ministério dos Negócios Estrangeiros. A representação chinesa no Diálogo Shangri-La foi liderada pelo contra-almirante Hu Gangfeng, membro da Universidade de Defesa Nacional, que acusou os Estados Unidos de lançarem “acusações infundadas” para “semear problemas”.
Hoje Macau SociedadePlástico | Cotonetes e outros objectos na lista de restrições O Governo está a planear alargar as restrições à importação de produtos de plástico no próximo ano, incluindo na lista de produtos cotonetes, varetas de plástico para balões e bastões insufláveis de plástico (usados em concertos). A medida foi anunciada pelo director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Ip Kuong Lam, que acrescentou que o Executivo está a trabalhar no regulamento administrativo que irá alargar as restrições ao uso de plástico em Macau, com o objectivo de que entre em vigor no início de 2026. O director da DSPA revelou que todos os anos são importados para Macau 2,4 milhões de pacotes de cotonetes com haste de plástico, 100 mil varetas de plástico para balões e 500 mil bastões insufláveis, de acordo com Canal Macau da TDM. Ip Kuong Lam falou à margem do “Festival para comemorar o Dia Mundial do Ambiente 2025 entre a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, que se realizou no sábado na Praça da Amizade. O responsável salientou ainda os resultados das restrições à importação e uso de outros produtos de plástico. Recorde-se que em 2019, o Executivo implementou a cobrança de uma pataca por cada saco de plástico. Entre 2021 e 2024, a lista negra de produtos com importação restringida passou a incluir caixas e recipientes de esferovite, palhinhas, agitadores de bebidas e talheres de plástico. As medidas resultaram na redução anual do uso de 23 milhões de recipientes e embalagens de esferovite, redução de 40 milhões de talheres de plástico e menos 300 mil copos de plástico.
Hoje Macau PolíticaInfiltrações | Pedidas melhorias no sistema de arbitragem O deputado Ma Io Fong quer saber como é que o Governo vai lidar com os casos em que os proprietários das habitações não cumprem as decisões arbitrais sobre infiltrações de águas. A questão consta de uma interpelação escrita, divulgada no fim-de-semana. Entre Janeiro e Maio mais de oito por cento dos proprietários deixaram por cumprir as decisões dos tribunais arbitrais, de acordos com os dados do Centro Interserviços para Tratamento de Infiltrações de Água nos Edifícios, citados pelo deputado da Associação das Mulheres. Perante o cenário de incumprimento das decisões, o deputado espera que o Governo possa prestar mais apoio aos afectados, para que as situações possam ser resolvidas. Ma Io Fong criticou ainda o facto de actualmente ser preciso esperar muito tempo para que o Laboratório de Engenharia Civil de Macau efectue as análises aos casos de infiltração de água. Por isso, o deputado sugere que o Governo comece a subsidiar a realização de testes por entidades privadas, de forma a aliviar o volume de trabalho do LECM e acelerar a obtenção dos resultados.
Hoje Macau Manchete SociedadeIIICF | Fórum divulga índice de infra-estruturas na lusofonia Um fórum internacional, que irá decorrer em Macau entre 10 e 12 de Junho, vai divulgar o Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas nos Países de Língua Portuguesa. No ano passado, foram realçadas as reformas implementadas por Portugal para melhorar o ambiente de negócios Vem aí mais uma edição do Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que se realiza entre 10 e 12 de Junho na Cotai Expo do The Venetian Macao, de acordo com um comunicado do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM). Durante o evento será divulgado, pelo terceiro ano consecutivo, a versão integral do Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas nos Países de Língua Portuguesa. Em 2024, o Brasil e Angola foram os países de língua portuguesa com a cotação mais alta no índice, que avalia o ambiente, a procura, a receptividade e os custos para o desenvolvimento de infra-estruturas. Quanto mais alta for a pontuação, melhor será a perspectiva da indústria de infra-estruturas de um país e maior será o grau de atractividade para as empresas se empenharem no investimento, construção e operações nesta área naqueles territórios. Portugal e Guiné Equatorial foram em 2024, entre os países lusófonos, na perspectiva do relatório chinês, aqueles com a melhor pontuação no subíndice de desenvolvimento relacionado com os custos operacionais e de financiamento. O documento destacou “a série de reformas implementadas pelo Governo português para melhorar o ambiente de negócios” e a aprovação, em Dezembro de 2023, do Programa Nacional de Investimentos até 2030 como factores que deram “um novo impulso” às infra-estruturas. Estradas do futuro O Brasil foi o país que mais se destacou nos subíndices da procura, que junta factores como procura e mercado potencial, e da receptividade local e entusiasmo de curto prazo no investimento de infra-estruturas, calculado, por exemplo, com base no valor dos novos contratos. Já Moçambique, liderou entre os lusófonos no subíndice associado ao ambiente, que agrega factores políticos, económicos, soberania, factores de impacto no mercado, bem como os cenários empresariais e industriais. O relatório de 2024 assinalou “uma subida moderada” nos custos de construção nos mercados de língua portuguesa e alertou para os “consideráveis obstáculos” que os países enfrentam no “desenvolvimento sustentável de infra-estruturas de elevada qualidade”. A última edição do IIICF terminou com a assinatura de 38 acordos, os maiores dos quais envolveram projectos em Angola e Brasil. O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação de Angola, Carlos dos Santos, disse na altura à Lusa que chegou a acordo com a empresa estatal chinesa China Road and Bridge Corporation para construir a primeira autoestrada do país, com as obras estimadas em 2,5 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros). Também no IIICF de 2024, o grupo brasileiro de concessão de infra-estrutura, transportes e serviços CCR assinou um acordo com uma empresa chinesa para o projecto de engenharia da extensão de uma linha de caminhos-de-ferro em São Paulo, no sudeste do Brasil, avaliado em cinco mil milhões de yuan (611 milhões de euros).
Hoje Macau PolíticaTrabalho | Governo analisa “tendências” para ajustar mercado laboral O secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, quer uma análise “aprofundada, precisa e científica à situação do mercado laboral local, avaliando de forma científica as tendências dos recursos humanos”. A investigação será usada para “proceder atempadamente a ajustes e optimizações políticas face às mudanças no mercado de trabalho”. A posição foi defendida na primeira reunião do Grupo de Trabalho para a Coordenação da Promoção do Emprego, que se realizou na sexta-feira, onde o governante atribuiu ao grupo a missão de analisar as tendências do mercado de trabalho. A proposta do secretário foi justificada com a “promoção do emprego”, que “constitui actualmente uma tarefa prioritária no âmbito da economia de Macau”. O governante indicou que para facilitar o acesso dos residentes ao emprego, os “diversos serviços” públicos, devem partilhar informações sobre a oferta e procura no mercado de trabalho de Macau, compilar dados sobre vagas disponíveis e dar início ao emparelhamento profissional. De acordo com um comunicado do gabinete de Tai Kin Ip, o secretário afirmou também que “nos processos de contratação pública, as diversas áreas governativas e serviços deverão incluir nos documentos do concurso a exigência de contratação prioritária de trabalhadores locais, de modo a reforçar o acesso dos residentes ao emprego”.
Hoje Macau PolíticaCAEAL | Pedidos para comissões de candidatura até sexta-feira Termina na sexta-feira o prazo de apresentação do pedido de reconhecimento da constituição da comissão de candidatura para as próximas eleições legislativas, que irão eleger os deputados para a VIII Assembleia Legislativa. Segundo a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL), os interessados em constituir uma comissão de candidatura devem apresentar o pedido de reconhecimento da mesma caso tenham o apoio de mais de 300 eleitores e as respectivas assinaturas. De acordo com a Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa, caso o pedido de reconhecimento não satisfaça as exigências, a CAEAL irá enviar uma notificação até domingo, 8 de Junho, para que o mandatário da candidatura possa “suprir, no prazo de cinco dias” essas lacunas. Depois não será possível proceder a alterações. Além disso, “a CAEAL irá decidir, o mais tardar até 15 de Junho, sobre a certificação ou recusa de certificação da existência legal da comissão de candidatura e notificar o respectivo mandatário no dia seguinte”. Além disso, “o mandatário pode, no dia 17 de Junho, recorrer ao Tribunal de Última Instância da decisão de recusa de certificação da existência legal da comissão de candidatura”.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Tradicionais apoiam alterações às regras dos cheques pecuniários As associações tradicionais demonstraram apoio às alterações às regras de atribuição do cheque pecuniário. O deputado e dirigente da associação dos Moradores Ngan Iek Hang aplaudiu o facto de o cheque pecuniário continuar no mesmo formato, sem passar pelo menos uma parte da quantia atribuída convertida em cartão do consumo. Apesar de não haver consulta pública sobre as alterações, o deputado afirmou que “a sociedade e a população apresentaram diferentes opiniões” e espera que o Governo ouça a população em “futuras optimizações” ao apoio. Ngan Iek Hang salientou que as alterações demonstram que “o Governo quer utilizar melhor o erário público”, e que no futuro as autoridades devem ser mais precisas na atribuição de apoios sociais, incidindo mais nas comunidades vulneráveis ou pessoas com rendimentos mais baixos. Por seu lado, a deputada Song Pek Kei defendeu que o dinheiro “poupado” com à mudança às regras do cheque pecuniário deve ser canalizado para aumentar o valor do subsídio para idosos e para apoiar outros grupos vulneráveis, como pessoas portadoras de deficiência. Além disso, em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, a deputada ligada à comunidade de Fujian defendeu uma nova ronda de cartões de consumo, especialmente para as pessoas portadoras de deficiência que têm dificuldades na utilização da tecnologia em iniciativas como o Grande Prémio para o Consumo. Também o vice-presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau Choi Kam Fung aplaudiu as alterações ao cheque pecuniário e indicou que têm em conta o desenvolvimento económico de Macau. O dirigente dos Operários defendeu também que as verbas poupadas com as alterações devem servir para apoiar a população, em especial os grupos mais necessitados.
Hoje Macau PolíticaApoio pecuniário | Pereira Coutinho diz que alterações violam Lei Básica As alterações aos requisitos de atribuição do cheque pecuniário, anunciadas na semana passada pelo Governo, podem constituir violações à Lei Básica, de acordo com Pereira Coutinho. Em declarações ao Canal Macau da TDM, o deputado afirmou que as novas regras violam o artigo 25.º da Lei Básica, que garante a igualdade dos residentes de Macau perante a lei e proíbem discriminações. O artigo indicado pelo deputado estabelece que “os residentes de Macau são iguais perante a lei, sem discriminação em razão de nacionalidade, ascendência, raça, sexo, língua, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução e situação económica ou condição social”. Na sequência da análise às restrições ao apoio, Coutinho revelou estar a preparar um documento com opiniões sobre às mudanças ao cheque pecuniário para entregar ao Chefe do Executivo. Além disso, o deputado considera existirem contradições legais nas alterações às regras como, por exemplo, o limite máximo de 22 anos para dispensar filhos de beneficiários do requisito de permanência máximo no território de 183 dias por ano, em contraposição com os 24 anos estabelecidos para a atribuição de subsídios a filhos de funcionários públicos.