Hoje Macau China / ÁsiaFinlândia | MNE adverte EUA para risco de Rússia violar acordos na Ucrânia A ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa, Elina Valtonen, avisou ontem que os EUA serão julgados pelo que fizerem se a Rússia desrespeitar um acordo de paz negociado entre Washington e Moscovo para a guerra na Ucrânia. “A nossa mensagem aos nossos amigos na América é que a história nos julgará pelos desenvolvimentos após a assinatura do acordo, e não apenas pelo momento em que qualquer possível acordo está a ser assinado”, afirmou, a propósito da suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos a Kiev. O Presidente norte-americano, Donald Trump, determinou na segunda-feira a suspensão do apoio militar à Ucrânia, que combate a invasão russa, na sequência da altercação durante a visita, na semana passada, do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca. Durante um evento no centro de estudos britânico Chatham House, em Londres, Valtonen criticou a estratégia da administração Trump de “apaziguar na prática a Rússia e exercer alguma pressão sobre a Ucrânia” para forçar negociações de paz. “Na minha opinião pessoal, deveria ser exactamente o contrário. Mas estou certo de que, e confio que o Presidente Trump e a sua equipa se aperceberão, a seu tempo, de que isto provavelmente não funciona”, advertiu. A chefe da diplomacia finlandesa lamentou que, “infelizmente, a experiência que temos na Europa é que, especialmente durante o regime de Putin, eles [russos] não estão dispostos a aceitar quaisquer compromissos”. Como exemplo, referiu a invasão russa da Geórgia em 2008, a anexação da Crimeia em 2014 e de território no leste da Ucrânia e o desrespeito pelos acordos de Minsk, que previam um cessar-fogo. “A Rússia partilha uma fronteira terrestre com 14 países. Apenas um deles se manteve constantemente como uma democracia independente durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, e esse país é a Finlândia. A história ensinou-nos que a Rússia só respeita a força e a determinação”, argumentou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Relações com Europa não dependem de terceiros A China declarou ontem atribuir “grande importância” à relação com a Europa, destacando que esta “não é subjugada por terceiros”, numa referência velada aos Estados Unidos, face às incertezas suscitadas pelo regresso de Donald Trump à Casa Branca. “A China e a Europa são forças construtivas para a paz”, disse o porta-voz da Assembleia Popular Nacional (APN) da China, Lou Qinjian, em conferência de imprensa, antes de pedir a ambas as partes que “não permitam” que os seus laços “sejam afectados por acontecimentos temporários”. Defendendo que a China e a Europa podem ser “parceiros que contribuem para o sucesso um do outro” e que se “complementam em muitas áreas”, Lou Qinjian disse que as relações comerciais “não só impulsionam o crescimento económico de ambos, como também proporcionam estabilidade às cadeias de abastecimento industrial a nível mundial”. O porta-voz afirmou que o seu país “está pronto a trabalhar com a Europa” para “enfrentar conjuntamente os desafios globais”, “opor-se ao unilateralismo e ao proteccionismo” e “impulsionar os laços bilaterais numa boa direcção”. Na véspera da abertura da sessão anual da APN, o órgão máximo legislativo da China, Lou afirmou que as relações “estáveis e seguras” entre a China e a Europa “servem os interesses fundamentais e a longo prazo de ambas as partes” e satisfazem “as expectativas da comunidade internacional”. No bom caminho Nas últimas semanas, alguns analistas apontaram a possibilidade de maior aproximação entre a China e a Europa, face aos desentendimentos entre continente e os Estados Unidos, após o regresso de Trump à Casa Branca, embora persistam atritos comerciais significativos entre Bruxelas e Pequim, em torno de questões como os veículos eléctricos chineses, sobre os quais a União Europeia (UE) impôs taxas alfandegárias adicionais no ano passado. Na próxima semana, no encerramento da sessão plenária da APN, deve ser aprovada a primeira lei específica de apoio ao sector privado do país asiático, que visa aumentar a confiança das empresas e incentivar o investimento, com medidas como a proibição de multas excessivas ou a promessa de igualdade de condições face às empresas públicas no acesso ao mercado. Na segunda-feira, a Câmara de Comércio da União Europeia na China manifestou esperança de que Pequim aplique “plenamente” medidas para optimizar o ambiente empresarial e atrair o investimento estrangeiro durante o evento político.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim evita comentar a reunião Trump-Zelensky A China reafirmou ontem a sua posição sobre a guerra na Ucrânia e evitou comentar o tenso encontro entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, na passada sexta-feira. Questionado em conferência de imprensa sobre as declarações de Trump, que acusou Zelensky de arriscar a Terceira Guerra Mundial e de não estar pronto para a paz, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático, Lin Jian, limitou-se a salientar que “a China vai continuar a desempenhar um papel construtivo na procura de uma solução política para a crise na Ucrânia”. Quando questionado novamente sobre a reunião em Washington, o porta-voz reiterou a mesma resposta e acrescentou que a China “não é nem o criador da crise na Ucrânia nem parte envolvida no conflito”. Pequim apoia “todos os esforços que visam uma resolução pacífica” e espera que as partes em conflito encontrem “uma solução sustentável e duradoura que responda às suas respectivas preocupações”, realçou. Desde o início da guerra na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção pelas “preocupações legítimas de todos os países”, numa referência à Rússia. Pequim opôs-se a sanções unilaterais contra Moscovo e apelou ao “desanuviamento e a uma solução política”. No entanto, o Ocidente acusou a China de apoiar a campanha militar da Rússia, algo que o país asiático sempre negou. A China tem enviado representantes diplomáticos para a região e apresentado iniciativas de paz, como o plano que elaborou com o Brasil, no ano passado, que não incluía a retirada das tropas russas e foi rejeitado por Kiev.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Pequim adverte que vai retaliar aumento de taxas A China advertiu ontem que vai tomar “todas as medidas necessárias” para defender os seus interesses, em resposta às taxas alfandegárias que os Estados Unidos planeiam implementar a partir de hoje. “A China opõe-se firmemente à decisão dos Estados Unidos de impor mais taxas sob o pretexto de alegadas ameaças à sua segurança”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa. “Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os nossos interesses legítimos”, acrescentou. O porta-voz acusou Washington de “politizar questões económicas e comerciais” e disse que “numa guerra comercial não há vencedores”. “As acções dos EUA minam a cooperação económica normal e prejudicam a sua própria economia e credibilidade internacional”, disse Lin. Pequim também avisou ontem que “tentar desacreditar e confrontar a China não trará qualquer benefício para as relações bilaterais” e instou os EUA a regressar ao “caminho correcto do diálogo e da cooperação com base no respeito mútuo”. “Uma mentira, por mais vezes que seja repetida, nunca se tornará verdade”, concluiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. As tensões comerciais entre as duas potências voltaram a intensificar-se nos últimos dias, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado um novo aumento de 10 por cento das taxas sobre produtos chineses, para além dos 10 por cento já aplicados recentemente.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Maior incêndio em três décadas continua activo O maior incêndio florestal do Japão em três décadas já consumiu 2.100 hectares e mantém-se activo em Ofunato, província de Iwate, estendendo-se a uma floresta e arredores de bairros próximos da cidade de Sanriku. Perante a propagação do incêndio, a cidade emitiu novas ordens de evacuação às 07:00 locais de ontem, afectando 1.197 pessoas, que foram transferidas para 12 centros. “Estamos a trabalhar para extinguir [o fogo] o mais rapidamente possível, procurando ao mesmo tempo a segurança dos residentes”, afirmou ontem o porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, numa conferência de imprensa. A agência nacional japonesa de gestão de incêndios e catástrofes apelou este domingo aos bombeiros de todo o país para a união de esforços no combate ao fogo e, especialmente, no impedimento da “propagação do fogo na área dos residentes”, acrescentou Hayashi. Cerca de 1.700 bombeiros de 453 departamentos do arquipélago participam na operação, apoiando a força local no terreno e no ar, com helicópteros das Forças de Auto-Defesa. Desde o início do incêndio, na passada quarta-feira, foi confirmada, pelo menos, uma morte e o número de casas destruídas ascende a 84, mas as autoridades prevêem que os números aumentem quando for possível avaliar a verdadeira dimensão da catástrofe, uma vez que os esforços de combate ao fogo estão actualmente a ser priorizados. Más memórias A costa sul da província de Iwate, onde se situa a cidade de Sanriku, está em alerta de tempo seco desde 18 de Fevereiro, um fenómeno que favoreceu a propagação das chamas. O observatório meteorológico local previa a manutenção do tempo seco esta segunda-feira, embora as temperaturas tenham passado de quentes e primaveris, durante o fim de semana, para uma descida acentuada. O incêndio florestal, o maior no país desde há mais de três décadas, está a suscitar, entre os residentes, memórias do terramoto e do tsunami de 11 de Março de 2011, que devastaram a costa de Ofunato, fazendo mais de 500 mortos e desaparecidos, e destruindo um grande número de casas e edifícios. “É como se o tsunami viesse pela frente e o fogo por detrás”, descreveu um homem de 70 anos que viveu o terramoto de 2011, em declarações à estação pública de televisão NHK.
Hoje Macau EventosJovem timorense quer ser o melhor chef e expandir culinária do país O timorense Melquirudi da Cunha começou a cozinhar com a mãe e hoje tenta concretizar o sonho de ser o melhor chefe de cozinha de Timor-Leste e promover a gastronomia tradicional do seu país no mundo. O jovem, de 19 anos, estuda culinária no centro de formação da Agência de Desenvolvimento de Timor-Leste (ETDA), onde, disse à Lusa, “ganhou mais interesse e paixão pela gastronomia”. Foi através daquele centro de formação que Melqui, diminutivo pelo qual é conhecido, representou o país na competição internacional de jovem cozinheiro, que decorreu no início de Fevereiro na Índia, acompanhado do seu mentor, Marcelino Freitas. “Embora Timor-Leste não tenha alcançado uma classificação elevada, aprendemos muitas coisas. Como gerir melhor o tempo, utilizar ingredientes de forma adequada e a apresentar pratos corretamente”, explicou Melqui. “Aprendi também muito com a troca de experiências com chefes de outros países e destaquei os pratos tradicionais de Timor-Leste para promover os produtos do nosso país a nível internacional”, salientou o jovem. À Índia, Melqui levou um pudim de café de Timor-Leste, considerado um dos melhores do mundo, e “kulu bafa”, fruta pão cozinhada com óleo de coco, um prato tradicional do município de Baucau. “Ficaram impressionados com o sabor e o com o facto de nunca as terem experimentado antes”, disse. O jovem, que quer ser um dos “melhores chefes de cozinha de Timor-Leste”, pretende também promover a gastronomia do país e os seus pratos tradicionais como o “tukir”, cabrito cozinhado em tronco de bambu, e “saboko”, peixe picante. Problemas nutricionais Apesar de uma cozinha rica e nutritiva, dados do Programa Alimentar Mundial referem que 47 por cento das crianças no país com menos de 5 anos estão com o crescimento comprometido, 8,6 por cento sofrem de desnutrição aguda e 23 por cento das mulheres em idade reprodutiva (entre os 15 e 49 anos) têm anemia. Questionado sobre as razões para os timorenses não fazerem uma alimentação saudável, o mentor e chef de cozinha Marcelino Freitas disse que uma das razões é cada vez mais consumirem produtos importados, em vez dos locais. “Se olharmos para as condições e a situação de Timor-Leste vemos que o país está repleto de produtos locais. Falamos de má nutrição em Timor, mas consumimos, na maioria, alimentos importados de outros países, que muitas vezes contêm açúcar e gordura em excesso”, afirmou o cozinheiro e também formador ETDA. “Temos muitos alimentos saudáveis, mas ainda não sabemos utilizá-los correctamente. Por isso, daqui para a frente, é fundamental desenvolver um pensamento mais produtivo”, disse. Segundo Marcelino Freitas, os timorenses têm de comer mais batata-doce, mandioca, e inhame e outros alimentos tradicionais e também aprender a inovar e transformar a forma como se cozinham os alimentos. O formador sublinhou ainda que os produtos locais são ricos em proteínas de qualidade, essenciais para uma alimentação saudável. “O desafio agora é transformar esses alimentos para que sejam mais saudáveis e possam responder às necessidades individuais e comunitárias”, disse, apelando à valorização dos produtos locais para que as pessoas possam ter uma melhor condição física e uma saúde mais equilibrada.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Câmara de Comércio espera por medidas para atrair investimento A Câmara de Comércio da União Europeia na China disse ontem esperar que Pequim implemente “plenamente” medidas para optimizar o ambiente empresarial e atrair investimento estrangeiro, durante a sessão plenária do órgão máximo legislativo do país. A reunião anual da Assembleia Popular Nacional (APN), que tem início na quarta-feira, (ver páginas 2-3), deverá constituir “uma oportunidade” para os dirigentes chineses comunicarem às autoridades locais “expectativas claras sob a forma de orientações e prazos de execução” das suas políticas mais recentes para atrair investimento e capital estrangeiro, referem. “A Câmara espera que continue a ser dada ênfase à estabilização do investimento estrangeiro, em linha com os planos anunciados até à data”, afirmou. No final de Fevereiro, o Governo oficializou um plano para “estabilizar” o investimento estrangeiro em sectores como as telecomunicações, cuidados de saúde e educação, após ter actualizado a sua lista de áreas onde o investimento estrangeiro não é permitido, reduzindo o número de 31 para 29, e eliminando todas as restrições na indústria transformadora. A China prometeu igualmente autorizar a criação de hospitais de propriedade inteiramente estrangeira em certas cidades e regiões do país. Segundo a agência de notícias Bloomberg, a China registou um saldo negativo de investimento estrangeiro no ano passado: só em novembro, o investimento na China foi de 188,9 mil milhões de dólares, enquanto as saídas da China para outros países foram de 234,6 mil milhões de dólares, o que faz deste o maior défice mensal da série histórica. O grupo empresarial europeu considerou que a “plena implementação” das medidas destinadas a optimizar o ambiente empresarial continua a ser “a melhor forma de restaurar a confiança no mercado chinês”. O organismo disse esperar que a reunião se concentre em medidas que possam “estimular o consumo interno” e que, à semelhança de 2024, seja fixado um objectivo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 5 por cento para este ano.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Actividade industrial aumentou para um máximo de três meses em Fevereiro A actividade da indústria transformadora da China cresceu em Fevereiro ao ritmo mais forte dos últimos três meses, de acordo com uma análise privada com base em dados do sector divulgada ontem. O Índice de Gestores de Compras (PMI), compilado pela empresa britânica de informação económica IHS Markit e publicado pela revista chinesa Caixin, subiu 0,7 pontos, para 50,8 pontos, em Fevereiro. Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do sector, enquanto abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade. O valor superou também as expectativas dos analistas, que esperavam uma recuperação mais modesta, para cerca de 50,3 pontos. Este fim de semana, o Gabinete Nacional de Estatística (GNE) divulgou o seu PMI oficial para Fevereiro, que também bateu a sua melhor leitura desde Novembro. Neste caso, passou de negativo em Janeiro (49,1) para o nível de expansão (50,2) no mês passado. Saldos a aproveitar Segundo Wang Zhe, economista da Caixin, a “poderosa recuperação” do consumo durante o período de férias do Ano Novo Lunar impulsionou a confiança no sector, embora assinale que a economia ainda enfrenta problemas, como a incerteza no mercado de trabalho ou nos rendimentos das famílias, que dificultam os esforços para impulsionar a procura interna. Antes da abertura, esta semana, da sessão anual do órgão máximo legislativo da China, a Assembleia Popular Nacional, Wang apelou para que as medidas de apoio se centrem nas expectativas do mercado e nas preocupações da sociedade, dando prioridade às iniciativas do lado da procura. Zichun Huang, analista da consultora britânica Capital Economics, destacou a melhoria tanto da produção como das novas encomendas em Fevereiro, referindo também uma maior procura por parte do estrangeiro. Neste último caso, o analista afirmou que a procura externa de produtos chineses é provavelmente impulsionada pelos importadores norte-americanos, que estão a acelerar as suas compras antes da entrada em vigor das taxas adicionais anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e na expectativa de que sejam aplicadas novas taxas mais tarde.
Hoje Macau China / ÁsiaHK / Bolsa | Acções da Mixue estreiam-se com valorização de 40% A maior cadeia de produtos alimentares e bebidas do mundo, a chinesa Mixue, estreou-se ontem na Bolsa de Valores de Hong Kong com ganhos de até 40 por cento, após uma oferta de acções quase recorde. As acções abriram com um aumento de 29,4 por cento, em relação ao preço de pré-abertura, de 202,5 dólares de Hong Kong e, a meio da sessão, estavam a subir 40,05 por cento. Esta situação contrasta com a tendência de outras empresas rivais locais que também abriram o capital no ano passado e que, após o entusiasmo inicial, registaram fortes quedas, face à intensa concorrência no sector. A Mixue afirmou na passada sexta-feira que a procura das suas acções foi 5.258 vezes superior ao número de acções oferecidas, o que a torna uma das operações de oferta pública inicial (OPI) mais bem-sucedidas na história da bolsa de valores da antiga colónia britânica. A empresa sediada em Zhengzhou, centro da China, angariou 3,455 mil milhões de dólares de Hong Kong com a OPI. A Mixue, que se concentra especialmente nos populares “bubble teas” (chá com leite e bolas de tapioca), cones de gelado ou refrigerantes, tinha mais de 46.000 lojas em todo o mundo no final de 2024, mais do dobro do número no final de 2021, o que atesta a sua rápida expansão, graças ao modelo de produtos baratos. Estes números ultrapassam nomes globais mais conhecidos, como a McDonald’s e a Starbucks, que são os únicos a ultrapassar a marca das 40.000 lojas em todo o mundo. Competição dura O salto da Mixue do quarto para o primeiro lugar da tabela ocorreu no final do terceiro trimestre de 2024, segundo a consultora Momentum Works, de Singapura, que recorda que a grande maioria dos pontos de venda se situa na China, com apenas cerca de 4.800 espalhados por países da região, como Vietname, Malásia e Tailândia. No entanto, a cadeia chinesa continua a ser a quarta maior do mundo em termos de vendas no sector global de bebidas: os 6,59 mil milhões de dólares que vendeu em 2023 colocam-na atrás da Starbucks, da Inspire Brands – proprietária da Dunkin’ Donuts e da Baskin-Robbins – e da Tim Hortons. A Mixue concentra-se em bebidas de baixo custo, mantendo os preços dos produtos geralmente abaixo dos 10 yuan, um segmento em que espera um crescimento anual composto de 17,6 por cento, até 2028, altura em que este mercado atingirá o equivalente a cerca de 160 mil milhões de dólares.
Hoje Macau SociedadeBanca | Aumentam depósitos em Janeiro Em Janeiro, os depósitos dos residentes nos bancos locais subiram ligeiramente para 763,5 mil milhões de patacas, face a Dezembro, de acordo com a informação divulgada pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Ao mesmo tempo, os depósitos dos não residentes cresceram 5,4 por cento, tendo atingido 314,4 mil milhões de patacas, face ao mês anterior. No mesmo período, o total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 1,4 por cento, quando comparado com o mês anterior, tendo chegado a 1.290,3 mil milhões de patacas. A maior parte dos depósitos estavam em dólares de Hong Kong, com uma proporção de 46,2 por cento, seguindo-se os depósitos em dólares americanos, com uma proporção de 24,5 por cento, e a pataca, com 20 por cento. Os depósitos em renminbis representavam 7,5 por cento do total. Também em Janeiro, os empréstimos internos ao sector privado decresceram 0,5 por cento em comparação com o mês anterior, para 513,8 mil milhões de patacas. Por outro lado, os empréstimos ao exterior cresceram 0,3 por cento, para 499,3 mil milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Segundo mês de maior utilização O Metro Ligeiro transportou uma média diária de 27.100 passageiros em Fevereiro, que coincidiu com parte dos dias dos feriados do Ano Novo Lunar. No total, foram transportados cerca de 758,8 mil passageiros. Os números foram divulgados ontem no portal da empresa. Em comparação com o mês anterior, registou-se um aumento diário de 1.800 passageiros, dado que em Janeiro a média por dia tinha sido de 25.300 passageiros. Estes números representam o segundo mês com maior utilização do metro desde a abertura. Até agora, a maior média de utilização aconteceu em Dezembro de 2019, quando viajaram em média 33 mil pessoas por dia neste meio de transporte. Todavia, nesse mês, o primeiro de funcionamento, as viagens eram gratuitas, e apenas era possível circular na Taipa. Actualmente, a rede do metro permite viajar para a Barra, Ilha da Montanha e Seac Pai Van.
Hoje Macau SociedadeÓbito | Faleceu empresário Jorge Ferro Ribeiro Jorge Ferro Ribeiro, presidente do conselho de administração da empresa de investimentos Geocapital e histórico parceiro de Stanley Ho, morreu no sábado, na Herdade em Montargil, de acordo com a informação do Jornal Económico. Segundo a publicação o investidor e representante dos interesses de Stanley Ho em Portugal, Jorge Ferro Ribeiro foi presidente da empresa Construções Técnicas, que também operava em Macau, e da Interfina, grupo com diversos negócios, entre os quais de consultoria e gestão. A Geocapital é uma empresa resultante de uma parceria entre os herdeiros de Stanley Ho e o empresário Jorge Ferro Ribeiro. Em 2005, esteve envolvida na compra pela TAP da entretanto rebatizada de TAP Engenharia e Manutenção, mas que na altura se chamava VEM. A Geocapital apresentava Macau e os seus investidores a empresas de outros países, e tentava também aproximar as várias empresas desses países, utilizando as suas ligações. Recorda também o Jornal Económica, que no início dos anos 90, Stanley Ho e Ferro Ribeiro estabeleceram um consórcio com três gigantes das telecomunicações, de França, Alemanha e Hong Kong, e tentaram obter uma das primeiras licenças para operar uma rede de telemóveis em Portugal. No entanto, na altura, perderam para a TMN, que obteve a primeira licença, e para a Telecel, que garantiu a segunda.
Hoje Macau PolíticaDrenagens | Ron Lam pede unificação da legislação O deputado Ron Lam defendeu a unificação da legislação sobre a drenagem de água no território, de acordo com o jornal Ou Mun. Segundo a publicação em língua chinesa, o deputado considera premente a unificação das noras de drenagem. O regulamento de águas e de drenagem de águas residuais de Macau está em vigor há mais de 40 anos. Ron Lam justificou a posição com a necessidade de serem adoptados padrões mais exigentes no que diz respeito à drenagem das estações de tratamento de águas residuais, devido às queixas dos moradores de Coloane sobre os odores emitidos pela unidade em funcionamento na vila. Para o deputado, a falta da unificação das normas de drenagem e o conteúdo desactualizado do regulamento de águas e de drenagem de águas residuais fazem com que as exigências legais não respondam às necessidades de protecção ambiental de uma sociedade moderna. Além disso, Ron Lam apontou que mais de metade de águas residuais é drenada pelas estações de tratamento de águas residuais em Macau sem receber um tratamento secundário. Esta opção significa que antes de ser devolvida ao mar, a água passa pelo tratamento de separação de escória. O deputado alertou que o tratamento não pode depender só da diluição para reduzir o impacto da poluição, porque a prática prejudica o ambiente.
Hoje Macau PolíticaCheque pecuniário | Chui Sai Peng pede cuidado com mudanças O deputado Chui Sai Peng alertou para os impactos da mudança do programa de comparticipação pecuniária, conhecido por cheque pecuniário que é distribuído aos residentes. Em declarações à TDM, Chui explicou que qualquer mudança tem de ser bem explicada e resultar “numa boa decisão”. “Os velhos hábitos são difíceis de alterar, mas as mudanças poderão acontecer. É preciso dar e tirar. É preciso fazer concessões para fazer uma escolha que beneficie a maioria das pessoas, mas também é preciso persuadir as pessoas que a acção irá produzir resultados”, afirmou. “Temos de ter um bom Governo, que não só consiga tomar uma boa decisão, mas também dar boas explicações. Estas duas coisas têm de estar de mãos dadas, seja qual for o resultado”, acrescentou. Na semana passada, Sam Hou Fai admitiu a hipótese de deixar de distribuir os cheques de 10 mil patacas para residentes permanentes e 6 mil patacas para não-permanentes a pessoas sem ligação ao território.
Hoje Macau PolíticaComunicação | Ng Kuok Cheong destaca cautela de Sam Hou Fai O ex-deputado Ng Kuok Cheong considerou que a falta de interacção directa entre o Chefe do Executivo e os órgãos de comunicação social se deve a receios do governante de proferir afirmações que firam susceptibilidades das autoridades centrais. Foi desta forma que Ng tentou explicar o facto de em dois meses de governação, Sam Hou Fai apenas ter respondido numa única ocasião a perguntas dos órgãos de comunicação social. Em declarações ao jornal All About Macau, Ng indicou que existe muita pressão para que os governantes locais “contem a história de Macau bem”. Por isso, considerou que Sam Hou Fai prefere falar pouco, mesmo correndo o risco da sua imagem sofrer danos junto da população de Macau, a prestar declarações que lhe criem problemas com o Governo Central. “Ao reduzir o número de intervenções em público, consegue minimizar as hipóteses de ter problemas, porque actualmente em tudo o que diz tem de seguir as instruções das autoridades centrais”, afirmou o ex-deputado. Ng explicou igualmente que o Executivo tem uma postura muito mais cautelosa de comunicação face aos anteriores, e que apenas se pronuncia sobre os assuntos da governação quando sente que pode “contar a história de Macau bem”. Por outro lado, Ng Kuok Cheong defendeu que a principal agenda de Sam Hou Fai passa por manter um sistema de governação de elite, em que um conjunto de indivíduos tomam todas as decisões. Contudo, ao mesmo tempo, prevês que haja um esforço para passar uma imagem de abertura perante as opiniões da população, mesmo que estas não sejam adoptadas. Em relação à elite de Macau, Ng indicou que com base nas reuniões com certas associações nos primeiros meses de Governação, Sam Hou Fai mostrou um esforço para aumentar a confiança da elite local no modelo de governação das autoridades centrais.
Hoje Macau PolíticaDemografia | Natalidade é uma “responsabilidade social” O Chefe do Executivo considerou que o aumento da natalidade é “uma responsabilidade social”, em declarações prestadas numa altura em que o Governo pretende que os residentes tenham mais filhos. “O subsídio de nascimento é atribuído a cada um dos progenitores, que recebem mais de 10 mil patacas. Não existem outros subsídios relacionados com a assistência à infância, pelo que iremos considerar outras formas de incentivar a natalidade”, afirmou o líder do Governo, citado pelo Canal Macau da TDM. “Se a situação financeira o permitir, o Governo pode dar um sinal à comunidade, apoiando pais jovens a ter mais filhos, mas também consideramos que isso é uma responsabilidade social”, acrescentou.
Hoje Macau PolíticaApoios | Sam Hou Fai prepara mudanças no cheque pecuniário O Chefe do Executivo admitiu que irá promover mudanças na distribuição do cheque pecuniário no próximo ano, por considerar que foi gasto muito dinheiro com este programa social. Nas declarações prestadas à comunicação social fim da semana passada, Sam Hou Fai vincou que desde que o cheque começou a ser distribuído, em 2008, o Governo gastou cerca de 92,1 mil milhões de patacas, o que entende ser uma quantia avultada. “É muito dinheiro. É um número que supera os 92 mil milhões de patacas”, adiantou Sam, citado pelo portal All About Macau. “Todos podem dar a sua opinião [sobre o cheque], e algumas pessoas já deram a sua opinião. Este ano o cheque vai ser distribuído. E no próximo ano como vai ser a distribuição? Depende da conjuntura económica global”, vincou o governante. Este ano, o orçamento de cheque pecuniário é de 7,48 mil milhões de patacas, com os residentes permanentes a receberem 10 mil patacas e os não-permanentes 6 mil patacas. Nos últimos tempos, tem-se intensificado uma campanha para acabar com a distribuição do cheque a residentes que não passem metade do ano em Macau. E este aspecto foi destacado pelo Chefe do Executivo, que apontou ter ouvido opiniões a pedir que o apoio reflicta “justiça, exactidão e uma ligação efectiva à RAEM”. Apesar do “muito dinheiro” despendido nos cheques pecuniários, o montante não impediu o Governo de acumular uma reserva financeira com mais de 600 mil milhões de patacas nem de seguir uma política de grandes investimentos, com construções de vários milhares de milhões de patacas, como o Metro Ligeiro, Terminal Marítimo da Taipa ou a Ponte Macau.
Hoje Macau PolíticaHabitação | Novo regime de despejo em vigor O novo regime torna mais fácil as acções de despejo de arrendatários com três rendas, ou mais, em atraso entrou em vigor no sábado. De acordo com a Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), o “novo regime de despejo destina-se a responder à situação de atraso prolongado no pagamento de rendas, tendo introduzido um novo procedimento mais simples e célere”. Com as mudanças, os senhorios passam a ter direito ao pagamento de indemnizações pelas rendas em atraso, quando estas atingem os três meses, além de poderem exigir os pagamentos devidos, acrescidos de juros de mora, assim como a possibilidade avançarem para a resolução do contrato. As alterações legais permitem ainda aos juízes abdicar da fase de julgamento nos processos de despejo.
Hoje Macau PolíticaFAOM | Pedida mais tolerância face a infracções de vendilhões Com a entrada em vigor no sábado do novo regime de gestão dos vendilhões, os deputados da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) fizeram um comunicado a pedir ao Governo para adoptar uma postura tolerante, face às primeiras infracções. De acordo com Ella Lei e Leong Sun Iok, os comerciantes precisam de tempo para adaptar-se às alterações legislativas e as autoridades devem adoptar uma postura mais didáctica, numa primeira fase de adaptação, até porque os vendilhões são tidos como pessoas idosas e com maiores dificuldades de adaptação. Uma das novas exigências passa pelo facto de os comerciantes terem de manter a banca aberta por um período mínimo de 240 dias. No entanto, esta exigência levanta várias preocupações, porque os comerciantes não têm a certeza de que as faltas por doença sejam tidas como justificadas, logo excluídas das contabilidade dos dias de encerramento. Os deputados pediram também compreensão para a nova realidade dos vendilhões, uma profissão cada vez mais exercida por pessoas idosas e que não conseguem mudar de emprego. Os membros da Assembleia da Legislativa da FAOM pediram ainda ao Governo para permitir que as bancas diversifiquem o tipo de produtos vendidos.
Hoje Macau Manchete SociedadePIB | Economia de Macau cresceu 8,8% em 2024 O produto interno bruto de Macau cresceu 8,8 por cento em 2024, em comparação com o ano anterior, apoiado pelo aumento da indústria do jogo e da procura interna. Por outro lado, a despesa do Governo desceu 5,1 por cento face a 2023, com o fim dos cartões de consumo O produto interno bruto (PIB) atingiu, no ano passado, 403,3 mil milhões de patacas, “equivalendo a 86,4 por cento do volume económico do ano 2019”, indicou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em comunicado. O valor do PIB no fim do ano passado representou um crescimento anual de 8,8 por cento face a 2023. “As exportações de serviços e a procura interna (incluindo a despesa de consumo privado, a despesa de consumo final do Governo e o investimento) cresceram 9,2 e 2,3 por cento, respectivamente, em termos anuais”, lê-se na mesma nota. Em relação ao crescimento das exportações de serviços, a DSEC salienta o impulso dado pelo aumento anual de 23,8 por cento do número de entradas de visitantes registado em 2024. O factor determinante para a evolução positiva do PIB foi o aumento de 21,8 por cento das exportações de serviços do jogo ao longo do ano passado. Crescimento que contrastou com descida anual de 6,1 por cento das exportações de outros serviços turísticos, “devido à base de comparação relativamente elevada do ano 2023”. Ainda assim, neste capítulo, o registo de 2024 representou um crescimento de 13 por face a 2019. A DSEC referiu ainda que o comércio externo de mercadorias e as exportações e importações de bens caíram, no ano passado, respectivamente, 14,5 e 7,6 por cento, quando feita uma comparação com 2023. Ainda de acordo com os dados, o consumo privado em 2024 aumentou 4,9 por cento, em termos anuais, “graças à recuperação contínua das actividades económicas e à ininterrupta estabilidade do mercado de trabalho”. A DSEC revelou também que “o PIB per capita, que mede o valor médio dos bens e serviços produzidos por pessoa, foi de 587.922 patacas”, valor que representa uma subida de 7,6 por cento em relação a 2023. O outro lado No sentido contrário, a despesa do Governo caiu, no período em análise, 5,1 por cento, após o fim de medidas de apoio económico, lançadas para aliviar o impacto da pandemia, com a DSEC a salientar as rondas de cartão do consumo lançadas até 2023. No sector público, o investimento em equipamento subiu 1,2 por cento, face a 2023, enquanto o investimento em construção caiu 10 por cento, “devido à conclusão de parte das obras públicas de grande envergadura”, lê-se na nota. No que diz respeito ao privado, o investimento em equipamento cresceu 31,1 por cento e em construção subiu 5,1 por cento, em termos anuais. Já no último trimestre de 2024, o PIB de Macau aumentou 3,4 por cento, face ao mesmo período de 2023. A DSEC destacou que a procura interna e as exportações de serviços tiveram acréscimos homólogos de 2,8 e 2,1 por cento, respectivamente. João Luz / Lusa
Hoje Macau SociedadeISAF | Recolhido medicamento do São Januário O Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF) mandou recolher um lote do medicamento antiviral, “ZOVIRAX IV INFUSION INJ 250MG”, produzido pela italiana “GlaxoSmithKline Limited”, depois da descoberta de “partículas em forma de vidro num dos seus frascos”. O lote do medicamento afectado foi fornecido apenas ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, que parou “imediatamente” de o utilizar. O medicamento destina-se apenas aos doentes internados, para tratar infecções por herpes simplex e varicela-zóster. As autoridades acrescentam não terem recebido “nenhuma notificação de caso de indisposição após o consumo do medicamento”. Segundo o fabricante, não há provas de que outros produtos do mesmo lote tenham sido afectados.
Hoje Macau Manchete SociedadeEconomia | Desemprego cai para mínimo histórico de 1,6% A taxa de desemprego em Macau caiu para 1,6 por cento entre Novembro e Janeiro, um mínimo histórico desde que começaram a ser divulgados dados sobre o desemprego, em 1992. Também a taxa de desemprego de residentes bateu recorde fixando-se nos 2,1 por cento No período entre Novembro e Janeiro, a taxa de desemprego desceu para 1,6 por cento, o valor mais baixo desde que a DSEC começou a recolher dados sobre o desemprego em Macau, em 1992, ainda antes da transição de administração do território, de Portugal para a China. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), depois de sete meses seguidos a rondar 1,7 por cento, o indicador caiu 0,1 pontos percentuais em relação ao período anterior, entre Outubro e Dezembro. Num comunicado, a DSEC explicou que a redução da taxa se deve “principalmente ao Ano Novo Chinês ter originado a redução do número de indivíduos à procura de emprego, a qual levou à diminuição do número de desempregados”. O sector dos casinos contratou mais 900 pessoas entre Novembro e Janeiro, atingindo uma mão-de-obra de 72.500, enquanto o comércio por grosso e retalho também contratou mais 200 pessoas. Macau recebeu em Janeiro quase 3,65 milhões de visitantes, mais 27,4 por cento do que no mesmo mês de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre, enquanto as receitas do jogo caíram 5,6 por cento em termos anuais. Reforços do exterior Também os números do subemprego caíram, com os subempregados a cair 700 pessoas para um total de 5.000 entre Novembro e Janeiro, face ao período anterior, com a taxa de subemprego a cair ligeiramente para 1,3 por cento. A DSEC indica que a maior parte dos subempregados durante o período em análise pertencia aos ramos “das actividades imobiliárias e serviços prestados às empresas”. Nos últimos três meses, a taxa de desemprego caiu para um mínimo histórico, apesar da mão-de-obra vinda do exterior, incluindo no Interior da China, ter aumentado em quase 5.900 durante o ano de 2024. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais em 5 de Fevereiro, Macau empregava no final de Dezembro mais de 182.500 trabalhadores migrantes. Um número ainda assim longe do pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, antes do início da pandemia de covid–19. Aliás, a taxa de desemprego entre os habitantes com estatuto de residente caiu ainda mais, 0,2 pontos percentuais em relação ao período anterior, entre Outubro e Dezembro, para 2,1 por cento, valor que é também um mínimo histórico. Entre Novembro e Janeiro, o número de residentes desempregados encolheu em cerca de 500, para 6.200, o valor mais baixo desde há 27 anos. Desde 1998, no entanto, a população de Macau aumentou 61,5 por cento, para 686.600 no final de Setembro, de acordo com mais recente estimativa da DSEC.
Hoje Macau SociedadeLegionella | Homem em estado grave ligado a ventilador Um homem está em estado grave e ligado a um ventilador, depois de ter sido infectado por Legionella, naquele que é o primeiro caso do ano, de acordo com os Serviços de Saúde (SS). O homem de 71 anos de idade tem antecedentes de doenças crónicas. De acordo com as autoridades de saúde, a “22 de Fevereiro, o homem começou a ter muita expectoração”, mas optou por não recorrer às instituições de saúde. “No dia 25, apresentou febre e falta de ar, e foi transportado de ambulância para o Hospital Kiang Wu para tratamento médico” foi revelado pelos SS. “Os exames complementares evidenciaram pneumonia em ambos os pulmões, o doente necessitou de assistência respiratória por ventilador mecânico e, foi transferido, no mesmo dia, para o Centro Hospitalar Conde São Januário”, foi acrescentado. O diagnóstico foi feito a 27 de Fevereiro. “Actualmente, o doente encontra-se em estado considerado grave, e ainda tem necessidade de apoio respiratório por ventilador mecânico”, foi indicado.
Hoje Macau SociedadeMelco | Anunciados lucros de 484,6 milhões de dólares A operadora de jogo Melco anunciou lucros operacionais de 484,6 milhões de dólares em 2024, mais de sete vezes o valor do ano anterior. Em 2023, a Melco Resorts and Entertainment, com quatro casinos no território, tinha registado lucros de 64,9 milhões de dólares, indicou a empresa, num comunicado enviado na quinta-feira à bolsa de valores de Nova Iorque. Em 2024, as receitas operacionais do grupo foram de 4,64 mil milhões de dólares, contra 3,78 mil milhões em 2023. Este aumento de 22,8 por cento foi apoiado pela “melhoria do desempenho de todos os segmentos de jogo e das operações não relacionadas com o jogo, impulsionado pela recuperação contínua do turismo” em Macau, indicou a empresa de Lawrence Ho Yau Lung, filho do magnata do jogo Stanley Ho Hung-sun, falecido em 2020. “O ano de 2024 foi um ano de transição para nós em Macau. Investimos no nosso negócio para melhorar a experiência do cliente e construir uma base mais sólida para o crescimento”, afirmou Lawrence Ho, em comunicado. “As contribuições destas iniciativas são agora evidentes, com a quota de mercado no quarto trimestre de 2024 a crescer mês a mês e a visitação de propriedades a exceder os níveis pré-pandémicos. Estamos empenhados em continuar a cumprir os nossos objectivos estratégicos e esperamos continuar a revelar novos e excitantes projectos para apoiar o crescimento contínuo em Macau”, acrescentou. Os casinos da região fecharam 2024 com receitas de 226,8 mil milhões de patacas, mais 23,9 por cento do que em 2023.