Hoje Macau SociedadeMacau Jockey Club | Estacionamento abre em Dezembro Até ao final do ano, o Governo planeia abrir ao público o Parque de Estacionamento da Estrada Governador Albano de Oliveira, de acordo com um comunicado publicado ontem pela Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT). O estacionamento ao ar-livre fica perto do Macau Jockey Club, na Taipa, na faixa separadora central terrestre da Estrada Governador Albano de Oliveira, entre a Avenida de Kwong Tung e a Rua de Chaves, e vai ter 41 lugares para automóveis ligeiros e 17 para pesados. Os bilhetes para os veículos ligeiros vão custar oito patacas durante o dia e quatro à noite. No caso dos veículos pesados, o estacionamento durante o dia custa 10 patacas por hora e à noite desce para cinco patacas por hora. Também ontem, foi publicado no Boletim Oficial o novo regulamento administrativo que define as regras para o Parque de Estacionamento Público do Posto Fronteiriço Qingmao. Segundo os novos preços do parque, que entram em vigor a partir de 7 de Dezembro, por cada hora as tarifas serão de 10 patacas para automóveis ligeiros e quatro patacas para motociclos e ciclomotores. Quando se tratar do estacionamento nocturno, o preço desce para oito patacas e três patacas.
Hoje Macau PolíticaUniversidade de Pequim | Ho Iat Seng destaca aumento de alunos O Chefe do Executivo destacou o aumento de estudantes locais na Universidade de Pequim, depois de considerar que a instituição é uma das “melhores a nível mundial”. As declarações foram prestadas na segunda-feira, durante um encontro com o reitor da Universidade de Pequim, Gong Qihuang, de acordo com um comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social. O encontro serviu para debater “impressões sobre o reforço da cooperação entre Macau e o Interior”, no que diz respeito ao ensino superior e à formação de quadros qualificados. O Chefe do Executivo referiu também que “os quadros qualificados são indispensáveis” para a diversificação da economia, e que a Universidade de Pequim tem mantido boas relações de cooperação com as instituições do ensino superior de Macau. Por sua vez, também Gong Qihuang reconheceu que o número de estudantes de Macau admitidos na Universidade de Pequim tem aumentado nos últimos anos e deixou o desejo que no futuro, mais estudantes de Macau prossigam os estudos naquela instituição de ensino superior. Gong indicou também que foi a sua primeira visita a Macau e, durante a sua estadia, a delegação da Universidade de Pequim visitou várias instituições de ensino superior de Macau e assinou acordos de cooperação com a Universidade de Macau e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.
Hoje Macau EventosFotografia | Associação Halftone promove exposição na FRC A Associação Halftone apresenta, na próxima segunda-feira, 4, uma exposição de cariz anual com trabalhos fotográficos dos seus associados na Fundação Rui Cunha (FRC), que poderá ser visitada a partir das 18h30. A exposição revelará um total de 30 trabalhos, profissionais e amadores, que vão desde a fotografia documental até à expressão artística, passando pela fotografia de aquitectura, de moda, de rua, a cores ou a preto-e-branco, poderão ser vistos nas paredes da galeria da Fundação Rui Cunha. Para este projecto, que pode ser visto gratuitamente pelo público até ao dia 9 de Dezembro, foi feita uma chamada para todos os associados participarem com trabalhos seus, tendo sido seleccionadas imagens de André Ritchie, António Mil-Homens, António Sotero, Bessa Almeida, Catarina Cortesão Terra, Cecília Ho, David Lopo, Elói Scarva, Francisco Ricarte, Gonçalo Lobo Pinheiro, Hugo Teixeira, Joana Freitas, João Daniel, João M. Rato, João Miguel Barros, João Nuno Ribeirinha, João Palla Martins, José das Neves, José Sales Marques, Lurdes de Sousa, Maria José de Freitas, Mide Plácido, Nélson MS Silva, Nuno Veloso, Pascal Pun, Ricardo Meireles, Rusty Fox, Sara Augusto, Sara Marçal e Stefan Nunes. A Halftone é uma associação cultural, sem fins lucrativos, com sede na RAEM, que tem por objectivo a promoção da fotografia contemporânea em todas as suas vertentes. Trata-se de uma associação inclusiva e abrangente, e está aberta a todos aqueles que tenham interesse na fotografia como expressão artística ou documental, independentemente da sua experiência ou da sua prática. Por isso, propõe-se promover o trabalho fotográfico dos seus associados, bem como organizar exposições, publicar uma revista, livros e monografias, organizar debates e desenvolver projectos pedagógicos e educativos.
Hoje Macau EventosJani Zhao estreia-se em Hollywood com “Aquaman e o Reino Perdido” Jani Zhao, actriz portuguesa de ascendência chinesa, estreia-se em Hollywood com o filme “Aquaman e o Reino Perdido”, que estreia em Dezembro. Em entrevista à Lusa, a actriz, parceira do realizador português Ivo M. Ferreira, disse que representar é também um acto político. “Sou portuguesa, mas também sou outras coisas”. “Claro que é divertido ter conseguido chegar lá fora, estar em Hollywood, começar aqui uma carreira internacional, mas para mim, sobretudo, são os passos concretos nesta luta, nesta missão de que podemos ser diversas coisas e de começar a convocar as pessoas para criar outras narrativas. Eu acho que isso é importante, ir lá, ao lugar do outro”, afirmou a actriz. Jani Zhao, de 31 anos, integra o elenco da produção norte-americana “Aquaman e o Reino Perdido”, de James Wan, que chega aos cinemas no dia 21 de Dezembro, sendo a sua estreia internacional numa carreira na representação iniciada há mais de 15 anos. Segundo Jani Zhao, a participação no filme surge depois de ter estado em 2017 no programa português “Passaporte”, que põe em contacto talentos da representação com directores de ‘casting’. Rodagem em 2021 A rodagem desta produção da DC Comics aconteceu em 2021 no Reino Unido e nos Estados Unidos, e Jani Zhao interpreta o papel de Stingray, uma personagem que existe na banda desenhada, tal como Aquaman, e sobre a qual pouco pode adiantar antes da estreia, por questões de confidencialidade. “Não posso dizer com quem contracenei, porque não vão perceber tudo já imediatamente. […] Eu diria que [Stingray] é uma figura assim muito intimidante”, disse Jani Zhao. Sobre a experiência, para lá do contacto com uma produção estrangeira e da remuneração – “pagaram muito bem”, disse a actriz – Jani Zhao deu mais um passo numa missão pessoal sobre aquilo que representa e o tipo de narrativas que defende. “Até hoje, apesar de já ter uma carreira bastante sólida em Portugal, eu sou sempre vista como uma estrangeira. Isto porque a mentalidade [portuguesa] ainda está em reconstrução, os anos da ditadura ainda se sentem muito na sociedade, os ‘brandos costumes’. E, de facto, os anos todos de colonialismo ainda estão muito intrínsecos na cultura portuguesa. E isso sente-se. Eu, que sou portuguesa tanto como tu, não sou considerada portuguesa aos olhos de muitos portugueses”, lamentou. Jani Zhao nasceu em Leiria, de pais chineses emigrados em Portugal. Estudou dança com a companhia de Olga Roriz e teatro na Escola Profissional de Teatro de Cascais, de Carlos Avilez. Além de trabalhos em moda, o currículo conta com várias participações em teatro, cinema e televisão. Alguns dos papéis que interpretou no início da carreira eram de personagens asiáticas. Foi a Sandra Chung numa temporada da série “Morangos com açúcar”, Susana Wang na telenovela “Jogo Duplo”, ou Chung Li no filme “Cabaret Maxime”, de Bruno de Almeida. “Até há muito pouco tempo, eu tinha de ter uma justificação para existir. A minha personagem tinha de ter toda uma história inventada que justificasse a minha existência. E, neste momento, aquilo que eu procuro é que, de facto, isso não tenha de acontecer”, esclareceu Jani Zhao. A actriz quer estar em projectos que promovam outras narrativas, que representem a luta das minorias, que representem a diversidade da sociedade, porque tudo é “um acto político”. “É importante trazer também para o cinema português, para a ficção portuguesa, para o audiovisual português, porque essas pessoas fazem parte da sociedade portuguesa. E é isso que procuro. Procuro trabalhos com condições justas. E com pessoas… com boa gente”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Militares escavam à mão túnel para tirar trabalhadores presos Militares indianos estão a preparar-se para escavar manualmente o túnel e tentar chegar aos 41 trabalhadores presos há 16 dias, depois de as operações de resgate terem sofrido vários contratempos. Quando faltavam apenas nove metros de perfuração que iam permitir inserir as partes finais de um tubo de aço de 57 metros de comprimento, com largura suficiente para a passagem de um homem e permitir a retirada dos trabalhadores, barras de metal e veículos de construção que estavam o caminho danificaram a máquina. Militares indianos vão tentar agora limpar as rochas e os escombros destes nove metros restantes, enquanto as temperaturas caem nesta região montanhosa isolada do estado de Uttarakhand, nos Himalaias. “O pessoal do batalhão de engenharia do exército indiano, bem como outras equipas de resgate, estão a preparar-se para esta operação”, disse um alto funcionário local, Abhishek Ruhela. Desde que o túnel desabou, a 12 de Novembro, os esforços de resgate têm sido complicados e retardados pela queda de destroços e sucessivas falhas nas máquinas cruciais para resgatar trabalhadores. Os trabalhadores sobrevivem há duas semanas graças ao fornecimento de ar, comida, água e electricidade através de uma conduta na qual foi inserida uma câmara endoscópica. O aluimento de terras provocou o desabamento de uma parte do túnel, de 4,5 quilómetros, a cerca de 200 metros da entrada. O local do desabamento fica em Uttarakhand, um estado montanhoso com vários templos hindus que atraem muitos peregrinos e turistas e a construção de autoestradas e edifícios tem sido constante para responder a um fluxo crescente de visitantes.
Hoje Macau Eventos“Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong” celebra patriotismo Está patente no terceiro piso do Museu de Arte de Macau (MAM) a exposição “Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong”, co-organizada pelo museu e a Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau. Lok Cheong (1923–2006), um dos membros fundadores da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau, foi presidente da associação vários anos, tendo estimulado os artistas emergentes de Macau ao mesmo tempo que unia os entusiastas da arte. O Instituto Cultural (IC) aponta que o incontornável artista “promoveu constantemente o intercâmbio cultural entre Macau e o Interior da China e não poupava esforços no desenvolvimento das belas-artes, dando um grande contributo para o sector da pintura de Macau”. As suas experiências de vida proporcionaram-lhe um leque de temas variados e as suas obras oferecem reflexões sobre a realidade. As suas pinturas a óleo, nomeadamente “Vivendo da recolha de resíduos” e “Oferta de arroz pela Pátria”, mostram a vida simples e comovente do povo. Os familiares de Lok Cheong doaram mais de 200 trabalhos do artista e 100 obras dos seus amigos ao Museu de Arte de Macau do Instituto Cultural. Neste ano, que marca o centenário do nascimento de Lok Cheong, o MAM organiza especialmente esta exposição retrospectiva, que abrange 100 pinturas seleccionadas de Lok Cheong, assim como alguns dos seus desenhos paisagísticos e obras de seus amigos artistas, agora mostradas pela primeira vez, totalizando 150 trabalhos que incluem pinturas a óleo, aguarelas, pinturas a tinta-da-china, desenhos, manuscritos e documentos. Elite na inauguração A mostra está dividida em cinco secções: “Amor à Pátria”, “Captando o Carácter de Macau”, “Retratos”, “Desenhando do Coração” e “Obras de Companheiros Artistas”, com vista a mostrar o testemunho do artista sobre as grandes transformações da Pátria e da sociedade de Macau ao longo da sua vida. A cerimónia de inauguração da exposição reuniu algumas personalidades da elite política local, como o vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e ex-Chefe do Executivo Edmund Ho, o director do Departamento de Propaganda e Cultura do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, Wan Sucheng, a presidente do Instituto Cultural, Deland Leong Wai Man e o deputado Chui Sai Peng José apresentado no comunicado do IC como presidente da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau. Participaram também na cerimónia representantes da família de Lok Cheong, nomeadamente Lok Po (director do jornal Ou Mun e representante de Macau Assembleia Popular Nacional) e Lok Hei (director da Associação de Artistas da China, e presidente da Sociedade de Artistas de Macau, entre outros cargos de direcção em associações). A “Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong” está patente ao público até 7 de Abril e tem entrada livre.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Wang Yi vai a Nova Iorque para reunião sobre Gaza O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, vai deslocar-se esta semana a Nova Iorque para participar numa reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito entre Israel e o Hamas, anunciou ontem fonte do Governo chinês. “Ao assumir a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU este mês, a China vai realizar uma reunião de alto nível sobre a questão israelo-palestiniana no dia 29 de Novembro”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin. Wang Yi vai presidir pessoalmente à reunião. Na semana passada, a China saudou o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que entrou ontem no seu último dia. A pausa, que começou na sexta-feira, levou à libertação de dezenas de reféns pelo Hamas e, em simultâneo, à libertação por Israel de mais de 100 prisioneiros palestinianos. A China sempre foi a favor de uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano. O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou à realização de uma “conferência internacional para a paz” para pôr termo aos combates. A 7 de Outubro, combatentes do Hamas atravessaram a fronteira a partir de Gaza num ataque sem precedentes em território israelita, matando 1.200 pessoas, na sua maioria civis, segundo as autoridades israelitas. Cerca de 240 pessoas foram feitas reféns. Em resposta, Israel lançou uma campanha militar para destruir o Hamas, matando cerca de 15.000 pessoas, na sua maioria civis, incluindo milhares de crianças, segundo o governo do Hamas em Gaza.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim apela a cessar-fogo em Myanmar Pequim apelou no domingo a um cessar-fogo em Myanmar, após uma coligação de grupos armados ter tomado, em Outubro, pontos de passagem na fronteira entre os dois países, informou o jornal do exército chinês. No entanto, de acordo com o PLA Daily, Pequim vai continuar os exercícios de fogo real do lado chinês, para “testar a mobilidade, as capacidades de controlo da fronteira e as capacidades de poder de fogo das unidades militares, para que o Exército Popular de Libertação esteja pronto para qualquer emergência”. Myanmar depende fortemente do comércio com a China, especialmente para a importação de produtos manufacturados e exportação de produtos agrícolas. Os distúrbios na região fronteiriça birmanesa têm sido um constante motivo de irritação para Pequim, que apoiou os líderes militares que tomaram o poder no país do Sudeste Asiático em 2021, substituindo um governo eleito. “A China está muito preocupada com os conflitos em Myanmar e instou todas as partes a cessarem fogo e a iniciarem diálogos pacíficos para evitar que a situação se agrave ainda mais”, lê-se no jornal militar. Entretanto, o exército irá “salvaguardar a segurança da fronteira e proteger as vidas e os bens das pessoas que vivem nas zonas fronteiriças”. Os exercícios de fogo real, que tiveram início no sábado, vão “reforçar o sentido de responsabilidade e a vigilância das tropas” e prolongar-se-ão por vários dias, referiu-se na publicação. O governo de Myanmar reconheceu ter perdido pelo menos três cidades e os combates parecem ter interrompido quase todo o comércio legal com a nação vizinha. Tomada de posse A passagem fronteiriça de Kyin-San-Kyawt, uma das cinco principais entradas comerciais da cidade de Muse, no norte do estado de Shan, foi tomada no sábado. Trata-se do quarto posto fronteiriço conquistado pelas forças da aliança num mês de intensos combates. Grupos armados da resistência contra a junta militar, que reúnem guerrilheiros de minorias étnicas e milícias pró-democracia lançaram a 27 de Outubro a chamada “Operação 1027” no estado de Shan, no norte do país, que faz fronteira com a China. As Nações Unidas estimam que cerca de 82 mil pessoas foram deslocadas à força no Estado de Shan desde Outubro, o que levou as autoridades chinesas a apelar a medidas para alcançar uma maior estabilidade na região. Pelo menos várias centenas terão fugido para a China. As autoridades chinesas indicaram igualmente que cerca de 50 civis foram mortos e centenas ficaram feridos, maioritariamente em ataques da junta militar.
Hoje Macau China / ÁsiaCorredor Central pode ser alternativa no comércio entre Pequim e Europa O Corredor Central que atravessa a Ásia Central e Cáucaso pode ser uma alternativa comercial entre a China e a Europa, evitando a Rússia e triplicando o volume das mercadorias até 2030, segundo um estudo do Banco Mundial. Esta rota, acrescenta a instituição no relatório ontem divulgado, pode “proteger os países e as cadeias de abastecimento dos choques geopolíticos”, como a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções económicas a Moscovo adoptadas no âmbito da guerra. O Banco Mundial destaca ainda que, “com os investimentos e as políticas correctas, o Corredor Central poderá triplicar os volumes de comércio e reduzir para metade o tempo de viagem ao longo do percurso até 2030”. Isto beneficiaria as economias locais e regionais e as comunidades em geral, criando oportunidades de emprego, estimulando a procura de indústrias de apoio e atraindo empresas. O relatório do Banco Mundial refere também, com as opções políticas correctas, “o Corredor Central – que liga os mercados chinês e europeu através da Ásia Central e do Cáucaso – pode revigorar o comércio regional e aumentar a conectividade dos países ao longo da rota”. Com o uso desta rota, “o comércio total do Azerbaijão, da Geórgia e do Cazaquistão aumenta 37 por cento, principalmente devido às exportações do Cazaquistão, enquanto o comércio entre estes três países e a UE aumenta 28 por cento”. Guerra contornada O conflito com a Ucrânia, iniciado pela invasão russa em 22 de Fevereiro de 2022, levantou o interesse pelo Corredor Central, com os países envolvidos a desenvolverem esforços para agilizar o tráfego comercial, tendo, segundo o relatório, de resolver questões como a falta de gestão e coordenação das várias vias, aumentar a eficiência operacional nos portos envolvidos, melhorar as ligações das linhas ferroviárias aos portos e agilizar os procedimentos nas fronteiras. O Corredor Central liga a China e o Cazaquistão por via ferroviária (menos poluente que a rodoviária), atravessando este país, também por comboio, até o porto de Aktau, de onde segue, por transporte marítimo para o outro lado do Mar Cáspio para o Azerbaijão, voltando a travessia a ser feita por via ferroviária até à Geórgia, de onde segue para a Europa via Turquia (comboio) ou Mar Negro (navio). Devido aos atravessamentos de fronteiras e transferências entre comboios e navios, esta rota tem sido preterida face à do Norte (via Rússia). O tráfego de contentores no Corredor Central aumentou 33 por cento em 2022, face a 2021, mas as limitações da rota ficaram evidentes, tendo o tráfego recuado 37 por cento entre Janeiro e Agosto de 2023, face aos primeiros oito meses de 2022.
Hoje Macau China / ÁsiaMalaysia Airlines | Tribunal ouve familiares de quem viajava no avião desaparecido O desaparecimento misterioso do Boeing 777, em 2014, continua por explicar. A bordo, seguiam 227 passageiros, dos quais 153 ou 154, segundo os relatos, eram de nacionalidade chinesa Um tribunal chinês iniciou ontem as audiências para determinar o valor das indemnizações a serem pagas aos familiares dos passageiros que morreram num avião da Malaysia Airlines, que desapareceu em 2014 num voo entre Kuala Lumpur e Pequim. O caso permanece envolto em mistério após quase uma década. A audiência, no Tribunal Intermédio do Distrito de Chaoyang, em Pequim, ocorreu sobre forte presença policial. Nenhuma informação foi divulgada até agora. A polícia verificou as identidades dos jornalistas no local e colocou-os numa área isolada. Os repórteres puderam ver os familiares a entrar no tribunal, mas não conseguiram falar com eles antes do início da audiência. O paradeiro do avião alimentou várias teorias, incluindo falha mecânica, tentativa de sequestro ou esforço deliberado para o destruir por parte de quem se encontrava na cabine do piloto, mas foram encontradas poucas provas que demonstrem por que razão o avião se desviou da sua rota original. O Boeing 777, com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo, terá caído no Oceano Antártico, a sul da Índia, mas meses de buscas intensas não permitiram encontrar qualquer sinal do local onde se despenhou e apenas fragmentos do avião deram à costa nas praias da região. Entre os passageiros a bordo, 153 ou 154, de acordo com diferentes relatos, eram cidadãos da China, o que fez com que a tragédia ressoasse especialmente em Pequim, onde se realizaram reuniões e vigílias diárias pelos desaparecidos. Alguns familiares recusaram-se a acreditar que o avião tinha desaparecido, defendendo que o aparelho foi levado para um local desconhecido e que os seus entes queridos permaneciam vivos. Recusaram-se, assim, a aceitar indemnizações por parte da companhia aérea. Lei incerta Os pormenores da acção judicial permanecem obscuros, mas parecem basear-se na alegação de que a companhia aérea não tomou medidas para localizar o avião depois de este ter desaparecido do controlo de tráfego aéreo cerca de 38 minutos após a descolagem sobre o Mar do Sul da China, na noite de 8 de Março de 2014. Os familiares dizem esperar que as audiências se prolonguem até meados de Dezembro. Dado o mistério que continua a rodear o caso, não se sabe quais as obrigações financeiras que a companhia aérea poderá ter e não foi apresentada qualquer acusação contra a tripulação do voo. No entanto, os familiares dizem desejar uma indemnização por um desastre que os privou dos seus entes queridos e os colocou em dificuldades financeiras. O sistema jurídico chinês, em grande parte opaco, oferece uma ampla margem de manobra aos juízes para aplicarem sanções legais ou financeiras quando não é possível aplicar sanções penais.
Hoje Macau SociedadeFraude | Três detidos por troca de dinheiro falso A Polícia Judiciária revelou a existência de três crimes de troca de moeda ilegal, com recurso a notas falsas, com valores de 500 e 1.000 patacas. Os casos foram revelados ontem, em conferência de imprensa, onde a PJ anunciou ter efectuado três detenções. Os detidos têm idades compreendidas entre os 31 e 40 anos e confessaram a prática dos actos. Também indicaram que foram contactados no Interior, onde lhes prometeram que se fizessem as trocas de dinheiro, de acordo com instruções que seriam fornecidas mais tarde, receberiam um pagamento de 6 mil yuan. No entanto, os detidos, todos do Interior, negaram saber que as notas trocadas eram falsas. Nas declarações prestadas à imprensa, e citadas pelo Jornal Ou Mun, a PJ admite que esta forma de operar pode estar relacionada com uma associação criminosa e que é necessário fazer um acompanhamento do caso. O alerta para os crimes surgiu no sábado, quando foram recebidas queixas de quatro vítimas que tinham sido enganadas. As trocas foram combinadas por Wechat, com os pagamentos de 93.500 yuan, 186.800 yuan e 141.000 yuan, a serem feitos através da aplicação móvel. Porém, no encontro que aconteceu num casino local, apenas receberam notas falsas. Segundo a PJ, todos os detidos faziam parte de um mesmo grupo de Wechat, o que levou as autoridades a colocar a hipótese de se tratar de um grupo criminoso com mais membros.
Hoje Macau SociedadeCrime | Homem provoca incêndio ao tentar cobrar dívida Um homem foi detido por suspeitas do crime de fogo posto quando tentava cobrar uma dívida. O caso aconteceu na madrugada de sábado, num edifício situado na Avenida da Tranquilidade. Segundo o relato do jornal Ou Mun, um homem com cerca de 40 anos deslocou-se a casa de um conhecido para cobrar uma dívida. Contudo, enganou-se no andar, e apesar de ter batido várias vezes à porta, ninguém a abriu. Dentro da casa, os ocupantes, desconhecendo o indivíduo, não só não abriram a porta, como o ignoraram na tentativa de deixarem de ser incomodados. No entanto, frustrado com o facto de estar a ser ignorado, o homem acendeu um cigarro e atirou-o para uma sapateira, que se incendiou quase de imediato. De seguida, fez um vídeo do incêndio, que enviou para o conhecido que lhe devia dinheiro, a relatar a situação e a exigir que a dívida fosse paga. Todavia, as chamas ganharam uma dimensão inesperada, e nem o incendiário, nem o vizinho, conseguiram apagar o fogo. O Corpo de Bombeiros acabou assim por ser chamado ao local, para apagar as chamas. Contudo, durante a operação, o pirómano sentiu-se mal, devido à inalação de fumos, e foi levado para o hospital. Mais tarde, acabou por ser detido pela prática de fogo posto. Por sua vez, o dono da casa queixou-se de danos patrimoniais de cerca de 170 mil patacas.
Hoje Macau SociedadeDSAT | Chumbadas 19 propostas de licenças de táxis A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) revelou que foram recusadas 19 propostas entre as 40 entregues, no âmbito do “concurso público para a atribuição de licenças gerais para o transporte de passageiros em automóveis ligeiros de aluguer (táxis)”. O procedimento de abertura das propostas começou 24 de Novembro e prolongou-se até ontem, com a Comissão de Abertura a validar 21 das 40 propostas apresentadas. As propostas aprovadas das diferentes sociedades concorrentes apresentam valores que variam entre 2,5 milhões patacas e 3,8 milhões de patacas. Segundo os requisitos do concurso, os adjudicatários devem ser sociedades registadas em Macau, tendo como objecto social único a exploração da actividade de transporte de passageiros em táxis. O concurso actual foi lançado, depois de nos últimos meses terem surgido várias queixas contra a redução do número de licenças de táxis e as crescentes dificuldades em conseguir ter acesso a este meio de transporte. Este cenário foi reconhecido pela DSAT, no comunicado sobre o concurso. “Em resposta à caducidade sucessiva de alguns alvarás de táxis com prazo limite e à procura da sociedade do serviço de táxis, o Governo da RAEM abriu o presente concurso”, foi reconhecido. Através do concurso vão ser atribuídas 10 licenças gerais para a exploração da actividade do transporte de passageiros em táxis. Cada empresa vencedora do concurso vai poder pedir a emissão para 50 alvarás, o que poderá contribuir para a circulação de mais 500 táxis. Porém, se as sociedades não quiserem tantos alvarás, o número será mais baixo. Os alvarás são válidos pelo prazo de oito anos, a partir da emissão.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Seis infracções detectadas em estaleiros Uma campanha de fiscalização à segurança no trabalho promovida pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) resultou na identificação de seis infracções, de acordo com um comunicado publicado ontem. A campanha foi realizada entre 17 e 28 de Outubro e o pessoal da DSAL foi enviado para fazer vistorias em 498 estaleiros de construção civil e locais de obras. As infracções detectadas estavam relacionadas com “deficiência nas medidas de protecção para o trabalho em altura” e “a insegurança no uso da electricidade”, além de outras razões que não especificadas. Das acções de fiscalização resultaram igualmente, indicou a DSAL, “42 sugestões de aperfeiçoamento”. No comunicado publicado ontem, a DSAL considerou também que a “realização contínua de vistorias de inspecção do trabalho” levou a uma diminuição “dos conflitos laborais”. Entre Janeiro e Outubro foram assim realizadas 145 vistorias aos 67 estaleiros de construção civil existentes em Macau. A DSAL indicou que os problemas laborais emergentes “foram acompanhado de imediato”. Porém, apesar de ter defendido as inspecções têm combatido os problemas, não indicou qualquer dado oficial para sustentar estas afirmações. Também nos primeiros dez meses do ano foram realizadas acções de promoção e formação jurídica em 230 estabelecimentos comerciais para divulgação da legislação laboral.
Hoje Macau SociedadeDSEC | 245 exposições e convenções entre Julho e Setembro No terceiro trimestre deste ano realizaram-se 245 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, o que significou um crescimento de 231,1 por cento face ao período homólogo, quando o território dificultavas as entradas e saídas, por motivos da política de covid zero. Os números publicados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) demonstraram que em termos anuais, no período em análise deste ano foram organizados mais 171 eventos, do que entre Julho e Setembro do ano passado. O número de participantes e visitantes fixou-se em 545 mil, aumentando 59,9 por cento, em termos anuais. Durante o terceiro trimestre efectuaram-se 221 reuniões e conferências, mais 262,3 por cento (crescimento de 160 eventos), face ao terceiro trimestre do ano passado. Também o número de participantes (48.000) subiu, na proporção de 633,1 por cento. A duração média das reuniões e conferências foi de 1,2 dias, mais 0,3 dias, em termos anuais e a área utilizada total correspondeu a 166.000 metros quadrados, aumentando 385,1 por cento. No mesmo período, realizaram-se 20 exposições, mais 8, em termos anuais e o número de visitantes (493.000) cresceu 47,3 por cento. A duração média das exposições fixou-se em 3,2 dias, menos 0,1 dias, em termos anuais e a área total utilizada situou-se em 103.000 metros quadrados, mais 53,4 por cento. Quanto a eventos de incentivo no trimestre em análise, houve quatro que contaram com 5.035 participantes. A duração média dos eventos de incentivo foi de 2,5 dias e a área utilizada total atingiu 12.000 metros quadrados.
Hoje Macau PolíticaChineses Ultramarinos | Ho Iat Seng elogia associação Durante a celebração do 55.º aniversário da Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau, que decorreu ontem, o Chefe do Executivo enalteceu o papel da associação na divulgação no estrangeiro da aplicação com sucesso do princípio “Um País, Dois Sistemas”. “A Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau foi criada há mais de meio século e desde o primeiro dia tem persistido na excelente tradição do patriotismo e do amor por Macau, apoiado firmemente o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, unido proactivamente a comunidade chinesa ultramarina de Macau na sua integração na sociedade da RAEM e promovido a estabilidade e harmonia sociais na RAEM”, indicou Ho Iat Seng. O governante reconhece que as actividades da associação lhe valeram uma “vasta influência social”, aproveitada para criar raízes em Macau “contribuindo para a prosperidade e estabilidade a longo prazo da RAEM”. Ho Iat Seng recordou ainda que o passado de Macau enquanto porto de comércio foi “janela para os intercâmbios culturais, económicos e comerciais entre a China e o Ocidente”. Nesse contexto, os chineses ultramarinos desempenharam o papel de elo de ligação entre Macau e o exterior e de ponte entre a China e o mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação | China quer retomar ligações com França O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, manifestou na passada sexta-feira à sua homóloga francesa, Catherine Colonna, a esperança de que as ligações aéreas entre China e França regressem ao nível anterior à pandemia de covid-19. “Espero que as negociações entre os ministérios sejam aceleradas para que o número de voos entre França e China volte ao nível anterior à pandemia”, disse o ministro chinês, citado pela televisão estatal CGTN. Wang fez as declarações durante a sexta reunião do mecanismo de diálogo de alto nível China-França sobre intercâmbios entre pessoas, que foi co-organizado por Colonna, a realizar uma visita ao território chinês. O chefe da diplomacia chinesa aproveitou também o evento, realizado na Universidade de Pequim, para anunciar que os viajantes franceses vão poder viajar sem visto para a China para estadias inferiores a 15 dias, no âmbito de um programa-piloto que também inclui cidadãos de Espanha, Países Baixos, Alemanha, Itália e Malásia e que terá a duração de um ano. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês explicou que esta decisão tem como objectivo “facilitar os intercâmbios internacionais entre pessoas” e permitir uma “abertura de alto nível ao mundo exterior”. Catherine Colonna saudou a medida de Pequim e manifestou a sua vontade de “reforçar a cooperação com a China nos domínios da educação, turismo e cultura”. A visita da ministra francesa, que chegou ao país asiático na quinta-feira passada, insere-se numa série de diálogos de alto nível entre Pequim e Paris, que incluíram conversações sobre questões económicas, financeiras e estratégicas, e surge na sequência de uma visita de Estado à capital chinesa, em Abril passado, do Presidente francês, Emmanuel Macron.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim defende que futuro da IA seja decidido por todos os países A China defendeu na passada sexta-feira que o futuro da Inteligência Artificial (IA) deve ser “decidido por todos os países” e que as suas regras não devem ser “ditadas pelos países desenvolvidos”. Durante uma reunião com a comunicação social, o director do Gabinete de Coordenação de Cibersegurança da Administração do Ciberespaço da China, Gao Lin, afirmou que a IA é uma “nova área de desenvolvimento humano” à qual a China “atribui grande importância”. Gao apresentou as propostas da China para o desenvolvimento da IA, que focam “o respeito pela soberania de outros países”, “a não-interferência nos assuntos internos” e “a garantia de que a Inteligência Artificial está sob controlo humano”. Gao sublinhou ainda a importância de “aumentar a voz dos países em desenvolvimento no avanço da IA”. Liu Bochao, director-adjunto do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Indústria, afirmou, por sua vez, que a gestão da IA é “um desafio para todos os países”. “A China tem o maior mercado de consumo e de aplicações industriais de IA do mundo”, disse Liu, acrescentando que espera que “China e Estados Unidos possam cooperar nesta área”, depois de a tecnologia ter sido um dos tópicos abordados entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, durante um encontro na cidade norte-americana de São Francisco, este mês. Liu Bochao manifestou o seu apoio à “colaboração entre institutos de investigação chineses e norte-americanos” e disse que acolhia “com agrado as empresas norte-americanas que criam institutos de investigação de IA em conjunto com as suas homólogas chinesas para acelerar a inovação tecnológica”. Limites a definir O país asiático aprovou em Julho passado um regulamento provisório para regular os serviços de Inteligência Artificial generativa semelhantes ao ChatGPT, que estarão sujeitos a “regulamentos existentes sobre segurança da informação, protecção de dados pessoais, propriedade intelectual e progresso científico e tecnológico”. Os serviços de IA devem também respeitar os “valores socialistas fundamentais”, a “moral social e a ética profissional” e estão proibidos de “gerar conteúdos que ponham em causa a segurança nacional, a unidade territorial, a estabilidade social ou os direitos e interesses legítimos de terceiros”, de acordo com as orientações chinesas. Esses serviços devem ainda garantir “transparência e fiabilidade”, identificando como tal os conteúdos gerados por este tipo de tecnologia, segundo os mesmos regulamentos. “Ao traçar linhas vermelhas, garantimos que as ferramentas de IA podem ser utilizadas pelos utilizadores de forma segura”, afirmou ainda Gao Lin. Vários gigantes tecnológicos chineses, como Baidu, Tencent e Alibaba, introduziram serviços baseados em IA nos últimos meses.
Hoje Macau EventosMarrocos | Martin Scorsese cancela presença em festival por razões pessoais O realizador norte-americano Martin Scorsese cancelou a sua presença no Festival Internacional de Cinema de Marraquexe, onde deveria participar como padrinho do programa de formação de novos talentos do cinema. De acordo com fontes da organização citadas pela agência noticiosa Efe, o cancelamento da presença de Scorsese, de 81 anos, deveu-se a razões pessoais. Scorsese participou no certame marroquino por cinco vezes chegando, em 2018, a entregar um prémio honorário a Robert de Niro, actor com quem tem um histórico de colaborações. Scorsese seria, nesta 20.ª edição do festival, o patrono dos Ateliers Atlas, dedicados a desenvolver o talento de jovens realizadores africanos e árabes. O festival começou na sexta-feira com uma gala que contou com uma homenagem ao actor dinamarquês Mads Mikkelsen e com a apresentação do júri, presidido pela actriz norte-americana Jessica Chastain. Scorsese, considerado um dos maiores e mais influentes realizadores do cinema contemporâneo, conta no seu currículo com películas como “Taxi Driver” (1976), “Tudo Bons Rapazes” (1990), “O Touro Enraivecido” (1981), “O Lobo de Wall Street” (2013) ou “Gangues de Nova Iorque” (2002), e “Entre Inimigos” (2006), este último que lhe valeu os Óscares para o melhor filme e o melhor realizador. O seu mais recente filme, “Assassinos da Lua das Flores”, lançado no último mês, conta a história verdadeira da nação Osage, em Oklahoma. Protagonizada por Leonardo DiCaprio, Robert DeNiro, Lily Gladstone e Jesse Plemons, a produção mostra como a tribo indígena Osage, que ficou milionária depois de encontrar petróleo na sua reserva, foi alvo de múltiplos assassinatos e de uma conspiração para lhes retirarem as propriedades. “O que eu queria captar era a natureza do cancro que criou uma sensação de genocídio vagaroso”, disse, então, o realizador Martin Scorsese, numa conferência de imprensa em Los Angeles para o lançamento da longa-metragem.
Hoje Macau EventosTeatro Capitólio | Festival apresenta mais de 100 curtas-metragens Tem início dia 5 de Dezembro mais uma edição do Festival Internacional de Curtas de Macau, um evento que decorre no Teatro Capitol até ao dia 13 do mesmo mês. Serão exibidas 126 curtas-metragens apresentadas a concurso e seleccionadas pelo júri, bem como videoclips musicais e outros projectos. Os premiados serão conhecidos no último dia do evento A Creative Macau, em parceria com o Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), volta a apresentar, entre os dias 5 e 13 de Dezembro, mais uma edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de Macau [Macau International Short Film Festival] que decorre no quarto andar do Teatro Capitol. O festival abre oficialmente dia 5 às 17h com um concerto de música electrónica com os djs locais Iat U Hong e Akatsuki Fukushima. Logo às 18h será exibido “Empréstimo Bancário”, o filme que dá o pontapé de saída ao festival, uma comédia de ficção do realizador Alex Escudero, e que faz, em Macau, a sua estreia asiática. Este filme conta a história do Dr. Peláez, um homem exemplar que, a dada altura da sua vida, necessita de pedir um empréstimo bancário. Vidal o director do banco, fica surpreendido por este não preencher os requisitos necessários para ter acesso ao dinheiro, apesar do Dr. Peláez ter uma profissão importante. Mas a chegada do Natal leva a uma reviravolta nesta situação. Também no dia 5, entre as 18h30 e as 19h30, será feita a primeira exibição de curtas-metragens na secção “Shorts Ficção 01”, que serão votadas para o prémio do público para melhor filme. No total, serão exibidas até ao dia 13 um total de 126 curtas-metragens e dez videoclips de música, seleccionados de um total de 4051 inscrições provenientes de todo o mundo, podendo ser vistos 67 filmes de ficção, 18 documentários e 25 filmes de animação. O maior número de submissões veio da Europa, representando 39 por cento, seguindo-se a Ásia com 38 por cento. No dia 13, além de serem conhecidos os finalistas, haverá ainda um concerto com os músicos “FUNKROLLER feat. Jay Cuevas”. Segundo um comunicado da organização do festival, esta edição do evento apresenta “uma grande variedade de temas e uma grande qualidade”, em que são exploradas, da parte dos cineastas e realizadores, “questões universais”, sendo “a maioria dos realizadores jovens licenciados, com um mestrado ou doutoramento, estando alguns já consagrados profissionalmente”. Para a organização, “é notável o olhar peculiar dos realizadores que ilumina o obscuro, explora a fantasia, exagera as relações amorosas, cultiva a imaginação, extravasa na procura e no encontro do outro, revolvendo temas universais”. O júri de selecção dos filmes a concurso inclui a realizadora sueca Alexa Landgren e o realizador alemão Malte Stein, que marcarão presença no festival, incluindo outros realizadores estrangeiros finalistas. Filmes de Macau Na quarta-feira, dia 6, será exibida uma curta-metragem de Macau, “Sem Alternativa”, da autoria de Zhan Yun Long Qi. Neste filme, a história gira em torno de uma sogra e a nora oriunda da China continental com valores e estilos de vida diferentes. Estas chegam a Macau sem conseguir gerir a nova situação, deixando o filho e o marido deparados com um drama familiar. Na quinta-feira, dia 7, é exibido o documentário “O Éden Perdido das Aves”, realizado em Macau e da autoria de Sou Teng Chan. Esta película retrata o vício de Aegon na observação das aves desde que descobriu uns binóculos especiais. Desta forma, Aegon parte em busca das aves que costumam aterrar e viver em Macau nos seus habitats. O programa inclui ainda, no que diz respeito às películas de realizadores locais, o documentário “Aqueles que Abriram o Caminho”, de Bryan Garcia, que revela os percursos de quatro pessoas com influência na chamada cultura de rua em Macau e que criam um estilo urbano virado para o skate, tentando que todas estas expressões sejam reconhecidas como arte. Destaque ainda para a exibição de películas da China, nomeadamente “Quando o Foguetão Assenta na Plataforma de Lançamento”, da autoria de Bohao Liu, oriundo de Sichuan. Aqui é contada a história de Fang, de 15 anos, que joga basquetebol e tem os sonhos próprios de um adolescente. Contudo, os adultos parecem decidir o seu futuro e “um foguetão é lançado todos os meses”. Conversas e companhia No dia 12, a um dia do encerramento do festival, decorre um simpósio sobre o “Ecossistema Criativo do Cinema e das Artes”, que procura responder à questão “Poderão o cinema e as artes ser activos criativos e influentes no crescimento económico e desenvolvimento de Macau?”. Neste simpósio organizam-se duas mesas redondas, com a presença de Catarina Cottinelli da Costa, delegada da Fundação Oriente em Macau, Carlos Álvares, CEO do Banco Nacional Ultramarino, e Patrícia Ribeiro, do Instituto Português do Oriente. Esta mesa-redonda será moderada por Lúcia Lemos, directora da Creative Macau. Decorre ainda uma segunda mesa-redonda com vários realizadores de Macau, nomeadamente Lei Cheok Mei, autora de três filmes apresentados no festival em 2017, 2019 e 2021, e Kong Cheang, autora de um filme apresentado na edição de 2020. O festival organiza ainda três masterclasses, com João Francisco Pinto, Alexa Landgren e Malte Stein. Segundo o mesmo comunicado, este festival procura “estabelecer diálogos e uma troca de experiências entre cineastas profissionais de Macau e internacionais”, a fim de criar “uma plataforma de entendimento cultural do cinema e da música da actualidade”. Para a organização, a exibição destes projectos em Macau constitui “uma mais-valia para aqueles que pretendem alcançar uma carreira internacional mais alargada nesta região de fusões, criando um portefólio profissional invejável entre os seus pares”.
Hoje Macau China / ÁsiaOMS | Pequim indica que infecções têm origens conhecidas As autoridades chinesas comunicaram na passada sexta-feira à Organização Mundial de Saúde (OMS) que o surto de infecções respiratórias na China se deve a “agentes patogénicos conhecidos”. Durante uma videoconferência com funcionários da OMS, representantes da Comissão de Saúde da China apresentaram dados de vigilância e detecção dos agentes patogénicos que causam doenças respiratórias, e protocolos de diagnóstico e tratamento, afirmou a autoridade sanitária máxima do país asiático, em conferência de imprensa. A notificação surgiu depois de a OMS ter solicitado esta semana informações pormenorizadas à China sobre o recente aumento de casos de doenças respiratórias e surtos de pneumonia infantil. O porta-voz da Comissão, Hu Qiangqiang, afirmou que, de acordo com os relatórios dos sistemas de monitorização e dos hospitais, os casos registados na China “são causados por agentes patogénicos conhecidos”. Também na sexta-feira, as autoridades sanitárias de Pequim informaram que uma “combinação de agentes patogénicos” está na origem do recente surto de infecções respiratórias, sendo o rinovírus, o vírus sincicial respiratório (VSR) e a gripe sazonal os mais comuns. Entre as crianças, o adenovírus, o VSR e a gripe sazonal foram identificados como os mais comuns. Mais de 40 por cento dos doentes de todas as idades apresentam sintomas de gripe sazonal, principalmente da estirpe H3N2, detalhou o CDC. Os peritos da agência sublinharam a importância de vacinar o público, especialmente os idosos e as pessoas com doenças subjacentes. Apesar da queda nos casos de pneumonia por micoplasma e de uma baixa prevalência da variante XBB da covid-19, a principal estirpe do coronavírus que ainda circula na China, espera-se um aumento global do número de infecções, devido à presença de vários agentes patogénicos.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Exercícios militares junto à fronteira O exército da China anunciou “exercícios de treino de combate” que começaram no sábado junto à fronteira com Myanmar, num momento de escalada dos confrontos entre grupos rebeldes e membros da junta militar. Num comunicado, o Comando do Teatro Sul do Exército Popular de Libertação (PLA) referiu que os exercícios procuram “testar a capacidade de manobra, o encerramento de fronteiras e as capacidades de ataque de fogo das tropas”. “As forças do PLA estão sempre preparadas para responder a diversas emergências e estão determinadas a salvaguardar a soberania nacional chinesa, a estabilidade fronteiriça e a segurança das vidas e propriedades dos nossos cidadãos”, acrescentou o exército. Num breve comunicado divulgado através da rede social Weibo – equivalente chinês do X, cujo acesso está bloqueado na China – o PLA não revelou detalhes sobre as datas exactas ou o número de militares que irão participar nos exercícios. O anúncio surge depois de uma caravana de camiões que transportava mercadorias da China se ter incendiado, no que os meios de comunicação estatais, controlados pela junta militar no poder em Myanmar, descreveram como “um ataque dos rebeldes”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Seul, Tóquio e Pequim restauram cooperação Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Japão e China comprometeram-se ontem a “restaurar e normalizar” a cooperação o mais rapidamente possível. Durante a primeira reunião trilateral do género em quatro anos, realizada ontem com carácter de urgência após o recente lançamento de um satélite espião norte-coreano, os chefes da diplomacia das três potências, Park Jin (Coreia do Sul), Yoko Kamikawa (Japão) e Wang Yi (China), reuniram-se na cidade de Busan, no sul da península coreana, para partilhar pontos de vista sobre questões de interesse comum e para tentar coordenar a retoma das cimeiras trilaterais que se encontram paralisadas. Os três ministros comprometeram-se a prosseguir os esforços para “garantir a realização de uma cimeira [trilateral] num futuro próximo” e concordaram em “acelerar os preparativos necessários”, afirmou Park após a reunião, em declarações divulgadas pela agência noticiosa local Yonhap. Até há alguns anos, a Coreia do Sul, o Japão e a China dispunham de um mecanismo de cooperação para enfrentar os desafios na região, que incluía reuniões regulares entre os seus líderes, mas os encontros foram suspensos devido à pandemia de covid-19 e às tensões diplomáticas entre Seul e Tóquio sobre disputas históricas. A última cimeira trilateral entre os três países asiáticos teve lugar em Dezembro de 2019 na cidade chinesa de Chengdu. “É importante institucionalizar a cooperação trilateral para que se possa desenvolver um sistema estável e sustentável”, disse Park aos homólogos no início da reunião, segundo os meios de comunicação social locais. A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros ocorre após o lançamento, na passada terça-feira, do primeiro satélite espião da Coreia do Norte, um acontecimento que conferiu um significado especial à reunião, uma vez que aumentou a tensão na península e na região. Os ministros partilharam pontos de vista sobre a questão e concordaram em continuar a comunicar a todos os níveis para ajudar a resolver as questões emergentes relacionadas com Pyongyang, de acordo com Park. Objectivos traçados Numa reunião bilateral entre Park e Wang no início do dia, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês garantiu que Pequim vai desempenhar um papel conciliador para ajudar a manter a estabilidade na região. “A China, a Coreia [do Sul] e o Japão devem desempenhar um papel positivo no desenvolvimento regional e global com uma atitude mais honesta”, sublinhou o ministro chinês no início das conversações trilaterais, destacando também o “grande potencial” das relações em vários domínios, segundo as declarações publicadas pela Yonhap. A ministra Kamikawa observou que a cooperação tripartida está a tornar-se mais importante pela “grande contribuição para a paz e a prosperidade” face aos “actuais crescentes riscos” e afirmou que ultrapassá-los “dependerá da forma como se puder colaborar com novas ideias” a partir do ponto de partida de restabelecimento da cooperação. A este respeito, os três ministros dos Negócios Estrangeiros concordaram em continuar a trabalhar para levar o intercâmbio um passo mais longe em matéria de tecnologia, saúde pública, economia e comércio, bem como entre os seus cidadãos, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês numa declaração sobre as conclusões. Park, Kamikawa e Wang também trocaram pontos de vista sobre o conflito israelo-palestiniano e a libertação de reféns em curso, bem como sobre a guerra na Ucrânia, embora não tenham sido inicialmente comunicados quaisquer comentários do lado sul-coreano ou japonês durante a reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês.
Hoje Macau SociedadeDST | “Iluminar Macau” promove economia nocturna até Fevereiro A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) anunciou na sexta-feira o evento “Iluminar Macau 2023”, que vai decorrer durante três meses e, segundo as autoridades, ajudar a promover o desenvolvimento turístico comunitário e a economia nocturna. A iniciativa vai realizar-se entre 2 de Dezembro e 25 de Fevereiro, em 34 locais, onde serão instalados 36 dispositivos de luz, 20 outros dispositivos interactivos, estando ainda previstos três locais para a projecção de vídeo mapping (na península de Macau, Taipa e Coloane), avançaram as autoridades durante uma conferência de imprensa. “As instalações luminosas e interactivas irão chegar, faseadamente, a diferentes zonas da comunidade com o evento a espalhar-se pelas ruas e ruelas da cidade, com vista a atrair os residentes e visitantes a passearem e consumirem nos diversos bairros comunitários, beneficiando as pequenas e médias empresas”, acrescentaram. O “Iluminar Macau 2023” abrange sete zonas: Zona Central, Praia do Manduco, Praia Grande, NAPE, Zona Norte, Taipa e Coloane. Os espectáculos de vídeo mapping vão ter lugar diariamente, com projecção a cada 30 minutos. Cada exibição vai durar oito minutos. A directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, salientou que o “Iluminar Macau 2023” será um marco nas festividades que se aproximam, entre elas o “Dia Comemorativo do Estabelecimento da RAEM, Solstício de Inverno, Natal, Véspera de Ano Novo, Ano Novo Lunar, Dia dos Namorados, dia de “Todos os Aniversários” e Festival das Lanternas”.