Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Defesa de Jimmy Lai prossegue alegações finais A defesa do magnata da comunicação social de Hong Kong Jimmy Lai continuou ontem a apresentação das alegações finais num julgamento que é seguido pela comunidade internacional. A audiência decorre rodeada de um amplo dispositivo de segurança, que inclui a presença de unidades armadas e patrulhas com cães do lado de fora do tribunal, onde, pelo menos, uma dezena de veículos oficiais permanecem estacionados, segundo o meio de comunicação social local Ta Kung Wen Wei. Lai, com 77 anos, fundador do extinto jornal Apple Daily e de três empresas ligadas ao mesmo grupo editorial, enfrenta uma acusação de “conspiração para imprimir e reproduzir material sedicioso” e outras duas de “conspiração com forças estrangeiras ou externas com o objectivo de pôr em risco a segurança nacional”. A moldura penal aplicada a estas acusações pode levar à prisão perpétua do empresário. A fase de alegações finais começou na semana passada, num processo iniciado em Dezembro de 2023, marcado por vários adiamentos, entre eles os registados em meados de Agosto devido a chuvas torrenciais e problemas de saúde do acusado. Durante as sessões desta semana, a defesa centrou as alegações na refutação das acusações segundo as quais Lai orquestrou uma estratégia coordenada para promover sanções internacionais contra Hong Kong e Pequim, através de artigos publicados no Apple Daily e de um alegado apoio ao grupo activista conhecido como “Stand With Hong Kong”, segundo a imprensa de Hong Kong. A equipa jurídica do empresário sustentou que não há provas de que Lai tenha dado instruções directas a activistas, nem de que as publicações do jornal constituíssem incitação à sedição, insistindo no papel dos meios de comunicação social “para facilitar o debate público”. Detido pela primeira vez em 2020, Lai permanece desde então numa prisão de segurança máxima e cumpre já uma pena de cinco anos e nove meses por um caso diferente.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Exército diz que evacuação de Gaza é inevitável Israel considerou ontem inevitável a evacuação da cidade de Gaza no âmbito da continuação das operações militares no território palestiniano, face a críticas internacionais sobre a deslocação forçada da população. “A evacuação da cidade de Gaza é inevitável (…), cada família que se mudar para o sul receberá a ajuda humanitária mais generosa possível”, afirmou o porta-voz árabe do exército, Avichay Adraee, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). A ONU calcula em cerca de um milhão de pessoas a população actual da província de Gaza, que inclui a cidade de Gaza e arredores, no norte do território palestiniano devastado por quase dois anos de guerra. Israel aprovou planos para tomar a cidade de Gaza e anunciou que pretende forçar a população a transferir-se para o sul do território, um projecto considerado irrealista e perigoso por organizações humanitárias. A imprensa árabe noticiou na terça-feira que o Egipto posicionou cerca de 40 mil efectivos das forças armadas no norte do Sinai, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, por recear uma fuga em massa para o seu território. Apelos papais Ontem, o papa Leão XIV pediu o respeito pleno do direito humanitário em Gaza, em particular relativo ao “uso indiscriminado da força e deslocamento forçado de populações”, num novo apelo para o fim da guerra. O pontífice norte-americano fez o apelo no final da audiência geral na Cidade do Vaticano, ao pedir que as partes e a comunidade internacional se comprometam “a pôr fim ao conflito na Terra Santa, que causou tanto terror e morte”. O chefe da Igreja Católica pediu “que todos os reféns [israelitas] sejam libertados, que se alcance um cessar-fogo permanente, que se facilite a entrada segura da ajuda humanitária e que se respeite plenamente o direito humanitário”. Referiu “a obrigação de proteger os civis e a proibição do castigo colectivo, do uso indiscriminado da força e do deslocamento forçado de populações”, segundo a agência de notícias espanhola EFE. Leão XVI declarou ainda apoio à declaração conjunta feita na terça-feira pelos patriarcas grego, Teófilo III, e latino, Perbattista Pizzaballa, de Jerusalém. Os patriarcas pediram “o fim da espiral de violência, o fim da guerra e a prioridade do bem comum de todos os povos”. Na declaração conjunta, pediram às autoridades israelitas que suspendessem o plano de tomar Gaza e de transferir a população da cidade para o sul da Faixa de Gaza. “Esta não é a maneira certa. Não há razão que justifique o deslocamento massivo deliberado e forçado de civis”, afirmaram as autoridades eclesiásticas num comunicado. Anunciaram também que o clero e as freiras presentes em Gaza decidiram ficar e continuar a cuidar de todas as pessoas que encontraram refúgio nas instalações das igrejas cristãs. Após quase dois anos de guerra, a ONU declarou em 22 de Agosto uma situação de fome na província de Gaza, no norte do território, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia / Paquistão | Chuvas matam 32 pessoas desalojam milhares As cargas de água repentinas acima do normal para a época provocaram o caos e destruição em várias áreas da Índia e do Paquistão Chuvas intensas que atingiram partes do Paquistão e da Índia causaram 32 mortos e um número indeterminado de desaparecidos na parte indiana da Caxemira, anunciaram ontem as autoridades indianas. As mortes e desaparecimentos ocorreram na região de Jammu, na Caxemira controlada pela Índia, onde se registaram inundações repentinas e deslizamento de terras numa rota de peregrinação hindu, noticiou a agência Press Trust of India (PTI). O período em que ocorreram as mortes causadas pelas inundações não ficou imediatamente claro, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP). Autoridades da província de Punjab, no leste do Paquistão, solicitaram ontem a ajuda do exército nos esforços de resgate e socorro depois de as chuvas torrenciais terem feito transbordar grandes rios. Várias localidades ficaram inundadas e mais de 150.000 pessoas foram desalojadas, disseram as autoridades. Equipas de resgate retiraram mais de 20.000 pessoas durante a noite dos arredores de Lahore, a segunda maior cidade do Paquistão, que também enfrentava o risco de cheias. As pessoas retiradas das áreas próximas a Lahore viviam ao longo do leito do rio Ravi, disse o director-geral da Autoridade de Gestão de Desastres do Punjab, Irfan Ali Kathia. A saída dos residentes das áreas mais vulneráveis começou no início da semana em seis distritos do Punjab. De repente As chuvas de monção mais intensas do que o normal e a libertação de água de barragens transbordadas na vizinha Índia provocaram enchentes repentinas em regiões fronteiriças de baixa altitude, disse Kathia. Os meteorologistas previram que a chuva continuará em toda a região durante a semana. Chuvas fortes e inundações repentinas na região dos Himalaias mataram quase 100 pessoas em Agosto. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, elogiou ontem as autoridades locais pela retirada oportuna da população e disse que auxílio de emergência estava a ser fornecido aos afectados pelas inundações, de acordo com um comunicado do Governo. A Índia alertou o Paquistão sobre possíveis inundações transfronteiriças através de canais diplomáticos, em vez da Comissão das Águas do Indo, que é o mecanismo permanente ao abrigo do Tratado das Águas do Indo, mediado pelo Banco Mundial em 1960. Nova Deli suspendeu o trabalho da comissão após o assassinato de 26 turistas na Caxemira controlada pela Índia, em Abril, embora Islamabad insista que a Índia não pode rescindir unilateralmente o tratado. As enchentes provocadas pelas chuvas de monção mataram mais de 800 pessoas no Paquistão desde o final de Junho. Cientistas afirmam que as alterações climáticas estão a intensificar as chuvas de monção no sul da Ásia, aumentando os receios de uma repetição do desastre climático de 2022, que atingiu um terço do Paquistão e matou 1.739 pessoas. A Índia é o país com mais população do mundo, com mais de 1,4 mil milhões de habitantes, e o Paquistão o quinto, com mais de 255 milhões. A monção designa os ventos sazonais relacionados com a alternância entre as estações seca e das chuvas nas regiões costeiras tropicais e subtropicais. De Junho a Setembro, as chuvas de monção ocorrem em países do sul da Ásia, como a Índia, Paquistão, Vietname, Tailândia, Camboja, Bangladesh e Laos, segundo o Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas norte-americano. De Dezembro a Fevereiro, as chuvas de monção deslocam-se para o sul do equador em direcção à Austrália, enquanto o sul da Ásia passa por condições de estação seca.
Hoje Macau China / ÁsiaAir China | Desviado voo entre Londres e Pequim para a Sibéria devido a avaria Um voo da Air China, que fazia a ligação entre Londres e Pequim, sofreu na terça-feira uma falha mecânica e fez uma aterragem alternativa no aeroporto russo de Nizhnevartovsk, indicou ontem a companhia aérea. Na conta oficial do Weibo – uma rede social chinesa semelhante à X – a Air China declarou que o voo CA856 sofreu uma falha mecânica não especificada durante o percurso e efectuou uma aterragem alternativa de acordo com os procedimentos, após o que enviou outra aeronave para cobrir a restante viagem. O serviço de localização de voos FlightAware mostra que o avião, um Boeing 777, aterrou no aeroporto de Nizhnevartovsk, no centro da Rússia, ao início da manhã de terça-feira. De acordo com relatos citados pelo jornal chinês Southern Metropolis Daily, foram colocadas camas no aeródromo e distribuídas refeições aos passageiros. Cerca de 13 horas depois, os passageiros embarcaram num novo avião e seguiram para Pequim. A companhia aérea acrescentou que o segundo voo chegou ao aeroporto de Pequim ontem às 04:40.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Apoiantes de Trump criticam entrada de 600 mil alunos chineses Depois de ter restringido significativamente a entrada de alunos estrangeiros nas universidades e de ter bloqueado matrículas em Harvard, Donald Tump troca as voltas aos seus apoiantes e anuncia a entrada do dobro de estudantes chineses no ensino norte-americano face a 2023-24 A promessa do Presidente norte-americano, Donald Trump, de permitir a entrada de 600 mil alunos chineses nas universidades do país surpreendeu e motivou críticas de grande parte dos sectores conservadores que o apoiam. O número citado por Trump – no contexto inesperado de um encontro na Casa Branca com o Presidente da Coreia do Sul na segunda-feira – representa mais do dobro do número de alunos chineses matriculados no ano lectivo de 2023-24 e nem a Presidência nem o Departamento de Estado responderam ontem a pedidos de esclarecimentos. “O Presidente Xi gostaria que eu fosse à China. É uma relação muito importante. Como sabem, estamos a receber muito dinheiro da China por causa das tarifas e de outras coisas (…) Ouço tantas histórias de que ‘não vamos permitir a entrada dos alunos deles’, mas vamos permitir a entrada dos alunos deles. Vamos permitir. É muito importante — 600.000 alunos”, afirmou o Presidente norte-americano. A duplicação do número de estudantes chineses representaria de facto uma inflexão do executivo Trump, que em seis meses aumentou restrições aos vistos de estudantes, bloqueou as matrículas de estrangeiros na prestigiada Universidade de Harvard e alargou os motivos para serem negados vistos a estudantes internacionais. Em Maio, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que iria revogar os vistos de estudantes ligados ao Partido Comunista Chinês (PCC) e aumentar restrições a novos candidatos. Ontem, numa reunião de gabinete e sentado ao lado de Rubio, Trump disse sentir-se “honrado” por ter estudantes chineses no país e que estes ajudam as finanças das faculdades. “Eu disse isto ao Presidente [chinês] Xi [Jinping]: ‘sentimo-nos honrados por ter os vossos alunos aqui’ (…) Agora, além disso, verificamos e temos cuidado, vemos quem está cá”, disse Trump. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China confirmou, entretanto, que Trump disse a Xi num telefonema em Junho que “os Estados Unidos adoram que os estudantes chineses venham estudar” para o país. Finanças ao alto No seu primeiro mandato, Trump proibiu a entrada de universitários chineses que frequentassem escolas com ligações militares. A ideia de acolher mais estudantes chineses foi rapidamente rejeitada por alguns dos mais fervorosos apoiantes de Trump — desde a congressista Marjorie Taylor Greene ao ex-conselheiro presidencial Steve Bannon e à activista de extrema-direita Laura Loomer. Bannon criticou ontem o anúncio, dizendo que “não deveria haver estudantes estrangeiros neste momento no país”. Greene, uma das mais fervorosas apoiantes de Trump, questionou o argumento da importância destes alunos para o financiamento das universidades, defendendo que se 15 por cento destas fecharem por falta de chineses, é “porque estão a ser sustentadas pelo PCC” e como tal “devem falhar de qualquer maneira”. O argumento de que 15 por cento das universidades norte-americanas fechariam sem estes estudantes estrangeiros foi invocado pelo secretário do Comércio, Howard Lutnik, na segunda-feira no canal conservador Fox News, onde defendeu que Trump está a adoptar uma “visão económica racional”. A apresentadora Laura Ingraham, que havia questionado Lutnik sobre como é que tal mudança seria consistente com os princípios “America First” (“América em Primeiro Lugar”) de Trump, não se mostrou convencida com a resposta. “Simplesmente não consigo compreender. São 600 mil vagas que os jovens americanos não vão conseguir”, disse Ingraham, cujos espectadores são na sua maioria eleitores do Partido Republicano. Tem vindo a afirmar-se no país um consenso bipartidário de que as universidades não devem ajudar a formar os principais talentos do grande rival chinês em áreas críticas como a computação quântica, a inteligência artificial e a tecnologia aeroespacial. O democrata Kurt Campbell, vice-secretário de Estado no governo de Joe Biden, disse à AP que gostaria de ver estudantes chineses nos EUA para estudar humanidades e ciências sociais, “não física de partículas”.
Hoje Macau EventosCreative Macau celebra 22.º aniversário com nova exposição É hoje inaugurada na galeria da Creative Macau uma nova mostra que visa celebrar o 22.º aniversário da entidade, e que se intitula, simplesmente, “22”. Na mostra, que fica patente até ao dia 27 de Setembro deste ano, revelam-se trabalhos de artistas locais ou de nomes ligados a anteriores projectos da Creative Macau, como é o caso de Alice Costa (LiLi), Angel Chan, Coco Cheong Ut Man, Cristina Lu, David Chio, Denis Murrell, Elisa Vilaça, Eloi Scarva, Gigi Lee, Irene Chio, Joan Lam, Justin Chiang, Justin Ung, Ken C.I. Chau, Lei Sao I, Leong Leng, Li Li, Liesl Lee, Lúcia Lemos, m.chow, Maria João Das, mavin zin, Ng Cheok Ieng e Yaya Vai. Nesta exposição colectiva faz-se uma referência ao conceito filosófico de tautologia, que corresponde a um vício de linguagem que leva à repetição desnecessária de termos e expressões de forma não intencional. Assim, as obras expostas na Creative Macau contêm várias formas de expressão da “linguagem do dia-a-dia”, quando são usadas “tautologias de forma não intencional”. Neste caso, em que se recorre ao uso da tautologia no campo das artes, tal torna-se “uma técnica expressiva e inspiradora”, onde se exploram “as possibilidades” dessa repetição da linguagem no sentido de perceber se “é uma limitação ou libertação”, ou ainda “uma repetição sem sentido ou uma autoafirmação com significados ocultos”. Segundo uma nota da Creative Macau, esta exposição “reúne artistas que utilizaram diversos meios para apresentar a ‘tautologia’, desafiando a novidade da linguagem e da imagem, e inspirando múltiplas perspectivas”. Pretende-se, com as obras expostas, “encontrar profundidade dentro da repetição” e provocar um “repensar da essência do ‘significado'”, levando o público a descobrir-se na “simplicidade”. Conceito filosófico Na tautologia há enunciados repetidos, os mesmos conceitos ditos de forma diferente e com palavras também elas diferentes. Há, na lógica, o símbolo “⊤” como representação “de uma proposição verdadeira que apenas depende da coerência interna e que é independente de condições externas”. Parece, à partida, que esses enunciados repetidos são vazios, mas na verdade “contêm uma ‘variante na repetição'”. No fundo, estas obras de arte pretendem responder à ideia ou possibilidade de o “significado poder transformar-se em diferentes contextos”. Segundo os organizadores de “22”, “a apresentação repetida de elementos na arte desafia as nossas expectativas de ‘significado’, levando-nos a questionar se a compreensão é sempre construída a partir de símbolos e linguagens repetidos”. “Talvez, apenas por meio da repetição, consigamos perceber diferenças subtis”, é referido.
Hoje Macau EventosPalestra | Xu Bing, artista contemporâneo chinês, protagoniza conferência O Instituto Cultural vai realizar, no próximo mês, uma palestra em que a figura principal é o artista chinês de arte contemporânea Xu Bing. A conferência, com o nome “A era sem coordenadas já chegou!” integra-se na iniciativa “Palestra sobre Estética”, integrada no “Mês da Promoção Cultural” Xu Bing, um dos mais importantes e reconhecidos artistas chineses contemporâneos, vai estar em Macau no dia 7 de Setembro para apresentar a palestra “A era sem coordenadas já chegou!”. Trata-se de uma iniciativa do Instituto Cultural (IC) intitulada “Palestra sobre Estética”, sendo “uma das principais actividades” do “Mês da Promoção Cultural”. A conferência decorre às 15h na Sala de Conferências do Centro Cultural de Macau, onde Xu Bing irá “partilhar a evolução do seu pensamento nos últimos anos, reflectir e julgar em conjunto com o público de Macau”, nomeadamente sobre “as possibilidades da arte sob a luz das novas tecnologias, através da sua animação em stop motion ‘Lago Satélite'”, que é o primeiro projecto artístico filmado no Espaço. A obra está exposta na Bienal Internacional de Arte de Macau deste ano. O artista é descrito como alguém que se tem dedicado, nos últimos anos, “a alargar os limites da arte com as suas obras, e é amplamente reconhecido como um dos principais artistas conceptuais nas áreas da linguística e semiótica da actualidade”. A palestra desta vez será conduzida em mandarim, com tradução simultânea para português e inglês, sendo adequada para participantes com idade igual ou superior a 15 anos, não havendo lugares marcados. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na plataforma da “Conta Única de Macau”. Esta não é a primeira vez que Xu Bing vem ao território mostrar a sua arte e falar do seu trabalho. Em 2017 foi inaugurada, no Museu de Arte de Macau, a mostra “A Linguagem e a Arte de Xu Bing”, naquela que foi a primeira exposição individual do artista em Macau. Foram apresentadas 30 obras “importantes” do artista, nomeadamente “Livro do Céu” e “Livro da Terra”. Longa carreira Xu Bing nasceu em Chongqing, China, em 1955, mas cresceu em Pequim. A sua ligação às artes começou em 1977, quando entrou no Departamento de Gravura da Academia Central de Belas Artes de Pequim, tendo aí concluído os estudos em 1981. Depois, passou a dar aulas nesse departamento. Em 1987 Xu Bing obteve o título de mestre pela mesma instituição. Em reconhecimento às suas realizações, foi convidado para os EUA, em 1990, como artista honorário, tendo recebido, em 1999, uma distinção, a MacArthur Fellowship, o maior prémio de talento criativo dos EUA. Em 2004, recebeu o primeiro Prémio Artes Mundi, enquanto que em 2018 foi galardoado com o Prémio Xu Bei Hong – Criação Artística da CAFA. Xu Bing voltou à China em 2007, tendo assumido vários cargos de liderança na Academia Central de Belas Artes, incluindo os de vice-presidente, professor e orientador de doutorado. Desde 2014 que actua como presidente do Comité Académico da instituição. Actualmente, divide seu tempo entre Pequim e Nova Iorque, onde vive e trabalha, sendo professor na Academia Central de Belas-Artes de Pequim (CAFA). É, portanto, longa a carreira de Xu Bing, que tem obras expostas em diversas instituições artísticas, incluindo o Museu Nacional de Arte da China, o Museu Metropolitano de Arte, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o Museu Solomon R. Guggenheim e o Museu Britânico, integrando ainda múltiplas colecções.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Aulas regressam a cerca de 80% das escolas na segunda-feira O Governo montou uma operação conjunta para flexibilizar o trânsito e os transportes públicos tendo em conta que na próxima segunda-feira cerca de 80 por cento das escolas e jardins de infância de Macau vão retomar as aulas. Segundo um comunicado conjunto dos serviços de educação, trânsito e da polícia, foi pedido aos estabelecimentos de ensino um reforço de pessoal para assistir os alunos na entrada para a escola, evitando a formação de multidões. Em termos de transportes, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego coordenou com as duas operadoras de autocarros público e a sociedade que gere o Metro Ligeiro o reforço de frequências durante as horas de ponta. Os autocarros vão aumentar as frequências entre 10 a 15 por cento e será destacado pessoal para manter a ordem nas paragens e gerir o fluxo de passageiros. Por outro lado, o Corpo de Polícia de Segurança Pública terá mais agentes para patrulhar as condições das estradas nas proximidades das escolas e combater o estacionamento ilegal. Durante as horas de ponta de transporte escolar, serão destacados agentes para orientar o trânsito nos cruzamentos e pontos mais movimentados perto de escolas. Além disso, na primeira semana de aulas, alguns lugares de estacionamento serão convertidos em zonas que facilitem a tomada e largada de pessoas para facilitar a vida aos pais. O Governo também vincou que as principais obras rodoviárias foram concluídas antes do início das aulas e que as passagens de peões e passeios ao redor de muitas escolas foram renovadas durante as férias de Verão.
Hoje Macau SociedadeSMG | Depressão tropical pode passar a menos de 800 km Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos indicaram ontem que a “área de baixa pressão perto de Luzon, nas Filipinas”, irá evoluir “para uma depressão tropical e entrará na área a menos de 800 quilómetros de Macau, nos próximos dias”. De acordo com as últimas previsões, a área de baixa pressão irá mover-se em direcção à área marítima perto da Ilha de Hainan. Porém, os SMG mantêm a previsão de que a partir de hoje “o tempo em Macau vai tornar-se gradualmente nublado, com a probabilidade de ocorrência de chuva intensa, acompanhada de trovoadas, e vento por vezes forte. Ainda sem adiantar se iriam emitir alerta de tempestade tropical, os SMG apelaram à atenção da população. O Observatório de Hong Kong reservava ontem a possibilidade de emitir o sinal 1 de alerta hoje de manhã.
Hoje Macau SociedadeMacau Legend | Prejuízo dispara com fecho de casino-satélite A Macau Legend avisou que o prejuízo da operadora de jogo na primeira metade de 2025 deverá disparar, sobretudo devido ao encerramento já anunciado do casino-satélite Legend Palace, no final do ano. A empresa previu um prejuízo de 1,42 mil milhões de dólares de Hong Kong até Julho, mais de 12 vezes superior ao registado no mesmo período de 2024, de acordo com um comunicado divulgado na terça-feira. Na nota, enviada à bolsa de valores de Hong Kong, a Macau Legend apontou para uma queda de 1,29 mil milhões de dólares de Hong Kong no valor do empreendimento Doca dos Pescadores. Isto após, em Junho, a concessionária de jogo SJM ter decidido terminar, até 31 de Dezembro, a exploração de sete casinos-satélite, incluindo o Legend Palace, situado na Doca dos Pescadores. Dos casinos-satélite a operar em Macau, nove pertencem à SJM, um à Galaxy e outro à Melco, que tem ainda seis clubes Mocha – salas de máquinas de jogo. A SJM decidiu tentar a aquisição da propriedade dos hotéis onde se localizam dois casinos-satélite – Ponte 16 e Casino Royal Arc – e pedir às autoridades para assumir a gestão directa dos espaços.
Hoje Macau Manchete PolíticaHengqin | Nomeados novos dirigentes após caso de corrupção O Governo de Macau anunciou ontem a nomeação de cinco dirigentes para a vizinha zona económica especial de Hengqin, três meses depois de a China anunciar um caso de corrupção ligado ao desenvolvimento da Ilha da Montanha. Nem o Governo da RAEM, nem o Comissariado contra a Corrupção, quiseram comentar o caso De acordo com um despacho do chefe do Executivo, Sam Hou Fai, publicado no Boletim Oficial, entre as novas nomeações está Ng In Cheong, que será a nova subdirectora da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, que faz parte da área especial de Hengqin (Ilha da Montanha). Ng era até agora chefe do departamento dos Assuntos do Direito Internacional e Direito Inter-Regional, sob a tutela da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça. A dirigente vai substituir Su Kun, que pediu a demissão em 15 de Maio “por motivos pessoais”, de acordo com um comunicado, divulgado pelas autoridades de Macau, que continha apenas uma frase. Su era um dos seis coordenadores-adjuntos da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau. Segundo o portal do Governo de Macau, esta comissão “assume as funções de promoção da divulgação a nível internacional, captação de negócios e investimentos, introdução de indústrias, exploração de terrenos, construção de projectos específicos e gestão dos assuntos respeitantes à vida da população”. Também a 15 de Maio, o gabinete do secretário para a Economia e Finanças, Anton Tai Kin Ip, disse que Su Kun ainda pediu a demissão como assessor do secretário, pedido que foi aprovado. Silêncio ensurdecedor A demissão de Su Kun surgiu um dia depois da comissão anticorrupção da vizinha província de Guangdong anunciar o início de uma investigação ao antigo presidente da empresa estatal responsável pelo desenvolvimento da zona especial de Hengqin. Num comunicado, a Comissão Provincial de Inspecção Disciplinar de Guangdong revela que o antigo presidente do grupo Zhuhai Da Hengqin, Hu Jia, “é suspeito de graves violações disciplinares”, uma frase que normalmente se refere a casos de corrupção. A nota, também com apenas uma frase, diz que Hu está a ser alvo de “revisão e investigação disciplinar” por parte da Comissão Municipal de Inspeção e Supervisão Disciplinar de Zhuhai, cidade à qual pertence Hengqin. Questionado pela Lusa sobre se a demissão de Su Kun está relacionada com a investigação por corrupção contra Hu Jia, o gabinete do secretário Anton Tai recusou mais esclarecimentos. A Lusa perguntou também à Comissão Contra a Corrupção se tinha recebido alguma queixa ou se estava a investigar algum caso a envolver Su Kun, mas a agência disse não ter qualquer comentário. O grupo Zhuhai Da Hengqin foi criado em 2009 pelo município de Zhuhai para a construção e desenvolvimento da zona económica especial de Hengqin.
Hoje Macau Manchete PolíticaTecnologia | Sam Hou Fai quer atrair empresas lusófonas O Chefe do Executivo quer que empresas dos sectores da tecnologia e ciência vindas dos países lusófonos se fixem em Macau e Hengqin. O desejo de intercâmbio empresarial aplica-se também no sentido inverso, com a promessa de apoio a empresas chinesas na expansão para o exterior O líder do Governo da RAEM quer atrair empresas dos sectores tecnológicos e científicos para Macau e para a Ilha da Montanha. Sam Hou Fai apontou como objectivo para o território “atrair activamente empresas científicas e tecnológicas de excelência dos países de língua portuguesa”, de acordo com um comunicado. O líder do Governo sublinhou que estas empresas podem estabelecer operações tanto em Macau como na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, na vizinha Hengqin (ilha da Montanha). Em sentido contrário, Sam Hou Fai prometeu “apoiar as empresas científicas e tecnológicas do Interior da China a expandirem para o exterior”, aproveitando as vantagens de Macau e os quatro laboratórios de referência do Estado situados na cidade. A aposta do Governo passa pelo aprofundar o desenvolvimento coordenado das indústrias científicas e tecnológicas entre Macau e Hengqin e servir as necessidades nacionais, contribuindo para a “construção de uma nação tecnologicamente forte” e auto-suficiente em termos de tecnologia de alto nível. Um de quatro Os caminhos apontados pelo Chefe do Executivo foram traçados durante um encontro, na terça-feira à noite, com o ministro da Ciência e Tecnologia chinês, Yin Hejun, que veio a Macau para assinalar a reestruturação dos quatro laboratórios. Sam Hou Fai realçou que a tecnologia de ponta representa uma das principais indústrias do desenvolvimento da diversificação industrial “1+4”, e que o Governo está a intensificar os esforços para optimizar, continuadamente, os sistemas e mecanismos da inovação científica e tecnológica, impulsionando a expansão ordenada da escala das indústrias relacionadas. O governante local afirmou esperar “o apoio e a orientação contínua do Ministério da Ciência e Tecnologia, procurando aprofundar e intensificar ainda mais a cooperação entre o Interior da China e Macau em matéria de investigação científica sob a base já existente”, indicou o Gabinete de Comunicação Social. Os laboratórios, com sede na Universidade de Macau e na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, são dedicados às áreas de medicina chinesa, ciência lunar e planetária, microelectrónica e Internet das coisas (comunicação entre objectos e aparelhos). Horas antes, Yin defendeu que os quatro laboratórios devem “aproveitar o ambiente e as vantagens de Macau”, nomeadamente a tradição de “cooperação com o exterior”, para contratar mais “talentos internacionais”. Lusa / JL
Hoje Macau China / ÁsiaMar da China | Pequim rejeita protestos de Tóquio sobre exploração de gás Pequim rejeitou ontem os protestos de Tóquio sobre o desenvolvimento de zonas de exploração de gás no mar da China, sublinhando que a área está sob soberania chinesa. O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão denunciou, na segunda-feira à noite, a instalação de plataformas de perfuração da República Popular da China na área onde as zonas económicas exclusivas dos dois países se sobrepõem. A diplomacia de Tóquio acrescentou ter apresentado “um forte protesto” junto da embaixada de Pequim em Tóquio. A diplomacia chinesa declarou não aceitar as acusações que considerou infundadas do Japão e rejeitou o protesto de Tóquio sobre o assunto. As actividades de desenvolvimento no mar da China encontram-se em águas “sob jurisdição chinesa e completamente sob soberania chinesa”, salientou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Em 2008, o Japão e a China alcançaram um acordo que prevê a exploração conjunta de reservas submarinas de gás na área, estando cada país proibido de realizar perfurações de forma independente. As negociações sobre os termos de implementação deste acordo foram suspensas em 2010. Tóquio indicou que 21 plataformas de perfuração, embora localizadas na zona da China, “vão provavelmente” extrair gás do lado japonês da fronteira marítima. Assim, o Japão instou veementemente a China a retomar as negociações sobre a implementação do acordo de 2008. A diplomacia de Pequim respondeu estar empenhada na implementação “plena e eficaz do consenso” com o Japão sobre a questão do mar da China, ao mesmo tempo que espera o regresso às negociações. No entanto, a China insiste que a fronteira marítima seja aproximada do Japão, tendo em conta a plataforma continental e outras características oceânicas da zona oriental do mar da China.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Anunciada compra de mais gás natural dos EUA A Coreia do Sul acordou ontem comprar anualmente 3,3 milhões de toneladas adicionais de gás natural liquefeito aos Estados Unidos a partir de 2028, após a cimeira em Washington entre os presidentes dos dois países. O acordo foi assinado pela Korea Gas (KOGAS) com fornecedores globais, incluindo a singapuriana Trafigura, durante uma reunião de líderes empresariais na capital norte-americana, que se seguiu ao encontro entre o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, e o homólogo norte-americano, Donald Trump. O volume, acordado para o período 2028-2038, vai ser fornecido a partir de projetos de gás operados pela norte-americana Cheniere no Texas, no centro-sul dos Estados Unidos, e outras áreas, de acordo com pormenores do acordo, divulgados pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. O acordo segue-se ao compromisso assumido pela Coreia do Sul, no mês passado, de comprar 100 mil milhões de dólares em produtos energéticos aos EUA nos próximos quatro anos, como parte de um pacto comercial alcançado por Seul e Washington para reduzir as tarifas sobre as importações norte-americanas de produtos sul-coreanos de 25 por cento para 15 por cento. A KOGAS afirmou que o novo contrato de longo prazo foi assinado no âmbito de um processo de concurso, que teve início em 2024, para as importações de energia da Coreia do Sul depois de 2028. O contrato vai ajudar a KOGAS a diversificar as fontes das importações, que estão actualmente concentradas no Médio Oriente. O director executivo da KOGAS, Choi Yeon-hye, disse à Yonhap que o novo contrato vai ajudar a estabilizar o abastecimento e a melhorar a competitividade dos preços. A Coreia do Sul é uma das potências que, juntamente com Japão, Indonésia e Paquistão, se comprometeram a aumentar as compras ou investimentos em empresas e projectos energéticos norte-americanos, um dos elementos-chave que os Estados Unidos têm vindo a promover nas negociações com os parceiros comerciais.
Hoje Macau China / ÁsiaVaticano | Secretário surpreendido com o que se passa em Gaza O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, declarou estar surpreendido com o que se está a passar em Gaza, “apesar da condenação mundial”, em declarações proferidas segunda-feira à noite, à margem de um evento em Nápoles. “Estamos surpreendidos com o que está a acontecer em Gaza, apesar da condenação mundial. Há uma condenação unânime do que está a acontecer”, enfatizou o cardeal italiano. Respondendo às perguntas de jornalistas sobre o bombardeamento israelita, na segunda-feira, ao Hospital Nasser em Khan Younis, na Faixa de Gaza, que fez pelo menos 20 mortos, incluindo cinco jornalistas, acrescentou: “É um absurdo. Parece não haver qualquer vislumbre de solução”. O cardeal disse ainda que “a situação está a tornar-se cada vez mais complicada e, do ponto de vista humanitário, cada vez mais precária.” Sobre a guerra na Ucrânia, o cardeal afirmou que “é preciso muita política, porque há muitas soluções teóricas” e “há muitos caminhos para a paz, mas é preciso querer pô-los em prática e, obviamente, é também necessária uma disposição espiritual”. “A esperança é necessária para todos”, declarou Parolin, sublinhando que o Jubileu proclamado pelo papa Francisco, dedicado precisamente a esta questão, “deve ser um momento para recuperar a esperança”. “Mesmo hoje, na dificuldade de iniciar processos de paz em situações de conflito, não devemos desistir e devemos continuar a trabalhar pela paz e pela reconciliação”, acrescentou. Israel bombardeou o hospital Nasser na segunda-feira e, quando jornalistas e socorristas chegaram ao local para ajudar as vítimas e documentar o que aconteceu, voltou a bombardeá-lo, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, numa técnica conhecida como “golpe duplo”. Protestos e bloqueios Vários grupos de manifestantes bloquearam ontem algumas das principais estradas de Israel para exigir um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza, informou a agência de notícias Efe. Alguns dos manifestantes incendiaram pneus para perturbar o trânsito em vários cruzamentos da cidade e outros protestaram em frente de casa de vários ministros israelitas, mostram imagens partilhadas nas redes sociais por vários grupos pró-democracia israelitas. As manifestações são parte de uma série de protestos convocados para ontem pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que representa a maioria dos familiares das pessoas raptadas nos ataques do grupo palestiniano Hamas de 07 de Outubro. Há semanas que este grupo pede ao Governo israelita para pôr um ponto final na guerra e o regresso dos reféns.
Hoje Macau VozesTendo em mente a história e construindo juntos um futuro promissor Por Liu Xianfa* Este ano assinala-se o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e Guerra Antifascista Mundial. A Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e a Guerra Antifascista Mundial são batalhas decisivas entre o bem e o mal, a luz e as trevas, e o progressista e o reaccionário. De 1931 a 1945, o povo chinês, tendo lutado tenazmente durante 14 anos, conquistou a grande vitória da sua Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa e a vitória completa da Guerra Mundial Antifascista com todos os povos amantes da paz do mundo. Este ano marca também o 80º aniversário da recuperação de Taiwan da ocupação japonesa. A recuperação de Taiwan à China é um resultado vitorioso da Segunda Guerra Mundial, uma parte integrante da ordem internacional do pós-guerra, e uma grande vitória de todo o povo chinês, incluindo os nossos compatriotas em Taiwan, através dos seus esforços sucessivos e batalhas sangrentas. O papel fundamental do Partido Comunista da China é a chave para a vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa Ao longo de todo o curso da guerra, o Partido Comunista da China esteve sempre na linha da frente e assumiu as suas responsabilidades, exercendo uma forte liderança política e impulsionando a formação de uma corrente histórica de resistência de toda a nação. A China é o principal campo de batalha oriental na Guerra Antifascista Mundial. A Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa foi uma parte importante da Guerra Mundial Antifascista e contribuiu decisivamente para a vitória da Guerra Antifascista Mundial. Nessa guerra devastadora, a Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa começou mais cedo, durou mais tempo, derrotou o maior número de inimigos e fez o maior sacrifício. Em 1931, os imperialistas japoneses lançaram descaradamente um ataque à cidade de Shenyang encenado pelo Exército de Kwantung japonês, conhecido pelo Incidente de 18 de Setembro, que é 8 anos antes da blitzkrieg da Alemanha nazi na Polónia e 10 anos antes do Ataque a Pearl Harbor. Nessa altura, os soldados e civis chineses já tinham disparado o primeiro tiro na Guerra Antifascista e lutado incansavelmente nas planícies geladas do nordeste da China ocupada. Durante os dias mais negros da Guerra de Resistência, a China imobilizou quase 70% do Exército Japonês e, assim, ajudou as forças Aliadas noutros teatros a obter oportunidades estratégicas vitais. Durante os 14 anos de guerra, o povo chinês fez enormes sacrifícios nacionais e pagou um preço elevado. De acordo com estatísticas incompletas, o número de vítimas dos militares e civis chineses ultrapassou os 35 milhões, representando aproximadamente um terço do total de vítimas durante a Segunda Guerra Mundial. A perda económica directa foi de mais de 100 mil milhões de dólares americanos, e a perda económica indirecta de mais de 500 mil milhões de dólares americanos. Macau nunca se ausenta desta Guerra e luta lado a lado com a pátria durante todo o tempo Todos os sectores da sociedade de Macau não pouparam esforços e ultrapassaram todas as dificuldades para prestar ajuda, como alojamento, alimentação e cuidados médicos, a um grande número de compatriotas deslocados pela guerra. Figuras patrióticas de Macau, como o Sr. Ma Man-kei, Sr. Ho Yin e Dr. Ke Lin, romperam os pesados bloqueios dos invasores japoneses e enviaram mantimentos e fundos para a linha da frente. Uma legião de jovens apaixonados de Macau partiu sem hesitação para as frentes de batalha no Delta do Rio das Pérolas, no Dongjiang e noutras zonas. Os grupos patrióticos angariaram enormes somas de dinheiro para apoiar os soldados na linha da frente e fizeram grandes esforços para promover a publicidade da Guerra de Resistência. A Cantata do Rio Amarelo, composta pelo músico do povo de origem de Macau, Sr. Xian Xinghai, fez soar o rugido do perigo nacional e tornou-se a voz mais forte da salvação nacional. A história nunca esquecerá os contributos indeléveis feitos por Macau para a independência nacional e a libertação do povo chinês, nem esquecerá o profundo sentimento de patriotismo e de rectidão nacional dos compatriotas em Macau. Adotar uma perspetiva histórica correta, que seja pacífica, justa, abrangente e objetiva, sobre a história da Segunda Guerra Mundial A história não pode ser adulterada e os factos não devem ser apagados. Mesmo hoje, movidos por interesses geopolíticos, existem alguns países e políticos que ainda tentam ignorar os factos históricos, minimizando intencionalmente as importantes contribuições da China para a Segunda Guerra Mundial como o principal campo de batalha oriental, embelezando o domínio colonial e até mesmo negando directamente a história da agressão fascista e dos crimes brutais cometidos pelo exército japonês. Tais actos desprezíveis e vergonhosos representam desafios à Carta das Nações Unidas, à ordem internacional do pós-guerra, à consciência humana e aos povos de todas as nações vitoriosas. Os 1,4 mil milhões de chineses jamais tolerarão qualquer tentativa de manipulação da história da Segunda Guerra Mundial. A China, junto aos povos amantes da paz em todo o mundo, lutará até ao fim contra todos os actos ilícitos que distorcem, glorificam ou negam a história da agressão e, em conjunto, salvaguardarão a verdade histórica e defenderão a paz mundial. Unir para a construção de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade O sistema internacional com as Nações Unidas como seu núcleo é uma reflexão concentrada da vitória da Segunda Guerra Mundial, e serve de pedra basilar para a ordem internacional do pós-guerra. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China sempre é uma força indispensável e importante na manutenção da paz mundial. A China nunca seguirá o antigo caminho de alguns países que alcançaram a modernização através da guerra, da colonização e da pilhagem. Em vez disso, a China permanecerá firmemente do lado certo da história e do progresso da civilização humana, e manterá bem alta a bandeira da paz, do desenvolvimento, da cooperação e de resultados mutuamente benéficos. As propostas da China para a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e outros conceitos e iniciativas importantes são uma continuação e um desenvolvimento da valiosa experiência da vitória na Segunda Guerra Mundial e contribuíram com a sabedoria e as soluções chinesas para a promoção da paz e do desenvolvimento humanos. A China trabalhará inabalavelmente com a comunidade internacional para praticar a visão de governança global de ampla consulta e contribuição conjunta para benefício compartilhado, implementar a Iniciativa de Segurança Global, a Iniciativa de Desenvolvimento Global e a Iniciativa de Civilização Global e, construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade. Como o Presidente Xi Jinping salientou, “A guerra é como um espelho, Olhar para ele ajuda-nos a apreciar melhor o valor da paz”. Devemos aprender com a história, especialmente com as duras lições da Segunda Guerra Mundial, extrair sabedoria e força da grande vitória da Guerra Mundial Antifascista e fortalecer a nossa determinação em salvaguardar a paz e consolidar a segurança para, em conjunto, construirmos um futuro mais brilhante para a humanidade. Acreditamos que todos os sectores em Macau levarão adiante com firmeza a nobre tradição patriótica e o grande espírito da Guerra de Resistência, contribuindo assim para o desenvolvimento constante e abrangente do princípio de “um país, dois sistemas”, para a concretização da reunificação completa da Pátria e para o grande rejuvenescimento da nação chinesa! *Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Trump ameaça China com taxas de 200% se Pequim não exportar mais ímanes O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou ontem a China com tarifas de cerca de 200% sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos se Pequim não acelerar as suas exportações de ímanes de terras raras. “Têm de nos dar ímanes. Se não o fizerem, então imporemos tarifas de cerca de 200 por cento. Mas penso que não teremos problemas com isso”, declarou Trump, na presença do seu homólogo sul-coreano Lee Jae-myung, durante uma troca de impressões na Sala Oval. A China é o principal produtor mundial de terras raras, que são utilizadas no fabrico de ímanes essenciais para as indústrias automóvel, electrónica e de armamento. No entanto, no início de Abril, o Estado chinês impôs uma licença para a exportação destes materiais estratégicos, uma decisão vista como uma medida de retaliação contra os direitos aduaneiros americanos. Pequim e Washington iniciaram então uma guerra comercial em grande escala, respondendo cada um ao aumento dos direitos aduaneiros do outro, que atingiram 125 por cento e 145 por cento, respetivamente. Desde então, as negociações entre as duas maiores potências mundiais atenuaram as tensões e o Governo chinês comprometeu-se a acelerar a emissão de licenças para várias empresas norte-americanas. “Penso que temos uma óptima relação com a China, falei muito recentemente com o Presidente Xi [Jinping] e em algum momento deste ano deveríamos visitar a China”, acrescentou Trump. Funcionários norte-americanos e chineses reuniram-se três vezes nos últimos meses para resolver uma série de questões relacionadas com as suas relações comerciais. No final destas reuniões, os dois países concordaram em manter os direitos aduaneiros que impõem um ao outro em 30 por cento e 10 por cento, respectivamente, por um período de 90 dias, que já foi prorrogado duas vezes, a última até Novembro próximo.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | Governo chinês em choque com ataque a hospital O Governo chinês declarou ontem que ficou chocado com os ataques israelitas ao hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que mataram pelo menos 20 pessoas na segunda-feira, incluindo cinco jornalistas. “Estamos chocados e condenamos o facto de, mais uma vez, infelizmente, os profissionais de saúde e os jornalistas terem sido mortos neste conflito”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em Pequim, durante uma conferência de imprensa diária. “A China está muito preocupada com a situação em Gaza”, referiu o porta-voz. “Israel deve interromper imediatamente as suas operações militares em Gaza, concluir um cessar-fogo abrangente e duradouro o mais rapidamente possível, restaurar totalmente o fluxo de ajuda humanitária, evitar uma crise humanitária em grande escala e trabalhar para aliviar as tensões o mais rapidamente possível”, afirmou Guo Jiakun. “Opomo-nos e condenamos todas as acções que prejudiquem populações civis, danifiquem instalações civis e violem o direito internacional, incluindo actos de violência contra jornalistas”, declarou o porta-voz chinês. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse lamentar o “trágico acidente” após a morte de pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, segundo a Defesa Civil de Gaza. A ONU e vários países, incluindo França, Alemanha, Portugal e Reino Unido, condenaram os ataques israelitas ao hospital Nasser.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi diz enaltece laços entre China e Rússia Em vésperas de assinalar o fim da II Guerra Mundial com um desfile militar que contará com a presença do Presidente russo, Xi Jinping voltou a enaltecer a cooperação estável entre as duas nações face à turbulência que agita o mundo O Presidente chinês declarou ontem, num encontro com o presidente da câmara de deputados da Rússia, em Pequim, que o desenvolvimento “de alto nível” das relações sino-russas “é uma fonte de estabilidade para a paz mundial”. As relações entre a China e a Rússia “são as mais estáveis, maduras e estrategicamente significativas entre as grandes potências no mundo turbulento e em mudança de hoje”, afirmou Xi Jinping na reunião com Vyacheslav Volodin, de acordo com uma declaração publicada pela emissora oficial chinesa CCTV. “A China e a União Soviética fizeram enormes sacrifícios nacionais para resistir ao militarismo japonês e à agressão fascista alemã, contribuindo significativamente para a vitória na guerra”, continuou Xi, a poucos dias de um desfile, a 03 de Setembro, para assinalar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, que vai contar com a presença do Presidente russo, Vladimir Putin. O dirigente chinês declarou que Pequim e Moscovo devem “continuar a amizade tradicional, aprofundar a confiança estratégica mútua, reforçar os intercâmbios e a cooperação em vários domínios”. Os dois países devem, referiu ainda, “proteger conjuntamente os interesses de segurança e desenvolvimento de ambos os países, unir os países do Sul Global, defender o verdadeiro multilateralismo e promover o desenvolvimento de uma ordem internacional mais justa e equitativa”. Xi sublinhou que a cooperação legislativa é “uma componente indispensável da parceria estratégica global” entre Pequim e Moscovo. União de sucesso Na ocasião, Volodin notou que “sob a orientação estratégica de Xi e Putin, as relações Rússia-China foram aprofundadas e alcançaram resultados notáveis”. A Duma – câmara baixa do parlamento russo – “está empenhada em reforçar os intercâmbios e a cooperação entre os órgãos legislativos russo e chinês e envidar todos os esforços para promover novas conquistas nas relações bilaterais”, afirmou. Volodin chegou a Pequim na segunda-feira, com uma agenda que inclui “a resposta à pressão das sanções” contra a Rússia e às “interferências externas”. A viagem do responsável russo, que visitou recentemente a Coreia do Norte, antecede a deslocação de Putin à China para a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, na cidade de Tianjin, entre 31 de Agosto e 01 de Setembro. A China, que se opôs repetidamente às sanções ocidentais contra a Rússia, tem mantido, desde o início do conflito, uma posição ambígua sobre a invasão da Ucrânia, apelando ao respeito pela integridade territorial de todos os países e à atenção às preocupações de segurança de Moscovo. Desde 2022, a China reforçou os laços com a Rússia, negando as acusações dos governos ocidentais de que apoia o esforço de guerra russo.
Hoje Macau SociedadeSMG | Nova tempestade tropical traz trovoadas a partir de amanhã A partir de quinta-feira e ao longo do fim-de-semana, Macau será novamente afectado por um sistema tropical, com tempo “extremamente quente nos próximos dias” e instabilidade no final da desta semana, indicaram ontem Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). “Embora ainda existam algumas divergências no desenvolvimento da área de baixa pressão, devido à sua ampla circulação e à influência conjunta com uma crista de alta pressão, o tempo ao longo da costa de Guangdong será instável no final desta semana, com probabilidade de ocorrência de chuva intensa, acompanhada de trovoadas, e vento por vezes forte”, acrescentam as autoridades meteorológicas. A nova área de baixa pressão que está a formar-se e a desenvolver-se a leste das Filipinas pode ser o oitavo sistema tropical a impactar Macau este ano. Para já, as autoridades denotavam ontem que a área de baixa pressão tinha uma estrutura relativamente fraca. Contudo, quando “entrar no Mar do Sul da China nos próximos dias, em simultâneo, vai continuar a desenvolver-se, gradualmente, e terá tendência para dirigir-se para a região perto da Ilha de Hainan”. Ainda com a incerteza a dominar as previsões, os modelos que estimam a evolução destes fenómenos indicavam ontem a baixa probabilidade de que este sistema atinja a mesma intensidade e nível do “Kajiki”, que levou os SMG a emitirem no passado fim-de-semana o sinal 3 de tempestade tropical.
Hoje Macau Manchete SociedadeMorgan Stanley | Estimada subida de 15% no jogo no segundo semestre O banco Morgan Stanley prevê que os casinos de Macau tenham um crescimento anual de receitas brutas de 15 por cento na segunda metade deste ano. O optimismo dos analistas é sustentado no movimento actual nos casinos e no número de eventos desportivos e concertos marcados para o segundo semestre do ano O banco de investimento Morgan Stanley estima que as receitas brutas dos casinos de Macau cresçam 15 por cento, em termos anuais, no segundo semestre de 2025, acima das perspectivas para a confiança dos consumidores. Analistas do banco estiveram em Macau e testemunharam uma azáfama acima do normal nas mesas de jogo para a esta época do ano, tradicionalmente impactada pela sazonalidade. “Vimos um grande fluxo de visitantes e um negócio robusto. O Verão continua a ser a movimentado para os operadores de casinos da cidade. As apostas mínimas no Galaxy eram de 1.000 dólares de Hong Kong e, no Melco, variavam entre 1.000 e 2.000 dólares de Hong Kong. É difícil conseguir reservas de hotel em Macau, o que sugere uma forte procura durante as férias de Verão”, indicam os analistas, Praveen Choudhary, Anson Lee e Stephen Grambling, citados pelo portal GGR Asia. Os analistas também destacaram a abrangente programação não-jogo, como concertos e eventos desportivos, para a segunda metade do ano, que traça um cenário de crescimento das receitas de jogo. Apesar de apontarem para um crescimento de receitas na ordem dos 15 por cento, a perspectiva para as receitas brutas de Agosto é de uma subida anual de 12 por cento. Luta pela pole Os especialistas do Morgan Stanley realçam que as suas estimativas estão acima do “consenso” de outras análises, porque tiveram em consideração a alavancagem operacional e a reavaliação posterior no mercado bolsista. É apontado que as operadoras de jogo voltaram a distribuir dividendos, “o que normalmente resulta na reavaliação” do valor das suas acções em bolsa. O banco de investimento observou também que a concorrência no mercado de Macau “continua acirrada”, o que significa que ainda é prematuro estimar flutuações nas margens de lucro e que as despesas operacionais do sector no segundo trimestre aumentaram “14 por cento em relação ao ano anterior, o que é bastante elevado”. A instituição acrescentou que, embora as quotas de mercado “sejam difíceis de prever” e implicarem “muitas variáveis”, o grupo Galaxy, com a conclusão da Fase 4 do resort no Cotai, deverá beneficiar em termos de mercado. “A curto prazo, nenhuma operadora está a adicionar capacidade significativa. Assim, as tendências relativas a quotas de mercado devem permanecer semelhantes às do segundo trimestre. No entanto, esperamos que a Wynn e a Galaxy ganhem participação no terceiro trimestre”.
Hoje Macau PolíticaSegurança laboral | Mais de 450 estaleiros inspeccionados em dois meses Entre Junho e Julho, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) realizou “visitas inspectivas regulares de segurança e saúde ocupacional” a “todos os estaleiros da construção civil de Macau”. Nas inspecções a 454 estaleiros e locais de obras, a DSAL aplicou medida de “multa, suspensão, sensibilização imediatas” aos estaleiros onde se verificam riscos de segurança, tendo sido emitidas um total de 38 recomendações de melhorias. Estas recomendações foram principalmente devido à falta de medidas de protecção colectiva nos trabalhos em altura. Segundo um comunicado divulgado ontem, a DSAL verificou que, “devido às temperaturas elevadas, os empreiteiros forneceram água potável, bebidas electrólitos ou frutas aos seus trabalhadores”. Além disso, instalaram ar condicionado em alguns locais, protecções contra o sol como guarda-sol ou andaime para sombreamento, é acrescentado. Além disso, a DSAL indica que na primeira metade deste ano, 116 empresas candidataram-se aos planos “promocionais dos dispositivos de segurança, incluindo dispositivos portáteis de ancoragem temporária, arnês de segurança, plataformas de trabalho portáteis, vestuário anti-calor e ventiladores portáteis de cintura. No total, foram distribuídos 655 equipamentos de segurança.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira | Pyongyang acusa Presidente sul-coreano de “cortejar” Washington A Coreia do Norte acusou ontem o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, de cortejar os Estados Unidos durante a cimeira com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, horas antes de Lee se reunir com Donald Trump em Washington. “A recente cimeira Coreia do Sul-Japão deve ser interpretada como uma farsa diplomática nascida da ansiedade de Seul em dissipar as ‘más interpretações’ de Washington”, lê-se num artigo de opinião assinado por uma pessoa chamada Kim Hyok-nam, sobre a qual não se conhecem detalhes. O texto, divulgado pela agência de notícias estatal KCNA, denuncia a cooperação reforçada entre Seul e Tóquio, após a cimeira de sábado na capital japonesa, como o batedor de uma “aliança militar trilateral agressiva” com Washington que, na opinião de Pyongyang, vai agravar a crise de segurança na região. Na coluna de opinião sublinha-se ainda que a declaração conjunta de Lee e Ishiba sobre a “desnuclearização completa do Norte” e a necessidade de uma acção coordenada face a um ambiente internacional em mudança é a prova da subordinação da Coreia do Sul à estratégia hegemónica de Washington no Indo-Pacífico. A KCNA também se concentrou na escolha de Lee de viajar primeiro para o Japão, quebrando o costume diplomático da Coreia do Sul de visitar Washington primeiro, e apresentou-a como um gesto calculado para mostrar uma viragem pró-japonesa. O texto considera que esta alteração responde à “desconfiança dos Estados Unidos” em relação a Lee, que só assumiu o cargo em Junho, considerando-o um dirigente que, na oposição, exibia um perfil crítico em relação a Tóquio e que procura agora mudar essa imagem para satisfazer os aliados.
Hoje Macau China / ÁsiaTrinta mil pessoas retiradas de casa no Vietname com aproximação de tufão Kajiki Dezenas de milhares de habitantes foram retirados ontem das regiões costeiras do Vietname, no momento em que o tufão Kajiki se prepara para atingir o centro do país, com ventos de cerca de 160 quilómetros por hora. Kajiki, o quinto tufão a atingir o Vietname este ano, encontra-se actualmente no mar, agitando o golfo de Tonkin com ondas que atingem até 9,5 metros. Cerca de 325.500 pessoas de cinco províncias costeiras devem ser retiradas para abrigos temporários em escolas e edifícios públicos, informaram as autoridades. O centro de Vinh, cidade costeira no centro do país, foi inundado durante a noite. De manhã, as ruas estavam praticamente desertas e a maioria das lojas e restaurantes foram encerrados, com os comerciantes e moradores a protegeram as entradas com sacos de areia. Ao amanhecer, cerca de 30.000 pessoas tinham sido retiradas da região e 16.000 militares foram mobilizados. Dois aeroportos domésticos foram encerrados e todos os barcos de pesca que se encontravam no caminho do tufão foram chamados de volta ao porto. Mais de uma dezena de voos domésticos no Vietname foram cancelados no domingo, enquanto a ilha de Hainão, na China, retirou 20.000 habitantes de casa quando o tufão passou pela costa sul. Histórico devastador No Vietname, mais de 100 pessoas morreram ou estão desaparecidas devido a catástrofes naturais nos primeiros sete meses de 2025, de acordo com o Ministério da Agricultura. As perdas económicas foram estimadas em mais de 21 milhões de dólares. O Vietname sofreu uma perda de 3,3 mil milhões de dólares em Setembro passado devido ao tufão Yagi, que varreu o norte do país e causou centenas de mortes. Os cientistas estimam que as alterações climáticas causadas pelo homem estão a provocar fenómenos meteorológicos mais intensos e imprevisíveis, o que pode tornar as inundações e as tempestades destrutivas mais prováveis, especialmente nos trópicos.