EventosCCM | Temporada de espectáculos de ópera decorre até Março Andreia Sofia Silva - 7 Nov 2025 É no dia 27 deste mês que arranca a primeira iniciativa cultural integrada na “1ª Temporada de Espectáculos de Cultura Chinesa”. Trata-se de “Um Encontro de Heróis, Invocando o Vento Leste e A Passagem de Huarong”, peças de ópera chinesa da responsabilidade da Companhia Nacional Chinesa de Ópera de Pequim. Mas há mais espectáculos para ver até Março do próximo ano Foi apresentada esta semana, terça-feira, a programação relativa à “1ª Temporada de Espectáculos de Cultura Chinesa”, um “banquete artístico” onde se prometem “espectáculos de excelência com experiências diversificadas”. A iniciativa foi criada a partir da anterior “Temporada de Espectáculos de Companhias de Arte Nacionais em Macau”, com a primeira apresentação a ter lugar no dia 27 de Novembro, com a ópera de Pequim “Um Encontro de Heróis. Invocando o Vento Leste. A Passagem de Huarong”, apresentados num espectáculo de três horas e meia pela Companhia Nacional Chinesa de Ópera de Pequim, no Centro Cultural de Macau (CCM). Segundo a descrição oficial do espectáculo, sobem ao palco os artistas principais Yu Kuizhi e Li Shengsu, liderando o elenco que apresenta “a tradição lírica chinesa em toda a sua expressividade”. Apresentam-se “três peças magnas” e “épicos retirados do clássico Romance dos Três Reinos”, fazendo-se a “mescla de canto e encenação teatral, que evidencia um equilíbrio perfeito entre personagens civis e militares, encarnados por uma série de figuras históricas”. No dia 28 deste mês, é a vez de se apresentar, também no CCM, “A Lenda da Cobra Branca”, escrita pelo célebre dramaturgo Tian Han e originalmente dirigida pelo prestigiado encenador Li Zigui. “Esta reconhecida obra-prima tem sido meticulosamente refinada em palco ao longo de mais de 60 anos. Tida como obra fundamental do repertório operático, a peça foi representada por inúmeras gerações de intérpretes ‘dan’ (papéis femininos)”, lê-se na descrição do espectáculo. Em palco, os artistas são Li Shengsu, uma distinta representante e defensora da escola Mei Lanfang, sendo também mentora da talentosa Zhu Fengyi, artista com a qual partilha o papel principal de Bai Suzhen (a Madame Cobra Branca). “Nesta reencenação, as intérpretes retratam de forma magnífica o inabalável amor proibido que a lendária personagem nutre por um mortal, transportando a plateia a um hipnotizante cenário onírico”, lê-se ainda. Novas interpretações Na programação desta iniciativa, contam-se ainda apresentações teatrais como “Adeus, Minha Concubina”, da responsabilidade do Teatro do Povo de Pequim. Trata-se de uma adaptação a partir da criação original do Prémio Nobel da Literatura Mo Yan, e que tem como pano de fundo o confronto histórico Chu–Han. “A peça rompe com a estrutura narrativa tradicional do drama histórico e explora temas eternos como o poder, a sobrevivência e a responsabilidade através de múltiplos encontros e diálogos que entrecruzam o tempo e o espaço entre a consorte Yu e a Imperatriz Lü”, pode ler-se. Está ainda programada a apresentação da peça de dança teatro “Mulan”, do Grupo de Artes e Espectáculos de Ningbo. Esta tem “como linha principal a piedade filial, a lealdade, a coragem e o amor, combinando a dança, as artes marciais, o drama e os elementos tecnológicos”. Serão ainda convidados grupos como a Trupe Artística de Minas de Carvão da China e a Ópera Nacional da China para realizar actuações de intercâmbio em vários locais de Macau, nomeadamente em escolas e bairros comunitários. Destaque ainda para o facto de a Ópera Nacional da China regressar às actuações em Macau em Janeiro do próximo ano para apresentar “Flores de Lótus Douradas – Concerto de Obras Vocais da Ópera Nacional da China” em várias escolas. “O concerto reúne obras-primas da música vocal, chinesa e estrangeira, com peças musicais ricas e artistas excepcionais, conduzindo os estudantes numa jornada musical que atravessa o Oriente e o Ocidente”, é referido. Ao todo, esta primeira temporada inclui oito apresentações de intercâmbio e 50 actividades comunitárias. “Usando a cultura chinesa como elo de ligação, o evento visa criar um evento cultural que envolva toda a população, promover a ressonância emocional e a transmissão cultural, trabalhando em conjunto para construir um círculo de vida feliz, belo e harmonioso”, é descrito.