Manchete SociedadeSMG | Previsto tufão na segunda metade de Julho João Luz - 10 Jul 2024 O director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos prevê que na segunda metade de Julho Macau comece a ser afectado por ciclones tropicais e tufões. Leong Weng Kun explicou também a dificuldade de prever com exactidão a intensidade, local e altura em tempestades se abatam pelo território Um tufão poderá passar por Macau na segunda metade de Julho. A previsão foi avançada ontem pelo director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), Leong Weng Kun, durante o programa Fórum Macau, no canal chinês da Rádio Macau. Apesar de estimar a formação de ciclones tropicais ainda este mês, o responsável não arriscou prognósticos em relação ao impacto na cidade. Leong Weng Kun recordou que os SMG já içaram o sinal 8 no início de Junho, quando a tempestade tropical Maliksi passou por Macau, que apesar de não ter provocado muitos danos, quatro pessoas ficaram feridas e as aulas suspensas. O responsável sublinhou também que a época de tufões normalmente prolonga-se até Outubro e que, devido ao aquecimento global, a temperatura da água do mar, que tem gerado mais super-tufões, mas também o surgimento de tufões fora de época, por vezes em Dezembro. Recorde-se que em 2021, o tufão Rai passou por Macau uns dias antes do Natal, algo que não acontecia há quase meio século. O director dos SMG lembrou ainda que a Organização Meteorológica Mundial, uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), lançou um alerta para o facto de 2023 ter sido o ano mais quente desde que existem registos. Leong Weng Kun perspectivou que dadas as temperaturas elevadas será provável o aumento do impacto de super tufões, chuvadas e temperaturas extremas em Macau. Comunicar é preciso A melhor forma de lidar com os fenómenos atmosféricos severos passa pela eficaz disseminação de informação, indicou o director dos SMG. Como tal, informações de previsões de tempo severo devem chegar à população o mais cedo possível, de forma a dar tempo de preparação. Apesar dos SMG terem sido reconhecidos pela Organização Internacional de Normalização com a certificação ISO do seu sistema de previsão de ciclones tropicais, e alertas de tempestade e chuvadas fortes, Leong Weng Kun realçou a dificuldade de prever este último fenómeno atmosférico. Ainda assim, indicou que a taxa de precisão dos alertas de chuvas fortes dos últimos anos se situa em cerca de 70 por cento. Neste domínio, o director dos SMG realçou as dificuldades para prever estes fenómenos, sentidas em todo o mundo. A aleatoriedade da progressão das tempestades aliada à reduzida dimensão geográfica de Macau, às taxas de dissipação e movimentação tornam muito difícil prever a formação, intensidade e os locais mais afectados. Ainda assim, o responsável garantiu que os SMG vão continuar a criar informações gráficas que alertem a população para a possibilidade de tempestades com três a quatro dias de antecedência.