Clockenflap | Cartaz encerrado com Bloc Party e my bloody valentine

O Festival Clockenflap anunciou no fim-de-semana as últimas bandas do cartaz deste ano. Bloc Party, my bloody valentine e Bright Eyes juntam-se a Franz Ferdinand, Beth Gibbons, Sparks e companhia para três dias de música ao vivo no Central Harbourfront, em Hong Kong, entre 5 e 7 de Dezembro

O cartaz do Clockenflap fechou com o anúncio de três projectos de espectros diferentes de música alternativa: Os ingleses Bloc Party, os pioneiros my bloody valentine e o cantor norte-americano de folk Bright Eyes.

Durante três dias, entre 5 e 7 de Dezembro, vão actuar dezenas de bandas dos mais variados estilos musicais, no Central Harbourfront, na ilha de Hong Kong. Ainda há bilhetes à venda para os três dias (1.990 dólares de Hong Kong) e para um dia (1.280 dólares de Hong Kong).

Entre as novidades anunciadas no fim-de-semana, destaque para os Bloc Party que vão tocar pela primeira vez na região vizinha no sábado, 6 de Dezembro.

A celebrar o vigésimo aniversário do seu estrondoso disco de estreia, “Silente Alarm”, a banda de Kele Okereke e Russell Lissack foi uma das mais brilhantes estrelas da constelação de bandas que elevou o indie-rock para patamares de popularidade normalmente reservados a bandas pop, à semelhança dos Franz Ferdinand (que actuam no dia seguinte, encerrando o palco principal do festival), e bandas como The Strokes, Artic Monkeys e The White Stripes.

Após “Silent Alarm”, a banda britânica procurou afastar-se da fórmula instrumental de guitarras, baixo e bateria e aventurou-se por ritmos que incorporaram algumas batidas electrónicas e experimentação com outros instrumentos. Músicas como “Hunting for Witches” e “The Prayer” não desiludiram os fãs e crítica e o segundo disco dos Bloc Party conseguiu o feito de não defraudar expectativas depois de um avassalador primeiro registo.

O terceiro álbum da banda britânica afastou-os ainda mais das sonoridades clássicos do rock. Depois da tournée que promoveu “Intimacy”, a banda interrompeu actividade, com os seus membros a dividirem-se entre outros projectos musicais. Entretanto, a banda lançou mais três discos e voltou ao activo.

Suavidade e barulho

Os irlandeses my bloody valentine também vão marcar a sua estreia na cidade vizinha no Clockenflap deste ano. Com uma carreira com mais de 35 anos, a banda de Dublin foi uma das bandas pioneiras do shoegaze, com melodias marcadamente pop assentes em fundações de distorção de guitarra.

Depois de lançar o segundo disco, o aclamado “Loveless”, a banda dissolveu-se e regressou cerca de 20 anos depois, em 2007, para uma tournée mundial e em 2013 lançaram “m b v”, o terceiro disco da banda.

“Apesar de terem lançado apenas três álbuns, a banda alcançou um estatuto quase mítico entre os fãs, em grande parte graças aos seus incríveis espectáculos ao vivo, que combinam uma intensidade sombria e riffs melódicos com ondas de distorção e paredes de som estrondosas”, descreve a organização do festival. Os my bloody valentine foram a chave que abriu portas a bandas como Slowdive, Lush e Dive e tornando-se num fenómeno de culto nos circuitos alternativos.

Outra das novidades anunciadas no fim-de-semana, foi o concerto de Bright Eyes, o projecto folk do músico norte-americano Conor Oberst, que irá actuar pela primeira vez em Hong Kong no último dia do festival.

Bright Eyes vai apresentar-se no Central Harbourfront como um trio centrado em Conor Oberst, “o talento prodigioso amplamente apelidado de ‘novo Bob Dylan’ quando mal tinha saído da adolescência”, refere a organização do festival. O público pode esperar um concerto intimista, apesar da dimensão do palco, com um alinhamento movido a sonoridades acústicas.

Para todos os gostos

Além de veteranos entre as diversas escalas de barulho e silêncio do rock, o Clockenflap anunciou a actuação de Ano e Kento Nakajima, duas estrelas em ascensão no universo do pop japonês, que também vão actuar pela primeira vez em Hong Kong.

Recorde-se que o cartaz deste ano do maior festival de música da região já contava com Beth Gibbons, a eterna vocalista do colectivo de trip-hop Portishead, os canadianos Godspeed You! Black Emperor, o seminal duo Sparks e nomes incontornáveis da cena de música de dança como Dave Clark e Digitalism.

Além da música, o festival inclui ainda “uma série de instalações artísticas de encher o olho, workshops e espectáculos para toda a família e uma selecção de estabelecimentos de comida e bebida de fazer crescer água na boca, incluindo petiscos únicos de alguns dos restaurantes mais apreciados da cidade”.

Uma das novidades artísticas que o festival traz para esta edição é o projecto “Minimax – A Mobile & Modular Theatrical Experience”, entendido pela organização como “um novo conceito para todos os amantes das artes”, actualmente na fase de recrutamento de “talentos locais”.

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