China-UE | Compromisso para reforçar esforços contra alterações climáticas

China e União Europeia (UE) comprometeram-se ontem a reforçar os esforços conjuntos no combate às alterações climáticas, segundo um comunicado divulgado no âmbito da 25.ª cimeira bilateral, realizada em Pequim.

“O aquecimento global é tradicionalmente uma área de convergência entre Bruxelas e Pequim”, refere o texto, sublinhando a intenção de acelerar uma acção climática “rápida, em grande escala e a todos os níveis”. A UE pretende atingir a neutralidade carbónica até 2050, enquanto a China, maior emissora mundial de gases com efeito de estufa, comprometeu-se com esse objectivo até 2060.

Apesar das tensões bilaterais, ambas as partes acordaram reforçar a cooperação em áreas como a transição energética, adaptação às alterações climáticas, controlo das emissões de metano, mercados de carbono e tecnologias verdes e de baixo carbono.

O comunicado apela ainda ao alargamento global das energias renováveis e à facilitação do acesso a tecnologias ecológicas, sector no qual a China é líder mundial, incluindo em veículos eléctricos e painéis solares.

Segundo David Waskow, do centro de reflexão World Resources Institute (WRI), esta declaração envia “um sinal importante de que a cooperação climática pode superar as tensões geopolíticas”.
Já Yao Zhe, representante da organização ambiental Greenpeace, alerta que “é agora preciso passar à prática”.

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