CCCM acolhe sexta edição de concurso e exposição “See&Share”

O Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) acolhe, a partir de amanhã, uma exposição de arte infantil com trabalhos de jovens chineses expatriados. Será também realizada a cerimónia de entrega de prémios da iniciativa “Global Youth Art Contest”, que dá origem à mostra.

A exposição, que tem o nome “See&Share 2025”, é promovida por Helena Dong, cidadã chinesa a viver em Lisboa e que, depois de criar a CLAN – Commonweal of Liberal Arts em Nanjing, de onde é oriunda, estabeleceu um projecto semelhante na capital portuguesa, a CLAN para Inovação Cultural e Educacional Juvenil.

“Há seis anos vivíamos na China e já aí pensava na próxima geração, sobretudo nas crianças chinesas. É muito importante que elas saibam o que é a arte real, verdadeira e tradicional. Tenho dois filhos e penso que é importante também que eles saibam isso. Como sempre tive muitos contactos com os profissionais mais tradicionais, comecei a convidá-los para a realização de workshops com crianças, sobretudo as famílias locais. Em 2019 a nossa família veio para Lisboa e queríamos manter isso, estabelecer conexões com os locais e com as crianças locais. Queríamos que a nossa família conhecesse a história e a arte locais”, contou ao HM.

O primeiro ano da exposição “See&Share” decorreu em Lisboa em 2020, ainda nos tempos de pandemia, tendo sido recolhidos “300 trabalhos feitos por crianças de todo o mundo”, ligadas a comunidades chinesas espalhadas em vários países. Foi realizada uma exposição online, mas à medida que o mundo abriu após a pandemia, também esta mostra passou a ser vista directamente pelo público.

“Todos os anos temos temas diferentes. No ano passado o tema principal foi a humanidade e o futuro. Em cada ano tentamo-nos focar na visão das crianças sobre aquilo que pensam em relação ao mundo, à humanidade e natureza. Temos também trabalhos sobre os valores ESG (Environmental, Social, and Governance), a importância da preservação do ambiente a nível mundial”, disse Helena Dong.

Juntar culturas

A sexta edição do concurso é agora apresentada no CCCM e Helena Dong espera ajudar a construir ainda mais “uma ponte entre as crianças portuguesas e chinesas e outras famílias internacionais que vivem em Lisboa”.

Segundo a responsável, “a participação [no concurso e nas actividades da CLAN] é, sobretudo de famílias chinesas a residir no estrangeiro, da Europa, Ásia e América”. “Queremos também criar laços mais profundos com as famílias locais, tentando construir uma ponte entre a comunidade chinesa e a comunidade local [de portugueses]”, disse.

“Podemos juntar-nos e falar uns com os outros, para que nos possamos conhecer melhor. É essa a nossa grande expectativa. Em todos os anos, na cerimónia de abertura, fazemos workshops sobre cultura tradicional chinesa, é uma boa oportunidade para que a comunidade se possa expandir sobre aquilo que nós fazemos e o que gostamos”, acrescentou.

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