Rita Santos acusa cônsul de Portugal de ter “agenda própria”

A presidente do Conselho Regional da Ásia e Oceânia das Comunidades Portuguesas, Rita Santos, acusou ontem o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão, de ter uma agenda próprio e de não ouvir as opiniões dos conselheiros. A crítica foi deixada numa publicação no Facebook, em reacção ao facto de o consulado ter retomado os atendimentos prioritário sem marcação.

“Desde o estabelecimento da RAEM que sempre houve um excelente diálogo com os representantes máximos do Consulado Geral de Portugal em Macau sendo de referir as múltiplas reuniões de trabalho onde eram transmitidas as principais preocupações dos nossos conterrâneos, bem como o apoio prestado na divulgação quanto aos serviços consulares”, começou por escrever Rita Santos. “Infelizmente, o actual cônsul-geral tem uma agenda própria e continua a não querer auscultar as opiniões dos Conselheiros das Comunidades Portuguesas”, acrescentou. A conselheira não indica o que entende como “agenda própria” de Alexandre Leitão.

Várias críticas

Sobre as opiniões que considera ignoradas, Rita Santos indica que o consulado não disponibilizou “um canal especial” para o recenseamento eleitoral, ao contrário do que tinha sugerido o Conselho das Comunidades Portuguesas. “Infelizmente, o Sr. cônsul não atendeu o nosso pedido e o consulado facultou um e-mail errado para que não se pudesse fazer a marcação”, atirou a conselheira.

Rita Santos acusa também o consulado de não explicar como irá resolver o eventual esgotamento de vagas diárias para atendimentos sem marcação, se ficarem pessoas por atender.

As críticas são feitas a dias da visita a Macau de José Cesário, secretário de Estados das Comunidades de Portugal, que vai estar no território entre 27 e 29 de Agosto. Nas eleições de Março, Rita Santos foi alvo de uma queixa, remetida para o Ministério Público, tendo sido acusada de fazer campanha pelo Partido Social-Democrata, a que José Cesário pertence.

A conselheira das comunidades portuguesas criticou ainda o consulado por não emitir visto para chineses e não portugueses de Macau que pretendem estudar em Portugal. Segundo a conselheira, existem pedidos sem resposta há mais de dois meses. Importa recordar que os portadores de passaporte da RAEM podem entrar e permanecer em Portugal durante 90 dias sem necessidade de visto.

Subscrever
Notifique-me de
guest
0 Comentários
Mais Antigo
Mais Recente Mais Votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários