EventosSands | Exposição de arte contemporânea japonesa patente até ao fim de Março João Luz - 26 Fev 2024 Está em exibição na Sands Gallery a “Exposição de Arte Contemporânea Japonesa”, que reúne mais de 90 obras de seis artistas nipónicos. A mostra, que está patente ao público até 30 de Março, é composta por trabalhos de criadores da prestigiada galeria japonesa UG Até 30 de Março, a Sands Gallery apresenta a “Exposição de Arte Contemporânea Japonesa”, composta por mais de 90 trabalhos de seis artistas japoneses. A Sands China salienta que é a primeira vez que a sua galeria organiza uma mostra que capta “a essência da arte e cultura japonesas contemporâneas com algumas obras de arte de vanguarda em diversos suportes, oferecendo uma experiência artística enriquecedora e gratificante”. A exposição patente na Sands Gallery tem por base trabalhos de Kunihiko Nohara, Takaoki Tajima, Hiroya Yoshikawa, Nami Okada, Keitoku Toizumi e Ryosuke Kawahira, seis artistas representados prestigiada galeria japonesa UG. A galeria japonesa UG é uma das maiores casas de arte contemporânea do país, com mais de 25 anos de história, construída com base numa filosofia de descoberta e promoção de jovens artistas. Actualmente, a UG tem salas de exposição em Nova Iorque e Osaka, e duas galerias em Tóquio. O proprietário da galeria japonesa, Eiichiro Sasaki, enalteceu o espaço da concessionária e destacou o carácter lúdico que encontrou no território. “A Galeria Sands dá-me uma sensação de museu. Por isso, desta vez, a nossa missão curatorial foi conseguir distribuir estes espaços adequadamente por cabinas, permitindo que artistas com características diferentes tenham áreas de exposição independentes e exibam as suas obras de forma clara”, referiu o responsável, citado pelo comunicado da Sands China. “Macau deixou-me com a impressão de um ‘parque infantil para adultos’ no passado, e esta exposição também tem como tema ‘Aura Feliz, Sabor Feliz’, seleccionando cuidadosamente seis artistas cujas obras podem trazer uma sensação de felicidade a todos”, acrescentou Eiichiro Sasaki. Obras e criadores Os seis artistas escolhidos para esta mostra formam um leque ecléctico de estética e abordagem criativa. Kunihiko Nohara, um escultor de Hokkaido, traçou o seu percurso no mundo das artes através dos seus trabalhos esculpidos em madeira. As suas criações misturam imagens abstractas com cores vibrantes, infundindo uma essência vanguardista nas obras. “Cada escultura é um mundo próprio, com personagens emblemáticas que usam óculos subaquáticos, simbolizando os rostos enigmáticos e as imagens dos indivíduos na nossa moderna sociedade da informação”, aponta a curadoria sobre o trabalho de Kunihiko Nohara. Quanto às criações de Takaoki Tajima, a organização da mostra sublinha que as suas obras resultam do seu virtuosismo técnica e da ousadia em explorar relações entre cores. Com composições simples, mas hipnóticas, tanto em escultura como pintura, as obras de Takaoki Tajima convidam o público a mergulhar nas misteriosas expressões e movimentos dos personagens que cria. Já Hiroya Yoshikawa, um artesão que seguiu a tradição familiar, ganhou espaço no movimento artístico contemporâneo japonês misturando técnicas ancestrais com expressão criativa vanguardista. Exemplo disso mesmo são os seus requintados quimonos e obras de arte que ganham nova vida depois de serem meticulosamente pintados. Viagens nostálgicas a lugares marcados por paisagens estarrecedoras é o tipo de estética que o público poderá encontrar nas pinturas de Nami Okada. A artista usa as suas experiências, memórias e impressões para interpretar na tela paisagens com um certo encanto vintage. As obras de Keitoku Toizumi vão noutras direcção, rumo a conceitos mais surrealistas. As suas cenas elaboradas com particular atenção ao detalhe, muitas vezes com brinquedos, transportam os espectadores para um mundo onde realidade e ficção se entrelaçam. A aclamada série “Pink Army” representa o intrigante fosso entre o real e o imaginário. Para Ryosuke Kawahira a criação artística é uma forma de canalizar experiências infantis e memórias enquanto meio de expressão. Através de trabalhos em tela vibrantes, o artista transforma memórias, incluindo incidentes de infância como urinar na cama, em obras de arte cativantes. Ryosuke Kawahira ficou também conhecido por pintar retratos coloridos de roupa interior. Temporada nipónica Esta exposição faz parte de uma programação apresentada pela Sands China no “Festival Japonês da Primavera”, um evento que conta com o apoio da Prefeitura e do Governo de Quioto, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). O festival terá uma programação onde não vão faltar concertos de “ídolos da pop japonesa, experiências culinárias e exposições de arte até ao final de Março.