Sismo | Atribuídos 25 ME para ajudar vítimas. Pelo menos 126 mortes

O norte do país foi atingido por um terramoto de magnitude 6,2 na escala de Richter que fez pelo menos 126 mortos e mais de 700 feridos

 

O Governo da China atribuiu ontem 200 milhões de yuan para ajudar nos esforços de resgate e socorro, após o terramoto que fez pelo menos 126 mortos no nordeste do país. Desse montante, 150 milhões de yuans vão ser utilizados para ajudar a província de Gansu, enquanto os outros 50 milhões de yuans vão para a vizinha província de Qinghai, informaram o ministério da Gestão de Emergências e o ministério das Finanças.

Pelo menos 113 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas no terramoto de magnitude 6,2 ocorrido na segunda-feira à noite na província de Gansu, no noroeste da China, de acordo com a última contagem de vítimas divulgada pelos órgãos oficiais.

Gansu lançou um apelo para que fossem recrutados mais 300 trabalhadores para as operações de busca e salvamento, e as autoridades de Qinghai informaram que 20 pessoas estavam desaparecidas num deslizamento de terras, segundo a imprensa estatal chinesa.

Na província de Qinghai, morreram mais 13 pessoas, elevando o número total para 126. Pelo menos 182 pessoas ficaram feridas em Qinghai e outras 536 em Gansu, detalhou a agência noticiosa oficial Xinhua.

O terramoto ocorreu às 23:59 de segunda-feira e teve o seu epicentro na fronteira entre as províncias de Gansu e Qinghai, a uma profundidade de dez quilómetros, segundo o Centro da Rede Sismológica da China. O Governo chinês e o ministério da Gestão de Emergências declararam um nível II de resposta ao incidente, que afectou particularmente a vila de Jishisan, em Gansu, e a cidade de Haidong, na vizinha Qinghai.

Li Haibing, um perito da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, disse que o número elevado de vítimas se deveu, em parte, ao facto de ter sido pouco profundo. “Por isso, causou mais abalos e destruição, apesar de a magnitude não ter sido grande”, afirmou.

Outros factores, incluem o movimento principalmente vertical do terramoto, que provoca abalos mais violentos; a qualidade inferior dos edifícios numa zona relativamente pobre; e o facto de ter ocorrido a meio da noite, quando a maioria das pessoas estava em casa, disse Li.

A televisão estatal chinesa CCTV informou que houve interrupções no fornecimento de água e electricidade, bem como nas infra-estruturas de transportes e comunicações.

Tendas, camas dobráveis e edredões estavam a ser enviados para a região, segundo a CCTV. O Presidente chinês Xi Jinping apelou a um esforço total nos trabalhos de resgate para minimizar o número de vítimas. A temperatura mínima durante a noite na região foi entre 15 e 9 graus Celsius negativos, informou a Administração Meteorológica da China.

História repete-se

Os terramotos são comuns no noroeste da China, uma região montanhosa que se ergue para formar o limite oriental do planalto tibetano.

Em Setembro de 2022, pelo menos 74 pessoas morreram num terramoto de magnitude 6,8 que abalou a província de Sichuan, no sudoeste da China, provocando deslizamentos de terras e abalando edifícios na capital da província, Chengdu, onde 21 milhões de habitantes se encontravam em confinamento devido a um surto de covid-19.

O terramoto mais mortífero da China nos últimos anos foi um de magnitude 7,9, ocorrido em 2008, que matou quase 90.000 pessoas em Sichuan. O tremor devastou cidades, escolas e comunidades rurais nos arredores de Chengdu, levando a um esforço de reconstrução com materiais mais resistentes que durou anos.

Pêsames de Taiwan

A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, expressou ontem a sua solidariedade para com a China, após o terramoto de magnitude 6,2 que abalou o noroeste do país, na segunda-feira à noite. “As minhas sinceras condolências a todos aqueles que perderam entes queridos no recente terramoto no noroeste da China. Rezamos para que todos os afectados recebam a ajuda de que necessitam e esperamos uma rápida recuperação”, disse Tsai, através da rede social X.

Tsai acrescentou ainda que Taipé está pronta a oferecer assistência nos esforços de resgate e transmitiu a sua “preocupação e condolências” às vítimas do terramoto tendo pedido aos departamentos relevantes da ilha que mostrassem a sua vontade de ajudar através do envio de equipas de salvamento, num sinal de boa vontade.

Putin apresenta condolências

O Presidente russo, Vladimir Putin, apresentou ontem profundas condolências ao homólogo chinês, Xi Jinping, pelo terramoto que matou pelo menos 126 pessoas no noroeste da China na noite de segunda-feira, anunciou o Kremlin. “Na Rússia, partilhamos a dor daqueles que perderam entes queridos nesta catástrofe e esperamos uma rápida recuperação para todos os feridos”, disse Putin numa mensagem dirigida a Xi, segundo um comunicado do Kremlin.

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