China / ÁsiaAeronaves de passageiros em exposição em Hong Kong Hoje Macau - 15 Dez 2023 O fabricante chinês COMAC apresentou ontem em Hong Kong os seus aviões de passageiros C919 e ARJ21, dando ao público uma visão de perto dos modelos que almejam competir com a Airbus, Boeing ou Embraer. A cerimónia de boas-vindas aos C919 e ARJ21, outro jacto fabricado pela estatal Commercial Aircraft Corp of China, teve lugar no aeroporto internacional de Hong Kong, um dia depois de ambos terem voado para fora da China continental pela primeira vez. O líder de Hong Kong, John Lee, afirmou que o sucesso da China no desenvolvimento do jacto de passageiros de grandes dimensões indica a sua “posição de liderança na indústria de fabrico de transportes”. John Lee acrescentou ainda que a visita dos dois aviões a Hong Kong demonstra a importância que a China atribui ao sector da aviação da região semiautónoma. Mais de 1.000 encomendas foram já feitas para o C919, disse Lee. O Departamento de Aviação Civil de Hong Kong participou da certificação da aeronave e do treino de pilotos. O C919 pretende concorrer com os modelos de corredor único Airbus A320 Neo e Boeing 737 MAX. Mas, embora tenha concebido muitas das peças do C919, alguns componentes-chave continuam a ser fornecidos pelo Ocidente, incluindo o motor. Futuro promissor No sábado, o C919 deverá sobrevoar o cénico porto de Victoria, dando às pessoas que se encontram à beira-mar um vislumbre do novo avião, se o tempo o permitir. Ambos os aviões vão estar em exposição no aeroporto internacional de Hong Kong até domingo e podem ser visitados por funcionários do governo, representantes da indústria aeronáutica ou grupos de estudantes. A indústria aeroespacial é vista como um passo importante no caminho traçado pelos líderes chineses para tornar a China competitiva nos sectores de alto valor agregado e numa potência inovadora. Pequim está também focado em outros sectores estrategicamente importantes, como ‘chips’ semicondutores, computadores, energias renováveis e a inteligência artificial. A China deve tornar-se num dos maiores mercados de aeronaves do mundo nas próximas duas décadas.