China / ÁsiaAmbiente | Pequim anuncia medidas para reduzir emissões de metano Hoje Macau - 9 Nov 2023 As medidas implementadas para reduzir as emissões do gás com efeito de estufa incidem em áreas como a exploração mineira e a agricultura A China, o maior emissor mundial de metano, anunciou ontem que vai reforçar a monitorização, a comunicação de informações e a transparência dos dados para reduzir as emissões deste gás com efeito de estufa. O ministério da Ecologia e do Meio Ambiente detalhou ontem num documento as estratégias para reduzir as emissões de metano de sectores como a exploração mineira e a agricultura. De acordo com a declaração, a China tenciona criar um sistema de monitorização, contabilidade, comunicação e verificação das emissões de metano, melhorar a legislação, as normas e as políticas de incentivo económico e promover a inovação tecnológica e a cooperação internacional neste domínio, embora não estabeleça objectivos específicos de redução. O metano é um gás com efeito de estufa com “elevado potencial de aquecimento” e “o controlo das emissões de metano tem benefícios climáticos, económicos, ambientais e de segurança”, lê-se no documento. O plano reconheceu os desafios à sua implementação, incluindo a “falta de uma base estatística e de monitorização sólida, a inadequação do sistema de regulação e normativo e a necessidade de melhorar a capacidade técnica”. Combate em curso Em Julho passado, o enviado dos Estados Unidos para as questões climáticas, John Kerry, instou a China, durante uma visita oficial ao país, a descarbonizar o sector energético, reduzir as emissões de metano e diminuir a desflorestação. A fonte da grande maioria das emissões de metano da China relacionadas com a produção de energia é o carvão, que produz mais de metade da electricidade do país asiático. A China é o maior emissor mundial de metano relacionado com produção energética, com 28 milhões de toneladas por ano, seguida da Rússia (18 milhões de toneladas) e dos Estados Unidos (17 milhões de toneladas), de acordo com a Agência Internacional da Energia.