Turismo | Esperado que parcerias criem oportunidades para guias

Cerca de 80 por cento dos guias turísticos de Macau com licença para exercer a profissão na Ilha da Montanha não têm oportunidades profissionais. A informação foi revelada por Wu Wai Fong, presidente da Associação de Guia Turístico de Macau

 

Cerca de 80 por cento dos guias turísticos de Macau com licenças para exercer a actividade na Ilha da Montanha nunca tiveram qualquer oportunidade. O dado foi avançado por Wu Wai Fong, presidente da Associação de Guia Turístico de Macau.

Quando questionada pelo HM sobre a iniciativa do Turismo de Macau de promoção de pacotes de viagem conjuntos com paragens no território e também em Henqing, Wu Wai Fong destacou que será positivo, se criar oportunidades para os guias turísticos locais em Hengqin, o que até agora não aconteceu.

“O mais importante é que os guias turísticos de Macau sejam recrutados para trabalhar nessas viagens. Muitos dos guias locais passaram os exames necessários e obtiveram as licenças para exercer a profissão em Hengqin, pelo que estão qualificados [para o fazer]”, começou por explicar Wu. “No entanto, a situação não é a ideal. Muitos destes guias turísticos, pelo menos 80 por cento, têm a licença necessária, alguns até já fizeram renovações das mesmas, mas as oportunidades como guias turísticos em Hengqin são raras”, frisou. “Desejo que estes pacotes sejam feitos com recurso aos guias turísticos de Macau”, desejou.

Apesar desta observação, a presidente da associação considerou que o território pode beneficiar com mais pactos que incluam diferentes destinos, uma vez que poderá fazer com que alguns turistas que de outra forma não viriam à RAEM, acabem por visitar o território.

 

Conhecer os limites

Por sua vez, Andy Wu, presidente da Associação de Indústria Turística, acredita que os pacotes compostos por paragens na Ilha da Montanha e Macau podem ser positivos, se trouxerem mais turistas.

“Ao longo dos anos, a DST tem lançado promoções nas plataformas online de viagens do Interior da China. Por isso, se com estes pactos conjuntos houver mais pessoas a visitar Macau, é uma medida benéfica para o território”, afirmou o dirigente associativo.

Por outro lado, Andy Wu sublinhou as limitações da cidade para fazer com que os visitantes passem mais do que uma noite em Macau. “É difícil fazer com que Macau se torne num destino onde as pessoas ficam mais noites, porque a maioria entre e sai no mesmo dia”, indicou o presidente da associação. “Claro que se conseguíssemos que os turistas ficassem mais noites, seria melhor, mas será que isso é realista?”, questionou. “Macau é um destino tão pequeno, pelo que parece que uma estadia de uma ou duas noite é o máximo que podemos desejar”, atirou.

 

Rota estabelecida

Wu Wai Fong foi ainda questionada sobre a recente ligação marítima entre Macau e a ilha de Guishan. Segundo a dirigente, a nível de excursões este destino está longe de ser atractivo, devido ao preço de cerca de 1.000 yuan.

“A viagem entre Macau e a ilha de Guishan, em Zhuhai não é popular, porque devido a razões logísticas é complicado organizar excursões. Também o preço de bilhete de barco é caro [cerca de 158 patacas], mesmo que as agências de viagem tenham desconto”, explicou Wu.

No entanto, a presidente da associação indicou se forem criados percursos mais acessíveis a nível logístico para outras ilhas, com partida e chegada Macau, o mercado local poderá beneficiar, com este novo complemento.

Também Andy Wu opinou que poderia haver mais percursos de Macau para as Ilhas de Zhuhai, porque actualmente a oferta é reduzida. Ainda Assim, Wu acredita que este tipo de ligações vai ser sempre mais apelativo para turistas individuais, em vez de grandes excursões.

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