Seac Pai Van | Encerramento de lojas preocupa moradores

Seac Pai Van / Tiago Alcântara
Um membro do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas avisou que cada vez fecham mais lojas em Seac Pai Van e que os moradores da zona estão a perder acesso a serviços para satisfazer as necessidades diárias

 

O número crescente de lojas fechadas em Seac Pai Vai está a preocupar os residentes da zona, que cada vez têm mais dificuldades em comprar os bens para satisfazerem as necessidades quotidianas. O problema foi exposto por Vong Lai I, membro do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas, durante a reunião de terça-feira do organismo.

Segundo o relato feito pelo jornal Cheng Pou, Vong considerou que o Governo tem de tomar medidas urgentes para lidar com o problema. Entre as propostas apresentada pela conselheira consta a isenção de pagamento das rendas, nos casos em que o Governo é arrendatário, ou o congelamento do valor da renda. No mesmo sentido, a conselheira apelou ao Governo para lançar mais concursos públicos e ocupar as lojas existentes, propriedade da RAEM, que estão a ficar desocupadas e adoptar exigências que permitam uma participação elevada em concursos.

O discurso sobre o encerramento dos espaços comerciais em Seac Pai Van foi feito no espaço reservado para as intervenções antes da ordem do dia da reunião do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas. Para Vong a situação agravou-se bastante com o surto de covid-19 mais recente, que começou no dia 18 de Junho, altura em que houve confinamentos praticamente totais.

Segundo um exemplo avançado no discurso, desde o surto duas lojas, uma de instalação e manutenção, e outra, um consultório veterinário, deixaram fecharam portas e deixaram o bairro. Estes desenvolvimentos fazem com que os moradores tenham de se deslocar para outras zonas da cidade para aceder a estes serviços.

Consumo mais baixo

No que diz respeito ao dono das lojas de ares-condicionados, este explicou à conselheira que o volume de negócios caiu bastante ao longo do ano, mesmo quando comparado com os dois anos anteriores, o que deixou a empresa sem condições de operar.

Na óptica do empresário, o surto de Junho agravou a situação, porque as pessoas estão mais cautelosas, e apenas utilizam o cartão de consumo para bens essenciais. O proprietário contou também à conselheira ligada à União Geral das Associações de Moradores de Macau que os apoios distribuídos não são suficientes.

Em outros negócios, que ainda estão a operar, Vong Lai I traça um cenário semelhante. Segundo a representante da associação dos moradores vários estabelecimentos de restauração e clínicas foram afectadas com o desemprego dos trabalhadores do jogo, que perderam poder de compra e deixaram de consumir.

Nos estabelecimentos abertos, a solução passa por “apertar o cinto” em todos os aspectos possíveis do negócio, como, por exemplo, o fim das redes de Wifi, que antes estavam disponíveis para os clientes.

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