‘“928 Challenge” | Startups’ chinesas dominam competição em Macau

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A segunda edição do “928 Challenge”, uma competição para ‘startups’ entre os países de língua portuguesa e a China, atraiu 249 equipas universitárias e empresariais, 70 por cento das quais são chinesas, disse ontem a organização.

Marco Rizzolio, co-fundador da competição, disse à Lusa que “há grande interesse” dos chineses numa competição “internacional, que abre portas para fora” do país.

“Mas há interesse dos dois lados”, acrescentou Rizzolio, sublinhando que o “928 Challenge” atraiu “equipas de todos os países de língua portuguesa”, porque a China “é o segundo maior mercado mundial”.

Na primeira edição do “928 Challenge”, aberta apenas a equipas universitárias, inscreveram-se 153 equipas com quase 800 estudantes, sendo que 89 entregaram em Outubro de 2021 projectos desenvolvidos.

Com o alargamento das candidaturas a empresas, a competição atraiu mais 100 equipas, com um total de 1.256 inscritos para um ‘bootcamp’ ‘online’ de 15 dias. Durante a primeira semana do ‘bootcamp’, especialistas “deram a conhecer aos participantes o ambiente de negócio” dos países lusófonos e da Grande Baía, disse Rizzolio.

Segunda parte

Já na segunda semana, que começou ontem, a organização ajuda as equipas a “preparar bem” os planos de negócios orientados para a sustentabilidade, disse Rizzolio. No caso das empresas, trata-se de “adaptar o serviço ou produto que faça a ponte entre a China e os países de língua portuguesa”, acrescentou o coordenador do projecto.

Os melhores 16 planos serão apresentados ao júri e a potenciais investidores na final, marcada para 29 de Outubro, durante a Feira Internacional de Macau, disse Rizzolio.

Durante a apresentação da segunda edição da competição, em Abril, um outro coordenador do projecto, José Alves, tinha admitido ter esperança num eventual alívio das restrições devido à pandemia que permitisse aos finalistas irem à região chinesa apresentar os projectos.

O vencedor da primeira edição, um projecto de produção de vacinas probióticas para peixes de aquacultura, da Universidade do Porto, já obteve fundos da União Europeia, mas os alunos ainda não puderam ir a Macau, lamentou em Abril José Alves, também director da Faculdade de Business da Universidade Cidade de Macau.

O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e de várias universidades de Macau e da Grande Baía e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

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