EventosExposição | Mostra em Mong-Há visa quebrar estereótipos de género Andreia Sofia Silva - 12 Abr 2022 “Forget The Frame” é o nome da exposição que a Associação para o Desenvolvimento das Novas Mulheres de Macau apresenta no próximo dia 23, nas Vivendas de Mong-Há. O público poderá conhecer melhor o trabalho das artistas locais Celeste C. da Luz, Alice Ieong e Su Cheng A Associação para o Desenvolvimento das Novas Mulheres de Macau [New Woman Development Association of Macao] está de regresso às exposições com a mostra que apresenta, no próximo dia 23 de Abril, nas Vivendas de Mong-Há, um novo espaço cultural criado a partir dos antigos alojamentos dos funcionários públicos. A mostra, que termina a 15 de Maio, intitula-se “Forget The Frame”, conta com curadoria de Carol Lei e Hannah Ieong e revela o trabalho de três jovens artistas de Macau, Celeste C. da Luz, Alice Ieong e Su Cheng. A exposição gira em torno das ideias da imaginação e de liberdade criativa, no sentido de que “quem cria este tipo de trabalhos pode quebrar quaisquer estereótipos de género que existem na sociedade, ao mesmo tempo que apresenta mensagens de uma perspectiva feminina”. Estas três artistas são, assim, convidadas a desenvolver trabalhos através de diferentes meios criativos, espelhando a sua imaginação através da arte e revelando a sua “criatividade única”. A ideia é que o público possa “ser encorajado a abandonar todas as limitações, sair da caixa e deixar-se inspirar pela possibilidade de liberdade”. Além da exposição em si, estão previstas uma série de actividades, incluindo uma zona interactiva intitulada “Breaking the Frames in Life” [Quebrar as molduras da vida], visitas guiadas ou workshops, que estão sujeitas a marcação prévia. A ideia, com estas iniciativas paralelas, é fazer com que os interessados compreendam a temática central do evento, bem como os artistas que nele participam e os trabalhos apresentados, para que se possa “desencadear uma reflexão sob diferentes perspectivas”. Papel feminino Recorde-se que esta associação, criada em 2017, tem vindo a chamar a atenção, através da arte, dos papéis diversificados que a mulher pode desempenhar na sociedade local, tentando quebrar estereótipos de género que ainda persistem. Esta exposição pretende abordar a ideia de que as mulheres, muitas vezes, “vivem dentro de estruturas que outras pessoas criam ou com base nas premissas adoptadas pela sociedade, tal como as expectativas criadas para as diferentes idades, ou segundo uma identidade social em particular ligada às ocupações, posições, interesses, talentos ou relacionamentos”. Além disso, nos tempos actuais, a mulher “desempenha um determinado papel como filha, mulher ou mãe que pode ser estereotipado”, sendo que “as pessoas assumem que vivem como deveriam viver” e não consoante os seus gostos pessoais, acrescenta a associação na mesma nota. A Associação para o Desenvolvimento das Novas Mulheres de Macau foi criada por “nove mulheres independentes e confiantes”, pretendo juntar mulheres de vários campos e de várias idades que vivam no território. “Encorajamos as mulheres a descobrirem os seus próprios valores e a aceitar novas coisas. Também pedimos que as mulheres quebrem as restrições pessoais e tradicionais e sejam pró-activas, além de desenvolverem os seus talentos”, acrescenta ainda a associação.