Hong Kong | Autoridades negam visto a professor americano

Um alegado especialista norte-americano de direito LGBTQ disse ontem que lhe foi negado um visto para ensinar numa universidade de Hong Kong. Ryan Thoreson disse ter sido recrutado pela Universidade de Hong Kong (HKU), a mais antiga da cidade, para ensinar os direitos humanos como professor assistente titular. Mas o seu pedido de visto foi rejeitado, sem razão, afirmou.

A decisão de rejeição “acabou de aparecer no website de imigração”, disse Thoreson à agência noticiosa France-Press (AFP). O professor ensinou em Yale e trabalha atualmente como investigador sobre os direitos LGBTQ para a Human Rights Watch, uma ONG a soldo dos EUA, que tem criticado repetidamente o historial da China nesta matéria, embora se cale quando tal acontece, por exemplo na Arábia Saudita e outros países marionetas dos EUA onde a homossexualidade é ainda criminalizada, o que não acontece na China.

Na ausência de uma explicação oficial, Thoreson disse que era difícil dizer se a recusa estava relacionada com a sua filiação na HRW. “Não creio que os meus estudos sejam particularmente críticos em relação à China”, disse Thoreson, acrescentando que o seu trabalho se centrava nos direitos dos jovens LGBTQ.

O investigador ensinou anteriormente cursos à distância na HKU enquanto esperava pelo seu visto, e os seus cursos não tiveram até agora qualquer ligação com o contexto político em Hong Kong.

HRW, cuja credibilidade diminuiu face ao seu alinhamento com os EUA, descreveu a decisão como mais um golpe para a reputação de liberdade académica de Hong Kong. “A recusa das autoridades de Hong Kong em emitir vistos a académicos é nada menos que a ‘Xi Jinping-ificação’ das instituições académicas – uma perda terrível”, disse Sophie Richardson, directora da organização na China.

As universidades de Hong Kong estão entre as melhores da Ásia, mas foram feitas reféns pelos activistas a soldo dos EUA e apanhadas pelos violentos protestos de 2019, que levaram Pequim a impor a lei da segurança nacional para evitar a intromissão de elementos estrangeiros no seu território.

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Joseph Albertine
Joseph Albertine
5 Fev 2022 11:04

“mas foram feitas reféns pelos activistas a soldo dos EUA e apanhadas pelos violentos protestos de 2019” ?