Taça GT: Pneus desconhecidos criam problema às equipas

Para as equipas da Taça GT Macau a edição deste ano reveste-se de um grande desafio suplementar. Ao contrário do ano transacto, onde a escolha de pneus era livre, um pneu obrigatório, que é do total desconhecimento de todos os participantes, vai complicar a vida das equipas este fim de semana
“Estamos este ano limitados a um único fornecedor de pneus, o qual não tem estado presente em campeonatos GT a nível internacional, nem regional, o que leva a obtenção de dados para podermos afinar os carros de maneira segura em pista muito difícil”, explicou ao HM, Duarte Alves, o engenheiro responsável pela UNO Racing Team, a equipa oficial da Aston Martin Racing Asia.
Para dificultar a vida dos participantes, “o anúncio tardio também por parte da AAMC no que refere aos regulamentos e pneus não deu oportunidade às equipas para testarem os limites dos pneus. Portanto, para todos será um autêntico tiro no escuro, onde na minha perspectiva, até poderá ser um problema de segurança, pois não sabemos até onde podemos puxar” e obviamente que todas as equipas e pilotos estão no Grande Prémio para lutar por bons resultados”, acrescenta o engenheiro do território.
No início da semana, as equipas ainda estavam à espera de receber um boletim da marca com as especificações técnicas das borrachas disponíveis, assim como os limites que poderiam explorar numa pista com as especificações tão particulares do Circuito da Guia.
À luz destes regulamentos e com decisões em cima da hora, o responsável macaense afirma que “faria mais sentido optar por um fornecedor que a maiorias das equipas já conhecesse e tivesse  competido nos campeonatos GT da China continental, onde todas as equipas competiram este ano, e conseguir assim trabalhar dentro da margem de segurança e poder optimizar a performance dos carros”.
Regresso britânico
Esta será a primeira vez desde 2015 que a Aston Martin enfrenta a Taça GT Macau com ambições. Além de Marchy Lee, segundo classificado na pretérita edição, a equipa de Hong Kong inscreve também um carro para David Pun, o vencedor da Taça GT – Corrida da Grande Baía de 2020. Contudo, apesar das aparências, os carros que vieram a Macau são bastante diferentes daquele que Stefan Mücke levou ao quarto lugar na Taça do Mundo de há seis anos.
“Este ano a UNO Racing Team inscreveu os mais novos Aston Martin Racing Vantage GT3, onde para além dos desafios que já mencionei, é um carro a que a nível mundial não existe informação sobre como afiná-lo para o Circuito da Guia. Partimos de antemão com esse ‘handicap comparado às outras marcas, as quais já estiveram presentes em várias edições”, conclui Duarte Alves, que não se arrisca a prognósticos, visto que “o Marchy nunca correu com o Aston Martin e o David é um piloto amador. Porém, um carro no pódio e o outro no Top-10 seria um resultado muito positivo”.  

Drones | Proibição de voar em toda a Península

Devido à realização do Grande Prémio de Macau fica proibida a utilização de drones na Península de Macau, entre 19 a 21 de Novembro, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial.” São proibidas, entre 19 a 21 de Novembro de 2021, todas as actividades de voo com aeronaves não tripuladas na península de Macau, excepto as actividades oficiais expressamente autorizadas pela Autoridade de Aviação Civil”, pode ler-se no despacho assinado por Chan Weng Hong, presidente da Autoridade de Aviação Civil.

 

TDM | Cobertura com 26 câmaras na pista

A Teledifusão de Macau assegura a transmissão televisiva do Grande Prémio de Macau e vai dedicar 26 das 31 câmaras disponíveis para o evento do Circuito da Guia. Além destas, existem ainda três câmaras instaladas ao nível do chão e duas para seguir as conferências de imprensa. “Temos 31 câmaras, das quais 3 câmaras são ao nível do chão – para ter ângulos mais espectaculares – e duas câmaras a servir o centro de imprensa. E temos 26 câmaras na pista”, afirmou Frederico do Rosário, membro da Comissão Executiva, citado pela própria emissora.

Prémios | Quase 200 mil dólares de Hong Kong para distribuir

Ao longo do fim-de-semana, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau vai distribuir aos pilotos quase 200 mil dólares de Hong Kong, mais precisamente 198 mil. A informação consta do regulamento das diferentes competições.

Se, por um lado, a corrida de Fórmula 4 é a principal do programa, o que é atestado pela Dança do Leão e pela presença do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, antes da partida, por outro, na hora de recompensar os vencedores, não há diferenças para os organizadores.

Com o fim-de-semana divido em duas corridas por categoria, apenas a última vai atribuir prémios monetários. Os pilotos que ficarem no pódio no sábado limitam-se a receber os troféus, a garrafa de champanhe e a coroa de flores.

Já no domingo, os vencedores das seis corridas vão receber 16 mil dólares de Hong Kong, ou seja, mais 10 mil do que a maioria pagou só para se inscrever no Grande Prémio. À excepção do Fórmula 4, todos os outros pagam 6 mil patacas.

Os pilotos que ficarem no segundo lugar são recompensados com um cheque de 11 mil dólares de Hong Kong. O terceiro classificado recebe 6 mil dólares de Hong Kong, ou seja o que é pouco mais que o prémio pago só pela inscrição. Feitas as contas, cada corrida atribui 33 mil dólares de Hong Kong em prémios, o que multiplicando pelas seis competições representa 198 mil.

Para receberem os prémios, os pilotos precisam de comparecer na Cerimónia Oficial de Atribuição dos Prémios, ou seja, um jantar que normalmente acontece na noite de domingo.

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