China / ÁsiaCovid-19 | China vai continuar a vacinar pessoal de risco antes de vacinação maciça Hoje Macau - 20 Dez 2020 A China vai continuar a vacinar grupos de risco de contrair a covid-19, como trabalhadores sanitários, alfandegários e dos transportes, antes de iniciar campanhas de inoculação em maior escala, anunciaram este sábado as autoridades chinesas. “O objectivo é criar imunidade de grupo mediante um processo de vacinação em várias fases”, afirmou o subdiretor da Comissão de Saúde da China, Zeng Yixin, em conferência de imprensa. O responsável salientou que, nesta fase, serão vacinados os grupos de maior risco de infeção no inverno e na primavera, incluindo “pessoal que trabalha na cadeia de frio e nos mercados de alimentos frescos, bem como trabalhadores alfandegários, dos transportes e da saúde. E quem sair para estudar ou trabalhar no estrangeiro”. Zeng sublinhou que a prioridade das autoridades chinesas é proteger estes grupos de risco para prevenir surtos, dado que a situação no país é “muito diferente” da de outros que registam centenas de casos diários de covid-19. “Vamos desenvolver os nossos planos de vacinação em função da situação da pandemia. Na China, a situação é, de um modo geral, estável, ao contrário de outros países. Estamos a fazer um muito bom trabalho de prevenção”, disse. Em 22 de Julho, a China autorizou o uso de candidatas a vacinas contra a covid-19 no pessoal médico e funcionários para “casos de emergência”. Desde então um milhão de pessoas já foi vacinada “sem que tenham sido registadas reações adversas”, indicou o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia daquela Comissão, Zheng Zhongwei, na mesma conferência de imprensa. Zheng afirmou que 60 mil pessoas que viajaram para o estrangeiro receberam a vacina para casos de alto risco e não ficaram infectadas. “Espera-se que as vacinas contra a covid protejam durante mais de meio ano, mas que essa proteção possa estender-se a períodos de cinco a dez anos, ou por toda a vida, ainda é incerto”, acrescentou. O responsável indicou que três empresas chinesas, com “luz verde” nas inspeções de bio-segurança, vão começar a produção em massa de vacinas “depois destas serem oficialmente aprovadas”. Pequim ainda não anunciou oficialmente a autorização para as vacinas do país que já concluíram a terceira fase dos testes clínicos. De acordo com o jornal de Hong Kong South China Morning Post, a China vai vacinar 50 milhões de pessoas de grupos de alta prioridade para as férias do Ano Novo lunar, com início em 12 de fevereiro próximo, para prevenir surtos durante a maior migração interna do planeta. A vacinação para a população chinesa, em geral, só deverá começar depois do Ano Novo lunar, indicou o diário.