Ai, o Irão!

[dropcap]A[/dropcap]i, o Irão. Tudo aflito com Hão Cão mas, afinal, quem está mal é o Irão. Até onde é que irão?, é a pergunta nas mentes e que faz tinir os dentes. E a Rússia, meu deus, e a China, gentil Confúcio, até onde é que eles irão? Dar-se-á uma explosão?

Vem aí o apocalipse, pse, pse? Ou talvez não? É perguntar ao Irão, à capital Teerão e, porque não, a Hão Cão? E já agora ao vizinho, ao que chamam Paquistão, cujas armas são das boas e estão ali mesmo à mão.

Isto é uma maravilha: nada se passa, tudo se enrodilha. A massa vai p’rá pandilha, a do costume, que das gentes faz curtume. E depois, perguntam os bois? E depois nada, a mesma e triste maçada, até me tocar na pele.

Aí é dor a granel, ai que queima, ai que se vai o papel. Não era nada comigo, menos com o meu umbigo, esta guerra de alto-ar: américas vermelhuscos, iranianos patuscos, tudo de pernas pr’ó ar. Vem daí, anda brindar, é tempo de alvorecer. Que neste mundo aziago já só nos falta morrer. Então para espairecer que esteja o copo na mão. Bota acima e bota abaixo. Quero lá saber do Irão! Vou mas é para Hão Cão!

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Maria Cavalcante
Maria Cavalcante
6 Jan 2020 11:23

Artigo sábio, diz tudo com outras palavras!