SociedadeIncêndio | Apesar das 120 casas afectadas ninguém recorreu a abrigo provisório João Luz - 24 Abr 2019 Durante a noite de segunda-feira, um incêndio deflagrou num edifício habitacional na Rua Nova da Areia Preta. O IAS abriu um Centro de Habitação Temporária para acolher os moradores dos mais de cem apartamentos afectados, mas até ontem à tarde ninguém acorreu ao centro [dropcap]A[/dropcap]s chamas voltaram ao norte da Península de Macau na noite de segunda-feira, na sequência de um incêndio no edifício Kam Hoi San, sito na Rua Nova da Areia Preta, que terá afectado 120 habitações, de acordo com informação veiculada pela Rádio Macau. Para acorrer à possibilidade de alguns moradores ficarem sem tecto até ao fim das obras de reparação no prédio, o Instituto de Acção Social (IAS) abriu um Centro de Habitação Temporária. Porém, ninguém recorreu ao mecanismo de resposta a emergência. “Até às 17h de hoje [ontem], ninguém usou os serviços do Centro de Habitação Temporária e o telefone 24 horas não recebeu ninguém chamada”, esclareceu fonte do IAS em declarações ao HM. De acordo com declarações do Corpo de Bombeiros (CB) ao HM, a chamada telefónica que deu o alerta para o incêndio foi recebida às 19h07. Três minutos depois a equipa dos bombeiros chegava ao local. “O nosso departamento destacou 23 bombeiros e sete carros para responder ao incêndio”, revela fonte do CB. Apenas quatro minutos depois, o fogo provocado por um curto-circuito foi declarado extinto. Luz e sombra Na sequência do incêndio, 48 pessoas precisaram de assistência médica, apesar de não se terem registado hospitalizações, segundo informação veiculada pela Ou Mun Tin Toi. O fogo que marcou o início da noite de segunda-feira na Rua Nova da Areia Preta faz parte de uma estatística que demonstra tendência decrescente de ocorrências. No primeiro trimestre de 2019 foram registados menos 48 casos de incêndio em Macau, em relação ao período homólogo de 2018, passando de 259 para 211 ocorrências, ou seja, uma redução de 18,53 por cento. No entanto, quase metade dos fogos reportados continua a ter origem em fogões esquecidos e desatenção de chamas acesas, que representaram 40,74 por cento do total de pedidos de auxílio, ligeiramente mais do que em igual período do último ano.