Saúde | Governo vai lançar aplicação móvel com dados dos utentes

A fase inicial do protocolo com a Alibaba chegou ao fim e estão lançadas as bases para a partilha da ficha médica entre hospitais e clínicas. O Governo confirmou ainda a existência de uma app com a informação de cada paciente que vai estar disponível “brevemente”

 

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SSM) estão a trabalhar com a Alibaba para lançar “brevemente” uma aplicação móvel que vai permitir aos utentes aceder à informação sobre resultados de análises, exames, marcação de consultas médicas entre outros. A ideia já tinha sido avançada como uma hipótese e acabou confirmada, ontem, pelo Chefe de Departamento de Organização e Informática dos SSM, Leong Kei Hong.

“A aplicação móvel vai ter de ser lançada com a coordenação do Governo. Mas acho que vão lançá-la brevemente”, disse Leong, durante uma conferência de imprensa, que serviu para fazer um balanço da primeira fase dos trabalhos de implementação da política de “Medicina Inteligente”. Esta estratégia visa a informatização dos dados médicos e do sistema de saúde local.

Porém, Leong prometeu que a aplicação só vai ser disponibilizada aos cidadãos quando for testada e houver garantias da protecção dos dados pessoais: “Antes do lançamento vamos fazer muitos testes porque sabemos a importância da privacidade dos dados e queremos garantir a segurança de toda esta informação”, acrescentou.

O Chefe de Departamento de Organização e Informática dos SSM escusou-se assim a avançar com um calendário para a divulgação das informações, postura igualmente adoptada por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde.

Estrutura montada

A conferência de imprensa de ontem serviu para fazer um balanço da primeira fase dos trabalhos da Alibaba, que surge no âmbito da política “Cidade Inteligente”.

A primeira fase está concluída e decorreu entre Janeiro e Novembro deste ano. O principal foco foi a criação de um padrão para recolha de informação, que depois é trabalhada para a implementação de medidas e melhor gestão dos recursos na saúde. Por exemplo, este tipo de informação permite saber os principais motivos de consultas externas num certo período, conhecer o número de camas ocupadas em tempo real ou ver o tipo de doenças mais comuns numa determinada fase do ano. Com base nesta informação, os administradores dos serviços públicos podem adoptar medidas de antecipação.

Foi igualmente criado um padrão para a recolha de informações do paciente, para que no futuro a ficha média possa ser partilhada com instituições privadas. O objectivo é garantir que os médicos têm acesso ao historial de cada paciente para definirem melhor os tratamentos. Nesta fase apenas o Kiang Wu está ligado à rede, mas espera-se que a informação chegue a outras clínicas. Mas, ainda não há um calendário para a implementação desta medida.

“Este ano o trabalho não foi muito visível para o público. Mas foi muito importante porque estivemos a criar as infra-estruturas necessárias para a implementação da medicina inteligente”, explicou o Chefe de Departamento de Organização e Informática dos SSM.
O projecto tem mais duas fases até estar finalizado, mas não há data para o arranque dos restantes trabalhos.

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