China / ÁsiaBolsa de Tóquio abriu hoje com descida significativa Hoje Macau - 20 Nov 2018 [dropcap]A[/dropcap] bolsa japonesa abriu hoje em queda, com o seu principal índice, o Nikkei, a recuar 1,11% (241,91 pontos), para as 21.579,25 unidades. Um segundo índice de referência, o Topix, apresentou a mesma tendência, ao desvalorizar 0,98% (16,02), para os 1.621,59 postos. Uma das explicações para esta forte queda logo na abertura da sessão está no recuo da Nissan, que começou as transações em baixa superior a 6%, depois de conhecida a detenção do seu presidente, Carlos Ghosn. Carlos Ghosn foi detido por alegada evasão fiscal, segundo a agência noticiosa Kyodo, tendo a empresa confirmado a investigação interna ao dirigente, de 64 anos. O construtor japonês confirmou as informações, avançadas pela imprensa, sobre os resultados de uma investigação interna que indicam que o seu presidente do Conselho de Administração “durante vários anos declarou rendimentos inferiores aos montantes reais”. “Muitas outras práticas ilícitas foram descobertas, como o uso de bens da empresa para fins pessoais”, refere, adiantando que a direcção irá propor a “demissão do cargo rapidamente”. Fontes da investigação referiram à agência que o empresário franco-brasileiro de origem libanesa foi interrogado pelo Ministério Público, por alegadamente ter ocultado bónus. A cadeia televisiva pública NHK indicou que o interrogatório ocorreu depois do fabricante automóvel ter levado a cabo uma investigação interna, no qual registou “faltas graves”. Fontes da Nissan citadas pela Kyodo disseram que a proposta de destituição do dirigente deverá acontecer na próxima reunião e que a pessoa que denunciou as supostas irregularidades financeiras também alertou, há vários meses, as autoridades competentes. Goshn é também o homem forte das duas empresas que compõem a aliança com a Nissan, a Renault e a Mitsubishi Motors, e é considerado o homem de negócios estrangeiro mais influente no Japão. O empresário chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault. Depois de ser tornar presidente das duas empresas, na década seguinte, Ghosn passou a homem forte da Mitsubishi Motors no âmbito do acordo de capital subscrito em 2016.