China / ÁsiaDiplomacia | Presidente iraniano reúne com Xi Jinping e Vladimir Putin em Junho Hoje Macau - 29 Mai 2018 Com a crescente pressão norte-americana sobre Teerão, depois de Donald Trump rasgar o acordo nuclear assinado pelo antecessor Barak Obama, as autoridades iranianas recorrem aos seus velhos aliados em busca de apoio. Como tal, a China acolherá um encontro entre Rohani, Putin e Xi Jinping [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente iraniano, Hassan Rohani, vai participar num encontro com os seus homólogos chinês e russo em Junho na China numa tentativa de salvar o acordo nuclear, ameaçado recentemente pela retirada dos EUA, foi ontem anunciado em Pequim. “O Presidente Rohani vai reunir-se com o homólogo chinês Xi Jinping à margem da cimeira de Chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) a 9 e 10 de Junho em Qingdao”, disse o ministro das Relações Exteriores da China Wang Yi. “O presidente russo, Vladimir Putin, também estará presente na cimeira”, disse Wang. A Organização de Cooperação de Xangai (SCO) é uma organização regional intergovernamental que reúne oito países, incluindo as antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central, Rússia, China e Índia. O Irão tem estatuto de Estado observador. O ministro chinês não disse se o acordo nuclear com o Irão estará na agenda do encontro. À espera de Bruxelas A UE, a China e a Rússia querem que o Irão permaneça no acordo. No entanto, Teerão disse esperar acções concretas dos europeus para decidir se o acordo pode ser salvo. O acordo foi concluído em Julho de 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e Reino Unido –, mais a Alemanha) e visa, em troca de um levantamento progressivo das sanções internacionais, assegurar que o Irão não desenvolva armas nucleares. O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a 8 de Maio a retirada dos Estados Unidos do acordo de 2015 sobre o programa nuclear iraniano, destinado a impedir a República Islâmica de se dotar de armas nucleares, por considera-lo demasiado brando.