Audi quer continuação da Taça GT em Macau

Responsável pela preparação dos carros do construtor defende que Taça Mundial de FT deve continuar em Macau, apesar de sugestão para mudança para Abu Dhabi.

 

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]pesar dos espectaculares acidentes que têm marcado as edições da Taça Mundial FIA GT no circuito da Guia, o responsável pela preparação dos Audi para clientes privados, Chris Reinke, defende que a prova deve continuar a ser disputada no território. As afirmações surgem numa altura em que existe a possibilidade desta competição ser mudada por outro circuito, como o Yas Marina no Abu Dhabi. Essa foi pelo menos a sugestão de um construtor, segundo o portal Sportscar375, que não identificou o construtor em causa.

“Para nós é tudo muito claro. Em Macau há uma forma muita própria de recebermos esta prova, que por não fazer parte de qualquer campeonato se torna num evento radical ao nível da provas de GT3”, disse Chris Reinke, responsável da Audi, ao portal Sportscar365. “Nós consideramos que Macau tem o circuito indicado para esta prova. É um evento extraordinário”, acrescentou.

A questão sobre uma possível realocação da prova que desde a criação foi realizada em Macau, prende-se com os vários acidentes. Em 2016, Laurens Vanthoor conquistou o troféu, apesar de ter capotado o carro e obrigado á interrupção da corrida. Depois de uma sessão de 90 minutos em que os carros só realizam 5 voltas em ritmo competitivo. No ano passado, a corrida de qualificação teve um acidente que envolveu quase metade dos concorrentes e que condicionou o resultado final.

Chris Reinke considerou estes episódios uma falsa questão, no sentido em que, diz o responsável, as pessoas que se deslocam ao Território sabem o que têm pela frente. “Se falássemos em incluir esta prova num campeonato poderíamos falar numa aposta com um risco elevado. Mas quando as pessoas vão a Macau sabem o que têm pela frente e se querem arriscou ou não. Para nós não há nenhum problema se a prova continuar a ser realizada em Macau”, explicou.

“Quando vamos a Macau temos consciência do tipo de circuito e a natureza das provas. É um conhecimento que já existe antes da prova e que sai reforçado quando regressamos a casa”, frisou.

Questionada sobre o facto de poder haver uma mudança de pista para a Taça Mundial FIA GT, Reike admitiu que esse cenário está a ser equacionado: ““Há um grande risco de isso acontecer, e nós estávamos cientes desse aspecto quando nos inscrevemos na prova. Acho que todos os que se vão inscrever têm de compreender que isso pode acontecer”, admitiu.

“Os riscos fazem parte desta prova, que também se tornou conhecida por esse risco”, concluiu.

A Taça Mundial FIA GT começou a ser realizada em 2015, a partir da competição para GT do Grande Prémio. Apesar de no início o evento ser aberto a pilotos amadores, nos últimos anos tornou-se exclusivo para pilotos profissionais. No ano passado, um total de 20 carros participação na prova, com sete construtores diferentes, o que foi um recorde.

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