China / ÁsiaChina / EUA | Assinados acordos no valor de 253,4 mil milhões de dólares Hoje Macau - 10 Nov 2017 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China assinou ontem acordos de negócios com empresas norte-americanas no valor total de 253,4 mil milhões de dólares, durante a visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Pequim. Os acordos foram assinados durante uma cerimónia que contou com a presença de Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e incluem a compra de chips, aviões, componentes para automóveis e soja dos EUA. Ambos os lados concordaram em cooperar num projecto de gás no Alasca avaliado em 43.000 milhões de dólares e num projecto de gás de xisto avaliado em 83,7 mil milhões de dólares. O ministro chinês do Comércio, Zhong Shan, avançou à imprensa que os acordos ontem assinados valem, no total, 253,4 mil milhões dólares. A este valor somam-se outros acordos, avaliados em 9 mil milhões de dólares, e assinados na quarta-feira. Donald Trump definiu como prioridade reduzir o défice dos EUA na balança comercial com a China – 347 mil milhões de dólares, em 2016. Ross revelou que esse foi o “enfoque principal” nas suas reuniões com Xi. Bom ambiente Após a assinatura dos acordos, Xi prometeu um ambiente de negócios mais aberto para as empresas estrangeiras na China, depois de Trump ter apelado a uma mudança nas relações comerciais “injustas”. “A China não fechará as suas portas e irá abrir-se ainda mais”, afirmou o líder chinês, prometendo que as empresas estrangeiras terão um mercado chinês “mais aberto, mais transparente e mais ordenado”. Os contratos ontem assinados incluem a aquisição de jactos da construtora norte-americana Boeing, no valor de 37 mil milhões de dólares, chips para telemóveis da Qualcomm, por 12 mil milhões de dólares, e veículos e componentes para automóveis da General Motors e da Ford, por um total de 11,7 mil milhões de dólares. Os contratos assinados na quarta-feira incluem o compromisso de uma das maiores plataformas de vendas ´online’ chinesas, o JD.com, de comprar 1,2 mil milhões de dólares de bife e carne de porco dos Estados Unidos. O excedente comercial da China com os EUA, em Outubro, aumentou 12,2%, face ao mesmo mês do ano passado, para 26,6 mil milhões de dólares. No conjunto, entre Janeiro e Outubro, Washington registou um défice de 223 mil milhões de dólares no comércio com Pequim. A China é o terceiro maior mercado para os produtos norte-americanos, depois do Canadá e do México. Durante a sua campanha eleitoral, Trump acusou várias vezes a China de concorrência desleal e, antes de partir para a visita à Ásia em curso, o líder norte-americano afirmou que o défice norte-americano na balança comercial com Pequim “é tão mau que dá vergonha”. Cuidar da imagem O Presidente dos Estados Unidos rejeitou ontem responder a qualquer questão, durante uma conferência de imprensa conjunta com o homólogo chinês, Xi Jinping, cooperando com os esforços de Pequim para controlar a imagem da sua visita à China. Durante a conferência de imprensa, os jornalistas não puderam fazer perguntas, uma redução na já mínima interacção com a imprensa habitual em visitas de Estado de líderes estrangeiros a Pequim. Trump, que já chamou à imprensa “inimigos do povo americano”, não aceitou ontem questões.