Benfica de Macau garante licenciamento para Taça AFC

O Benfica de Macau está a um passo de a participar na Taça AFC, depois de se ter tornado o primeiro clube do território a ter uma licença oficial da Confederação Asiática. Agora, falta o estádio e o dinheiro para as despesas dos jogos

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] presença do Benfica de Macau na edição de 2018 da Taça AFC (Confederação de Futebol Asiática) ficou mais próxima de se concretizar, após as águias se terem tornado o primeiro clube do território a garantir uma licença para participar na competição. A decisão da AFC foi comunicada ao clube, na terça-feira, e revelada ontem, em comunicado.

No entanto, para que o clube dirigido pelo macaense Duarte Alves se torne na primeira equipa de Macau a participar na competição, é preciso garantir um estádio e apoios financeiros que permitam fazer face a todas as despesas. A situação foi explicada, ontem, ao HM, pelo próprio administrador do Benfica de Macau.

“Agora tudo depende de factores financeiros. Nos jogos fora, a AFC dá um subsídio para as viagens, que nem sempre cobre todas as despesas. Mas nos jogos em casa, temos a responsabilidade de garantir os recursos de hotel e logística das equipas visitantes. Também temos de arranjar um estádio e tratar da logística para a realização dos encontros”, disse Duarte Alves.

Esta é uma situação nova para qualquer clube do território, pelo que Duarte Alves admite que só vai ser possível concretizar com os apoios da Associação de Futebol de Macau (AFM) e do Instituto de Desporto (ID).

“Temos de cobrir os custos de 20 quartos de hotel para os visitantes, mais 10 para os membros da AFC. Também temos de pagar os custos de alimentação e esse tipo de despesas para os agentes vindos de fora. Para um clube de Macau, esta realidade não é fácil e vai ser necessário fazer parcerias com a associação, o ID e empresas locais”, admitiu.

O responsável das águias elogiou todo o apoio da AFM, ao longo do processo de inscrição. Agora, espera que a associação possa ajudar o Benfica de Macau com a experiência acumulada com os jogos da Selecção local.

“Temos de ver até onde podemos trabalhar com a AFM e o ID para trazer os encontros para Macau. A AFM tem este tipo de experiência porque é semelhante aos jogos da selecção”, apontou o administrador.

Plantel por definir

Caso todas as condições estejam reunidas, o Benfica de Macau vai ficar no Zona da Ásia Oriental, onde irá defrontar equipas da Mongólia, Coreia do Norte, Taiwan e Guam. Neste momento Kaohsiung City e Taipé City, de Taiwan, Erchin, da Mongólia, e os Rovers FC, de Guam são os possíveis adversários do Benfica já conhecidos.

À semelhança do que sucedeu este ano, a competição só deve começar por volta de Março de 2018, altura em que o Benfica de Macau já estará a disputar a Liga de Elite.

Por isso, Duarte Alves reconhece que ainda tem tempo para pensar na equipa técnica e no plantel para a próxima época. A prioridade, neste momento, é mesmo garantir as condições para a participação na Taça AFC.

“Ainda está tudo muito fresco. Ainda não começámos a definir quem são os jogadores com que vamos contar e os estrangeiros que vamos inscrever na competição”, afirmou. “Primeiro temos de definir bem com os nossos parceiros aquilo com que podemos contar e que apoios vamos ter”, sublinhou.

Questionado sobre os níveis de confiança para a concretização da segunda fase de preparativos, Duarte Alves limitou-se a dizer que “não é impossível”.

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