Ensaio nuclear norte-coreano condenado pela China

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês condenou ontem o lançamento de um míssil de médio alcance realizado pela Coreia do Norte no domingo e apelou a todos os países envolvidos para que assumam as suas responsabilidades.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Geng Shuang condenou a acção de Pyongyang e apelou aos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão para que se abstenham de realizar acções que possam provocar o aumento das tensões. Guang desvalorizou ainda o apelo de outros países para que a China pressione a Coreia do Norte e apelou para que os países implicados no conflito “assumam a sua responsabilidade” e trabalhem em prol de uma solução “apropriada e pacífica”.

“A China está a fazer esforços para resolver o problema. Os nossos esforços são evidentes”, afirmou Geng, pouco depois de o Governo japonês ter pedido a Pequim que pressione a Coreia do Norte a abandonar os seus programas nuclear e de mísseis.

Todos juntos

Japão, Coreia do Sul e EUA pediram ao Conselho de Segurança da ONU para que se reúna urgentemente, após o novo ensaio de Pyongyang, e Geng disse que a China vai participar na reunião de “forma construtiva”. O porta-voz recusou, no entanto, precisar se Pequim vai apoiar um reforço das sanções impostas à Coreia do Norte.

“Todas as partes envolvidas deveriam manter a calma e actuar com moderação”, disse Gang, afirmando que Pequim sempre promoveu o diálogo, face às “diferenças” entre a Coreia do Norte e os EUA.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou no ano passado dois pacotes de sanções contra a Coreia do Norte, depois de o país ter feito dois testes atómicos no espaço de oito meses e ter lançado 20 projécteis balísticos. O último, realizado em 7 de Fevereiro de 2016, é considerado pela comunidade internacional como um ensaio encoberto de um míssil balístico de alcance intercontinental.

A China é o principal aliado internacional de Pyongyang e EUA e Japão consideram que o país poderá fazer mais para travar os avanços do regime de Kim Jong-un.

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